RECIFE 31 ANOS DEPOIS- MEMÓRIAS

Cláudio Moreira Bento(x)

Focalizamos no presente artigo memórias de nossa atuação culltural no Recife em 1970/71 e impressões culturais colhidas 31 anos depois, quanto retornamos ao Recife para presidir no Colégio Militar sessão da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB) de posses como acadêmicos do Cel José Fernando Maya Pedrosa e Frederico Pernambucano de Mello respectivamente nas cadeiras General João Pereira de Oliveira e Professor José Antônio Gonçalves de Mello


SUMÁRIO

Recife em 1970/71

Recife em 2002

Nossa participação na imprensa de Pernambuco em1970/71

Palavras finais da AHIMTB no Colégio Militar do Recife em 23 mai 2002


O Recife em 1970/71

 

Do início de 1970 até junho de 1971, egressos de curso na Escola de Estado-Maior do Exército, fomos designados para servir no Estado-Maior do IV Exército (atual CMNE) que possuía seu modesto e acanhado QG na rua do Príncipe, local hoje incorporado ao Hospital Militar do Recife e coberta a sua frente por um muro.

Residimos inicialmente numa casa alugada na rua Padre Landin na Torre e depois em apartamento no Edifício Vidal de Negreiros ,do Exército , Apto 301 ,na Avenida Agamenon Magalhães, defronte a um viaduto em construção e ao lado de uma base do Território de Fernando de Noronha .

Dois filhos nossos hoje capitães de Fragata estudaram no Colégio Militar do Recife, então no Derby.

No Comando do IV Exército exercemos inicialmente as funções de adjunto da Seção de Planejamento e mais tarde a chefia de fato da 5ª Seção destinada a mediar relações com o Público Externo. Seção que fomos em realidade o 1º Chefe e instalada em casa contígua a do QG, a qual até então servira como uma espécie de Hotel de Trânsito.

Entre diversas missões exercidas e em razão de nosso gosto por assuntos de História recebemos as seguintes complementares sem prejuízo das missões normais :Representar o IV Exército junto ao Arquivo do Estado, então chefiado por Jordão Emerenciano , na Comissão do VI Centenário de Goiana/PE.

E nela tomamos contato com diversos estudiosos pernambucanos e ao final recebemos uma artística miniatura do Monumento Japomin então construída e feita com madeiras retiradas de uma construção de 1570 . Fomos diplomados sócios correspondentes do Instituto Histórico de Goiana que nos foi entregue pelo médico Dr. Lauro Raposo ex prefeito de Goiana. Foi o primeiro diploma por nós recebido. Mas como não foi confirmado nunca me considerei membro do mesmo .

Outra missão foi a de tornar realidade o Parque Histórico Nacional dos Guararapes que estava na estaca zero e cujas providências iniciais foi traduzida por uma maqueta do local das Batalhas, feita com apoio numa carta 1/50.000 que estava errada. Constatação que fiz ao compará-la com o terreno. A rigor na maquete as suas elevações correspondiam no terreno a vales e vice-versa.

A nossa primeira providência para dar cumprimento a ordem do General Comandante Arthur Duarte Candal da Fonseca de resgatar o desenvolvimento das batalhas sobre o terreno ,foi solicitar ao INCRA, um levantamento topográfico do terreno de 10 em 10 metros. E feito isto, passamos a estudar e reconstituir as duas batalhas sobre a carta fiel resultante , e com base nas diversas partes de combate entre os contendores. E tudo para orientar o projeto de construção do Parque

Foi um trabalho de chinês até finalmente o traduzirmos na obra As Batalhas dos Guararapes - análise e descrição militar. Recife: UFPE, 1971. 2v., lançado na inauguração do Parque Histórico Nacional dos Guararapes ,em 19 de abril de 1971 pelo Presidente Emílio Garrastazu Médici, grande animador da idéia através do Ministro do Exército Gen Ex Orlando Geisel e do Chefe de Estado-Maior do Exército Gen Ex Alfredo Souto Malan (hoje patrono de cadeira na AHIMTB)que dera início a idéia do Parque .

Foi lançado igualmente o livro A grande festa dos lanceiros. Recife: UFPE, 1971. Obra resgatando a cerimônia de inauguração do Parque Histórico Marechal Osório, em Tramandai /RS e as providências que resultaram na construção do Parque Histórico Nacional dos Guararapes.

Obra que as p. 119/124 relacionou os integrantes dos 11 grupos de Trabalho que constituíram a Comissão Provisória de construção do Parque Histórico Nacional dos Guararapes, presidida inicialmente pelo General de Exército Arthur Duarte Candal da Fonseca e coordenada de fato por nós.

Vale lembrar a construção da rodovia do Parque, integrando-o por completo e executada pelo 4º DRF/DNER chefiado pelo Dr. Marcílio Anacleto Porto e sob o estímulo do Cel Mário David Andrazza, Ministro dos Transportes. Ela hoje se encontra em excelente estado de conservação decorridos 31 anos e facilitando a fiscalização , as demonstrações históricas e a contenção das invasões.

Ao grupo de Trabalho nº 6, integrado pelo Dr. Murilo Humberto de Barros Guimarães, Reitor da UFPE e o Professor José Antônio Gonsalves de Mello coube o estudo e proposta de obras relativas a Restauração de Pernambuco, nas quais incluíram os citados trabalhos de nossa lavra.

No grupo de trabalho nº 8, constituído por D. Basílio Penido Abade do Mosteiro de São Bento e o Dr. Ayrton Almeida de Carvalho, Delegado do 1º Distrito. Ao DPHAN coube o projeto e execução de recuperação do Santuário N. S. dos Prazeres, que ora encontrei necessitando urgente recuperação, mas com suas dependências sociais para eventos muito melhoradas e ampliadas.

Lembro como se fora hoje, na véspera da inauguração o Dr. Ayrton, fiel às lições de Rodrigo de Mello Franco, seu ídolo e modelo , trabalhando humildemente e de joelhos no enceramento do piso do Santuário.

Ao grupo de Trabalho nº 9, chefiado pelo Dr. Alexandre da Costa Rodrigues, Delegado Regional do INCRA coube a importante tarefa do levantamento topográfico dos Montes Guararapes e o estabelecimento de uma cerca em torno da área, contendo em seu interior os montes, para conter as invasões em curso que já haviam tomado as baixadas da enorme área então desapropriada pelo Presidente Humberto Castelo Branco.

Do grupo de Trabalho nº 1, cuja missão era realizar um levantamento sócio-econômico das casas existentes na área desapropriada destacou-se a professora Eugênia M. César de Medeiros da Fundação Joaquim Nabuco, respaldada com o decidido apoio de seu presidente Dr. Mauro Mota e mais do pesquisador Dr. Waldemar Valente com os quais muito aprendi e muito contatei.

De retorno a Recife 31 anos depois constatei Mauro Mota consagrado numa sala do Hotel Beira Mar um hotel onde me hospedei e Waldemar Valente, prefaciador de nosso livro A Grande festa dos Lanceiros, hoje nome de uma sala no Museu do Homem do Nordeste que conheci como Museu do Açúcar e do Álcool então dirigido pelo Dr. Luiz Pereira da R. Oiticica. Museu para cuja revista colaborei com artigo sobre o padre Antônio José Caldas, alagoano que teve grande influência na Proclamação da República Riograndense.

No grupo de trabalho nº 3 destinado a projetar o revestimento florístico lembro do grande cientista professor Vasconcelos Sobrinho, com quem muito aprendemos e de quem pela primeira vez ouvi falar em preservação ambiental Figura ilustre que viria a prefaciar nosso livro lançado pela UFPE Símbolos do Rio Grande do Sul, subsídios para sua revisão histórica legal. Recife: UFPE, 1971.

Lembro do Professor Vasconcellos Sobrinho falando na angústia do rio São Francisco que não poderia a um só tempo servir a irrigação e a geração de energia e que estava em progressiva perda de seu volume de água em razão do desmatamento das margens de seu curso médio e do elevado grau de evaporação da água acumulada nas represas das hidroelétricas .Alertava para a progressiva desertificação do Nordeste ,exemplificando com o que constatara na África .Propunha como solução a retirada temporária de bovinos ,muares e caprinos das margens do vale do médio São Francisco por algum tempo para que o revestimento florístisco fosse refeito e com ele o renascimento de nascentes de cursos d’água tributárias do São Francisco e afluentes. Iniciou a passar seus ensinamentos aos sertanejos atribuindo em cartazes com gravuras espalhadas no sertão como se os conselhos de preservação ambiental fossem do padre Cícero Romão Batista.

Creio que processo de comunicação informal mais eficiente e que ele passou a adotar foi depois de alertá-lo que sua razões acadêmicas não atingiam o povo do Nordeste que seria o principal agente da preservação ambiental .E passou a comunicar-se na linguagem do povo do Recife e do Sertão ,convencido da tese do ilustre pernambucano Abelardo Barbosa o Chacrinha de" quem não se comunica se estrumbica ."

O Grupo nº 11 destinava-se a organizar um concurso de âmbito nacional para selecionar anteprojeto para Monumento Principal dos Guararapes.

Integramos este grupo preparando e distribuindo subsídios históricos orientados pelos historiadores José Antônio Gonsalves de Mello, Nilo Pereira, Jordão Emerenciano (autor de livros sobre as batalhas) e arquitetônicos orientados pelos arquitetos Ayrton da Costa Carvalho, Augusto Carlos da Silva Telles, Roberto Burle Marx e Dr. Aldano Andrade Lima.

Julgado o concurso, presidido por Gilberto Freyre ,nenhum projeto satisfez a Comissão.

Contribuiu com idéias o Grupo de Trabalho nº 10 encarregado de um plano paisagista do Parque que foi integrado pelo paisagista Abelardo Rodrigues, grande colecionado de imagens e que a certa altura das discussões contou-nos a seguinte história para conter idéias faraônicas de um membro da Comissão.

Conhecera no Recife um autor de uma peça teatral que estava profundamente decepcionado por não encontrar patrocínio para a sua peça.

E seu interlocutor perguntou-lhe como ela seria. E recebeu como resposta:

Seria aberta com cerca de 100 figurantes tocando trombetas e um desfile de expressiva quantidade de cães calgos. E prosseguiu com seus delírios impossíveis de mobilizar. Daí a recusa de encenação de sua peça.

A cargo do arqueólogo Marques Albuquerque foi realizada pela UFPE, com apoio de soldados da Policia Militar de Pernambuco uma pesquisa arqueológica que noticiamos na imprensa de Recife,.conforme a relação de artigos nossos ao final .Lembro que por um acaso ao ser removido um poste na frente do Santuário foram descobertas ossadas humanas tidas entào como de mortos nas batalhas .Desconheço as conclusões .

Nem todos os grupos cumpriram suas missões. Mas em 19 de abril de 1971, o Parque Histórico foi inaugurado oficialmente em 3 (três) estações: Inicialmente junto ao Monumento a FEB, depois na Igreja N. S dos Prazeres, e finalmente na área hoje do Mirante .

Registraram as cerimônias de inauguração com apoio em trabalho nosso e ilustrado O Caderno Moinho Recife n o 9 e a Revista Asas do Nordeste .mai/jun 1971 .Nesta transcrevemos o discurso de Gilberto Freire, orador oficial da inauguração do Parque e sua foto no momento em que pronunciava se histórico discurso .Discurso memorável depois editado em plaqueta pala UFPE da qual recebi exemplar do autor com este estimulo de reconhecimento ao nosso trabalho .

"Ao Major Cláudio Moreira Bento ,organizador admirável de boa parte das memoráveis comemorações das batalhas dos Guararapes em 19 de abril de 1971 .Gilberto Freire .Recife,1971 .

Antes , em artigo no Diário de Pernambuco de 20 mai 1971, e difundido pelos Diários Associados sob o título – A propósito das comemorações dos Guararapes , iniciou com referências a nós e ao Dr Airton Carvalho :

"Ao sensibilizar-se , como se sensibilizou , para as comemorações dos Guararapes , para cujo brilho concorreram entre outros , o Major Cláudio Moreira Bento ,autor do bom estudo técnico das famosas batalhas e o Dr Ayrton Carvalho....."

Referia-se que o povo havia se sensibilizado com os heróis de Guararapes com se sensibilizava com Roberto Carlos ,Pelé e outros ídolos populares do presente .

Mauro Mota através de artigo Batalhas dos Guararapes no Diário de Pernambuco de 20 de junho de 1971 comentou de modo estimulante o lançamento de nosso livro sobre as Batalhas assim o iniciando.

"O Major Cláudio Moreira Bento –gaúcho pernambucano ,pois vivendo pouco mais de um ano em Pernambuco ,foi como se aqui tivesse vivido pouco mais de um século , tal a sua integração nos temas de nossa Historia....."

E mais adiante : "O Major Bento tomou a peito dirimir de uma vez por todas , as numerosas dúvidas existentes e o conseguiu de forma irretorquível e magistral , após demoradas e cuidadosas pesquisas ..."

E concluiu seu artigo com as seguintes recomendações :

"O livro do Major Bento exige catalogação nas bibliotecas públicas , nos colégios nos ginásios , nos Cursos de História .É um livro que impõe a inclusão de seu autor nos quadros de sócios do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro , como já o lembrou o historiador Pedro Calmon ."

Mereceu grande incentivo nossos livros de parte do intelectual amigo Nilo Pereira na sua coluna Notas Avulsas do Jornal do Commércio de 28,29 e 30 de abril e de 1 e 2 de maio de 1971 .

O cronista social Alex do Jornal do Commércio muito nos ajudou a divulgar a idéia do Parque ,desde 7 de junho de 1970.

No interior da igreja o Presidente Médici e sua esposa foram alvo de emocionante homenagem de três crianças de Pernambuco do Grupo Escolar Felipe Camarão ,uma branca outra negra e uma terceira de ascendência índia, representando as raças que combateram em Guararapes .Falou por eles o aluno Moisés .hoje beirando os 40 anos .

Homenagem que mais tarde ,em 10 de junho de 1971 .no mesmo lugar fomos o alvo e de surpresa , por iniciativa do Dr. Ayrton da Costa Carvalho e do historiador José Antônio Gonsalves de Mello,

Ao que recordo foi a nós doado um livro exemplar único da lavra da professora Elisa Vegas Medeiros e seus alunos mencionando nossa participação na concretização do Parque . A surpresa da homenagem e a emoção resultante do reconhecimento das crianças pernambucanas ali representadas, me levaram a chorar .Foi interprete da homenagem o citado aluno Moisés .E ali presente agora muito afeiçoado a min o irmão Quiliano zelador do Santuário depois de resistências iniciais a que se mexesse na igreja .

A última cerimônia foi no local onde se encontra hoje o Mirante, em cujo interior se encontram mapas ampliados retirados de nosso livro então lançado As Batalhas dos Guararapes que orientam os visitantes a conhecerem e identificarem os locais e lances da Batalha.

Esta cerimônia consistiu no hasteamento das bandeiras do Brasil e de Portugal e a dos Estados. Estas trazidas por 31 estudantes que sob nossa coordenação haviam realizado o Projeto Rondon nos Guararapes. A de Portugal por um cadete da Arma de Engenharia do Exército de Portugal, a minha Arma.

O Projeto Guararapes do Projeto Rondon do qual participaram pela vez primeira , estudantes de outras áreas como História, Biblioteconomia, Sociologia foi constituído por 6 alunos de História, 6 de Biblioteconomia ; 2 de Botânica ; 4 de Sociologia ; 2 de Arquitetura ;2 de Belas Artes ;4 de Serviço Social e 3 cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras atendendo a pedido nosso .Deles 15 eram nordestinos .

Formulamos para cada Grupo de Trabalho o que pesquisar .E como coroamento a SUDENE publicou trabalhos do mesmos sob o título O Projeto Rondon nos Guararapes e tudo graças ao empenho do Coordenador Regional do Nordeste do Projeto Rondon Estanislau de Oliveira .

Na cerimônia de hasteamento das bandeiras ,vivi um momento de grande emoção ao ouvir um conhecido locutor pernambucano ler trecho alusivo de nossa lavra sob o título O Espírito Sagrado dos Guararapes , mais tarde publicado no Caderno 9 do Moinho Recife

O orador da cerimônia principal foi Gilberto Freyre cujo convite para tal, em nome do comandante do IV Exército e então o Gen Ex João Bina Machado, foi realizado por mim e pelo Cel Ex Antônio Duarte Ribeiro, então comandante da Polícia Militar de Pernambuco.

Fomos recebidos com carinho e atenção pelo ilustre pernambucano e esposa em seu sítio no bairro do Apicucos onde residia desde 1940. E muito gentilmente mostrou-nos as instalações térreas de seu solar e serviu-nos um cálice de seu delicioso e famoso licor de pitanga. Me chamou a atenção o grande número de estatuetas de Santo Antônio na sala de estar ,ao que fui informado gratidão de Gilberto Freyre por haver casado com sua esposa quando já era um solteirão .

Ao saber que éramos gaúcho mencionou que "éramos mais brasileiros que os demais ,porque havíamos optado e lutado pela nacionalidade brasileira ."E recordou alguns gaúchos que conhecera como Dante de Laytano e Moisés Velhinho e de suas colaborações na Revista Província de São Pedro.

Mais tarde em companhia do General Bina Machado, fomos visitar a Fundação Joaquim Nabuco, onde fomos fotografados com Gilberto Freyre mais Mauro Mota numa "cadeira de conversar "que os 4 ocupantes podiam entreter uma conversação animada olhando-se nos olhos .Foto reproduzida em jornal local e aqui reproduzida.

A visita foi para agradecer a muito solidária colaboração da Fundação Joaquim Nabuco para tornar o Parque dos Guararapes uma realidade e ao fato de Gilberto Freyre haver sido o orador na inauguração do Parque ,representado o IV Exército.

Lembro como curiosidade uma foto de uma personagem do interior de Pernambuco mostrada por Mauro Mota para nós. Era um cidadão fardado com sua espada e em posição marcial e solene e sentado tendo a seu lado de pé , um homem negro humilde e na foto esta inscrição:

"Eu e o meu Estado-Maior!"

Outra foto impressionante foi a de uma "mãe preta", tendo seu lado encostando confiante a sua cabeça na sua mãe preta um menino . Foto que ampliada reencontrei em visita ao Museu do Homem do Nordeste .

Lembro de havermos percorrido o Museu da Fundação guiados por Aécio de Oliveira , muito gentil e solícito .

Lembro que o jornal da UFPE publicou reportagem sobre as batalhas do Guararapes com dados retirados de nosso livro sobre as Batalhas e de iniciativa de Ariano Suassuna, com o qual não tive a felicidade de contatar .

E foi assim que privamos há 31 anos com Gilberto Freyre, José Antônio Gonçalves de Mello Jordão, Emerenciano, Nilo Pereira , Vasconcellos Sobrinho, Waldemar Valente, Ayrton da Costa Carvalho, Leduar Assis Rocha, Abelardo Rodrigues, Mauro Mota, Luiz Pereira da Rosa Oiticica, D. Basílio Penido , Marcos Albuquerque etc Personalidades hoje falecidas em maioria ,penso, e das quais guardo em meu arquivo pessoal recordações.

 


 

O Recife em 2002

 

Retornamos ao Recife de 21 a 24 maio 2002 tendo como objetivo central presidir em seu Colégio Militar sessão solene da Academia de História Militar Terrestre do Brasil para empossar como acadêmicos o Cel José Fernando Maia Pedrosa ,na cadeira General João Pereira de Oliveira, sergipano , e Frederico Pernambucano de Mello na cadeira especial Prof. José Antônio Gonsalves de Mello , recém falecido e com quem privamos intensamente em 1970/71.

Foi uma oportunidade para revermos ,com vagar e com tempo ,Recife e colher impressões sobre as mudanças ocorridas.

Antes haváamos passado por Recife em 1975,como aluno da Escola Nacional de Informações . E numa vota turística por Olinda um colega no ónibus perguntou para a guia algo acerca das Batalhas dos Guararapes e ele respondeu indicando- lhe o livro do Major Cláudio Moreira Bento .Foi surpresa para nós e mais para os colegas que desconheciam –me como historiador .Mas foi agradável ouvir que havia permanecido a nossa contribuição .

Estivemos no Recife nas comemorações dos 350 anos, em 1998 ,da 1ª Batalha dos Guararapes a convite de nosso filho Capitão de Corveta Carlos Noberto Stumpf Bento que foi classificado em 2º lugar num concurso de sites sobre as Batalhas dos Guararapes em que se baseou em informações retiradas de nosso livro As Batalhas dos Guararapes ,lançado em 1971 O Prêmio lhe deu direito a passagem e hospedagem no Hotel Beira Mar com acompanhante.

Então vivemos duas grandes emoções. A primeira, cerimônia no Forte do Brum, onde assisti ele receber o prêmio a que fez jus das mãos do Ministro do Exército Zenildo de Lucena, pernambucano de São Bento da Una, que mais tarde se basearia em nosso trabalho - Abreu e Lima o brasileiro que foi general de Bolivar ,publicado na Revista A Defesa Nacional nº 725, mai/jun 1986 para consagrar o General Abreu e Lima como patrono da Companhia de Engenharia do Exército localizada em São Bento da Una.

Outra grande emoção foi assistir a inauguração do Mirante do Parque Nacional dos Guararapes tendo uma sala envidraçada contendo uma maqueta e mapas reproduzidos de nosso livro As Batalhas dos Guararapes. Estando discretamente do lado de fora, foi emocionante ouvir do expositor , e como historiador gaúcho, que os mapas ali expostos para mostrar aos visitantes o desenvolvimento das batalhas eram de autoria do Major Cláudio Moreira Bento, acidentalmente ali presente.

Em 2.000 fomos convocados mais uma vez, agora pelo comandante da 7ª RM/7ª DI ,Gen Div R. Yog M. Uchôa , para em companhia do Cel José Fernando Maia Pedrosa e Frederico Pernambucano Mello, realizarmos no auditório da SUDENE palestras sobre em Guerras Holandeses, cabendo a nós falarmos sobre as Batalhas dos Guararapes, com poio em mapas reformulados para a reedição condensada do livro sobre as Batalhas e recurso do Power Point.

No outro dia uma grande e inesperada emoção. Formada toda a guarnição Militar do Recife em torno do , a cerimônia teve início com um convite do General Uchôa para nós hastearmos o Pavilhão Nacional nos Guararapes, homenagem ao nosso pioneirismo, 29 anos ,antes na idéia do Parque Histórico Nacional dos Guararapes.

Deixou-nos feliz e orgulhoso assistir os diversos grupos de oficiais colocados em diversos pontos do Parque demonstrarem detalhes da Batalha baseados em nosso livro, bem como o Gen Maynard Marques Santa Rosa, hoje comandante da 7ª RM/7ª DE , fazer a partir do Mirante um giro do horizonte, também baseado em nosso livro, e assistentes e expositores nos procurarem para respondermos sobre dúvidas.

E todas estas visitas foram corridas, sem tempo para sentir a cidade e outros pontos de interesse cultural e turístico que conhecêramos e vivenciáramos há 31 anos.

 

Novas instalações do Exército

 

No dia 22 de maio conhecemos as modernas e primorosas instalações do Colégio Militar e 7ª RM/7ª DE e do CMNE, Esquadrão de Cavalaria e Brigada de Infantaria Motorizada, na periferia da cidade próximo da SUDENE e Universidade Federal de Pernambuco que havíamos freqüentado amiúde em 1970/71. Instalações condignas que contrastavam com as singelas e acanhadas instalações que havia conhecido da 7a Região e IV Exército na rua do Príncipe, e hoje integrando o Hospital Militar. E mais as do Esquadrão de Reconhecimento que conheci aquartelado e exprimido, no Forte das Cinco Pontas. Aliás, fortificação por mim abordada com gravura pintada especialmente no nosso álbum A História do Brasil através dos seus Fortes: Porto Alegre: GBOEX, 1982.

Visitas culturais

 

Na tarde de 22 maio saímos a procura da Fundação Joaquim Nabuco e de repente por equívoco o motorista parou defronte a Fundação Gilberto Freyre, cuja existência desconhecíamos.

E adentramos o recinto e descemos do carro defronte a casa de Gilberto Freyre onde fôramos recebidos junto com o Coronel Gabriel Ribeiro como referido anteriormente.

E veio a nossa mente a lembrança da casa que conhecêramos, só que mais afetada pela ação do tempo.

E guiados por uma simpática funcionária adentramos a casa que se encontrava como a conhecêramos e inclusive as pinturas dos bisavós maternos e paternos e pais de Gilberto Freyre. Ao adentrarmos na biblioteca e local de trabalho, levamos um pequeno choque ao deparar como se fora uma pessoa, um vulto sentado numa cadeira e escrevendo numa tábua. Logo identifiquei tratar-se de uma reprodução muito fiel, do mestre, sentado numa poltrona escrevendo numa tábua, encostado numa rede enrolada como calço protetor de sua coluna e com uma perna sobre o braço da poltrona.

Na sala de estar ainda as várias estatuetas de Santo Antônio

Visitamos no andar superior o quarto do ilustre casal que permanece como o deixaram, bem como os quartos do filho e filha. A sala de jantar permanecia como a conheci, com seus serviços de chá e as paredes decoradas com gravuras em azulejo proveniente de uma demolição em Portugal.

Em seguida passeamos em torno da casa ,um jardim frondoso com algumas trilhas e muitos pés de pitanga e no fundo o Memorial construído em memória do mestre onde se encontram os seus restos mortais e de sua esposa. E ao lado um conjunto cultural com salas de aula, sala de exposição e um auditório para encontros sobre Tropicologia.

A seguir pensando estar na sede inicial da Fundação Joaquim Nabuco, entramos numa de suas repartições onde trabalha o Professor Frederico Pernambucano de Mello, então em missão em Nova York e que foi representada ali em sua posse pelo seu assistente Anco Márcio com quem trocamos idéias sobre a cerimônia da Academia no Colégio Militar .

Ali conhecemos estarmos na casa onde residiu Belmiro Gouvêa um grande empresário pernambucano no início do século, construtor da 1ª usina hidrelétrica no rio São Francisco.

O dia 23 de maio foi dedicado a sessão solene no Colégio Militar de posse dos acadêmicos Cel José Fernando Maia Pedrosa e Frederico Pernambucano de Mello. Ocasião que com a brilhante participação de um aluno e quatro alunas do Colégio foi realizado o cerimonial de posses de acadêmicos e enfatizado por nós e pela oração do professor Frederico ausente, o grande valor e expressão com historiador de José Antônio Gonsalves de Mello com quem muito privara e o visitara por mais de uma vez em seu apartamento na rua Aurora.

Ao final usamos a palavra cujo texto reproduzímos em anexo e lido por uma neta de um ex Governador de Pernambuco ,ao que mi falaram depois .

No dia 24 visitamos pela manhã o Parque Histórico Nacional dos Guararapes e o Museu da Cidade no Forte de Cinco Pontas.

No Parque Guararapes entramos pelo portão que abríramos com auxílio com auxílio do DNER em 1971, como entrada secundária ou saída do circuito.

Fomos direto ao Mirante, onde fomos apresentados a um cabo encarregado de fazer explanações aos visitantes. Como novidade um mapa da região em cimento com o Teatro de Guerra da Insurreição de Pernambuco, como preparação contextua dos visitantes para a exposição das batalhas e baseado em esboço por nós elaborado constante da História do Exército Brasileiro 1972, v. 1 p. 173.

Estranhou o cabo citado a ausência entre os heróis de Guararapes do Sargento Maior(major) Antônio Dias Cardoso, cuja contribuição militar foi relevante para a vitória da Insurreição, conforme interpretamos do ponto de vista militar, com apoio em estudo profundo em Restauradores de Pernambuco .de José Antônio Gonçalves de Mello e que publicamos no nosso As batalhas dos Guararapes ... com o aval ao final do mestre Luiz Câmara Cascudo que escreveu entre outras coisas o que vale transcrever nessa memória e a p.156:

.

"Major Cláudio Moreira Bento .....Parabéns pela útil exaltação de Dias Cardoso ,soldado do Rei em serviço no Brasil ,numa legitimidade heróica na tarefa inesquecível .Louvo-o muito bem , quando os profissionais de História o esqueceram .Seu estudo incisivo e claro , denuncia o espírito do historiador ,vivendo a figura evocada , na solidariedade patriótica .Repito.Meus parabéns .Fui um velho professor de História .Seu admirador .Câmara Cascudo." ( Prof Emérito da UFRN).

 

Nossa abordagem sobre Dias Cardoso publicada na História do Exército em 1972 em Guerras Holandesas e lançada pelo Estado- Maior do Exército como contribuição ao sesquicentenário da Independência, publicou alegoria com apoio em seu busto existente em Vitória de Santo Antão .Desde então foi ampliada a gravura e cultuado pelas forças especiais Dias Cardoso como um modelo de atuação como eles doutrináriamente o fazem. Mais tarde foi solicitada a nossa presença no Batalhão de Forças Especiais do Exército para instruir historicamente proposta ao Escalão Superior para Dias Cardoso como denominação histórica do Batalhão de Forças Especiais ,a qual aprovada. Se existirem dúvidas sobre figurar ou não entre os heróis de Guararapes e só realizarem leitura atenta de nosso citado livro As Batalhas dos Guararapes e nele sua biografia .Talvez a animosidade justificada dos pernambucanos contra os portugueses tenha sido responsável pela exclusão política do português Dias Cardoso entre os heróis de Guararapes e feita a seleção por critério politico-social e não critérios militar .Ou um branco da ilha da Madeira, Antônio Fernandes Vieira; um mulato ,André Vidal de Negreiros ;um negro Henrique Dias e um índio Felipe, Camarão .Este critério político social ,em detrimento do militar social julgo ,salvo melhor juízo, foi adotado no Exército na figura dos Patriarcas do Exército .Ainda é tempo de se fazer justiça a este grande profissional das armas e colocar sua gravura no Parque Guararapes.

Visitamos o Parque com vagar e emoção cívica e constatarmos vitoriosa a idéia pelo qual lutáramos há 31 anos. Chamou-me atenção a construção de um centro esportivo a céu aberto, justo no meio de uma das vias de acesso usadas pelos patriotas na 1ª batalha , para desbordar o Boqueirão .Este hoje descaracterizada pela rodovia BR 101 e casario de ambos os lados. Notamos o crescimento no Parque da vegetação, inexistente que 1971 que permitia profunda visão do alto dos montes e dos vales entre os montes.

A entrada principal que conduzia direto à Igreja N. S. dos Prazeres estava completamente descaracterizada e tomada por casario, obrigando a recuar os portões de entrada, que estavam fechados não permitindo articular-se as duas entradas do parque. E as invasões da depressão atrás da igreja haviam aumentado consideravelmente. Em 1971 elas eram rarefeitas permitindo conviver com elas ,então levantadas pela Fundação Joaquim Nabuco . Mas elas explodiram sem controle .

O mais triste foi constatar a falta da placa colocada no local onde ao retornar da FEB o General Mascarenhas de Morais ali havia colocado simbolicamente os louros da vitória conquistada pela FEB.

Placa inaugurada junto com Monumento a FEB, no 25º ano do Dia da Vitória ,em 28 dezembro 1970, conforme documento em fotos no nosso livro sobre as Batalhas dos Guararapes entre as páginas 165/166.

Placa contendo os seguintes dizeres:

 

"Nesta colina sagrada . na Batalha vitoriosa contra o invasor, a Força Armada do Brasil se forjou e alicerçou, para sempre ,a base da nação brasileira. Na qualidade de comandante da Força Expedicionária Brasileira, deponho no Campo de Batalha dos Guararapes, os louros que os soldados de Caxias alcançaram contra as tropas germânicas nos campos de batalha do Serchio, dos Argentinos e do Vale do Pó.

General Mascarenhas de Morais Comandante da FEB

Recife, 9 de julho de 1945"

 

Monumento que conseguimos que o Prefeito de Recife Dr Geraldo Magalhães ,construísse em tempo record , em momento em que houve um certo desânimo em levar o Parque para frente .Providência esta que reacendeu a vontade política de levá-lo avante .

Visitamos a Igreja N. S. dos Prazeres que encontramos necessitando reparos gerais mas ,mais freqüentadas como paróquia e bem equipada para casamentos e em cujo interior em 19 de abril de 1971, foram lançados informalmente, presentes altas autoridades da República nossos livros :As Batalhas da Guararapes e A grande festa dos lanceiros, citados que foram logo motivo de comentários positivos pelo Dr Nilo Pereira em sua Notas Avulsas do Jornal do Comércio .

Concluímos que as invasões se ampliaram nestes 21 anos ultrapassando as cercas construídas pelo INCRA em 1971.

Cerca construída para conter as invasões da área desapropriada que comparada a bandeira nacional a cerca representaria o círculo da bandeira e no seu interior os Montes Guararapes e deixando em seu interior invasões rarefeitas na depressão entre os morros da Igreja e do Mirante, que foram levantadas por equipe da Fundação Joaquim Nabuco e não removidas então. Remoção na época só de uma casa pelo DNER para construir o acesso secundário, hoje acesso principal.

Entre os portões do hoje tumultuado acesso secundário muito lixo atirado que me fez lembrar a visita do Presidente Clinton à Mangueira no Rio, que na expressão de Jamelão "ele parecia um pinto no lixo".

E foi isto que me lembrou um pintinho preto feliz circulando no monte de lixo junto ao portão que impediu a articulação dos dois portões de acesso ao Parque.

Se não houver uma fiscalização atenta e de esperar-se a ampliação das invasões. E acreditamos que o recuo das porteiras de acesso à Igreja dos Prazeres e de articulação com o acesso principal, se deva ao descontrolado crescimento da invasão da área na depressão atras da Igreja e na frente do Mirante.

O resto da imensa área desapropriada pelo Presidente Castelo Branco foi invadida e creio sem recuperação pelo Patrimônio da União .

Hoje o Parque e percorrido por soldados a cavalo para melhor protege-lo.

 

Visita ao Museu da Cidade

 

Depois de demorada visita ao Parque fui visitar o Museu da Cidade no Forte das Cinco Pontas e que visitara várias vezes como caserna do Esquadrão de Cavalaria Mecanizada.

Logo na entrada, à direita , deparamos com alegria com a Sala José Antônio Gonsalves de Mello que retrata fielmente a vida e obra do grande e modelar historiador pernambucano ,cuja cadeira especial com seu nome havíamos inaugurado no dia anterior no Colégio Militar do Recife e ocupado por seu sobrinho e filho de criação Frederico Pernambucano de Mello ,segundo o Anco Márcio que representou o acadêmico Frederico em sua posse por estar e Nova York em missão ligada ao retorno de valiosa peça histórica sacra do Brasil ,para lá levada para exposição .

Visitamos demoradamente o Museu onde ampliamos o conhecimento do passado bem conservado do Recife.

Estranhamos a posição das etiquetas informativas a uma altura que obriga o visitante a inclinar-se bastante para lê-las e de modo incômodo.

Uma guia muito simpática nos prestou informações singulares e desconhecia que ali havia sido fuzilado o Frei Caneca e os holandeses assinado a sua rendição em 1654.

 

Visita ao Museu do Homem do Nordeste

A tarde realizamos visita ao Museu do Homem do Nordeste que conhecêramos como Museu do Açúcar e do Álcool. Foi muito instrutiva. Conhecermos detalhes da lavoura canaviera e da produção de açúcar ,sobre a escravidão no Nordeste , peças de ex votos ,folclore ,aspectos da vida no sertão e no litoral .Enfim sobre o Nordeste ,lamentando não existir no meu Rio Grande do Sul um Museu do Gaúcho que resgatasse a vida no Campo e na Cidade .Vou tentar provocar esta iniciativa .Achei iniciativa louvável .

E em todos este complexo cultural hoje ampliado senti a presença espiritual e a orientação de Gilberto Freyre .

 

Impressões do Recife

 

Recife de 31 anos depois me deixou excelente impressão .O seu sky line , ou visão de seus edifícios, altos novos e de variado e moderno aspecto arquitetônico me impressionaram positivamente .A praia de Boa Viagem que conheci com poucos edifícios e a sua retaguarda grandes vazios, esta linda e moderna .Até a Brasília Teimosa esta com um via asfaltada e o antigo bairro do porto recuperado Caminhei em seu calçadão em três manhãs a partir do confortável Hotel Samaroni. E fiquei encantado com a sua beleza , a variedade de seu edifícios ,junto a praia e atrás dela .O Shopping Recife uma maravilha de variedades e organização. Enfim poderia dizer satisfeito: Recife foi bom de rever !

A primeira vez que tomei conhecimento de Pernambuco foi no Curso Primário em minha cidade natal Canguçu - RS onde as professoras usavam a palavra pernambuco com 10 letras, diferentes, para dar a notas aos alunos no exame oral sem que eles soubessem quanto e onde o 0 correspondia ao grau 10 o que causava certa confusões , como numa aluna aplicada que chorando dizia as colegas .Eu tenho certeza que respondi tudo certo e a professora me deu grau 0(Zero).

Quando viajava num ITA ,de Pelotas para Porto Alegre em 1950 ,para prestar exames na Escola Preparatória de Cadetes conversei muito com um simpático menino pernambucano que me descreveu com amor e saudades o seu torrão natal. E recordo da sua frase com forte sotaque ,ao perguntar-lhe como era Recife .Resposta que l chamou-me a atenção e nunca mais esqueci . "Recife é uma cidade pequena porem decente! " Hoje eu poderia dizer Recife e uma cidade grande, porém moderna e decente !.


 

Nossa participação na imprensa de Pernambuco

 

Durante minha permanência no Recife em 1970/71 escrevi muitos artigos no Diário de Pernambuco e no Diário do Commércio ,cuja relação declino a seguir por talvez um dia serem de utilidade cultural e mesmo para que este relato se incorpore as minhas Memórias .

 

JORNAL DO COMMÉRCIO - Recife/ PE

1 - Pernambuco na Revolução Farroupilha.................................. 21 mai 1970

2 - Primeiro parque histórico do Brasil........................................ 11 jun 1970

3 - Batalha Naval do Riachuelo..................................................... 12 jun 1970

4 - A brasileira heroina de dois mundos (Anita Garibaldi)............ 14 jun 1970

5 - Um grande ídolo popular do passado...................................... 19 jun 1970

6 - Vim ver e vi a mão verde oliva............................................... 27 jun 1970

7 - John Griggs - O líder do lanchão farroupilha "Seival".............. 03 jun 1970

8 - Um lanceiro farroupilha (Joaquim Teixeira Nunes)................... 04 jun 1970

9 - Os lanceiros negros e a Abolição.... ......................................... 10 jun 1970

10 - Garibaldi: o homem de ação de seu Século............................. 06 jun 1970

11 - Bagé homenageia o legendário lanchão farroupilha "Seival".... 13 ago1970

12 - Mallet patrono da Artilharia (mereceu voto de louvor da Câmara Municipal do

Recife....................................................................................... 10 jun 1970

13 - Arraial Novo do Bom Jesus...................................................... 1º nov 1970

14 - Bombardeio do Recife holandês (abordagem inédita)........... 22 nov 1970

15 - Heroinas de Tejucopapo.......................................................... 06 dez 1970

16 - Parque Histórico Nacional dos Guararapes.............................. 17 dez 1970

17 - Aniversário da 1ª Batalha dos Guararapes................................. 18 abr 1971

18 - Presidente Castelo Branco e os Montes Guararapes................. 18 abr 1971

19 - Dia da Vitória (síntese esforço de guerra brasileiro II GM......... 08 mai 1971

20 - Como vai o Parque Guararapes................................................. 04 fev 1971

21 - A outra face do IV Exercito (no Desenvolvimento)..................... 21 mai 1971

22 - Parque Histórico Nacional dos Guararapes-realidade................... 04 abr 1971

23 - Parque Histórico Guararapes - marco da nacionalidade................ 14 abr 1971

24 - Programa Inaugural do Parque Guararapes................................. 18 abr 1971

25 - Montes Guararapes - berço da Nacionalidade.............................. 18 abr 1971

26 - Gaúchos Homenageiam Pernambuco......................................... 2 1 abr 1971

27 - Aniversário da 2ª Batalha dos Guararapes................................. 14 fev 1971

28 - Ossada humana descoberta nos Guararapes (junto a igreja)...... 21 fev 1971

29 - Um parque histórico a mulher brasileira (Em Tejucopapo)............ 10 jun 1971

30 - Vitória de Santo Antão quer Parque Histórico em Tabocas............ 11 jul 1971

31 - A Batalha de Monte das Tabocas (síntese de pesquisas)........... 14 nov 1971

32 - Um sertanejo que foi um dos maiores generais do Brasil. ........ 16 mar 1971

33 - A guarnição federal do Recife há cem anos e seu comandante.. 15 jun 1971

34 - Caxias na pacificação da Questão Religiosa............................... 04 jul 1971

35 - Caxias e a órfã de guerra do Paraguai........................................ 05 out 1971

36 - Jordão Emerenciano (necrológico)............................................... 06 abr 1972

37 - Projeto Rondon integra e preserva............................................... 16 jan 1972

38 - Mallet - Patrono da Artilharia.......................................................... 10 jun 1972

39 - A História, a Geografia e as aspirações do povo brasileiro........ 30 jul 1972

DIARIO DE PERNAMBUCO - Recife/PE

  1. O Gaúcho primitivo: origens e evolução.......................................... 08 mai 1970
  2. O gaúcho a pé e o pernambucano a cavalo ................................. 21 mai 1970
  3. Os lanceiros negros farroupilhas ................................................. 20 jun 1970
  4. Guararapes e a Revolução( A pedido de Gilberto Freire).... 31 mar 1971 p.3
  5. Ossadas humanas encontradas nos Guararapes . ......................... 21 fev 1971
  6. Amanhã 323 anos da 1a Batalha dos Guararapes ......................... 18 abr 1971
  7. A guarnição do Recife há 100 anos e seu comandante Mallet........ 15 jun 1971
  8. Um parque histórico a mulher brasileira (Em Tejucopapo)............... 22 jun 1971
  9. General Osório - pensamento militar................................................ 4 out 1979

 

DIARIO DA NOITE- Recife/PE

  1. Uma brasileira heroina de 2 mundos ................................................ 05 jun 1970

 

CADERNO MOINHO DO RECIFE

Colaboramos com artigo O Espírito Sagrado dos Guararapes no Caderno Moinho do Recife n o 9 nov 1971 alusivo a inauguração do Parque Histórico Nacional dos Guararapes , ao lado de Gilberto Freyre com o artigo O pan-brasileilo Assis Chateubriand ,de Jordão Emerenciano, com Guararapes e a Unidade Brasileira .E mais com o release Parque Histórico Nacional dos Guararapes ,focalizando o histórico da construção do Parque e detalhes de sua inauguração. Caderno que distribuiu plaqueta de Leduar Assis Rocha sobre Otávio de Freitas ,Fundador do Ensino Médico em Pernambuco .

 

Apresentação do autor pelo Colégio Militar do Recife em 23 maio 2002 na sessão solene da Academia de História Militar Terrestre do Brasil em que foram empossado acadêmicos Frederico Pernambucano de Mello e o Cel José Fernando Maya Pedrosa

 

Cel Cláudio Moreira Bento "Gaúcho natural de Canguçu. É historiador militar brasileiro consagrado com cerca de 60 títulos publicados e mais de 1000 artigos na imprensa do Brasil e EUA e detentor de 7 prêmios literários e com artigos transcritos na Câmara Federal, assembléias de Goiás, Minas Gerais e Câmara de Resende. Há 6 anos fundou e preside a Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB), sediada em Resende, junto a Academia Militar das Agulhas Negras. Integra cerca de mais de 30 entidades de História, do Brasil, América do Sul e Europa. Integrou o Estado-Maior do atual CMNE em 1970/72 quando teve a seu cargo a coordenação do projeto, construção e inauguração do Parque Histórico Nacional dos Guararapes em 19 abril 1971, quando ali foram lançados seus livros editados pela Universidade Federal de Pernambuco As Batalhas dos Guararapes – análise de descrição militar e A Grande festa dos lanceiros. Este sobre a inauguração do Parque Histórico Marechal Osório. Como integrante da Comissão de História do Exército do Estado - Maior do Exército teve a seu cargo, como historiador convidado, o capítulo das Guerras Holandesas da História do Exército: Perfil Militar de um povo. Durante sua permanência no Recife colaborou nos jornais Diário de Pernambuco , Jornal do Comércio ,Caderno do Moinho Recife ,Revista Asas do Nordeste etc com artigos sobre História das Guerras Holandesas em Pernambuco. Coordenou o Projeto Rondon nos Guararapes realizado por 31 estudantes universitários vindos de todo o Brasil e cadetes da AMAN, entre os quais o Coronel Armando, que foi chefe recente do Estado-Maior do Comando Militar do Nordeste.

Como instrutor de História Militar da Academia Militar das Agulhas Negras 1978-80 ,nela introduziu o estudo das Batalhas dos Guararapes que fez constar do livros Brasil História Militar ,editado pela cadeira de História Militar e no manual de sua autoria Como estudar e pesquisar a História do Exército Brasileiro ,editado pelo Estado - Maior do Exército em 1978 e ora por este órgão mandado reeditar e sob a égide da Academia de História Militar Terrestre do Brasil.

Atualmente desenvolve o projeto História do Exército na Região Sul. E para a Escola de Comando e Estado - Maior do Exército: Brasil Lutas Externas e Internas, nas quais Pernambuco ocupa local de destaque. Síntese de sua vida e obra constam no Dicionário de Historiadores Brasileiros do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro v.1 de que é sócio emérito e do Dicionário Bibliográfico Gaúcho de Villas Boas. Sua biobibliografia completa consta no site www.resenet.com.br/users/ahimtb . Entre suas condecorações se destacam Comendador da Ordem do Mérito Militar e J. Simões Lopes Neto pela Câmara de Pelotas e Conde de Resende pela Câmara de Resende. Reside em Itatiaia/RJ e seu endereço eletrônico é bento@resenet.com.br . e o residencial Rua Florença Bairro Jardim das Rosas .Itatiaia –RJ CEP 27580-000."


PALAVRAS FINAIS DO PRESIDENTE DA ACADEMIA NO COLÉGIO MILITAR DO RECIFE EM 23 MAIO 2002

Hoje, decorridos 6 anos e 2 meses de fundada ,em Resende, A Cidade dos Cadetes, a Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB)realizou a sua 1 a sessão neste Colégio Militar , celeiro de futuras lideranças pernambucanas.

Empossamos como acadêmicos o Cel José Fernando Maya Pedrosa, na cadeira General João Pereira de Oliveira e Frederico Pernambucano Mello ,na cadeira especial José Antônio Gonsalves de Mello , o grande historiador de Tempo de Flamengos e de Restauradores de Pernambuco abrangendo heróis militares que lutaram em Guararapes onde despertou o espírito da Nacionalidade e o de Exército Brasileiro . Onde segundo ainda discurso que José Ántônio nos entregou e avalizou em que Gilberto Freire afirmara como deputado federal em 1945 :

"Que nos Montes Guararapes foi definido a sangue o destino do Brasil o de ser um só e não dois ou três hostis entre si ."

Como reflexão inicial vale lembrar aos jovens alunos deste Colégio Militar :

Ser o passado uma enorme planície onde correm dois rios .Um reto e de margens bem definidas que é o rio da História .Esta fruto da razão e da análise isenta da fontes históricas autênticas ,fidedignas e integras, à luz de fundamentos de crítica escolhidos. O outro é um rio cheio de curvas e meandros e de margens indefinidas e por vezes com perigosos alagamentos. Este, é o rio do Mito. E este fruto das paixões humanas, das fantasias , das manipulações, das deformações ,dos preconceitos e da injustiça etc. E, infelizmente predominante entre nós .Esta é uma importante lição para os jovens pernambucanos que nos assistem para que saibam exercer o seu espírito crítico para saberem distinguir a História do Mito .

A História Militar Terrestre tem sido tradicionalmente nas grandes nações, potências e grandes potências mundiais ,uma atividade nobre para soldados inativos e uma maneira de continuarem a contribuir para o progresso da instituição com a experiência que adquiriram .Aliás prática esquecida entre nós o que sugere análise profunda pela estreita ligação da História Militar com o desenvolvimento de uma Doutrina Militar . E neste objetivo vem se aplicando a nossa Academia num toque de reunir de soldados inativos e ativos e de civis também historiadores militares em delegacias espalhadas pelo Brasil . E nos conforta muito a adesão a esta idéia dos acadêmicos Cel José Fernando Maya Pedrosa e do historiador militar Prof Frederico Pernambucano Mello .

Dentre os objetivos que a Academia persegue registre-se o de resgatar, preservar e divulgar as obras de historiadores militares terrestres e com elas, expressivamente, a História Militar Terrestre do Brasil ,indiscutivelmente o Laboratório da Tática , da Logística e da Estratégia terrestres brasileiras

Aqui vale lembrar o Marechal Ferdinand Foch que saiu da cadeira de História Militar da Escola Superior de Guerra da França para comandar a vitória aliada na 1a Guerra Mundial e sob cujo comando lutaram 24 oficias de nosso Exército e inclusive o paraibano ,então Ten de Cavalaria José Pessoa , patrono da Delegacia de Brasília e futuro idealizador da Academia Militar das Agulhas Negras , onde como seu comandante dinamizou o ensino de História Militar e introduziu o de Geografia Militar, como a Geografia do Soldado ,a serviço do maior esclarecimento nos mais diversos escalões do fator da decisão militar - 0 TERRENO .Falou o marechal Foch:

"Para alimentar o cérebro (entenda-se Comando ) de um Exército na paz, para melhor prepará-lo para a indesejável eventualidade de uma guerra ,não existe livro mais fecundo em lições e meditações do que o livro História Militar.

Esperamos que a abordagem deste assunto, contribua para aumentar nos alunos deste colégio a perspectiva e identidades históricas do Brasil e de suas forças terrestres. Isto para que em melhores condições, como militares e civis possam vir a contribuir para o desenvolvimento e liderança das Forças Terrestres no início do insondável 3 o Milênio .E ,também, tentar despertar novas vocações de historiadores militares terrestres ,pois a categoria, se acha em fase de extinção ,por razões várias ,e em especial por invasões indébitas se sua função social por deformadores da História Militar com os mais variados e até inconfessáveis fins. Constatar é obra de simples verificação e raciocínio!

A História por seu poder de solidificar o patriotismo, o civismo , a auto estima de um povo e a identidade e perspectiva históricas do mesmo vem sendo atacada por parte da Mídia pelas estratégia do Silêncio alternada com a estratégia da Deformação por duas forças poderosas convergentes :o Comunismo através da estratégia do Grancismo e, o Poder Econômico que domina o Mercado Mundial ,uma variante em nossos dias do Bezerro de Ouro da Bíblia .Constatar é obra de simples verificação e raciocínio

Cabe pois aos que nos ouvem e futuros lideres civis e do Exército ,saber distinguir como foi assinalado a História do Mito .Deste hoje tem sido vítimas preferidas as nossas Forças Armadas e Auxiliares de parte de parcela de agentes da Mídia em especial .

E neste contexto procuram envolver a juventude estudantil do Brasil Mas as falsidades e deformações de nossa História continuam produzindo seus efeitos como se verdadeiras, no seio da juventude que não teve contado com as Forças Armadas.

Disto resulta uma desorientação de parcela desta juventude que se entrega a prática de valores que confrontam e mesmo agridem os enumerados pela Sociedade Brasileira na Carta Magna .Fato diagnosticado por alguns analistas como falta de Religião e de História e do que decorre a falta de identidade e de perspectiva históricas. E nisto vem a Academia se aplicando em esclarecer manipulações que distorcem e comprometem a verdadeira imagem das forças terrestres com calúnias , deformações e manipulações que circulam com foros de pretensa História .Ou seja não se limita a AHIMTB a indignação pura e simples .Parte como ONG para o debate democrático defendendo a sua verdade!

Na peça Júlio Cezar de Shakespeare ,Marco Antônio diz a certa altura a Brutus :"As boas obras que os homens praticam são sepultadas com os seus ossos. No entanto só o mal sobrevive ."

Outro papel da Academia tem sido o desenterrar junto dos ossos as obras dos historiadores militares terrestres brasileiros , civis e militares e com elas, por via de conseqüência ,o valioso patrimônio cultural militar terrestre brasileiro acumulado em quase 5 séculos de lutas e vigílias por várias gerações de militares de terra ,os quais foram ,em grande parte, responsáveis pelo delineamento, exploração, conquista , segurança e manutenção de um Brasil Continente que cabe as atuais e futuras gerações preservar e defender. E às gerações do 3 o Milênio caberão responder aos graves desafios reservados à soberania do Brasil na sua Amazônia, E nesta defesa a Academia se engajou divulgando seus pontos de vista , defendendo a necessidade de ser desenvolvida uma História Militar Terrestre Crítica da Amazônia que não existe ,as que é fundamental para orientar o esforço de defesa daquela estratégica área .

E especial atenção tem dado a Academia ao resgate e culto das memórias de soldados terrestres que no curso do processo histórico brasileiro deram suas vidas em holocausto a pátria brasileira ,os quais ,segundo Péricles ,que viveu em Atenas, cujo século V antes de Cristo levou o seu nome ,por haver se constituído no apogeu da civilização grega e, com ela ,a da Democracia que ele ajudou a construir como chefe de Estado e estratego pôr 14 anos :

" Aquele que morre por sua pátria ,serve-a mais em um só dia que os outros em toda a vida ."

O Exército em resposta as estratégias do Silêncio e das Deformações da História por criminosa campanha de contravalores que é desenvolvida por forças poderosas, de origem externa como abordado, hoje vivencia uma valorização sem precedentes da História do Brasil e a do Exército, traduzida pelas seguintes orientações em curso nesta força : Uma de contra ofensiva a campanha de contravalores propagada pela Mídia e a outra de uso da História com ferramenta para a maior operacionalidade da força ,na forma exaltada pelos grandes capitães da História Universal .Ou sejam :

1- Ser a História do Exército eleita objetivo atual n o 1 assim definido :

" Preservar, divulgar e cultuar as tradições ,a memória histórica e os valores morais, culturais e históricos do Exército .

"2-Plano em curso de Modernização do Ensino de História no Exército que potencializa o ensino existente em sua rede de ensino militar e o introduz na EsAO e CPORs . e projeto iniciado, sob direção com Chefe do Departamento de Ensino e Pesquisa do Exército do Exmo Sr Gen Ex, Gleuber Viera nosso 1 o Presidente de Honra com apoio total do ilustre pernambucano General de Exército Zenildo de Lucena quando Ministro .

E foi por mera coincidência que nossa Academia foi fundada neste tempo histórico tão promissor, E, assim, disposta a cooperar como entidade civil não governamental ,com toda a sua experiência traduzida por seu acervo representado pela experiência de seus patronos e acadêmicos e correspondentes .Experiências que esta reunindo, em seu CENTRO DE INFORMAÇÕES DE HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL, ao lado da Casa do Laranjeira do 4 o ano ,em duas salas singelas pedidas e cedidas pelo comando da AMAN. Instalações modestas que procuram estar na altura da maior virtude do patrono da Academia e do Exército o Duque de Caxias na definição do Capitão de Engenheiros Alfredo de Taunay - A SIMPLICIDADE NA GRANDESA , ao falar pelo Exército junto ao túmulo do Pacificador por ocasião do seu sepultamento.

E com este potencial vem estabelecendo uma promissora parceria cultural militar com as Forças Terrestres e especial com o Exército .

Agradecemos a presença de todos quantos prestigiaram com suas presenças este encontro de gerações de jovens alunos ,futuras lideranças civis e militares ,com historiadores civis e militares e soldados terrestres da Guarnição de Recife .

Foi uma grande emoção retornar a este Colégio Militar onde estudaram há 31 anos 2 filhos hoje capitães de Fragata de nossa Marinha .Ocasião em que pesquisamos e divulgamos intensamente a História de Pernambuco em nosso livro As Batalhas dos Guararapes –analise e descrição militar e no capitulo Guerras Holandesas da História do Exército em 1972 ,como historiador convidado pelo Estado Maior do Exército e mais a de haver coordenado o projeto, construção e inauguração do Parque Histórico Nacional dos Guararapes . Missão bem cumprida na qual mantive estreito e fraternal contato com os seguintes intelectuais que cito em ordem alfabética; Abelardo Rodrigues, Airton Almeida de Carvalho, Gilberto Freire, Jordão Emerenciano, José Antônio Gonçalves de Mello , Leduar Assis Rocha ,Luiz da Câmara Cascudo, Mauro Mota , Nilo Pereira ,Dr Vasconcellos Sobrinho e Waldemar Valente , dos quais aprendi preciosas lições que levei em minha bagagem cultural deixando para traz com orgulho como historiador e soldado nossa obra cultural traduzida pelo Parque Histórico Nacional dos Guararapes e a primeira interpretação das batalhas dos Guararapes à luz dos princípios de Arte Militar e ensinamentos da Escola de Estado-Maior do Exército .

.Agradecimento especial da nossa Academia ao comandante deste Colégio Cel Gaudy Ley e a sua dedicada equipe ,aos alunos e alunas que serviram de porta vozes e nos auxiliaram na condução desta seção.