SAUDAÇÃO DE POSSE AO CORONEL AVIADOR CAMBESES ACADEMICO DA FAHIMTB

 

 

SAUDAÇÃO DE POSSE AO CORONEL AVIADOR CAMBESES ACADEMICO DA FAHIMTN,NA AHIMTB/RJ

Acadêmico Emérito

Gen Ex Paulo Cesar de Castro

Casa da FEB, 20 de outubro de 2011

Casa da FEB, 20 de outubro de 2011

 

      Confesso-me sinceramente honrado pelo convite recebido do irmão de armas, amigo, confrade, carioca e belo-horizontino honorário, Coronel Aviador Manuel Cambeses Júnior, para saudá-lo nesta sessão. Coronel Cambeses, muitíssimo obrigado pela deferência e amizade.

 

      “Estudar é progredir. A paz tem também suas grandes batalhas e seus elevados triunfos,  localizados na escola, nos livros e nos campos de manobras”, afirmou o Tenente-General Dom Luiz Maria Campos, em 22 de abril de 1900, no discurso de inauguração da Escola Superior de Guerra do Exército Argentino[1], congênere da nossa Escola de Comando e Estado-Maior do Exército. É, portanto, para travar batalhas na paz e conquistar elevados triunfos que se congregam neste Colégio Acadêmico estudiosos, pesquisadores, leitores, escritores e entusiastas da História Militar.

 

      A Carta de Lei, de 4 de dezembro de 1810, pela qual o Príncipe Regente D. João, houve por bem fosse estabelecida, na sua Corte do Rio de Janeiro, uma Academia Militar Real, assim se expressa: “Logo que possa formar-se uma Biblioteca Científica e Militar para esta Academia, haverá um lente de História Militar que servirá de bibliotecário; e que, no oitavo ano, explicará a História Militar de todos os povos, os progressos que na mesma fez cada nação; e dando uma idéia dos maiores generais nacionais e estrangeiros, explicará também os planos das mais célebres batalhas, o que acabará de formar os alunos, e os porá no caso de poderem, com grande distinção, ser verdadeiramente úteis ao meu Real Serviço, em qualquer aplicação que eu seja servido dar-lhes”. Esta transcrição pode ser encontrada na obra

 

 

 

 

“História da Doutrina Militar”, da Cadeira de História Militar da AMAN, publicada em 1979[2].

 

      Esta obra relaciona a Comissão designada pelos Boletins Internos nº 142, de 27 de julho, e nº 150, de 8 de agosto de 1978, incumbida de revê-la sob os aspectos da História Militar e de Redação e Estilística. Dentre os mestres da Comissão em apreço, destaco o então Tenente-Coronel Cláudio Moreira Bento, renomado combatente da causa da História Militar e criador da Academia de História Militar Terrestre do Brasil e de suas sucessoras, a Federação, as Academias e suas delegacias. Seu denodo, conhecimento, perseverança e empreendedorismo convocaram-nos a este templo da Força Expedicionária Brasileira para  empossar outro notável guerreiro dos campos de batalha da História Militar, o Coronel Cambeses.

 

      “Vamos filhos altivos, nosso vôo ousado alçar, sobre campos, cidades e mares, vamos nuvens e céus enfrentar”, versos do Hino dos Aviadores. Nosso Coronel Cambeses, filho altivo da Terra de Santa Cruz e da Cidade Maravilhosa, ousou alçar vôo e enfrentou nuvens e céus, na ativa e na reserva. Cumpre-me, pois, a desafiadora e gratificante tarefa de extrair breve resumo de seu invejável currículo que vai muito além de indicá-lo para ocupar cadeira nesta Academia. Sua folha de serviços dignifica e enriquece a Federação e a Academia de História Militar Terrestre do Brasil/Rio de Janeiro.  

 

      Nosso mais novo confrade foi: instrutor de vôo da Academia da Força Aérea; oficial de operações do 1º Grupo de Transporte de Tropa; subcomandante da Base Aérea do Galeão; Comandante do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica; adido aeronáutico junto à Embaixada do Brasil na Venezuela; e membro da 6ª Subchefia da saudosa Secretaria-Geral do Conselho de Segurança Nacional. Naqueles anos, servindo juntos, conhecemo-nos, aprendi a respeitá-lo como militar e brasileiro, além de ter tido o feliz ensejo de incluí-lo no rol dos amigos sinceros. Naquela ocasião, Coronel Cambeses, estabelecemos perene “... Contacto, companheiro, ao vento, sobranceiro...” e “...lançamos o roncar da hélice a girar...”

 

      Como piloto militar, especializou-se nas seguintes tarefas operacionais: transporte de tropa; busca e salvamento; e reconhecimento em vôo. Possui 7.100 horas de vôo e é qualificado instrutor em doze tipos de aeronaves, dentre as quais se mencionam o Búfalo (C-115) e o atualíssimo Hércules (C-130).

 

      É extensa a lista de jornais e revistas que tiveram a honra de publicar seus artigos, tais como “O Estado de Minas”, “O Globo”, “O Jornal do Brasil”, a “Defesa Nacional”, as revistas do “Clube da Aeronáutica” e do “Clube Militar, entre tantos outros periódicos. Refiro-me, com especial destaque, a seu profícuo labor no Instituto Histórico e Cultural da Aeronáutica (INCAER), no qual foi editor-responsável do Projeto Memória, implantado com o objetivo precípuo de colher o depoimento de destacadas personalidades da nossa Aeronáutica. Além de preservar, o Projeto em apreço divulga a memória da Aeronáutica brasileira por meio de DVDs, desde o nº 1 dos quais se encontra o nome do Coronel Cambeses. E que falar, então, da revista “Idéias em Destaque”, publicação quadrimestral do mesmo e renomado INCAER. Em seus números está registrado o nome de seu editor-responsável, o Coronel Cambeses.

 

      Estamos recebendo, pois, um expoente da Força Aérea Brasileira, que realizou, além dos cursos normais de carreira, vários de extensão na Fundação Getúlio Vargas e na Escola Superior de Guerra. Estamos acolhendo o comentarista de Assuntos Internacionais da CBN, da Rádio Bandeirantes, da Jovem Pan, da Rádio Nacional de Brasília, da GLOBONEWS  e da TV Educativa. Estamos empossando o autor da obra “Temas Estratégicos: Reflexões de um Velha Águia”. Estamos felizes por ter conosco um membro correspondente dos institutos de História Aeronáutica e Espacial da Espanha, Peru e Argentina.

 

      “Infantaria, serás sempre altaneira. Teus soldados, tu bens sabes escolher. Com heroísmo, tu defendes a Bandeira, honrando a Pátria que herdaste ao nascer”. “Olhar de frente o inimigo a derrotar, com vigor repelir seu avançar. Tu és da Força Aérea o fuzil, vigilante em defesa do Brasil”. Assim os versos cantam a alma da Infantaria da Aeronáutica.

 

      Rejubilamo-nos por receber o Cel Cambeses que, na Academia, será o fuzil da Força Aérea, vigilante em defesa do Brasil. Acolhemos o oficial portador de condecorações nacionais e estrangeiras, sócio emérito do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil, colaborador emérito do Exército Brasileiro, antigo integrante do Corpo Permanente da  Escola Superior de Guerra e, hoje, conferencista especial daquela Casa de Altos Estudos.

 

      De braços estendidos e corações abertos, em nome da Federação das Academias de História Militar Terrestre do Brasil e da Academia de História Militar Terrestre do Brasil/Rio de Janeiro, proclamamos: seja muito bem-vindo, Coronel Cambeses, eterno águia!

 

Gen Ex Paulo Cesar de Castro

Acadêmico emérito e ocupante  da cadeira Nº 12

 

                

     

 

       

 

 

 

 

 

NA AHIMTB/RJ

Acadêmico Emérito

Gen Ex Paulo Cesar de Castro

Casa da FEB, 20 de outubro de 2011

Casa da FEB, 20 de outubro de 2011

 

      Confesso-me sinceramente honrado pelo convite recebido do irmão de armas, amigo, confrade, carioca e belo-horizontino honorário, Coronel Aviador Manuel Cambeses Júnior, para saudá-lo nesta sessão. Coronel Cambeses, muitíssimo obrigado pela deferência e amizade.

 

      “Estudar é progredir. A paz tem também suas grandes batalhas e seus elevados triunfos,  localizados na escola, nos livros e nos campos de manobras”, afirmou o Tenente-General Dom Luiz Maria Campos, em 22 de abril de 1900, no discurso de inauguração da Escola Superior de Guerra do Exército Argentino[3], congênere da nossa Escola de Comando e Estado-Maior do Exército. É, portanto, para travar batalhas na paz e conquistar elevados triunfos que se congregam neste Colégio Acadêmico estudiosos, pesquisadores, leitores, escritores e entusiastas da História Militar.

 

      A Carta de Lei, de 4 de dezembro de 1810, pela qual o Príncipe Regente D. João, houve por bem fosse estabelecida, na sua Corte do Rio de Janeiro, uma Academia Militar Real, assim se expressa: “Logo que possa formar-se uma Biblioteca Científica e Militar para esta Academia, haverá um lente de História Militar que servirá de bibliotecário; e que, no oitavo ano, explicará a História Militar de todos os povos, os progressos que na mesma fez cada nação; e dando uma idéia dos maiores generais nacionais e estrangeiros, explicará também os planos das mais célebres batalhas, o que acabará de formar os alunos, e os porá no caso de poderem, com grande distinção, ser verdadeiramente úteis ao meu Real Serviço, em qualquer aplicação que eu seja servido dar-lhes”. Esta transcrição pode ser encontrada na obra

 

 

 

 

“História da Doutrina Militar”, da Cadeira de História Militar da AMAN, publicada em 1979[4].

 

      Esta obra relaciona a Comissão designada pelos Boletins Internos nº 142, de 27 de julho, e nº 150, de 8 de agosto de 1978, incumbida de revê-la sob os aspectos da História Militar e de Redação e Estilística. Dentre os mestres da Comissão em apreço, destaco o então Tenente-Coronel Cláudio Moreira Bento, renomado combatente da causa da História Militar e criador da Academia de História Militar Terrestre do Brasil e de suas sucessoras, a Federação, as Academias e suas delegacias. Seu denodo, conhecimento, perseverança e empreendedorismo convocaram-nos a este templo da Força Expedicionária Brasileira para  empossar outro notável guerreiro dos campos de batalha da História Militar, o Coronel Cambeses.

 

      “Vamos filhos altivos, nosso vôo ousado alçar, sobre campos, cidades e mares, vamos nuvens e céus enfrentar”, versos do Hino dos Aviadores. Nosso Coronel Cambeses, filho altivo da Terra de Santa Cruz e da Cidade Maravilhosa, ousou alçar vôo e enfrentou nuvens e céus, na ativa e na reserva. Cumpre-me, pois, a desafiadora e gratificante tarefa de extrair breve resumo de seu invejável currículo que vai muito além de indicá-lo para ocupar cadeira nesta Academia. Sua folha de serviços dignifica e enriquece a Federação e a Academia de História Militar Terrestre do Brasil/Rio de Janeiro.  

 

      Nosso mais novo confrade foi: instrutor de vôo da Academia da Força Aérea; oficial de operações do 1º Grupo de Transporte de Tropa; subcomandante da Base Aérea do Galeão; Comandante do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica; adido aeronáutico junto à Embaixada do Brasil na Venezuela; e membro da 6ª Subchefia da saudosa Secretaria-Geral do Conselho de Segurança Nacional. Naqueles anos, servindo juntos, conhecemo-nos, aprendi a respeitá-lo como militar e brasileiro, além de ter tido o feliz ensejo de incluí-lo no rol dos amigos sinceros. Naquela ocasião, Coronel Cambeses, estabelecemos perene “... Contacto, companheiro, ao vento, sobranceiro...” e “...lançamos o roncar da hélice a girar...”

 

      Como piloto militar, especializou-se nas seguintes tarefas operacionais: transporte de tropa; busca e salvamento; e reconhecimento em vôo. Possui 7.100 horas de vôo e é qualificado instrutor em doze tipos de aeronaves, dentre as quais se mencionam o Búfalo (C-115) e o atualíssimo Hércules (C-130).

 

      É extensa a lista de jornais e revistas que tiveram a honra de publicar seus artigos, tais como “O Estado de Minas”, “O Globo”, “O Jornal do Brasil”, a “Defesa Nacional”, as revistas do “Clube da Aeronáutica” e do “Clube Militar, entre tantos outros periódicos. Refiro-me, com especial destaque, a seu profícuo labor no Instituto Histórico e Cultural da Aeronáutica (INCAER), no qual foi editor-responsável do Projeto Memória, implantado com o objetivo precípuo de colher o depoimento de destacadas personalidades da nossa Aeronáutica. Além de preservar, o Projeto em apreço divulga a memória da Aeronáutica brasileira por meio de DVDs, desde o nº 1 dos quais se encontra o nome do Coronel Cambeses. E que falar, então, da revista “Idéias em Destaque”, publicação quadrimestral do mesmo e renomado INCAER. Em seus números está registrado o nome de seu editor-responsável, o Coronel Cambeses.

 

      Estamos recebendo, pois, um expoente da Força Aérea Brasileira, que realizou, além dos cursos normais de carreira, vários de extensão na Fundação Getúlio Vargas e na Escola Superior de Guerra. Estamos acolhendo o comentarista de Assuntos Internacionais da CBN, da Rádio Bandeirantes, da Jovem Pan, da Rádio Nacional de Brasília, da GLOBONEWS  e da TV Educativa. Estamos empossando o autor da obra “Temas Estratégicos: Reflexões de um Velha Águia”. Estamos felizes por ter conosco um membro correspondente dos institutos de História Aeronáutica e Espacial da Espanha, Peru e Argentina.

 

      “Infantaria, serás sempre altaneira. Teus soldados, tu bens sabes escolher. Com heroísmo, tu defendes a Bandeira, honrando a Pátria que herdaste ao nascer”. “Olhar de frente o inimigo a derrotar, com vigor repelir seu avançar. Tu és da Força Aérea o fuzil, vigilante em defesa do Brasil”. Assim os versos cantam a alma da Infantaria da Aeronáutica.

 

      Rejubilamo-nos por receber o Cel Cambeses que, na Academia, será o fuzil da Força Aérea, vigilante em defesa do Brasil. Acolhemos o oficial portador de condecorações nacionais e estrangeiras, sócio emérito do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil, colaborador emérito do Exército Brasileiro, antigo integrante do Corpo Permanente da  Escola Superior de Guerra e, hoje, conferencista especial daquela Casa de Altos Estudos.

 

      De braços estendidos e corações abertos, em nome da Federação das Academias de História Militar Terrestre do Brasil e da Academia de História Militar Terrestre do Brasil/Rio de Janeiro, proclamamos: seja muito bem-vindo, Coronel Cambeses, eterno águia!

 

Gen Ex Paulo Cesar de Castro

Acadêmico emérito e ocupante  da cadeira Nº 12

 

                 

     


 

[1] - ARGENTINA, Escola Superior de Guerra “Tenente-General Luiz Maria Campos”. Manual de História Militar, 1ª Parte, 3ª edição.  Buenos Aires, ESG, 1980.

[2] - BRASIL, Academia Militar das Agulhas Negras, Divisão de Ensino, Seção de Ensino A, Cadeira de História Militar. História da Doutrina Militar (Da Antiguidade à II GM).  Resende, AMAN, 1979.

[3] - ARGENTINA, Escola Superior de Guerra “Tenente-General Luiz Maria Campos”. Manual de História Militar, 1ª Parte, 3ª edição.  Buenos Aires, ESG, 1980.

[4] - BRASIL, Academia Militar das Agulhas Negras, Divisão de Ensino, Seção de Ensino A, Cadeira de História Militar. História da Doutrina Militar (Da Antiguidade à II GM).  Resende, AMAN, 1979.