SESSÃO DE POSSE COMO ACADÊMICO
DO
GEN EX GILBERTO BARBOSA
FIGUEIREDO
NO CLUBE MILITAR EM 29 DE JULHO DE 2009 NO 13º ANO DE
EXISTÊNCIA DA AHIMTB
SUMÁRIO
- FAX do
Comandante do Exército dirigido ao Presidente da AHIMTB
- Oração de Abertura de Sessão
- Patrono da Delegacia da AHIMTB no Rio de Janeiro, MARECHAL JOÃO
BAPTISTA DE MATTOS
- Finalidade da
seção e análise da cooperação do Gen Figueiredo à História Militar,
pelo Presidente da AHIMTB
- Oração de
recepção do General Gilberto Figueiredo como acadêmico, em nome da
AHIMTB, pelo acadêmico Gen Ex Paulo César de Castro.
- Oração de
posse do acadêmico Gen Ex Gilberto Barbosa Figueiredo na Cadeira
Marechal Jose Pessoa,
- Palavras
Finais do Presidente da AHIMTB no encerramento da sessão de posse
como acadêmico do Gen Ex Gilberto Barbosa Figueiredo
- Palavras de
incentivo e encerramento da sessão pelo acadêmico emérito Gen Ex
Luiz Gonzaga S. Lessa, o presidente de Honra da sessão como a mais
alta autoridade hierárquica presente a cerimônia, segundo tradição
da AHIMTB
Fax n°. 282-EMP de 27 jul 2009 do Comandante do
Exército
Ao Sr Cel Cláudio Moreira Bento Presidente da AHIMTB
Honrou-me sobremaneira o convite para a solenidade de posse
do Exmo Sr Gen Ex Gilberto Barbosa Figueiredo na Cadeira 22 -
Patrono Marechal Jose Pessoa.
Infelizmente, por imposição de minha agenda funcional, com um
compromisso inadiável naquela data, não poderei estar presente.
Assim sendo, cumprimento o Gen Figueiredo, o que faço por
intermédio de Vossa Senhoria, pelo merecido e justo premio que
recebe como novo titular da Cadeira 22, formulando votos de
continuado êxito na expressiva caminhada pelo mister das Letras, com
paz, saúde e prosperidade.
Cordialmente,
Gen
Ex Enzo Martins Peri Comandante do Exercito
Introdução pelo Delegado da AHIMTB no Rio de Janeiro
Prof e Ten R/2 Art Israel Blajberg
ORAÇÃO DE ABERTURA DE SESSÃO
PEDIMOS A DEUS QUE NOS DÊ
SABEDORIA,
PARA DESCOBRIR AS MELHORES LIÇÕES E
A VERDADE HISTÓRICA,
NAS PESQUISAS E REFLEXÕES DA
ACADEMIA DE HISTÓRIA MILITAR
TERRESTRE DO BRASIL.
CORAGEM MORAL E VONTADE CULTURAL,
PARA ESCOLHER AS MELHORES LIÇÕES E
A VERDADE HISTÓRICA.
FORÇA,GARRA E DETERMINAÇÃO
PATRIÓTICA,
PARA FAZER COM QUE
A VERDADE HISTÓRICA E AS MELHORES
LIÇÕES TRIUNFEM
SOBRE AS FALSIDADES,DETURPAÇÕES,
INDIFERENÇA E IGNORÂNCIA.
TUDO PARA A MAIOR GLÓRIA
E DESENVOLVIMENTO DAS FORÇAS
TERRESTRES DO BRASIL ,
NO EXERCÍCIO MAIS COMPETENTE
POSSÍVEL
DE SUAS MISSÕES CONSTITUCIONAIS .
QUE ASSIM SEJA !!!
Patrono da Delegacia da
AHIMTB no Rio de Janeiro
MARECHAL JOÃO BAPTISTA DE
MATTOS, nascido no alvorecer do século, neto e bisneto de
escravos.Em 1918, poucos anos decorridos da Abolição torna-se um
Cadete do Realengo, ingressando no Exército que acolhe e irmana a
juventude, independente do berço, de qualquer origem, transformando
a todos em soldados brasileiros.
Declarado aspirante a
oficial da arma de infantaria, sua turma de 1920 da antiga Escola
Militar daria ao Brasil outros Marechais, como Castello, Costa e
Silva, Kruel, Maurell, e Levy Cardoso, o último ainda vivo.(Faleceu
logo dwpois)
Esteve à frente de tropa em
combate, tornou-se o Historiador dos monumentos, Presidiu o IGHMB,
e SBG
A Delegacia RIO desta
Academia tem o privilégio de ostentar o seu nome honrado, de soldado
exemplar, educador dedicado e historiador eminente, Marechal João
Baptista de Matos.
Finalidade da
seção solene da AHIMTB no Clube Militar de 29 de julho de 2009
Foto dos
acadêmicos presentes ao final da sessão

Da esquerda para a
direita: .Acadêmico Cel Darzan Neto da Silva. Acadêmico Gen Ex Paulo
César de Castro. Acadêmico empossado Gen Ex Gilberto Barbosa
Figueiredo, Presidente do Clube Militar e sua esposa. Cel Cláudio
Moreira Bento Acadêmico Emérito Presidente da AHIMTB. Acadêmico
Emérito Gen Ex Luiz Gonzaga Shoroeder Lessa, Presidente de Honra da
sessão. Acadêmico Ten R/2 Art Eng Israel Blajberg, Delegado da
AHIMTB no Rio de Janeiro e seu 3ª Vice Presidente. Acadêmico Gen Bda
Geraldo Luiz Néri da Silva.do Projeto Memória Militar, Acadêmico Sub
Ten Bombeiro Antonio Mattos, historiador do CBMRJ. Acadêmico Marcelo
Peixoto e Acadêmico Emérito Cel PMRJ Vidal D. Barros, professor de
História da Academia da PMRJ.( Local Sala Cel Antonio Sena Madureira
do Clube Militar)
- Finalidade
da seção e análise da cooperação do Gen
Figueiredo à
História Militar, pelo Cel Bento Presidente da AHIMTB
A presente seção solene da Academia de História Militar Terrestre
do Brasil tem por finalidade empossar como acadêmico, na cadeira
Marechal José Pessoa, o General de Exército Gilberto Barbosa
Figueiredo, em vaga por elevação a acadêmico emérito do
ex-comandante do Exército General de Exército General Gleuber
Vieira o 2° ocupante da citada cadeira.
De longa data o novo
acadêmico General Gilberto vem atuando em prol do desenvolvimento da
História Militar Terrestre do Brasil. Lembro que como comandante do
Regimento de Carros de Combate na Avenida Brasil participou de
promoção sobre História Militar Terrestre e proferiu palestra sobre
História do Exército no Arquivo Histórico do Exército a nosso
convite.
Na qualidade de
Assistente de Exmo Sr Ministro do Exército General Ex Leônidas Pires
Gonçalves muito ajudou nossa atuação como Diretor daquele Arquivo em
nosso esforço para torná-lo a, A Casa da História do Exército, ao
invés de uma repartição voltada para o fornecimento de certidões
administrativas e sem prestígio. E com a solidariedade de nosso hoje
ilustre acadêmico emérito Gen Ex Jonas de Moraes Correa Neto
conseguimos transformar o Arquivo do Exercito em Arquivo Histórico
do Exército. E o apoio do Cel Gilberto se fazia presente através de
radiogramas do Exmo. Sr. Ministro Leônidas de incentivo a cada
seção histórica no Arquivo Histórico do Exército e dentre elas a
concorrida série de comemorações dos centenários de ilustres chefes
do passado.
Promovido a General, o
nosso acadêmico foi comandar a 2ª Brigada de Cavalaria Mecanizada
Brigada Charrua em Uruguaiana cuja denominação histórica foi de sua
iniciativa. Brigada da qual, em parceria com o Cel Luiz Ernani
Caminha Giorgis, resgatamos a sua bela História dentro do Projeto
em curso que desenvolvemos desde 1994, intitulado inicialmente
Projeto de História do Exército no Rio Grande do Sul, promovido mais
tarde pelo nosso atual acadêmico Gen Ex Renato Tibau da Costa , como
comandante do CMS, em Projeto História do Exército no Rio Grande do
Sul. Obra em que suas abas ou orelhas estiveram a seu cargo do
General Gilberto a convite de seus autores.
Como comandante do
Comando Militar do Oeste a AHIMTB contou com o apoio do Acadêmico
General Gilberto em sua promoção de posse de acadêmico do Exército e
da Policia Militar de Mato Grosso do Sul realizada no Colégio
Militar de Cuiabá
Como Chefe de
Departamento de Ensino e Pesquisa do Exército, foi onde mais se
evidenciou o apoio do acadêmico General Gilberto à Academia na
qualidade de 2º Presidente de Honra da mesma.
Foi em atendimento a
solicitação desta Presidência que admitiu como PTTC, na função de
Professor de História do Colégio Militar do Cel Ernani
Caminha Giorgis, para, cumulativamente, dar apoio às atividades da
AHIMTB a partir do Colégio Militar de Porto Alegre, o que ele fez
com muita devoção durante 7 anos e na condição de Delegado da AHIMTB
no Rio Grande do Sul e sendo 2º vice-presidente da AHIMTB e nosso
parceiro em vários livros do Projeto História do Exército na Região
Sul, dentre os quais a História do Casarão da Várzea
1885-2008, prefaciado pelo então Diretor da DEPA Gen. Div. Marco
Antônio Farias e orelhas do acadêmico Gen. Ex Paulo César de Castro,
então Chefe do DEP e 2º Presidente de Honra da AHIMTB.
Tem sido notável, a
atuação do acadêmico General Gilberto em prol da Academia de
História Militar Terrestre do Brasil que há 13 anos tem contribuído
para ajudar o Exército na conquista do objetivo estratégico nº. 1 do
Exército, assim definido ao tempo do ministro Gen. Ex Zenildo de
Lucena e reafirmado por seus sucessores.
“Pesquisar,
preservar, cultuar e divulgar a História, as tradições e os valores
morais, culturais e históricos do Exército”.
E na Presidência do
Clube Militar tem sido marcantes e oportunas as mensagens, com apoio
na História do Exército, divulgadas pelo acadêmico General Gilberto
Barbosa Figueiredo, além de dinâmico e notável apoio a valiosas
promoções culturais ligadas a relevantes problemas brasileiros e,
respostas a iniciativas adversas de manipulação sem precedentes da
História do Brasil que arrastam na sua esteira legiões de inocentes
úteis que abdicaram seu direito de análise,
E o reconhecimento da
sua atuação de apoio e divulgação da História do Exército a AHIMTB o
agraciou com a sua Medalha de Mérito Histórico no grau de
Comendador.
E votos de que o Clube
Militar através de sua ação presidencial continue firme na defesa
dos interesses da Família Militar e a defendendo politicamente como
tem sido tradição desta casa, Berço da República e da Abolição, em
quanto, em paralelo, a nossa Academia de História irá defender a
nossa História Militar de manipulações políticas e, em especial as
ideológicas, junto ao publico interno, com vistas a reforçar a
Grande Barreira representada pelas Forças Terrestres do Brasil cuja
História ela desenvolve, pesquisa, preserva, cultua e divulga .
E pois como ato de
justiça na voz da História que a AHIMTB através de sua Presidência
,agradece a atuação do novo acadêmico aqui descrita em prol da
verdade histórica . Lembrando o lema do patrono de cadeira da AHIMTB
e nosso mestre o Cel Francisco Ruas Santos de que História é verdade
e justiça!
- SAUDAÇÃO
DE POSSE AO GENERAL FIGUEIREDO EM NOME DA AHIMTB
Estimado General Gilberto Barbosa
de Figueiredo! Caríssimo amigo, confrade e presidente, nossos
estribos têm se chocado em sucessivas cavalgadas. Hoje, sob sinceros
sentimentos de honra e emoção tenho a grata felicidade de saudá-lo
em nome da Academia de História Militar Terrestre do Brasil, a qual
o Senhor integrou como Segundo Presidente de Honra à época em que
ocupou o respeitado, dignificante e sensível cargo de Chefe do então
Departamento de Ensino e Pesquisa, sucedido pelo Departamento de
Educação e Cultura do Exército, firmemente edificado sobre os
alicerces que seus antecessores lançaram e que o ilustre acadêmico
fortaleceu com proficiência e visão de futuro.
A Academia de História Militar
Terrestre do Brasil estende e abre seus braços, com justificado
júbilo, para acolhê-lo e abraçá-lo. A Academia foi fundada em 1º de
março de 1996, em Resende, a Cidade dos Cadetes, como,
carinhosamente, a chama seu criador e Presidente, o renomado
historiador militar Coronel Cláudio Moreira Bento. O dia de sua
fundação coincide com o do término da Guerra da Tríplice Aliança,
cujos episódios terão seus sesquicentenários sendo comemorados muito
em breve, páginas que serão rememoradas e exaltadas com justiça e
orgulho apenas pelos brasileiros de bem, aqueles que efetivamente
têm compromisso com a Terra de Santa Cruz. Coincide, também, com o
início do ensino castrense na Academia Militar das Agulhas Negras,
escola de nível superior do nosso queridíssimo Exército, legado da
transmigração da Família Real Portuguesa para o Brasil, AMAN que, ao
longo de 2011, comemorará condignamente seu bicentenário.
A Academia de História Militar
Terrestre do Brasil, idealizada e consolidada pela tenacidade e pelo
idealismo de seu fundador congrega acadêmicos eméritos, titulares de
cadeiras, cadeiras especiais e seniores, delegacias, colaboradores e
correspondentes. A todos une fortíssimo laço, a causa da História
Militar. Diria mesmo, a causa da História, ciência sobre a qual
ensinou Cícero em “De Oratore”: “Historia Magistra Vitae”.
Seus integrantes comungam de nobres
ideais, destacando-se a plena consciência e a firme convicção da
relevância do estudo, da pesquisa e da divulgação da História
Militar desta abençoada terra batizada sob o sinal da Cruz. A missão
que nos auto-impusemos consiste em revelar para nossos concidadãos,
alunos e comandados os vultos que escreveram páginas de bravura, de
sacrifício e de glória na própria História do Brasil, da qual as
mais memoráveis passagens encontram-se na História Militar
verde-e-amarela. Trata-se, também, de aprender, por meio de seus
feitos, as lições e os exemplos de virtudes militares e de cidadãos
honrados que seus destacados capitães e anônimos soldados legaram às
gerações que os sucederam. Trata-se, ainda, de explorar as vitórias
que conquistaram nos campos de batalha tanto derrotando o inimigo
externo, ameaça à integridade do território e do patrimônio
nacional, quanto vencendo o inimigo interno, ensandecido pelo vírus
da ideologia, ameaça à própria existência da nacionalidade.
Trata-se, em síntese, de despertar o orgulho, a vibração, o amor
próprio, o entusiasmo, a felicidade e a alegria sem par de ser
brasileiro e de se tornar um guerreiro de suas forças armadas e
auxiliares. Trata-se, enfim, de combater o bom combate,
apresentando, com base em fontes irrefutáveis, a gloriosa história
militar de nossa Pátria, combate este que assume contornos mais
relevantes na quadra em que vivemos quando nos cabe enfrentar e
derrotar os revisionistas históricos. Temos vencido este bom combate
e haveremos de sobrepujá-los sempre, já que estamos armados com a
verdade, a fé, a brasilidade, a honestidade, a sinceridade, a
seriedade e a inabalável convicção no valor dos homens e mulheres de
armas do Brasil.
A cadeira número 22, que o
prezadíssimo confrade ocupará, foi inaugurada pelo próprio fundador
da Academia, o incansável batalhador pela causa da História Militar,
Coronel Cláudio Moreira Bento. Seu segundo ocupante, a quem tive a
subida honra de saudar em nome da Academia, foi o último Ministro do
Exército e primeiro Comandante da nossa Força, o General-de-Exército
Gleuber Vieira, cuja liderança militar foi e continua sendo singular
exemplo para todos os que envergam a farda verde-oliva. Seus
antecessores, General Figueiredo, foram promovidos a acadêmicos
eméritos, honraria que lhes concedeu a Academia. É também em nome
deles que me coube a gratíssima missão de saudá-lo e de
apresentar-lhe votos eloqüentes de boas-vindas. Sua cadeira,
amigo cavalariano, tem como patrono o também cavalariano Marechal
José Pessoa Cavalcante de Albuquerque. Sobre este notável do
Exército e da Arma de Osório assim se lê à página 820 da História do
Exército Brasileiro: “como Tenente, comandou um pelotão do 4º
Regimento de Dragões do Exército Francês, durante a Primeira Guerra
Mundial. Organizou a primeira unidade de carros de combate no Brasil
e escreveu a obra ‘Os Tanques na Guerra Européia’. Foi o idealizador
da Academia Militar das Agulhas Negras. Participou dos trabalhos de
localização da nova Capital.” Observa-se que para ocupar a cadeira
que ostenta por patrono um ícone da Cavalaria do Legendário, ninguém
melhor do que um espora dourada, o amigo cavalariano.
A Academia de História Militar
Terrestre do Brasil cresce e se enriquece com a chegada do General
Figueiredo para ocupar a Cadeira nº 22. Sua obra é conhecida e
reconhecida. Como Chefe do então Departamento de Ensino e Pesquisa,
deu prosseguimento e consolidou inúmeras iniciativas de seus
antecessores naquele órgão de direção setorial, especialmente do
General Gleuber Vieira. Aí estão, vicejando em nossos
estabelecimentos de ensino, os Clubes de História e de História
Militar; aí está o Arquivo Histórico do Exército em pleno processo
de modernização e informatização, diariamente consultado por
pesquisadores do mundo acadêmico brasileiro e do exterior, tendo
batido sucessivos recordes anuais de recebimento de comitivas
visitantes. Aí estão os cursos de pós-graduação latu sensu de
História Militar, presenciais e à distância, parcerias vitoriosas e
consolidadas entre o Exército, renomadas universidades brasileiras e
o Instituto de Geografia e História Militar do Brasil. Aí está a
vasta e crescente produção intelectual de nossos alunos, sob a forma
de trabalhos de conclusão de curso, de dissertações, teses e artigos
científicos. Aí está o Museu Histórico do Exército e Forte de
Copacabana, terceiro ponto turístico mais visitado do Rio de
Janeiro, cuja dependência mais recentemente inaugurada, faz justiça
aos presidentes militares do Brasil e divulga sua notável obra. Aí
está o Museu Militar Conde de Linhares em profundo, amplo e
empolgante processo de renovação e modernização, prestes a acolher a
Casa da FEB. Aí estão, em nossas organizações militares, museus e
salas históricas, preservando e divulgando o riquíssimo patrimônio
histórico e cultural do Exército. Aí está o Programa de Leitura,
para o qual o Senhor deu a merecida prioridade, comprovando que
nossos militares lêem e têm prazer na leitura, boa parte dela
dedicada à História Militar. Aí está o Projeto História Oral, do
qual o Senhor foi corajoso apoiador e estimulador. É necessário
registrar que foi graças à patriótica coragem do estimado amigo que
a História Oral da Revolução Democrática de 1964 teve continuidade
permitindo a pesquisadores e leitores acessar a verdade sobre a
epopéia salvadora que as Forças Armadas e o povo brasileiro
empreenderam naquela dificílima quadra da Guerra Fria.
Vale registrar a proposta bem
fundamentada e oportuna do General Figueiredo, quando Chefe do
Estado-Maior do Comando Militar do Leste, para que se desse nobre
destinação à Casa Histórica de Deodoro, sugestão que, acatada por
seus superiores, deu-lhe vida cultural, tornando-a sede do Instituto
de Geografia e História Militar do Brasil.
Para o êxito de todos os empreendimentos
aqui relembrados, contou a História Militar, no Exército, com o
decisivo apoio e a lúcida compreensão do General Figueiredo, cujas
diretrizes e orientações, continuadas por seus sucessores,
constituíram sementes que caíram em terreno fértil e têm produzido
bons frutos.
Como Presidente do Clube
Militar, “A Casa da República”, tem sido dinâmica e proficiente sua
gestão valorizadora de episódios relevantes da História Militar,
tais como, por exemplo, a Revolução Democrática de 1964; as
comemorações dos cento e vinte anos do próprio Clube; as homenagens
às Forças Armadas em suas datas magnas, nas quais os feitos de seus
marinheiros, soldados e aviadores têm sido divulgados e exaltados em
memoráveis sessões solenes; e o recente painel no qual foram
apresentadas inúmeras participações de forças brasileiras em missões
de paz exemplarmente cumpridas e que tanto têm elevado o conceito
internacional da nossa tropa e da gente brasileira. Neste mesmo mês
de julho, o General Meira Mattos, cujo exemplo de chefe militar e
homem dedicado à cultura, expoente da Geopolítica nacional, teve sua
obra revisitada e memória homenageada, em evento a que se denominou
“I Seminário de Geopolítica e Estratégia General Carlos de Meira
Mattos”. Registro, ainda, que a Revista do Clube Militar tem sido
veículo de divulgação de bem elaborados artigos sobre temas de
História Militar pátria.
É, pois, para um batalhador pela
causa da História Militar que a Academia, jubilosa, se engalana
nesta tarde. “General Osório”, “Os sucessores de Rio Branco”, “O
Soldado Brasileiro”, “A Marcha da Insensatez Brasileira” e “120 Anos
de História”, eis alguns artigos de sua autoria que difundiram
apreciações sensatas sobre diferentes vultos e episódios da História
Militar e da própria História do Brasil.
“... É inegável que uma centelha de
amor à terra brasileira surgiu, juntamente com o episódio. No dizer
de Capistrano de Abreu: “sob a pressão externa, operou-se uma solda
entre os diversos elementos étnicos. Vencendo os flamengos, “os
pernambucanos sentiram-se um povo...” Estas são palavras suas que
retirei de “O Soldado Brasileiro”, texto que aborda a gênese do
Exército, relembrando a guerra luso-brasileira contra o invasor
holandês. Nelas se constata que o General Figueiredo se alinha
contra aqueles que querem nos transformar em uma nação bicolor, ao
afirmar que, em Guararapes e, de resto, na luta contra o invasor
“operou-se uma solda entre os diversos elementos étnicos”. É
verdade, General, não somos racistas, mas o povo brasileiro é
produto da intensa e profícua miscigenação da qual tanto nos
orgulhamos e que tanto devemos continuar alardeando, já que uma de
nossas mais gratas realizações psicossociais.
Por tudo o que o Senhor realizou em
prol da causa da História Militar e pela convicção do muito que irá
continuar empreendendo, ratifico o imenso prazer que a Academia de
História Militar Terrestre do Brasil tem em recebê-lo para ocupar a
Cadeira Marechal José Pessoa. Seja muito bem-vindo,
General-de-Exército Gilberto Barbosa de Figueiredo.
Gen Ex Paulo Cesar de Castro
- Acadêmico ocupante da cadeira 12
General Estevão Leitão de Carvalho
- Oração de
posse do acadêmico Gen Ex Gilberto Barbosa Figueiredo na Cadeira
Marechal Jose Pessoa.
Senhor Presidente
da AHIMTB, Cel Cláudio Moreira Bento
Ser admitido nesta
Academia é distinção que muito honra este velho soldado. Todos nós
que militamos na ativa do Exército, no último quartel do século XX,
fomos testemunhas do magnífico trabalho desenvolvido por essa casa
em favor do Exército, da proteção de sua cultura, da preservação de
sua memória. Do observatório singular em que estive entre 2001 e
2003, como chefe do antigo Departamento de Ensino e Pesquisa do
Exército e 2º vice-presidente de honra da AHIMTB, pude constatar a
valiosa colaboração da Academia com o estudo da História Militar nos
estabelecimentos de ensino de nossa Instituição. E a História é
componente fundamental do processo de modernização do ensino, que
tive o privilégio de conduzir naquele interregno.
A alegria de ser
acolhido nesta casa dedicada à pesquisa e ao estudo é ainda maior,
quando sou recebido por um dileto amigo e ilustre chefe militar – o
General Paulo Cesar de Castro. Há muito, aprendi a admirar o Gen
Castro por suas excepcionais qualidades, intelectuais, profissionais
e de caráter. Homem dotado de invulgar tirocínio, é comedido em suas
manifestações e absolutamente sóbrio quando tem de opinar ou
manifestar um parecer. Na chefia do sistema de ensino do Exército,
tive a oportunidade de bem constatar todos esses seus atributos e a
ele devo penhor de gratidão por um assessoramento leal e eficaz.
Na cadeira que ora
assumo, sucedo a dois ilustres e queridos amigos – o Cel Claudio
Moreira Bento e o Gen Gleuber Vieira. Substituir a essas duas
personalidades de nossa instituição não é, por certo, tarefa fácil.
É, antes de tudo, aceitar o compromisso com o dever de honrar a
Academia de História Militar Terrestre do Brasil.
O primeiro titular da
cadeira, o Cel Bento, é Presidente e fundador da Academia de
História Militar Terrestre do Brasil e historiador militar
consagrado. Vem desenvolvendo importante trabalho, voltado à
preservação da história de nossa Força Terrestre, de suas
organizações militares, de suas realizações pretéritas, da vida e
feitos de seus chefes. Com invejável tenacidade, tem produzido
notável trabalho de pesquisa que resultou em obra valiosa e fecunda,
voltada, principalmente, para a juventude que freqüenta as escolas
militares de diferentes níveis.
Quanto ao Gen Gleuber,
tenho sólidos laços de amizade e antiga admiração. Foi Comandante de
nossa Instituição, quando integrei o Alto Comando do Exército. Tive
o privilégio de ser um de seus sucessores na chefia do Departamento
de Ensino e Pesquisa e muito favorecido fui pelo legado de sua
esclarecida gestão. Ingressou nesta Academia, mercê de sua íntima
ligação com a História Militar, através de sua vida profissional.
Como Chefe do DEP, Ministro de Estado e Comandante, pôde deixar
evidente o apreço à matéria, por meio de iniciativas concretas
voltadas à análise e à divulgação do saber, relacionado à História
Militar. Apenas para citar uma de suas criaturas, a História Oral do
Exército é programa fundamental, idealizado em momento oportuno, que
viabilizará a formação de um valioso patrimônio, voltado a oferecer
melhor instrumentalização para o estudo e a pesquisa da história de
nossa Força Terrestre.
Discorrer sobre a
luminosa existência do Marechal José Pessoa Cavalcanti de
Albuquerque é tarefa seguramente complexa. O município de
Cabaceiras, na Paraíba, foi o berço do grande brasileiro, que veio a
este mundo em 12 de setembro de 1885. Sua vida militar começou em
1903, quando ingressou como aluno, na Escola Prática do Realengo. A
par de sua brilhante trajetória como militar que nos deixou uma
herança de grandes realizações, foi um homem público intimamente
ligado aos grandes acontecimentos ocorridos no Brasil de sua época e
um intelectual que marcou sua existência pelo estudo, pela reflexão
e pelo apreço às coisas que engrandecem o espírito.
A primeira
lembrança que nos ocorre quando falamos de José Pessoa é a
idealização da Academia Militar das Agulhas Negras. Mas o Marechal,
somente na área do ensino, foi muito além de imaginar uma nova
escola de formação de oficiais para o Exército Brasileiro; atuou,
desde 1923, quando, pela primeira vez, serviu na Escola Militar do
Realengo, até sua morte, em 1959, de modo direto ou indireto, no
fortalecimento do sistema de ensino do Exército.
Entre os anos de
1931 e 1934 comandou a Escola Militar do Realengo, ocasião em que
colocou em prática medidas visando à melhoria na formação do Oficial
do Exército Brasileiro. Entre outras providências, deu ênfase
especial à educação física, à cultura geral e científica e à
preparação profissional; criou o Corpo de Cadetes com estandarte e
brasão, além de modificar o regulamento de uniformes dos cadetes.
Foi nesse período que concebeu a Academia Militar das Agulhas
Negras.
Galgou o cargo de
comandante da Escola Militar, mercê de decisão do governo provisório
de 1930, que definiu como ação prioritária, no campo militar, o
incremento qualitativo na formação da oficialidade. Ao assumir o
comando leu sua primeira ordem do dia, que sem dúvida é um dos
documentos mais importantes na evolução do Ensino do Exército.
Começou com o vocativo – cadetes – resgatando um título caro à
juventude militar, mas que estava proibido desde 1898, por decreto
republicano. E prossegue: “A partir de hoje, vivamos a mentalidade
de nova Escola Militar, da Escola Militar que vamos construir”.
O marechal José
Pessoa buscou exemplos nos chefes militares, aqueles capazes de
melhor influenciar seus cadetes, com especial ênfase em Caxias.
Assim se expressou sobre o Marechal Luiz Alves de Lima e Silva: “As
novas gerações educadas sob o signo de Caxias estão fadadas a mudar
de hábitos e a construir o destino de grandeza do Exército, formando
uma mentalidade homogênea de chefes que, a exemplo de seus
antepassados, não permitirão o esquecimento das nossas nobres
tradições militares”.
Pensando em todo o
legado deixado pelo Gen José Pessoa na Escola Militar do Realengo, o
Cel Mário Travassos, primeiro Cmt da AMAN, deixou importante
depoimento: “Toda sua gestão pode ser traduzida em dar um ponto de
apoio às aspirações idealistas dos candidatos a Oficial. Defendeu
para eles o título de Cadete que, por si só, é toda uma lendária
tradição; compôs-lhe um uniforme que enfeixa toda uma indumentária
militar dos tempos heróicos de nossos fastos de guerras; cingiu-lhes
à cinta a miniatura da própria espada de Caxias – O Patrono do
Exército; reviveu em telas primorosas que ornam as dependências da
Escola os nossos chefes e feitos militares de maior relevo e criou
solenidades que são verdadeiros atos de fé militar; por fim,
solidarizou-se em torno de um Brasão e de um Estandarte que
simbolizam o Corpo de Cadetes, expressão mesma da grandeza do
Exército e da segurança da Nação, porque é o celeiro dos Generais de
amanhã”.
Toda a carreira militar
do Marechal José Pessoa foi marcada pela força moral que o levava a
uma notável capacidade de realização. Sem receio de cometer exagero,
posso afirmar que foi um militar que esteve sempre além de seu
próprio tempo. Em 1914, quando eclodiu a 1ª Guerra Mundial,
encontrava-se, como tenente, realizando um curso na Escola de
Sait-Cyr, na França. Combateu, na condição de voluntário, no 4º
Regimento de Dragões do Exército Francês, havendo sido promovido a
capitão por bravura. Após a Guerra, foi matriculado em um curso na
Escola de Carros de Versailles, que lhe serviu de inspiração para
escrever o livro: “O Tanque na Guerra Européia” e para criar a 1ª
Companhia de Carros de Assalto, no Exército Brasileiro.
O Marechal José Pessoa,
de 1944 a 1946, presidiu o Clube Militar, vencendo pleito direto, o
primeiro desde a implantação do Estado Novo.
Na presidência do Clube
Militar, exerceu fecunda administração, plena de providências e
medidas permanentes em benefício do fortalecimento das relações
entre as Forças Armadas, da assistência ao quadro social e de
melhoramentos na esfera administrativa. Em sua gestão, foram
realizadas sessões solenes em comemoração ao centenário do Barão do
Rio Branco, cujo último discurso foi proferido no Clube Militar, e
ao centenário da pacificação da Guerra dos Farrapos, com a
inauguração de placa de bronze alusiva. Ainda é do período em que
exerceu a presidência a elaboração do projeto para a sede esportiva
da Lagoa Rodrigo de Freitas, bem como os entendimentos com
autoridades governamentais para a aquisição do terreno
correspondente.
Notável, também, foi a
participação do Clube Militar no apoio à Força Expedicionária
Brasileira, e no reconhecimento de seus grandes feitos em solo
italiano. Para tal fim, foi criada uma comissão sob a presidência do
próprio Marechal José Pessoa. Essa comissão acompanhou as ações da
FEB e do 1º Grupo de Caça na Itália, enviando mensagens patrióticas,
de estímulo, ao seu comandante – Marechal Mascarenhas de Moraes – e
providenciando a remessa de café, açúcar e roupas para serem
distribuídos, pelos pracinhas brasileiros, às populações assoladas
pela guerra. O Clube Militar participou, também, na preparação da
memorável recepção à FEB e propôs medidas de apoio aos
ex-combatentes, em todo o território nacional.
Os serviços prestados pelo
Marechal José Pessoa à pátria brasileira, no entanto, estiveram
muito além daqueles, já enormes, dispensados ao estamento militar.
Com sua invulgar inteligência, realizou estudos de temas
brasileiros, deixando propostas concretas para diversas áreas do
interesse nacional. Em 1952, divulgou sua “Advertência à Nação”,
onde enumerou uma série de problemas que deveriam receber a atenção
do governo, apresentando, concomitantemente, as soluções
apropriadas.
Em 1954,
quando poderia estar descansando em merecida aposentadoria, aceitou
o convite do Presidente Café Filho para presidir a Comissão de
Localização e Planejamento da Nova Capital Federal no Planalto
Central, visando à concepção, idealização e pesquisa do terreno.
Aceitou o convite em função não remunerada, chamando seu sobrinho,
Dr Marcelo Pessoa, e seu amigo, o arquiteto Dr Raul Penna Firme, que
construíra a Escola Militar de Resende, para ajudá-lo. Essa equipe
foi a responsável pela escolha do local exato onde, hoje, se ergue
Brasília. No relatório da Comissão, de 1958, constata-se que grande
parte do plano-piloto da cidade foi idealizada por José Pessoa e
Penna Firme. Lá se encontram em sua forma original a descrição das
quadras, dos anéis rodoviários, do traçado das principais avenidas,
em forma de cruz, como principal relação com o primeiro nome da
terra brasileira, que seria também o nome da nova capital: Vera
Cruz.
Em 16
de agosto de 1959, o Brasil perdeu um de seus grandes filhos.
Apagou-se uma luz fulgurante no cenário brasileiro. Faleceu o
Marechal dos Cadetes. Sua obra, com certeza, permanecerá perene na
memória de seus irmãos de armas e de todos os brasileiros que
acreditam que somente apoiados no vigor do passado poderemos
construir um futuro digno para nosso país.
Concluo
reafirmando minha alegria em ter sido lembrado para integrar os
quadros desta Academia, resultado, por certo, muito mais de uma
demonstração de apreço à Instituição da qual sou, hoje, presidente
do que a eventuais méritos deste novo acadêmico. Maior orgulho
invade meu espírito por ter tido a honra de assumir a cadeira cujo
patrono é o notável soldado e brasileiro que foi o Marechal José
Pessoa. Traços da fulgurante vida desse insigne patrício, tentei
relembrar em pinceladas muito rápidas, embora minhas limitações,
seguramente, não tenham permitido fazer inteira justiça à genial
figura do militar, do intelectual e do cidadão que foi instituído
como patrono da cadeira que ora assumo.
Agradeço a quantos aqui vieram compartilhar comigo esse momento,
para mim importante. Um especial agradecimento ao presidente,
vice-presidentes e acadêmicos que muito me prestigiaram com suas
presenças. A todos, enfim, meu muito obrigado.
PALAVRAS
FINAIS DO CELBENTO PRESIDENTE DA AHIMTB
Hoje, depois de 13 anos de fundada, a Academia de História
Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB) empossou como acadêmico o Gen
Ex Gilberto Barbosa Figueiredo, presidente deste centenário do
Clube Militar que foi instrumento decisivo para a Proclamação da
República e Abolição da Escravatura e palco e instrumento memorável
da vitoriosa campanha nacional “O Petróleo é nosso”, do qual o
Brasil atingiu em produção, sua auto-suficiência, E sem se esquecer
que também foi o palco da criação em suas dependências, da
vitoriosa Revista A Defesa Nacional, já com 96 anos de
marcantes e relevantes serviços a Defesa Nacional.
Queira Deus
que nossa Academia de História Militar Terrestre perdure na sua ação
e seja entendida, consagrada, reconhecida, estimulada e sobretudo
patrocinada pelo Governo a sua luta em prol do Objetivo Atual nº 1
do Exército, de Pesquisar, preservar, cultuar e divulgar a História,
as Tradições e os Valores morais, culturais e históricos de nosso
Exército.
Hoje, nesta
seção memorável, e espero que histórica, a Academia de História
Militar Terrestre do Brasil empossou como seu acadêmico o General de
Exército Gilberto Barbosa Figueiredo na cadeira Marechal Jose
Pessoa, antigo e dinâmico presidente do Clube Militar. O General
Gilberto é o 3º presidente do Clube Militar que ela empossa depois
dos hoje acadêmicos eméritos Generais Hélio Ibiapina Lima e Luiz
Gonzaga Shoroeder Lessa ligados à cadeira Marechal Humberto
Castello Branco, expressivo pensador militar brasileiro e mestre em
História Militar Terrestre Crítica, como nos foi revelado na obra
O pensamento militar do Marechal Castello Branco, editada
pela ECEME. Escola centenária que hoje o tem como seu patrono, o
qual sonhava com uma doutrina militar terrestre brasileira genuína,
ou uma doutrina militar Tupiniquim.
Sonho já conquistado a
duras penas pelas grandes nações, potências e grandes potências
integrantes do G8, como aprendemos e ensinamos como conquistaram
este status, como instrutor de História Militar na AMAN de 1978/1980.
Sonho em que
acreditamos que o marechal foi despertado pela Missão Militar
Francesa, a qual um oficial brasileiro solicitou que lhe ensinasse
Estratégias e Táticas brasileiras, ao que ela respondeu que esta
resposta se encontrava embutida no nosso patrimônio cultural
militar terrestre acumulado em quase 5 séculos de lutas internas e
externas, predominantemente vitoriosas. E este tem sido um dos
sonhos e objetivos da nossa Academia, o desenvolvimento da História
Militar Crítica do nosso Exército à luz dos fundamentos da Arte e da
Ciência Militar como instrumento a serviço da formação em Arte
Militar dos quadros do Exército e do desenvolvimento de uma doutrina
militar brasileira genuína como sonhou o Patrono do Exército e de
nossa Academia o Duque de Caxias ou uma doutrina Tupiniquim, como a
sonhou o Marechal Castelo Branco. Necessidade premente no momento em
que o Brasil integra o BRIC Aliança Brasil- Rússia- Índia - China ao
lado de três potências atômicas e com doutrinas militares genuínas
O General
Gilberto foi recebido em nome da nossa guerreira AHIMTB, por seu
ilustre acadêmico General de Exército Paulo César Castro, ocupante
da cadeira Gen Estevão Leitão de Carvalho. Este, notável historiador
militar líder dos Jovens Turcos que realizaram relevante ação de
renovação do Exercito, sob a proteção do Ministro da Guerra General
Jose Caetano de Farias, para que suas atuações não fossem
consideradas Indisciplina e desrespeito a Hierarquia.
A Academia dentre
os seus objetivos destaca a sua preocupação em levantar
experiências doutrinárias militares brasileiras genuínas, para
subsidiar a hipótese do desenvolvimento de uma Guerra de Resistência
na Amazônia, à estratégia do fraco contra o forte, como a definiu o
Cel Golbery do Couto e Silva, em sua obra Planejamento
Estratégico em 1955.
Guerra de
resistência ou de guerrilha baseadas em doutrinas militares
brasileiras genuínas, como Guerra Brasílica que conseguiu expulsar
os holandeses do Nordeste do Brasil em 1654, a Guerra a Gaúcha que
conseguiu expulsar e manter fora do Rio Grande do Sul os espanhóis
em 1776, sem esquecer a Guerra Amazônica liderada pelo Capitão
Pedro Teixeira que conseguiu expulsar da nossa Amazônia os
holandeses e ingleses que ali haviam se fixado. E ali, mais as
guerras de resistência no Amapá e no Acre lideradas pelo general
Cabralzinho e Plácido de Castro, enfrentando forças regulares
estrangeiras. Guerras de Resistência genuínas brasileiras que
ajudaram a definir o destino brasileiro do Amapá e do Acre.
E mais
experiências de guerra de Resistência teve o Brasil, como a secular
Guerra do Mato, desenvolvidas por ambos os condutores na Guerra dos
Palmares. Modalidade que o guerrilheiro José Bonifácio, contra
forças de Napoleão em Portugal, , planejava desenvolver no Brasil,
caso ele fosse invadido. Enfim, doutrinas militares terrestres
genuínas que solucionaram graves problemas do Brasil, sem o concurso
das doutrinas militares que nos têm influenciado: a espanhola, a
inglesa, a alemã, a francesa e, a norte-americana desde 1939.
A História Militar
Terrestre do Brasil que nossa Academia concentra-se é o seu ramo
História Crítica, aquela de cuja analise, a luz dos fundamentos da
Arte e Ciência Militar, o soldado desenvolve a sua cultura
profissional e o pensador militar dela retira subsídios doutrinários
. E não prioriza a História Descritiva, que é escrita e divulgada
sem a preocupação com a aprendizagem da Arte Militar e a coleta de
subsídios que possam contribuir para o desenvolvimento de uma
doutrina militar terrestre brasileira, Infelizmente este ramo tem
predominado entre nós o que tem contribuído para o seu desprestígio
profissional, como inócua.
Foi um imenso
prazer retornar a este Clube Militar do qual fomos no seu centenário
o seu Diretor Cultural e de sua Revista, sendo que no seu número
280 – Edição Histórica do seu centenário, conseguimos participar
ativamente como historiador e coordenar os esforços de ilustres
dirigentes do Clube, e de historiadores que aceitaram nosso convite
e desafio para resgatar 100 anos de História do Clube, os quais aqui
recordo e reverencio os já falecidos, General Jonas Correia (que
coordenara a Revista do Cinqüentenário), Américo Jacobino Lacombe,
Vicente Tapajós, General Umberto Peregrino, Almirante Prado Maia,
Cel Elber de Mello Henriques, General Francisco de Paula Azevedo
Pondé, Comandante Dino Willy Cozza, Maj Prof. Antonio Pimentel
Winz, Gen Morivalde Calvet Fagundes, e Cel Francisco Ruas Santos.
Para finalizar
vale comparar os esforços paralelos do Clube Militar e da Academia
de História Militar Terrestre do Brasil.
O Clube
representa a resposta política da Família Militar a questões que a
atingem.
E a Academia representa
respostas históricas a manipulações e deformações políticas de nossa
História o que ela tem procurado responder em seus sites pela
Internet e seus livros, já que a mídia nacional expressivamente não
lhe concede o direito de resposta ou do contraditório, um
pressuposto da Liberdade de Imprensa.
Enfim eles
respondem e debatem sobre temas relevantes que afetam a imagem das
Forças Terrestres, as quais seus membros do serviço ativo não podem
vir a público para responder. Vale recordar este exemplo, o da
presença da Academia na Câmara Federal, em Simpósio sobre Canudos e
onde defendeu a participação do Exército, de 13 policias militares
sob o argumento de que eles não iam a lugar nenhum se não fossem a
isto ordenados pelo poder civil. E foi o que então aconteceu!
Participação de igual teor na Globo News.
Obrigado pela
atenção e um convite para que participem e prestigiem a Academia de
História Militar Terrestre do Brasil, na sua nobre tarefa de ajudar
a conquistar o Objetivo atual nº 1 do Exército:
Pesquisar,
preservar, cultuar e divulgar a História, as Tradições e os Valores
morais culturais e históricos do Exército
E de que seus membros, em
especial os que tem exercido altas funções no Exercito, cuja
presença em nossos quadros se avolumam, ajudem a dar perenidade a
Academia, com patrocínio oficial, por ser uma instituição que se
dedica ao desenvolvimento da História Militar Terrestre Critica do
Brasil, visando produzir subsídios utilizáveis para a formação do
profissional militar terrestre em Arte e Ciência Militar e para o
desenvolvimento progressivo de uma Doutrina Militar Terrestre
Brasileira como a sonharam e por ela lutaram o Duque de Caxias, e os
presidentes Floriano Peixoto e Castelo Branco e os pensadores
militares coronéis J.B Magalhães e na atualidade o Cel Amerino
Raposo Filho entre outros. Este apoio e solidariedade aqui
solicitado e fundamental para consolidação na vida brasileira da
Academia de História Militar Terrestre do Brasil, Confirmar esta
afirmação é obra de simples verificação e raciocínio
Agradeço ao
ilustre acadêmico, delegado e 3 º vice-presidente da AHIMTB tem Art
R/2 Israel Blajberg e equipe pelo planejamento desta seção com o
apoio do Clube Militar
Em tributo a
Disciplina e a Hierarquia fundamentos do ordenamento jurídico do
Brasil convidamos para encerrar a presente seção a mais alta
autoridade presente e Presidente de Honra desta seção Acadêmico
Emérito Gen Ex Luiz Gonzaga S. Lessa solicitando que dirija aos
assistentes palavras de incentivo.O General Lessa em improviso
dirigiu palavras de estimulo ao AHIMTB e ao novo acadêmico e deu por
encerrada a seção.
Agradecimento
A AHIMTB agradece a seus
associados do Exército e das demais forças terrestres e sócios civis
que responderam ao apelo da AHIMTB a contribuírem financeiramente
para o custeio da AHIMTB. O sócios do Exército com, autorização para
o desconto em folha e os demais com colaborações diretas na conta da
AHIMTB. Diversos sócios não responderam aos reiterados apelos ,
concluindo a AHIMTB que não desejam contribuir e assim optarem pela
Jubilação na posição que alcançaram os que não responderam os apelos
da Diretoria da AHIMTB e de seu delegado no Rio e assim abrindo a
oportunidade para outros interessados e integrar a AHIMTB.
SERÁ dado um tempo até
dezembro de 2009 para uma resposta positiva.E se negativa ou não
respondida, a ANIMTB lamentavelmente procederá a discretamente a
Jubilação ex-oficio, prevista em seus Estatutos nº 4 do Artigo 4º e
IV do Art 8º,pois considera uma injustiça uns contribuírem
financeiramente e outros não. E desta contribuição depende o futuro
da AHIMTB ,até que ela disponha de recursos oficiais, ao Governo
reconhecer como no caso da Academia Portuguesa de História que ela
desenvolve uma atividade relevante que se constitui um dever do
Estado. E a AHIMTB apela a tosos os seus sócios para que lutem para
a obtenção de um subsidio oficial para subsidiar seus projetos
relacionados com a História Militar Terrestre do Brasil.
Novas posses previstas
pela AHIMTB na Delegacia da AHIMTB do Rio de Janeiro
-Cel Cláudio Skora
Rosty na cadeira Especial historiador José Antônio Gonçalves de
Mello Neto.
- Embaixador Marco
Henrique C. Torres na cadeira Barão do Rio Branco
- Cel César Augusto
Araripe de Almeida Lacerda na cadeira Marechal Tristão de Alencar
Arararipe.
- Ten R/2 Eng Luis
Alberto Costa( Dom Beto) na cadeira Gen Aurélio de Lyra Tavares
-Ten R/2 Art Sérgio R.
Monteiro na cadeira especial Major Apolo Miguel Resek
Para marcarem a data
coordenarem com acadêmico , Delgado da AHIMT no rio e 3ª Vice
Presidente da AHIMTB Ten R/2 Art Israel Blajberg .
Visite o site da
AHIMTB
www.ahimtb.org.br