INFORMATIVO GUARARAPES- 2008              

 


 

Fundada em 1o de março de 1996

 

O GUARARAPES

ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO DAS ATIVIDADES DA

ACADEMIA DE HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL

CGC 01.149.526/0001-09

       

- AGRACIADOS EM 2008 COM A MEDALHA DO MÉRITO HISTÓRICO MILITAR TERRESTRE DO BRASIL NO 205º ANIVERSÁRIO DO DUQUE DE CAXIAS PATRONO DA ACADEMIA DE HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL

    -FALECIMENTO DO CEL RUAS SANTOS

 

 

 

 

AGO 2008         No 58

    

AGRACIADOS E JUSTIFICATIVAS COM A

MEDALHA DO MÉRITO HISTÓRICO MILITAR TERRESTRE

DA ACADEMIA DE HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL

NO 208oANIVERSÁRIO DO DUQUE DE CAXIAS E 12o ANO DA AHIMTB

 EM NOME DA ACADEMIA DE HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL (AHIMTB), DEPOIS DE OUVIDA A COMISSÃO DE MEDALHAS DA MESMA, E NA QUALIDADE DE GRÃO-MESTRE DA MEDALHA DO MÉRITO HISTÓRICO MILITAR TERRESTRE DA AHIMTB E NA OPORTUNIDADE DO 205º ANIVERSÁRIO DE NASCIMENTO DO DUQUE DE CAXIAS, PATRONO DA AHIMTB, AGRACIO COM A CITADA MEDALHA E NOS GRAUS DE  OFICIAL E CAVALEIRO AS SEGUINTES PERSONALIDADES, LEVANDO EM CONSIDERAÇÂO OS CRITÉRIOS DE ESTÍMULO, SOLIDARIEDADE, APOIO HISTÓRICO E DE CUSTEIO FINANCEIRO ÀS ATIVIDADES DA AHIMTB, TRABALHOS EXECUTADOS  EM PROL DA SUA CAUSA E PROJEÇÂO DE SERVIÇOS PRESTADOS PELOS AGRACIADOS À PESQUISA, PRESERVAÇÃO, ELABORAÇÃO, CULTO E DIVULGAÇÃO DA HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL.

Cláudio Moreira Bento Presidente e Grão Mestre da Medalha

OFICIAL

Sra. CARMEN LÚCIA FERREIRA DA SILVA         Pela dedicação, esforço e abnegação demonstrados desde o planejamento das comemorações relativas ao Bicentenário de nascimento do seu trisavô, o Conde de Porto Alegre, sempre na condição de Membro-efetivo da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB) e do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul. Quando da elaboração do livro O Conde de Porto Alegre, editado pela Bibliex e reeditado pela AHIMTB, com o patrocínio da 3ª Região Militar, contribuiu para o alto nível da obra no que se refere ao conteúdo. Participou com destaque dos trabalhos da Liga da Defesa Nacional no triênio 2005/2007. Atualmente, na elaboração do livro do História do Casarão da Várzea, contribuiu de forma notável elaborando uma retrospectiva sobre as edições da Revista Hyloea. A qual  figura no livro História do Casarão da Várzea 1885-2008  A par disso, sempre prestigiou as atividades da AHIMTB, auxiliando na divulgação dos eventos, para o que valeu a sua formação em jornalismo. Em reconhecimento a sua dedicação a Academia de História Militar Terrestre do Brasil  foi convidada a ser a 2ª acadêmica feminina da AHIMTB que ocupará cadeira Conde de Porto Alegre em cerimônia no Colégio Militar de Porto Alegre para cuja História tanto contribuiu ao resgatar o conteúdo de sua Revista Hyloea.

TENENTE R/2 DE ARTILHARIA ISRAEL BLAGBERG .Acadêmico ocupante da Cadeira Cel Mario Clementino o autor do Editorial do 1º numero da Revista a Defesa Nacional, surgida em 1913 cuja biografia ele enriqueceu expressivamente, pois sua vida  era pouco conhecida e somente a projeção de sua obra  interpretada  pelo acadêmico emérito Cel Nilton Freixinho que Israel substituiu. Sua devoção a Academia tem sido tão expressiva que em reconhecimento a esta dedicação em pouco tempo de acadêmico foi-lhe concedida a medalha de Cavaleiro do Mérito Militar Terrestre e nomeado Delegado da Academia no Rio de Janeiro Delegacia Marechal João Batista de Matos , o historiador dos monumentos brasileiros e também como 3º vice presidente da Academia de História Militar Terrestre do Brasil , funções que vem exercendo com notável competência e devoção  pois Israel Blajberg  desfruta de merecido  prestígio entre os oficiais que estudaram nos CPORs e NPORs espalhados pelo Brasil conjunto que ele denomina Reserva  Atenta e Forte do Exército. No  momento prepara para edição seu livro Os soldados que vieram de longe abordando os 43 militares brasileiros de origem judaica que combateram o nazi-facismo na 2ª Guerra Mundial no Exército, Marinha de Guerra e Mercante e na Aeronáutica  onde recorda que metade dos tenentes que lutaram na FEB eram  egressos de  CPORs e que representaram a metade dos tenentes mortos na Campanha da FEB na Itália em defesa da Liberdade e Democracia Mundial. E entre os soldados descendentes de imigrantes judeus destaca o ilustre Marechal Waldemar Levy Cardoso , hoje com 107 anos e detentor do Bastão de Comando da FEB e que o animou e apoiou a validade deste seu trabalho que completa uma lacuna histórica da FEB

 

CAVALEIROS

 

AQUILINO BOUZAN Professor de História do Colégio Militar de Brasília e membro da Delegacia da AHIMTB em Brasília Delegacia Marechal José Pessoa instalada no Colégio Militar de Brasília onde é  o seu Diretor de Divulgação . Notável colaborador do Delegado da citada Delegacia o acadêmico emérito  Gen Div Arnaldo Serafim. 1º vice presidente da AHIMTB e especialmente  na atualização dos audiovisuais Caxias um herói da Pátria, Osório o Legendário e Cavalaria –evolução , características e missões . Graças aos seus profundos conhecimentos de Informática e Multimídia, somados ao seu gosto especial pela pesquisa de história militar terrestre ,os audiovisuais citados foram enriquecidos em qualidade de imagens e técnicas .Meticuloso, inteligente , competente e dedicado , não poupou esforços na busca dos melhores resultados , particularmente na seleção de trechos de filmes destinados a exemplificar a atuação das Cavalarias Hipomóvel, Mecanizada ,  Blindada  e da sua nova dimensão usando aeronaves de Asa Móvel. E sintetizou seu trabalho reunindo em DVD à locução, fundo musical e as imagens de cada palestra, dando assim notável contribuição às comemorações, em Brasília, da Arma de Cavalaria e do seu patrono.

legendário General Osório, bicentenário em 2008. Fotografo profissional Aquilino Bouzan cobre gratuitamente eventos de interesse da Delegacia Marechal José Pessoa. Foi efetiva a sua participação no planejamento e execução do Museu Fotográfico da FEB da Associação de ex combatentes da FEB em Brasília

CAIRO MOREIRA PINHEIRO. Acadêmico de jornalismo, animador cultural, coordenador das Academias Canguçuense e Piratiniense de História, Delegado do Instituto de História de Tradições do Rio Grande do Sul em Pelotas e região e o atual Delegado da Academia de História Militar Terrestre. Em Isto em razão de sua marcante contribuição na coordenação das comemorações do Bicentenário do General Osório em Rio Grande no 6º Grupo de Artilharia de Campanha Grupo Marques de Tamandaré e em Pelotas na Câmara de Vereadores de Pelotas, a cidade adotiva do General Osório e no Quartel General da 8ª Brigada de Infantaria Motorizada, na qual participou com o Presidente da Academia de História Militar Terrestre das comemorações do centenário daquela grande unidade de nosso Exército e nesta ocasião coordenando contatos com o Comando da 8ª Brigada e Câmara de Vereadores de Pelotas com vistas às comemorações em Pelotas do Bicentenário do General Osório

pela Academia de Historia Militar Terrestre do Brasil e em Canguçu coordenando medidas inclusive a participação da. Presidência em entrevista pelas rádios locais focalizando o Bicentenário do General Osório consagrado em Canguçu como nome de sua rua principal. Participou ativamente da cerimônia de inauguração e Rio Grande pela Academia de História Militar Terrestre do Brasil através de sua Delegacia Cel Hon Antônio Carlos Lopes ,o criador do Tiro de Guerra no Brasil o Memorial Brigadeiro de Infantaria José da Silva Pais com o apoio do citado GAC comandado pelo Ten Cel Augusto Martins Oliveira

CORONEL HIRAM REIS E SILVA    Como professor do CMPA, Presidente da Sociedade Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS), Membro-efetivo da Academia de História Militar Terrestre do Brasil e do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul, desenvolve um trabalho de alto significado no que se refere à defesa da Amazônia. Colunista de diversos sites, divulga freqüentemente artigos sobre as ameaças à soberania brasileira na Amazônia, principalmente no tocante às raízes históricas daquela região do país, a qual nos foi legada pelos bravos bandeirantes e estradeiros portugueses, com destaque para o General Pedro Teixeira. Palestrante amazônica, é seguidamente convidado para proferir palestras sobre o tema em instituições públicas e privadas em razão de seus profundos conhecimentos do assunto ,se destacando entre os mais persistentes defensores do interesse nacional com vistas a uma justa solução para os destinos da Reserva Raposa do Sol a ser dado pelo Supremo Tribunal Militar sem prejuízo da integridade e soberania brasileira ,ao contrario do ocorrido com a Planície do Pirara que passou a integrar a Inglaterra por um cochilo diplomático da Regência no Brasil , conforme focalizado por esta Presidência em seu livro Amazônia Brasileira ´Conquista.Consolidação –História Militar Terrestre da Amazônia 1616 2004, bem como em outros trabalhos seus  posteriores

           

Dr JOÂO MARINÔNIO CARNEIRO LAGES. Correspondente da Academia de História Militar Terrestre do Brasil em Rio Grande-RS  e seu Delegado  da Delegacia Cel Honorário ,Antônio Carlos Lopes o idealizador dos Tiros de Guerra do Brasil ,idéia adotada pelo Marechal Hermes da Fonseca , próximo da 1ª Guerra Mundial como solução de formar reservas para o Exército que não as formava até 1916 , quando foi adotado o Sorteio Militar. Sob a liderança cultural do Dr Lages atualmente exercida  em Rio Grande através da Academia de Letras de Rio Grande que preside e entidades a ela associadas e aproveitando  seus conhecimentos em História Militar de Rio Grande, liderou equipe de civis interessados e com apoio do 6º Grupo de Artilharia de Campanha Marques de Tamandaré através de seu dinâmico comandante da época Ten Cel Art Augusto César Martins Oliveira   Delegado da de Honra da Delegacia Cel Honorário Antonio Carlos Lopes participou de diversas atividades com vistas a resgatar importantes eventos da História Militar Terrestre do Brasil em Rio Grande, traduzidos entre outras pela demarcação com obeliscos de locais onde no passado existiram fortificações que assinaram a fundação portuguesa do Rio Grande do Sul e a assessoria histórica com seu grupo junto com a Academia de História Militar Terrestre do Brasil a o citado comandante para a construção na praça Forças Armadas do Brasil do Memorial Brigadeiro José da Silva Pais e mais ainda a coordenação e participação pelo Dr Lages  nas comemorações do Bicentenário do General Osório no 6 º Grupo de Artilharia de Campanha que o homenageado mandara construir como Ministro da Guerra

 

     


FALECIMENTO DE MEMBRO DA AHIMTB PATRONO EM VIDA DE CADEIRA

 

                                   CEL FRANCISC0 RUAS SANTOS 1914-2008

 

Faleceu aos 94 anos no Rio de Janeiro o Cel Francisco Ruas Santos, natural de Belo Horizonte e Patrono de Cadeira, em vida ,da Academia de História Militar Terrestre do Brasil que foi inaugurada pelo Cel Manoel Soriano Neto, Honraria que a Academia lhe conferiu em vida pelos relevantes serviços que prestou a pesquisa , preservação, culto e divulgação da História do Exército E,  em especial, o planejamento coordenação e edição da História do Exército em 1972, como Presidente da Comissão de História do Exército do Estado -  Maior do Exército 1971/74 da qual fomos o seu adjunto e por ele encarregado de escrever o Capitulo sobre a as Guerras Holandesas .

Como escoteiro assistiu a tomada do 12º RI em Belo Horizonte na Revolução de 30 e a Olimpíadas na Alemanha no Governo de Hitler ,o qual combateria cerca de 14 anos mais tarde como Capitão na Defesa Territorial no Pará a e como expedicionário da FEB do 11º RI de São João de Rei.

Como oficial, no Serviço ativo realizou obra histórica notável como Comandante do CPOR/RJ e instrutor de História Militar na Academia Militar das Agulhas Negras onde elaborou vários livros texto . Desenvolveu numerosos instrumentos de trabalho do Historiador Militar entre eles o Sistema de Classificação de Assuntos de História das Forças Terrestres do Brasil do Estado- Maior do Exército pelo o que o considero autor da Teoria de História do Exército Brasileiro , instrumento que salvo melhor juízo raros  exércitos dispõem. Em nosso Manual Como pesquisar a História do Exército Brasileiro editado pelo EME/AHIMTB 2ed aproveitamos a parte relativa ao emprego da força  para a pesquisar e depois  concluir qual a doutrina militar usada em cada intervenção

.Sonhava com uma História Cientifica do Exército , nos moldes da que o Centro de Documentação  da Marinha realizou na administração do comandante Max Justo Guedes ,

Hoje nos preocupamos com a História Critica de intervenções históricas de nosso Exército ao longo do processo histórico do Brasil para concluir quais as lições concluídas da análise militar, a luz dos fundamentos da Arte da Guerra sobre a forma de erros e acertos visando com eles subsidiar o desenvolvimento de uma doutrina militar genuína  brasileira como sonharam o Duque de Caxias , O marechal Floriano Peixoto e os coronéis J.B ,Magalhães, Amerino Raposo Filho  e Nilson Freixinho etc que fizeram o que lhes foi possível em seus tempos .

    Na inatividade dedicava-se a seu Centro de Documentação particular no Largo do Machado .Cel Cláudio Moreira Bento , homenagem que foi prestada no Museu Naval em posse como acadêmicos da AHIMTB os AE FN Tosta  e o CA Max Justo Guedes seguindo a tradição da AHIMTB de evacr seus membros falecidos na 1ª seção de posse de acadêmicos depois de seus falecimentos. 

Síntese biográfica

      Nasceu . em Belo Horizonte, MG (4de agosto de 1914 ). Filho de Vitoriano de Barros Santos e Maria Augusta Ruas Santos.

      Fez os cursos da Escola Militar do Realengo (1937), da EsAO, da Escola  de Comando e Estado- Maior do Exército, da Escola Superior de Guerra (CEMCFA) e, em Fort Canning, nos EUA, o curso avançado de Infantaria do Exército.

      Atingiu o posto de coronel, por merecimento em 1964. Durante a carreira militar, exerceu os comandos da Companhia Independente de Fronteira 1943/44 e do CPOR do RJ 1965/67. Foi instrutor, professor em comissão e chefe da Seção de Ensino História e Geografia da AMAN; chefe da 1-ª Divisão de Relações Públicas do Ministério do Exército Brasileiro do Estado- Maior do Exército 1974/73, encarregada de organizar a pesquisa histórica militar terrestre e responsável pela elaboração da História do Exército Brasileiro, pelo Estado-Maior do Exército em 1972. Montou o modelo reduzido de um centro de Documentação militar terrestre, base para a criação do centro de Documentação do Exercito. Planejou e coordenou a criação do Centro de Informações Culturais do Museu Histórico Nacional.. Participou da FEB na Campanha da Itália. Fundou e dirigia o Centro de Informações Culturais, onde, durante  muitos anos, desenvolvia  sistemas e técnicas da informação, sobre o que escreveu e publicou numerosas comunicações, folhetos e Tesaurus.

         Pertencia ao IGHMB, ao IHG/SP, ao IHG/RJ. Foi eleito sócio honorário do IHGB em 15/12/75, passando a efetivo em 17/12/77. renunciou à condição de sócio em 1989. È patrono de Cadeira na Academia de História Militar Terrestre do Brasil

         Possuía a Medalha Cruz de Mauá (Min. dos Transportes), a Cruz de Combate de 2-ª Classe (Campanha da Itália), Medalha de Campanha da FEB, Medalha de Guerra, Medalha da Ordem do Mérito Militar (Grande Oficial), Medalha do Pacificador, Medalha Rui Barbosa.

         Além de artigos, publicou: A preparação para a Escola do Estado-Maior do Exército, SP, Livros & Publ. Milit. Ed., 1949 – Fontes para a história da FEB,RJ, Bibliex, 1958 – Ensaios e estudos militares, RJ Bibliex, 1959 – Coleção Bibliográfica Militar, RJ, Bibliex, 1960 – Memórias de um mosqueteiro francês. Os holandeses na Bahia, 1624/1625, RJ, Record, 1964 – As forças Armadas no Brasil, RJ, Record, 1964 – A segunda Guerra Mundial., RJ ECEME, 1967 – Osório, RJ, Bibliex, 1967 – História da Guerra entre a Tríplice Aliança e o Paraguai, do gen. A. Tasso Fragoso, notas e comentários, Bibliex, 1956, 5v. – Teoria e Pesquisa em História Militar, Resende, AMAN, 1961 – Marechal Castelo Branco: seu pensamento militar, RJ, ECEME, 1968 (organização e notas). De sua vasta bibliografia, constam ainda estudos sobre guerras mundiais e localizadas para os alunos da AMAN, e índices de várias revistas, artigos e conferências.

“Homem profundamente interessado e conhecedor da História do Brasil e do Exército Brasileiro, ajudou com suas obras e conselhos a muitos  estudiosos de Genealogia e de História do Brasil e de Portugal” ( Eng Te nR/2 Eng Luiz Alberto Costa Fernandes seu aluno no  CPOR/RJ).”

 

   Coronel Francisco Ruas Santos

Capitão de Infantaria da FEB

Patrono em Vida da Cadeira n°. 33

Academina de Historia Militar Terrestre do Brasil – AHIMTB

04 ago 1914 – 01 ago 2008

Eng Ten R/2 Art Israrel Blagberg

Delegado da AHIMTB Delegacia Marechal João Baptista de Mattos

Do Rio de Janeiro e 3³ vice presidente da AHIMTB

Natural de Belo Horizonte - MG, era da turma de novembro de 1937 da Escola Militar do Realengo. Em 1944 foi comissionado no posto de Capitão por ter se apresentado voluntariamente para integrar a Força Expedicionária Brasileira. Na guerra exerceu a função de Comandante da Companhia de Serviços do 11o Regimento de Infantaria. Entre 1958 e 1963 foi instrutor de História Militar da Academia Militar das Agulhas Negras. Em 1964 foi promovido ao posto de Coronel. De 8 abril de 1965 a 31 agosto de 1967 comandou o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Rio de Janeiro. passou para a reserva em 1973. Pela sua participação na Segunda Guerra Mundial recebeu a Cruz de Combate de 2a Classe, Medalha de Campanha e Medalha de Guerra. Autor de inúmeras obras sobre História Militar, sua contribuição é vasta e amplamente difundida através da Internet nos catálogos das livrarias especializadas.Professor Emérito da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, Sócio Benemérito do Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro, Sócio Benemérito do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil, Sócio Efetivo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e Patrono em vida da Cadeira n°. 33 da Academia de História Militar Terrestre do Brasil, cadeira esta inaugurada pelo Cel Manoel Soriano Neto.Conforme declarou ao Projeto de Historia Oral da FEB, sua motivação para integrar a FEB de forma voluntária originou-se de uma declaração de Adolf Hitler, na qual dizia que o Sul do Brasil  produzia muito do que a Alemanha precisava. Com esta afirmação o ditador insinuava pretender tomar posse dessa região do País.O Cel Ruas Santos presenciou a morte de Frei Orlando, Patrono do Serviço de Assistência Religiosa do Exército. Na véspera do ataque a Monte Castelo estava em seu jipe, acompanhado do motorista, de um pracinha e de um guerrilheiro italiano, em direção à linha de frente, para levantar necessidades da tropa – 11o RI – quanto a serviços. No caminho, ao deparar com Frei Orlando sentado à beira da estrada, oferece-lhe carona. O religioso se senta ao seu lado. De repente, o jipe bate com o diferencial numa pedra e para. Saltam todos, tirando o jipe daquela posição. Em seguida, O Cap Ruas pega a manícula da viatura a fim de remover a pedra. O guerrilheiro italiano, no intuito de ajudar, tentando retirá-la, bate com a coronha de sua carabina sobre a pedra. Ela dispara e mata Frei Orlando. Quando o Cap Ruas  tentou pedir-lhe que parasse, a arma disparou.

Nas palavras do Cap Ruas:  “ ... foi muito rápido ... ele veio logo com a carabina. Coitado! Como ele sofreu! Ficou abraçado ao corpo do Capelão, chorando, porque tinha sido involuntariamente o causador daquela morte. Era a bala que poderia ter morto... a mim também.”

 

Já com mais de 90 anos, o Cel Ruas muito valorizava as atividades ligadas à documentação,  são importantíssimas, dizia, enfatizando a necessidade do domínio das fontes. Freqüentava com muita disposição os Institutos a que pertencia, deslocando-se sozinho e ágil pelo metrô, cujas escadarias transpunha com facilidade impressionante. Intervia regularmente nos debates, com a voz muito clara e forte que lhe era peculiar.Em princípios de 2008 sua ausência começou a ser notada, preocupando a todos, até que nos chegou a noticia de que havia partido.Repousa agora eternamente no Mausoléu da FEB, no Cemitério São João Baptista no Rio de Janeiro, com os antigos pracinhas o acompanhando na derradeira jornada, seus camaradas de armas da Campanha da Itália. Missas de 7°. Dia foram oficiadas na Igreja de Santa Teresinha  na Rua Tonelero em Copacabana, próximo a sua residência na mesma rua, a qual freqüentava, e na Santa Cruz dos Militares.

 

O Exército e o Brasil muito devem ao seu ingente trabalho no campo da historiografia militar e da sistematização da Informação. Num dia de 1944 partiu ele com a FEB para o desconhecido, retornando coberto de glórias. Foi um grande soldado.j

Tendo me ausentado do Rio, somente hoje li as sua. Fui aluno do então Ten Cel Ruas Santos em 1959, na AMAN, e com ele aprendi a abordar as campanhas militares antigas e recentes com a seriedade e a abrangência recomendadas pela metodologia na analise dos fatos históricos. Foi um destacado orientador de jovens cadetes, amparado em suas qualidades de chefe e na sua competência  acadêmica. Em 1967, sendo eu ajudante- de- ordens do Cmt da ECEME,  tive a oportunidade  de observar meu antigo professor em ação...” Gen  Ex Luiz Sheldon Muniz

Nota Disto resultou o livro Pensamento militar do Marechal  Castelo Branco do Cel Ruas e Maia Pedrosa(Cel Bento)

 

Israel Blajberg 
AHIMTB
Delegacia Marechal João Baptista de Mattos
Rio de Janeiro

 Date: Mon, 11 Aug 2008 15:47:31 +0200. From
: vitoriano.ruas@upmc.fr. To: iblaj@hotmail.com
 Subject: Re: Cel Francisco Ruas Santos, ex-Cmt CPOR/RJ 1965-1967,
 
 Prezado Senhor Israel Blajberg, Muito sensibilizado agradeço pelo texto que me enviou, o qual
 me reconforta bastante, após a passagem do meu amado pai> Esse sentimento é realçado pelo fato de que, para minha grande> tristeza..... Agora pretendo trabalhar junto com alguns membros da família, dentre os quais o meu irmão Dom Luis Alberto, abade em SP, a fim de cultivar a memória desse grande soldado e intelectual
 que foi meu pai> Terei particular satisfação em manter informada essa Academia> sobre esses desdobramentos, se assim desejar. Atenciosamente Vitoriano Ruas
 Professor aposentado. Pesquisador da UFF, da UnB e da Universidade Paris 6.

 

Caro Cel  BENTO Presidente da AHIMTB

 

Fiquei muito triste com o seu comunicado pois sempre reconheci na figura do Cel Ruas um competente historiador e incansável batalhador pelas suas idéias. Não sabia do seu falecimento .É mais do que merecida a homenagem que pretende lhe conferir. Um  fraterno abraço. Lessa

( Acadêmico Gen Ex Luiz Gonzaga S.Lessa Acadêmico da AHIMTB, cadeira Marechal Castelo Branco).

 

Cel Bento!  É com pesar que recebo a noticia do falecimento do Cel Rua Santos. A Historia Militar Brasileira ficou mais pobre com a perda de tão ilustre historiador. Não se faz mais homens dessa cepa. Esperamos que a AHMTB possa continuar o legado de tão culto militar, transmitindo às novas gerações as lições que em vida nos deixou.

Tenho certeza que a AHMTB, que tão justamente o entronizou como patrono de Cadeira (em vida), saberá na próxima reunião, destacar os feitos e as contribuições do Cel Ruas Santos, honrando-as sobejamente. Um abraço. Cap Armando (Colégio Militar de Curitiba)

 

PREZADO CHEFE E CAMARADA CEL BENTO,   É IGUALMENTE TOMADO POR PROFUNDO SENTIMENTO DE PERDA QUE ME SOLIDARIZO COM OS INTEGRANTES DA AHIMTB, EM RAZÃO DA PERDA DE TÃO NOBRE EXPOENTE.     A HISTÓRIA MILITAR PERDE UM ÍCONE, MAS EFETIVAMENTE GANHA UM PATRONO. EM SUA VIDA LONGA, A QUAL  SABEMOS NÃO SER ETERNA A CONVIVÊNCIA TERRENA, FOI PLENA DE ÊXITOS, PARTICULARMENTE NO QUE CONSERNA A UMA DAS MAIS NOBRES MISSÕES QUE UM HOMEM PODE CUMPRIR: SERVIR E SERVIR BEM AOS DEMAIS.    O LEGADO DEIXADO PELO NOSSO QUERIDO HERÓI DA FEB É GARANTIA PARA O SEU DESCANSO MERECIDO E REFERÊNCIA PARA QUEM FICA.( CaP ANDRE DIAS Delegado da Delegacia da AHIMTB na General Ernani Airosa)

 

 

"Para alimentar o cérebro de um Exército na paz, para prepará-lo para a eventualidade indesejável de uma guerra, não existe livro mais fecundo em meditações e lições do que o da História Militar."