INFORMATIVO GUARARAPES- 2007              

 


 

Fundada em 1o de março de 1996

 

O GUARARAPES

ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO DAS ATIVIDADES DA

ACADEMIA DE HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL

CGC 01.149.526/0001-09

       

INAUGURAÇÂO DO MEMORIAL MILITAR BRIGADEIRO SILVA PAIS EM RIO GRANDE EM 22 DE DEZEMBRO DE 2007, PELO 6º GAC  MARQUES DE TAMANDARÉ   

 

 

 

  Ano 2007                                            Mês: Nov/Dez                                       nº 55


SUMÁRIO


- A PRESENÇA DA AHIMTB NO 2º BPE EM OSASCO E EM SOROCABA EM 6 NOV

- A POSSE COMO ACADÊMICO NA CADEIRA MARECHAL  MASCARENHAS DE MORAIS DE SEU NETO
  CEL ROBERTO MASCARENHAS DE MORAIS EM 13 NOV


-
A PRESENÇA E PARTICIPAÇÃO DA AHIMTB NA INAUGURAÇÂO, EM 22 DEZ de 2007, DO
   MEMORIAL MILITAR BRIGADEIRO SILVA PAIS PELO 6ºGAC ALMIRANTE TAMANDARÉ

-
DIVERSOS

 

 


A PRESENÇA DA AHIMTB NO 2º BPE EM OSASCO E EM SOROCABA EM 6 NOV

No dia 6 de novembro a AHIMTB, através de seu presidente visitou, a convite, o 2º Batalhão de Policia do Exército para, em formatura desta unidade  condecorar com a Medalha do Mérito Histórico Militar Terrestre o seu comandante Ten Cel Ildefonso Bezerra Falcão , por seu esforço em encaminhar a proposta de denominação histórica do batalhão, o acadêmico o Gen Domingos Ventura Pinto Junior, que ocupou  , até falecer,  a cadeira Mal João Batista Mascarenhas de Morais . Na oportunidade o Presidente da AHIMTB prestou uma homenagem ao general Ventura , a qual em parte foi transcrita no Boletim daquela unidade.

No dia 6 de novembro, à noite, na catedral de Sorocaba, a AHIMTB, através de seu presidente, participou de seção conjunta com Instituto Histórico e Genealógico de Sorocaba e  Sociedade Amigos da Marinha de Sorocaba tendo sido agraciado com o Colar Almirante Álvaro Alberto da Mota e Silva – o pai da tecnologia nucleara brasileira. O Cel Bento aproveitou a ocasião para condecorar com a Medalha do Mérito Histórico Militar Terrestre do Brasil, no grau de Comendador, o Dr Hernani Donato, acadêmico emérito da AHIMTB e autor do precioso Dicionário de batalhas brasileiras e também o  acadêmico e Delegado da AHIMTB em Sorocaba e região o professor Adilson César, dinâmico animador cultural em Sorocaba e Região e ambos destacados historiadores militares civis. Foi expressiva a presença de militares da Marinha, Exército e Policia Militar de São Paulo no evento, cabendo destacar a presença do Chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Sudeste  Gen Bda José Júlio Dias Barreto, Ten Cel Carlos Sergio Saú, comandante do´2º Grupo de Artilharia de Campanha de Itú e membro efetivo da Delegacia da AHIMTB de Sorocaba onde em sua posse homenageou o Marechal Levy Cardoso.Presente também o Ten Cel Francisco Pedro de Azambuja Vieira, diretor da 14ª CSM e Delegado de Honra da Delegacia da AHIMTB Aluisio de Almeida em Sorocaba e o Ten Cel Ildefonso Bezerra Falcão Junior comandante do 2º BPE.

  

                                 

Os acadêmicos da AHIMTB Adilson César e Hernani Donato com suas medalhas de comendadores do Mérito Histórico Militar Terrestre do Brasil e ao lado o Cel Bento Presidente da AHIMTB recebendo o Colar Almirante Álvaro Alberto o pai da tecnologia nuclear brasileira das mãos do CMG Paulo Marcelo M. Peixoto

 

 

 

                             

 Os agraciados com a Medalha do Mérito Histórico Militar Terrestre do Brasil posam com suas esposas e filhas ao lado do presidente da AHIMTB Cel Cláudio Moreira Bento. Ao lado um grupo de oficiais presentes na reunião e a direita do Cel Bento o Gen Bda Barreto autor da História do 22º GAC de Uruguaiana que comandou e que apoiou no EME o Cel Bento na reedição de seu Manual Como estudar e pesquisar a História do Exército Brasileiro.( Fotos do IHGG de Sorocaba).


 

- A POSSE COMO ACADÊMICO NA CADEIRA MARECHAL  MASCARENHAS DE MORAIS 
DE SEU NETO CEL ROBERTO MASCARENHAS DE MORAIS EM 13 NOV
 

Depois de 11 anos de fundada, a Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB) através de sua Delegacia Marechal João Batista de Matos, o historiador dos monumentos brasileiros, realizou a sua primeira sessão no Forte de Copacabana, sede do Museu do Exército local onde trabalhou em sua construção como tenente o Marechal Mascarenhas e nele mais tarde serviu seu único neto o Cel Artilharia Roberto Mascarenhas de Morais que  foi empossado na cadeira Marechal Mascarenhas de Morais da Academia Militar Terrestre do Brasil.

Cadeira que foi a primeira a ser inaugurada no dia 1 º de junho de 1996, no Auditório das Faculdades D.Bosco em Resende, pelo acadêmico Gen Div Carlos de Meira Mattos que foi amigo, colaborador das obras do Marechal sobre a nossa FEB e seu biógrafo, em obra lançada pela Biblioteca do Exército.Elevado a acadêmico emérito o General Meira Mattos foi substituído pelo  Cel Germano Seidl Vidal ex-combatente da FEB e autor do notável trabalho A Guerra Proscrita que é consultada em seu site que registra milhares de visitas.

Elevado por seus grandes méritos a acadêmico emérito foi substituído na cadeira pelo acadêmico General Domingos Ventura Pinto Junior no Batalhão de Policia do Exército que ele comandou. Falecido o General depois de relevantes serviços a divulgação da saga da nossa FEB e a causa dos nossos veteranos de guerra, a Academia convidou para ocupa-la o neto do Marechal, o Coronel Roberto Mascarenhas de Morais que foi recebido em nome do Colégio Acadêmico da Academia pelo General Geraldo Luiz Nery da Silva  que vem realizando obra notável relacionada com a Memória Oral do Exército relativa a Contra Revolução de 1964, Memória Oral da FEB e Memória do Projeto Rondon. Foi convidado para a presidência de Honra da AHIMTB o Alte Esqd Mario César ex-ministro da Marinha que junto com o Cel Roberto Mascarenhas de Moras participou de cerimônia memorável de entrega do Estandarte do 6º GAC então denominado 6º Grupo de Artilharia de Campanha Almirante Tamandaré.Personalidade bicentenária em 12 de dezembro de 2007 e que foi alvo de grande divulgação pela AHIMTB e IHTRGS de sua vida e obra e consagrado como o maior herói militar brasileiro de projeção nacional e internacional nascido na cidade de Rio Grande.

 

 

                          
Mesa diretora dos trabalhos presidida pelo Cel Bento presidente da AHIMTB e presidência de Honra do Alte Esqd Mauro César e integrada pelos generais Moreira, Fajardo, Shimidt, Beraldo o Diretor da DAC e pelo Dr Carlos de Meira Mattos , filho homônimo do Gen Meira Matos

                             
 Almirante Mauro César encerrando a seção e ao lado o encontro de dois heróis ,o Marechal Levy Cardoso e o Cel Germano Seidl Vidal, veteranos da Artilharia da FEB

 

                             
Gen Beraldo Diretor da DAC cumprimentando o novo acadêmico e ao lado o Cel Roberto recebendo a sua insígnia de acadêmico de sua esposa assistida pelo filho do Gen Meira Mattos.( Fotos do acadêmico Ten Art R2 Israel Blajberg coordenador da Delegacia Marechal João Batista de Matos)

                A Parte da oração de posse do acadêmico Cel Roberto Mascarenhas de Moraes referindo-se  a sua vida com o seus avós    e pais de criação

                   MARECHAL JOÃO BAPTISTA MASCARENHAS DE MORAES

                                                O HOMEM        -        O MEU AVÔ

                   No dia 13 de novembro de 1883, nascia João Baptista Mascarenhas de Moraes, na cidade São Gabriel, Rio Grande do Sul. Menino, aos 10 anos, se encanta com o garbo   do “Regimento Mallet”, sediado naquela cidade, nos desfiles, nas datas históricas. O famoso “Boi de Botas”, que transmitia, aos olhos do povo, a gloriosa vitória da Guerra do  Paraguai.

                    Ali, o menino João Baptista idealizou ingressar no Exército  em sua Artilharia .Aos 15 anos se matricula Na Escola Preparatória e Tática do Rio Pardo, onde foi colega de Getúlio Vargas que foi desligado injustamente e enviado de volta a tropa em circunstancias .Mas a amizade entre os dois perdurou até a morte de Getúlio, em 1954.

                     Já na Escola Militar da Praia Vermelha,  no último ano, foi dela desligado por não aderir à revolta da Vacina Obrigatória. É mandado servir no 23º BI, à época na rua Moncorvo Filho ao lado onde hoje é a Faculdade Nacional de Direito. Mas, logo depois  cerca de um mês,  foi mandado  servir na Fortaleza de São João, artilheiro que era.

                      Lá se encanta com a jovem Adda Ribeiro Brandão, filha do comandante da Fortaleza, Coronel Belo Augusto Brandão. Como soldado como cortejar a jovem   bela Adda. Mas, logo retorna à Escola   Militar  da Praia Vermelha, que é reaberta, e termina o curso em 1º lugar.

                      Seria natural escolher o Regimento Mallet, em São Gabriel, por razões óbvias.   Mas escolhe como sua 1ª Unidade Militar a Fortaleza de São João, tendo em vista o encantamento pela jovem Adda.

                       Se apresenta, em 1905, já oficial, na Fortaleza e aí, com todas as condições    que  julgava necessárias para conquistar a jovem Adda, consegue o seu objetivo e começa    o namoro.

                       Ao final de 1906/1907, o Comandante  da Fortaleza, pai da jovem Adda é mandado comandar o Regimento Mallet, em São Gabriel.

                        O jovem 2º Tenente Mascarenhas solicita transferência para o Regimento Mallet.    Em audiência com o Ministro da Guerra, como era normal à época, o Ministro pergunta: ”Você quer sair da Fortaleza São João para São Gabriel? Ninguém quer ir para lá.     Porquê?” O Tenente responde:” A minha família é toda de São Gabriel, e é meu desejo ir para lá.”O Ministro responde:”Você foi o 1º da turma e ninguém quer ir para lá.Vou satisfazer o seu desejo.”

                          Ele se apresenta à sua nova Unidade e, logo encontra a jovem Adda,  que lhe pergunta: ”O que tu estás fazendo aqui?” Ele responde:” Tu não estás aqui? Então aqui    é o meu lugar.” Concretiza assim o namoro com a jovem Adda.

                          Ao final de 1907 é matriculado na Escola de Artilharia e Engenharia, no RJ, onde se forma, ao final de 1909, sendo declarado bacharel em ciências matemáticas e físicas, termo da época.

                           Em 1910 é “mandado praticar” seus conhecimentos de engenheiro na construção do Forte de Copacabana.   Em 1911 passa à disposição do Ministério das Relações Exteriores e integra a    Comissão de Limites Brasil-Bolívia, e embarca para a Amazônia, no Acre onde permanece por quatro anos até o término da missão.                                             

                           Correspondia-se com a jovem Adda por carta, já que era mais fácil passar as  férias em Londres, que em São Gabriel. Um vapor levava oito dias de Manaus a Lisboa.    Para ir a São Gabriel levaria cerca de um mês.

                             Após a missão da Comissão de Limites, retorna, no início de 1915 ao RJ, compra a sua casa, e casa-se com a jovem Adda, a cinco de agosto daquele ano.       Inicia-se   assim uma perfeita união que duraria 47 anos, até a morte dela em 1962.   Embora tenham vivido uma união perfeita, a vida não os poupou de sacrifícios. Mascarenhas de Moraes era um legalista, e viveu um período revolucionário. Assim, viveu preso. Foi o oficial mais condecorado da República e o mais punido.

                                Mas as suas punições davam coerência aos seus elogios. Caracterizavam o  seu caráter, muito bem definido pelo depoimento do General Meira Mattos na Revista do Exército de  novembro de 1983, comemorativa de centenário de seu nascimento: ”Ornavam o seu caráter: a seriedade (sério de pensamentos e atitudes), a dignidade, a  modéstia (sem afetação) e a honradez. Os indignos, ou dele se afastavam, ou se sentiam incomodados, quando em sua presença”.

                               Na coluna “Há 50 anos”, O Globo noticiava em 06 de agosto de 1954, sobre  o atentado ao jornalista Carlos Lacerda:”  Se o Sr. Getúlio Vargas deseja e pode   sacudir do seu nome a suspeita da mais longínqua tolerância com o atentado,  só   tem    um  meio: entregar a direção do inquérito a uma personalidade cheia de prestígio sobre    a opinião pública, um desses homens " quebra, mas não verga", incapazes de transigir com quem quer   que seja. Alguns nomes nos ocorrem: Laudo de Camargo, Mascarenhas de Moraes, Milton Campos, José Carlos de Macedo Soares e Carlos Maximiliano, todos eles  capazes  de ressoar em qualquer “consciência.”Fui morar com meus avós aos 11 anos de idade.  Ao chegar a casa deles,  ele me disse: ”Sente aqui. Esta casa é a casa do trabalho. Eu trabalho, a sua avó  trabalha.  O seu trabalho é estudar. Se você quiser estudar eu lhe sustento até você se formar no   que quiser. Caso contrário, eu lhe sustento até você completar 18 anos.    Aí você vai  tratar da sua vida. Quer fazer alguma pergunta?” Eu respondi: ” Não vovô.” Depois desta conversa, só ouvi deles elogios. Deixei a casa deles já 2º Tenente, para me casar. Na minha convivência com os meus avós aprendi  e adotei como conduta  de vida “valores” que me conduziram a uma vida feliz. São eles: o entusiasmo, que vem, naturalmente, apoiado na autenticidade e na dignidade (este o principal valor).

               Foi o entusiasmo que me possibilitou uma vida profissional e pessoal feliz. Foi o entusiasmo que me possibilitou, quando Comandante do 6º GAC, unidade mais antiga  do    RGS,  e a única que não tinha denominação histórica, desenvolver com    determinação o processo       que deu ao 6º GAC o nome histórico “Grupo Marquês de Tamandaré”, em homenagem ao patrono da nossa Marinha de Guerra. Foi o entusiasmo que me levou a   conseguir o tombamento do CMRJ, nos níveis estadual e federal, aos seus 104 anos, quando comandei o Colégio.  Aos 15 anos, os meus avós me chamaram e ele, meu avô me disse: ”Os seus  avós estão velhos. Dormem cedo. Você já é um moço e um bom estudante. Assim  pode  receber as chaves da casa. Tem responsabilidade. Aqui estão elas. Chegue a hora    que   quiser”. Senti-me o “dono do mundo”, conhecera o valor da responsabilidade e o mais  importante, a conseqüente liberdade.

                                  Ufano-me de saber desde o início, que convivia com duas pessoas especiais. Por isso, para mim, eles não se foram. Estão presentes na minha vida, como uma  fonte de energia inesgotável.Converso com eles todos os dias. Eles são a herança milionária que da vida recebi.   

                             Lembro-me de como ele a ela se referia: ”A sua avó é uma pessoa formidável! Se eu não fosse marido dela, gostaria de ser seu empregado. Dos sucessos que  tive na vida, certamente 50% devo a ela. Ao lado de todo homem de sucesso está  uma  mulher poderosa”. Eu respondia: ”Eu também vovô, se não fosse neto dela  gostaria de ser seu empregado”. Ele sorria!

                              Ela era adorada por todos. Parentes, amigos, empregados.Isto tanto   era  verdade que ele mandou gravar em sua sepultura: ”Adda: Nobreza, coragem e ternura”.  Ela era realmente tudo isso. Era uma rainha “natural”, iluminava o ambiente, qualquer  que fosse ele, quem quer que esteja presente.

                                Antes de morrer ele me chamou e disse: ”O seu avô vai embora. Os meus pertences são seus. Se surgir uma organização militar que você julgue merecedora, doe se quiser. Mas, não doe nada para o Museu da República. Eu e o Castelo (referindo-se   ao ex-presidente, já falecido) nos arrependemos de doar àquele museu as nossas   espadas”. Não perguntei porque. Não era oportuno.Eram três espadas: uma o povo  de  São Gabriel deu a ele quando ele voltou da guerra.Outra era a dele. E outra a do meu bisavô, aquele que era o Comandante da Fortaleza de São João, quando ele conheceu a jovem Adda que faleceu oficial general da Ativa. A espada dele doei ao Forte de Copacabana, em 2006. A do meu bisavô, que ele meu avô usou na coroação da Rainha Elizabeth II da  Inglaterra, em julho de 1953, doei a 1ª DE Divisão Mascarenhas de Moraes,  em  2006.   Doei também seus pertences: armas, condecorações e diplomas à 1ª DE, por   razões óbvias. A 1ª DE isto é, o Exército, fez um museu com os seus pertences, como era   de se esperar. Afinal, o Exército é eterno, cabe a ele cuidar dos seus heróis. Continuando, ele disse: ”Os meus amigos você os conhece. Eles sempre freqüentaram a nossa casa. Se precisar de algo, recorra a eles, pois, não lhe faltarão. Acho   que você não vai precisar de nada.

              Quero ser enterrado fardado, com apenas três medalhas.”Eu perguntei:”Quais são?” Ele disse: ”A de tempo de serviço, a de 1° de turma e a da FEB”.Eu perguntei: ”E as outras?” Ele respondeu:” As outras todo mundo tem, o que não desmerece quem as tem, como eu, respeitando o regulamento que as “rege”.

                                   Vou citar os amigos dele mais próximos  e meus também: os marechais Oswaldo Cordeiro de Farias, Humberto de Alencar Castelo Branco, os generais Edson de Figueiredo,Carlos de Meira Mattos, Daltro Santos, Wallenstein Teixeira de Mendonça,  Antonio  Henrique Almeida de Moraes, Plínio Pitaluga, Geraldo Araújo Ferreira Braga, Tácito Theófilo Gaspar de Oliveira,  os coronéis Luiz José Torres Marques, Albino   Zílio, José Maria Romaguera, José Sabino Maciel Monteiro, Delmiro de Barros,  major Eurico Capitulino de Barros (seu sub-tenente na guerra) e o senhor João Pedro Nunes de São Gabriel que lá organizou precioso Museu Militar particular.   Eles eram todos iguais: “dignos e leais”.É possível que haja outros nomes, mas estes  eram os mais chegados ao Mal. Mascarenhas de Moraes e à família dele.  Finalmente, me chamou de novo e disse: ”Só a medalha da FEB. Ela é a  síntese da minha vida militar.”No seu velório, velavam o seu caixão os generais: Carlos de Meira Mattos e Edson de Figueiredo.Eles foram os capitães que decifraram o rádio que o convidava para comandar a FEB, ao qual, ele respondeu de imediato: ”Aceito com prazer”.Antes de o caixão ser  fechado, retirei a medalha da FEB do peito dele, na presença de todos, e coloquei outra idêntica, que eu adquirira.Sabia que surgiria uma OM com o nome dele, como surgiu: a 1ª DE Divisão Mascarenhas de Moraes.

                                Hoje, guardo ainda os arquivos da FEB, por ele organizados. São 22 volumes: Correspondências nacionais e estrangeiras, recebidas e expedidas, relatórios secretos de guerra (três volumes) e mais um volume, que é a coletânea de todos os jornais editados na guerra (O Cruzeiro do Sul), que está para ser editado. Este  material ainda vou mantê-lo comigo, pois preciso conhecê-lo melhor, e, já foi munição essencial  para defender a FEB, contra “mestres em história”, que tentam reescrever   a história, mas nada sabem de história.

              O Marechal  Mascarenhas  de Moraes, Herói Nacional, consagrado pelo povo brasileiro. É  este, portanto, o lugar  que ele, Marechal, ocupa na História do Brasil. O lugar em que o povo soberano brasileiro o  colocou.Foi o único Marechal da ativa vitalício, na história do Brasil.

                             Nota da AHIMTB. A oração acima e parte  do elogio ao seu patrono de cadeira e avo o Marechal João Batista Mascarenhas de Morais ao tomar posse como acadêmico da Academia de História Militar Terrestre do Brasil(AHIMTB) no Forte de Copacabana em 13 de novembro de 2007, aniversário de nascimento do Marechal que como tenente trabalhou na construção do forte. Na ocasião o acadêmico emérito da AHIMTB Cel Nilton Freixinho que era tenente Ajudante de Ordens do Ministro da Guerra Eurico Gaspar Dutra depôs sobre o convite feito ao General Mascarenhas de Morais para comandar a FEB e que ele aceitou de pronto e com prazer. Na ocasião prestamos depoimento sobre o Marechal em cujo centenário fui honrado pelo Dr Pedro Calmon  Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro para representar esta instituição falando pelo  IHGB que nossa  oração  homenageou o herói. Oração reproduzida na revista da citada instituição sob o título Marechal João Batista Mascarenhas de Morais- significação histórica no Volume 344:119-136, jul/set 1984. Em 1971, como coordenador pelo VI Exercito, projeto, construção e inauguração do Parque Histórico Nacional dos Montes Guararapes em 19 de abril de 1971,inaugurado pelo presidente Médici, construímos monumento com apoio da Prefeitura do Recife contendo dizeres que o Marechal pronunciou ao retornar da FEB,cuja foto de inauguração figura em nosso livro Batalhas dos Guararapes analise e descrição militar  lançado na inauguração do Parque publicamos fotos da inauguração do citado monumento inaugurado pelo Gen Ex Arthur Duarte Candal Fonseca, comandante do VI Exercito. Em 1995 no Jubileu do Dia da Vitória publicamos a plaqueta Participação das  Forças Armadas e da Marinha Mercante do Brasil na 2ª Guerra Mundial com capa elaborada pelo acadêmico emérito da AHIMTB General Plínio Pitaluga. Creio que foi a primeira abordagem de um oficial da geração seguinte a da FEB e analisada a participação do Brasil ao nível da Comissão Brasil-Estados Unidos em Whashington que coordenou o esforço de guerra do Brasil.(Cel Cláudio Moreira Bento).

 

                                -A PRESENÇA DA AHIMTB NO CMPA EM 18 DEZ.

Com a presença do Presidente da AHIMTB, a sua Delegacia Gen Rinaldo Pereira da Câmara se reuniu na tarde de 18 de dezembro de 2007 na Sala Brasil no CMPA onde seus integrantes deram noticias do andamento de seus livros.Inicialmente o presidente comunicou estar pronto o seu livro General Osório o maior herói e líder popular brasileiro,sendo convidado para participar do Simpósio do Bicentenário do General Osório dia 6 e 7 de maio, cabendo-lhe realizar palestra no Auditório do GBOEX ás 14 horas do dia 7 de maio abordando o tema , O pensamento militar do General Osório,seguida de lançamento de seu livro General Osório o maior herói e líder popular brasileiro. O acadêmico General Carlos Patrício Freitas Pereira noticiou o breve lançamento de seu livro sobre Geopolítica do Brasil pela BIBLIEx. O  acadêmico Cel Juvêncio Saldanha Lemos informou  estar em fase de conclusão seu alentada livro sobre questões no Prata e o acadêmico Dr Muller com livro abordando o Cel Vanique em parceria com o Dr Ruy B. de Souza Pinto. Foi cumprimentada a correspondente da AHIMTB   jornalista Carmem Ferreira,bisneta do Conde de Porto Alegre  por seu notável resgate do conteúdo da Revista Hyloeia 1922/2007 para ser publicado na História do Casarão da Várzea 1885/2007 pelo cel Bento em parceria com o Cel  Caminha.

Presente o Dr Talai Djalma Selistre, novo membro do IHTRGS que  esteve em Porongos com o Piquete Vanguardeiro  de Canguçu- Gen Hipólito Pinto Ribeiro ,sendo lhe prestado esclarecimentos pelo do Dr César Pires Machado, autor de notável trabalho histórico sobre Porongos,  rebatendo  teses que por motivações ideológicas tem manipulado aquele evento histórico  O.Dr César  explicou a versão histórica real do personagem Cel Chananeco , seu conterrâneo de Lavras do Sul de onde ele saiu para combater na Guerra do Paraguai. O Cel Bento informou estarem bem adiantados os trabalhos História da 3ª Divisão de Exército centenária em 2008 e em parceria com o Cel Caminha e o acadêmico Major Andrei Klauhs, e mais o livro História da 1ª Brigada de Cavalaria Mecanizada em parceria como o Cel Caminha e o sócio correspondente da AHIMTB em Uruguaiana, Sargento Carlos Fonttes   Delegado da Delegacia Marechal Setembrino de Carvalho da AHIMTB..

 

                 
Detalhes de uma da muitas sessões da AHIMTB e IHTRGS que foram relacionadas e serão publicadas no livro História do Casarão da Várzea 1885/2007 A esquerda a penúltima sessão da AHIMTB realizada no Salão Nobre do CMPA onde figuram da esquerda para direita Cel ,Dr César Pires Machado, Cel Juvêncio Lemos, Cel Bento, Cel Caminha, Gen Egeo de Oliveira Freitas,

Cel Mauro Rodrigues  Na foto ao lado o Cel Bento e o Cel Vasconcellos comandante do CMPA inaugurando a Sala Academia de História Militar Terrestre do Brasil tendo ao lado o Cel Caminha e no interior da Sala AHIMTB figuram  emolduradas capas de livros da AHIMTB sobre a História do Exercito na Região Sul.

 


 

 

   A PRESENÇA E PARTICIPAÇÂO DA AHIMTB NA INAUGURAÇÂO EM 22 DEZ de 2007, DO
       MEMORIAL MILITAR BRIGADEIRO SILVA PAIS PELO 6ºGAC ALMIRANTE TAMANDARÉ.
 

A Academia de História Militar Terrestre do Brasil se fez presente na cidade de Rio Grande para através de sua Delegacia Cel Honorário  o Criador do Tiro de Guerra no Brasil que tem como seu Delegado de Honra o comandante do 6ºGAC Marques de Tamandaré Ten Cel Augusto César e como seu delegado Executivo o Dr João Marinônio Carneiro Lages inaugurar o Memorial Militar Brigadeiro Silva Pais. Cerimônia que teve o seguinte desenvolvimento

INAUGURAÇÂO DO MEMORIAL MILITAR BRIGADEIRO JOSE DA SILVA PAIS

Cel Cláudio Moreira Bento Presidente da AHIMTB

  
Memorial Militar do 6º GAC Almirante Tamandaré, na praça Forças Armadas defronte ao quartel obedecendo o traço do quartel construído pelo Ministro da Guerra 1878/79 , General Osório usando pedras de trincheiras contra os farrapos construídas pelo Major da Guarda Nacional Emilio Luiz Mallet, atual patrono da Artilharia(Foto Ailton Ávila da Rosa)

 

A seguir notícia colhida pelo acadêmico Ten Art R2 Israel Blajberg coordenador da Delegacia da AHIMTB no Rio de Janeiro

“MEMORIAL SILVA PAES REGISTRA A HISTÓRICA PRESENÇA MILITAR EM RIO GRANDE
O 6º Grupo de Artilharia de Campanha inaugurou, no final da tarde de sábado,
o Memorial Militar Brigadeiro Silva Paes, localizado na Praça das Forças
Armadas. O evento contou com a presença de diversas autoridades civis e
militares, como o presidente da Academia de História Militar Terrestre do
Brasil,o historiador militar Coronel Cláudio Moreira Bento.
Fruto de seis meses de trabalho, o Memorial, que conta a história da cidade
do Rio Grande e do Exército no Município, poderá ser visitado pela
comunidade e turistas de terça a domingo, no horário das 9h30min às 11h30min
e das 13h30min às 17h.

O Memorial registra a histórica presença militar em Rio Grande, desde sua
fundação pelo brigadeiro Silva Paes, em 1737, até o ano 2000, através de uma
linha do tempo que considerou a importância dos fatos. No entanto, não
apresenta apenas informações militares, mas também de acontecimentos civis
que marcaram a vida da cidade, como a fundação da Catedral de São Pedro.
Conforme o gerente executivo e de arte do Memorial, Pedro Artur Germano da
Silva, nessa cronologia foram selecionados oito temas julgados mais
importantes e montadas vitrines com material histórico e contemporâneo
relativo a esses fatos. Integrando esse material estão uma maquete do Forte
Jesus-Maria-José e uma pedra pertencente à trincheira do Rio Grande,
resgatada nos alicerces do atual quartel do 6º Grupo de Artilharia de
Campanha (6º GAC) Almirante Tamandaré.
Silva observou que a proposta foi montar um espaço cultural com o máximo de
simplicidade, utilizando uma linguagem direta, por meio de pinturas,
maquetes e informações escritas. "Não nos detivemos na coleção de peças
antigas, mas sim na comunicação visual", salientou. A finalidade do novo
espaço é o resgate da histórica presença militar terrestre  na cidade e a transmissão  de

conhecimento às gerações mais novas. Além da exposição permanente, o Memorial

também poderá abrigar exposições temporárias e eventos culturais.
Durante a cerimônia de inauguração, o 6º GAC entregou certificados a
diversas personalidades, instituições e órgãos que contribuíram com a
materialização do projeto. O comandante do 6º GAC, tenente-coronel César
Augusto de Oliveira, também fez a entrega de uma bandeira ao patrão do CTG
Mate Amargo, Jorge Bastos, em agradecimento à doação de um canhão espanhol
do século 18 feita pela entidade tradicionalista ao Exército. Trata-se de
uma bandeira do CTG, confeccionada em seda e bordada.”

COMPLEMENTO DA AHIMTB A NOTICIA ACIMA

Os textos das 8 vitrines foram elaborados pelo historiador militar Cel Cláudio Moreira Bento Bento presidente da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB) e pelo professor Luis Henrique Torres ,professor de História da FURG em  Rio Grande e presidente da SOAMEX. Colaboraram no Projeto o historiador riograndino  Dr João Marinônio Carneiro Lages, Delegado da Delegacia da Academia de História Militar Terrestre em Rio Grande e Presidente da Academia Riograndina de Letras . Delegacia que tem por Delegado de Honra o Ten Cel Augusto César Martins de Oliveira, Comandante do 6º GAC que colocou na construção do Memorial sua grande experiência adquirida no Museu do Exército no Forte de Copacabana, no qual serviu como Relações Públicas por cerca de 5 anos.

  

     
 
Autoridades presentes e, a  direita, populares para assistirem a inauguração do Memorial

 

   
Tropa formada na inauguração do Memorial e o TenCel Augusto César agradecendo as presenças no ato e colaborações para tornar o Memorial Militar uma realidade, destacando trabalho do Sub Ten R! Arthur Germano , Gerente de Arte do Projeto ao lado direito  da Sra que aparece na foto

 

     
Dr Lages, professor Torres , Cel Bento e Cairo Moreira Pinheiro coordenador  da Academia Canguçuense de História que o Cel Bento Preside. Ao lado Cel Bento e seus delegados em Rio Grande Ten Cel Augusto César(de Honra)  e Dr Lages (Executivo)

Colaborou com uma pintura o acadêmico da AHIMTB Cel Pedro Paulo C. Estigarribia. Os colaboradores do Projeto tiveram seus nomes gravados em placa metálica no interior do Memorial e foram diplomados  pelo comandante do Grupo Marquês de Tamandaré como diploma alusivo, pelo apoio que deram à Construção da Inauguração do Memorial Militar Brigadeiro Silva Pais com destaque para o Sub Tem Artur Germano diretor de Arte do Projeto e o cabo Landi Grasi que pintou diversos painéis do Memorial

         A construção deste Memorial foi a mais destacada participação direta da Academia de História Militar Terrestre do Brasil de 2005/ 2007 através de sua Presidência e, indireta através de sua Delegacia em Rio Grande, em cooperação como o 6º GAC Grupo Almirante Tamandaré. Participação que se estendeu no balizamento, através de marcos piramidais de locais onde existiram fortificações espanholas e portuguesas erigidas em Rio Grande e São José do Norte na luta que culminou com a reconquista da Vila de Rio Grande aos espanhóis que a dominaram por 13 anos e  no dia 1º de abril de 1776, em época coincidente com a consolidação da Independência dos Estados Unidos.Reconquista de Rio Grande resgatada no livro do Cel Cláudio Moreira Bento na obra A Restauração de Restauração.Rio de Janeiro: BIBLIEx,1996.No ato da inauguração foram convidados a fazer uso da palavra o Coronel Cláudio Moreira Bento presidente da AHIMTB, o seu Delegado em Rio Grande o historiador Dr João Marinônio Carneiro Lages e o professor  Torres ,presidente da Sociedade de Amigos do Exército e professor de História na FURG.

 

     
Antes do corte da fita, da direita para a esquerda Dr Lages, Jamir Branco, prefeito de Rio Grande,Cel Bento, Reitor da FURG Dr João Carlos Couran e Ten Cel Augusto César. A direita convidados a usarem a palavra o historiadores Luiz Henrique Torres Presidente da Sociedade de Amigos do Exército , o Cel Bento e o Dr João Marinônio Carneiro Lages e responsáveis pela elaboração de textos que figuram nas vitrines do Memorial.

, que contribuiu com textos para as 8 vitrines junto com o Cel Bento, focalizando o enorme significado cultural militar daquele empreendimento liderado pelo Ten Cel Augusto César que encerrou os discursos com palavras de agradecimento ao que participaram do empreendimento.

       As vitrines em numero de 8 abordam 1- A Fundação de Rio Grande, com pintura feita sob a orientação do entã oMajor Cláudio Moreira Bento, pelo Desenhista Álvaro Martins para o projeto Iconografia Militar do Estado Maior do Exército. 2- A Guerra da Restauração, com gravura feita sob a orientação do então Major Cláudio Moreira Bento sobre as posições e nomes dos fortes portugueses e espanhóis ao longo do canal entre São Jose do Norte e Rio Grande e detalhes das Esquadrilhas de Portugal e Espanha, para maior facilidade de entendimento do visitante. 3- Trincheiras de Rio Grande  construídas pelo Major GN Emílio Mallet para proteger Rio Grande de ataques farrapos e mais tarde demolidas, servindo suas pedras para a construção do quartel do 6º GAC pelo General Osório quando Ministro da Guerra em 1878/79. 4- Paz de Ponche Verde ao final da Revolução Farroupilha celebrada pelo Barão de Caxias . 6-  Vitrine focalizando a criação do 1º Tiro de Guerra do Brasil em Rio

 

 Grande peloTen Cel Honorário Antônio Carlos Lopes denominação da Delegacia da AHIMTB em. 7 – A presença da Brigada Militar em Rio Grande e sua contribuição com o Exército. 8 – A defesa do litoral Sul na 2 ª Guerra Mundial e a contribuição do Grupo Móvel de Artilharia de Costa. Todas as vitrines com textos sintéticos elaborados pelos historiadores estudiosos da história militar riograndina o Cel Bento e o professor Luis Henrique. Circulando no alto junto ao forro as paredes do Memorial  uma linha do tempo, assinalando eventos militares e civis marcantes da História de Rio Grande e em especial as unidades que ocuparam a histórica caserna .

      Na Praça Forças Armadas, onde se insere o Memorial, um Canhão Móvel de Costa,  representando o Exército, uma enorme Âncora representando a Marinha de Guerra e um avião Xavante representando a FAB e mais um monumento em homenagem a FEB.

 

  

                
  Cel Bento posando, no dia anterior, em frente ao Portão das Armas da histórica caserna do Exército, com cerca de 130 anos de serviços prestados à Defesa Nacional, tendo ao fundo, num nicho, o busto do Almirante Tamandaré, o maior herói militar de projeção nacional e internacional nascido em Rio Grande e lá entronizado no nicho   pelo acadêmico Cel Roberto Mascarenhas de Morais, único neto do Marechal  Mascarenhas de Morais, ao comandar esta unidade de 25fev 1989/25jan 1991 e conseguir vitória para a sua proposta da unidade passar a denominar-se Marques de Tamandaré . Ao lado uma visão da Praça Forças Armadas. Praça  onde segundo a tradição foi sepultado o Cel de Ordenanças Cristóvão Pereira de Abreu, considerado o primeiro tropeiro riograndense e   quem liderou estancieiros que receberam o Brigadeiro Silva Pais, ao desembarcar em Rio Grande conforme é representado na vitrine nº 1

 

                        
Os historiadores responsáveis pelo resgate histórico do Memorial e redação do textos das Vitrines prof Luiz Henrique Torres,Cel Bento e Dr João Marinônio no interior do Memorial, onde se vê junto ao forro a linha do tempo em Rio Grande de 1737/2007 num período de 270 anos. Ao lado ao  fundo do Cassino do Sargentos um mural representativo do Forte Jesus Maria Jose fundado em 1737 pelo Brigadeiro José da Silva Pais e guarnecido pelos Dragões de Rio Grande que aquartelaram em Rio Grande até 1752 , por cerca de 17 anos

  

                          
Usando a palavra o Cel Bento como presidente da Academia de História Militar Terrestre do Brasil e Instituto de História e Tradições do RGS, destacando a enorme projeção histórica do esforço de três anos que ele acompanhou de perto, para o 6º GAC resgatar a preciosa História Militar de Rio Grande pouco conhecida e ausente dos museus da cidade. Esforço que veio reforçar a diretriz do Exército de “ Pesquisar, preservar , cultuar e divulgar a memória histórica, as tradições e os valores morais, culturais e históricos do Exército”. A direita o historiador Dr Lages Delegado da Delegacia da AHIMTB em Rio Grande Ten Cel Honorário  Antônio Carlos Lopes, historiando o grande esforço desenvolvido pelo Ten Cel Augusto César e equipe para tornar realidade diversas iniciativas do 6º GAC, com apoio da comunidade riograndina, para executar diversos projetos de resgate e divulgação da rica História Militar Terrestre de Rio Grande.

 

  

                  
 
Momento do corte da fita inaugural do Memorial Militar Brigadeiro Silva Pais pelo Cel Bento presidente da AHIMTB e pelo prefeito de Rio Grande ,Reitor da FURG, Presidente da Câmara de Rio Grande ,Capitão dos Portos e Dr Lages .A Direita o Cel Bento percorrendo o memorial.

As fotos usadas neste trabalho foram em maioria cedidas pelo fotógrafo Ailton Ávila da Rosa , que possui o site www.riograndeemfotos.com.br que considera “ Q maior site fotográfico da Américas.” E completadas por fotos 8 fotos tiradas pelo Cel Bento.

Este informativo e artesanal e com as falhas naturais decorrentes, pelo que a AHIMTB pede a compreensão de seus usuários pelo erros e omissões neles encontrados.

 

  

 Foto do início das obras do Memorial Militar Brigadeiro Silva Pais publicada pelo Jornal Agora de Rio Grande, 13 fevereiro de 2007 , com o titulo de reportagem “Rio Grande terá Museu da Presença Militar” e  mencionando que a cidade de Rio Grande possui 14 museus mas nenhum voltado para a presença militar.E nele o Ten Cel Augusto César comandante do 6º GAC Marques de Tamandaré foi entrevistado sobre o Projeto que desenvolveria com apoio da Academia de História Militar Terrestre do Brasil, FURG, Capitania dos Portos, Academia Riograndina de Letras e Sociedade dos Amigos do Exército SOAMEX.O Comandante do 6º GAC foi um grande estimulador da Delegacia da da AHIMTB em Rio Grande como seu Delegado de Honra e aparece no canto esquerdo.

 

 
Localização dos fortes espanhóis em Rio Grande e portugueses e São José do Norte em 1º de abril de 1776 que a Delegacia da AHIMTB em Rio Grande Ten Cel Honorário Antônio Carlos Lopes  vem localizando  e os balizando com marcos em forma de Pirâmide com apoio do 6ºGAC e da Academia Riograndina Letras presidida pelo historiador dr João Marinônio Carneiro Lages Delegado da AHIMTB em Rio Grande.( Fonte gravura da Comissão de História do Exército do EME 1972 elaborada pelo Major Cláudio Moreira Bento para a Comissão de História do EME e asinalando as operações militares da 1ª fase do assalto  português de surpresa  a Rio Grande)

Um exemplo da comunicação de demarcação dos locais de antigos fortes em Rio Grande cujo papel em 1º de abril de 1776 e descrito em detalhes na obra BENTO,Cláudio Moreira .A Guerra de restauração do RGS.Rio de Janeiro  :BIBLIEx,1996. “  O 6º Grupo de Artilharia de Campanha Marquês de Tamandaré inaugurou na manhã de sexta-feira, 28, o marco histórico “Forte da Mangueira”, localizado na vila Mangueira. O monumento faz parte do projeto Resgate da História Militar do Rio Grande, desenvolvido pelo 6º GAC que conta com o apoio da Academia de História Militar Terrestre do Brasil da FURG, da SOAMEX, e do Porto do Rio Grande.O Forte da Mangueira foi construído pelos espanhóis em 1776, depois da ocupação pelos portugueses da margem Norte do canal, conhecido como Saco da Mangueira. Como todos os fortes construídos na região, esse era feito de barro e estacaria. O monumento na época estava armado com cinco canhões e era o quinto a contar da barra que defendia a costa sul e batia o canal, protegendo a enseada da Mangueira, onde eram abrigadas embarcações espanholas armadas de guerra.Quando as forças portuguesas tomaram o Forte da Trindade, em abril de 1776, muitos militares se abrigaram na Mangueira. No entanto, o fato aumentou o alarme na localidade e acabou sendo abandonado pela guarnição, que fugiu pelo mar pelo mar para navios, deixando os canhões encravados. Logo após, o forte foi ocupado pelas forças do coronel Sebastião Xavier da Veiga Cabral da Câmara, que o desativou por ordem do General Böhm..Em 12 de setembro de 1776, o sargento-mor Roberto Rodrigues da Costa iniciou sua demolição. O armamento e o material aproveitável do Forte da Mangueira foi levado para o Forte da Barra.Esse é o sexto, dos sete marcos históricos, inaugurados m Rio Grande. O 6º GAC através do projeto com a assessoria da AHIMTB e da Academia Riograndina de Letras  demarca antigos Fortes que existiram em Rio Grande. O próximo e último será o “Forte São José ou da Barra”, que ainda não tem data marcada para inauguração.    Relacionamos as seguintes personalidades presentes na inauguração do Memorial Representante da Brigada Militar, veterano representante da FEB,CMG Paulo Lavine de Brito Capitão dos Portos, GMG Bitencourt ,chefe do EM do 5 º Distrito Naval,Jamir Branco e Paulo Gomes de Mato, prefeito e Presidente da Câmara de Rio Grande,Reitor da FURG Julio Carlos Couran,Prefeito de Chui, Dr João Marinônio Carneiro Lages Delegado da AHIMTB em Rio Grande e presidente da Academia Riograndina de Letras, Professor de História da FURG e presidente da SOAMEX, Dr Apody Reis, fundador e primeiro presidente da SOAMEX ,Cel Bento presidente da AHIMTB e IHTRGS, Jorge  Bastos patrão do CTG Mate Amargo, Dr César Pires presidente do Tribunal de Contas do Estado,professor Valdemiro Lima e o artista plástico José Carlos Spindola que construiu replica em miniatura da Fortaleza Jesus Mara José exposta na vitrine 1.


DIVERSOS

1-AHIMTB lamenta o falecimento de dois de seus dedicados integrantes o Cel Luiz Casteliano de Lucena, natural da Paraíba e que integrou o Grupo de Cadetes do Realengo que foram os primeiros a arrumar o mobiliário destinado a apoiar os demais cadetes . Foi coordenador da Delegacia da AHIMTB no Rio .Em Brasília faleceu o museólogo acadêmico Hamiliton Caramaschi que ocupava a cadeira Gustavo Barroso. Serão evocadas suas memórias na primeiras seções da delegacias do Rio e Brasília em 2008, como é da tradição desta instituição

2- A AHIMTB enviou a todos o seus acadêmicos comunicação pessoal solicitando dos mesmos uma contribuição financeira voluntária para ela custear suas atividades em 2008. É importante que seus membros  ajudem a AHIMTB a permanecer atuante e a construir a Historia Militar Terrestre crítica.

3-A AHIMTB possui registro de editora e tem editado alguns livros e plaquetas de sócios que o desejarem. O livro  General Osório o maior herói e líder popular brasileiro foi editado pela Editora AHIMTB.

4- A AHIMTB convida todos os seus integrantes a participarem com maior dedicação em seu esforço cultural de 2008 para que seja mais expressivo do que o de 2007 de que o presente Guararapes é  uma pequena amostra. O site da AHIMTB registrou em 31 dez 2007 . 81.870 visitas

 

"Para alimentar o cérebro de um Exército na paz, para prepará-lo para a eventualidade indesejável de uma guerra, não existe livro mais fecundo em meditações e lições do que o da História Militar."