
Aspectos da reunião no
Salão Nobre do CMPA e da inauguração da Sala Academia de
História Militar Terrestre do Brasil
- AHIMTB EM 6 OUT 2007 NO 4º
ESQD REC MEC DRAGÕES DE MINAS EM SANTOS DUMONT MG EM
SUA DELEGACIA TEN BRIG
DO AR NELSON FREIRE LEVANERE WANDERLEY
Em 10 de Outubro A AHIMTB
se deslocou até Santos Dumont-MG na Caserna do 4º Esquadrão de
Cavalaria Mecanizada Dragões de Minas para assistir a entrega ao
Major Cav André Luiz Baumgratz Andrino comandante do Esquadrão e
Delegado de Honra da Delegacia da AHIMTB Ten Brig Nelson Freire
Lavanére Wanderley e pelas mãos do Gen de Exército Paulo Cesar
Diretor do DEP e acadêmico e 2º Presidente de Honra da AHIMTB,
do Estandarte Histórico do Esquadrão Dragões de Minas, homenagem
aos Dragões de Minas que constituíram a 1ª Linha do Exército
Colonial em Minas Gerais. A seguir teve entrega de medalhas
Dragões de Minas pelo 4º Esquadrão e Delegacia da AHIMTB local a
diversas personalidades que tem apoiado a citada Delegacia. Ten
Brig Nelson Freire Lavanére Wanderley , atual Patrono do Correio
Aéreo Nacional iniciado pelo Exército em 1931 e que foi casado
com D.Sofia, sobrinha de Santos Dumont, além de ser o
historiador da Força Aérea. Falou pela AHIMTB o
professor Cleber Almeida de
Oliveira o Delegado Executivo da citada Delegacia historiando e
agradecendo a todos que ajudaram para que o 4º Esquadrão
recebesse a denominação oficial de Dragões de Minas e inclusive
com o é abrigada em instalações do Esquadrão, ao lado do PC do
comandante, possuindo biblioteca e um museu valioso de armas
doada por um falecido colecionador de Minas Gerais. A cerimônia
reuniu expressiva parcela de integrantes da comunidade, sendo
considerada por muitos de seus assíduos freqüentadores como a
maior e mais expressiva realizada no Esquadrão. Ao final foi
oferecida aos presentes um coquetel resultado da cooperação da
comunidade amiga do Esquadrão e .que se prolongou
.A
AHIMTB restabeleceu a Delegacia de Juiz de Fora que terá como
seu Delegado de Honra o Gen Bda Juarez Aparecido Paulo Cunha e
Delegado Ten Cel Cesar Lucius M. Bessa.

Entrega
do Estandarte do 4º Esquadrão pelo General Castro ao Major
Braumgratz tendo ao lado uma visão do alto da cidade de Santos
Dumont
Foto do Cel Bento presidente da
AHIMTB tendo atrás uma visão da cidade de Santos Dumont do alto
Hidráulica local seguida de um aspecto do rico Museu de Armas do
Esquadrão
O EXÉRCITO NA 1ª
GUERRA MUNDIAL
O IHGB (Instituto Histórico
e Geográfico Brasileiro) editou de Francisco Luiz Vinhosa (do
Dep. História - IFCS/UFRJ) o excelente e original trabalho O
Brasil e a 1ª Guerra Mundial (A diplomacia brasileira e as
potências), que mereceu 1º`prêmio em concurso literário
promovido pelo IGHGB ao ensejo de seu sesquicentenário.
Segundo o IHGB, "trata-se de
livro bem escrito, estilo claro e equilibrado, notável trabalho
de pesquisa e exposição histórica, bem fundamentado, em
abundante, árdua e fidedigna documentação, com revelação de
importantes documentos dos arquivos oficiais, até então
inéditos, além de extensa e pertinente bibliografia - Trata-se
de obra de melhor qualidade, com rigor metodológico... ".
Concordamos plenamente. E
mais, com o mestre Arthur Cézar Ferreira Reis, de "tratar-se de
obra que evidencia aos brasileiros a notável projeção
internacional do Brasil àquele tempo". Mas o trabalho merece uma
achega, em relação à participação do Exército, ali omitida, o
que é compreensivo, por havê-lo sido pela própria História do
Exército, editada em 1972, pelo Estado-Maior do Exército, por
ser considerado assunto confidencial, tratado em documentação
reservada omente em 1997 revelada.
Trata-se da Comissão de
Estudos de Operações e de Aquisição de Material na França
1918/19, composto de 24 oficiais, sob a chefia do General
Napoleão Felipe Aché. Foi sua finalidade absorver, durante a
Guerra, a maior quantidade de conhecimentos da Doutrina Militar
Francesa e adquirir o material necessário a sua implantação no
Brasil. 0ficiais dessa comissão combateram no Exército da
França, de modo que oito deles foram promovidos por atos de
bravura.
Constituíram a Comissão, além
do General Aché, o tenente Coronel José Fernandes Leite de
Castro(Subchefe); o tenente Octávio M. Aché(Secretário); o
tenente José Nery Eubank Câmara(Administração); Major médico
Joaquim M. Sampaio(Veterinário); os tenentes Alzir M. Rodrigues
Lima, Mário Barbedo e Bento R. Carneiro Monteiro da Aviação,
tenentes Demócrito Barbosa, Sebastião Rego Barros e Carlos de
Andrade Neves da Artilharia; major Tertuliano Potiguara, capitão
Praxedes T. da Silva Júnior e tenente Onofre M. Gomes de Lima da
Infantaria; major Firmino Antônio Borba, tenentes Izauro Reguera,
José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque e Cristóvão de Castro
Barcellos da Cavalaria e major médico Rodrigo de A. Aragão
Bulcão, e capitães médicos Cleomenes L. de Siqueira Filho, João
Afonso de Souza Ferreira, Alarico Damázio, João Florentino
Meira, Manoel Esteves de Assis e tenente Carlos da Rocha
Fernandes.
Dentre as contribuições à
doutrina do Exército trazidas por esses oficiais registram-se:
sua influência na contratação de uma Missão Militar Francesa
para o nosso Exército ; a reformulação do ensino do nosso
Exército, nos moldes da França e a idealização da construção da
AMAN; a implantação de nossa Aviação Militar; a doutrina de
emprego de gazes e a atualização das doutrinas de Artilharia de
Costa e Campanha, Infantaria, Cavalaria e Saúde.
Esses elementos foram
pontas-de-lança do trabalho aqui desenvolvido pela Missão
Militar Francesa(1920-1939), que foi substituindo, a partir de
1921, a influência da Doutrina Alemã(1910-1921), exercida
através de oficiais que estudaram na Alemanha(1919-1912), tendo
como principais instrumentos de difusão a revista A Defesa
Nacional, criada por eles em 1913, e a Missão Indígena, da
Escola Militar do Realengo(1919-1921), viveiro de grandes
soldados e estadistas.
Com a revolução de 30, dois
deles, os então generais Leite de Castro, que combateu na
Artilharia da França, e o coronel José Pessoa Cavalcante , que
combateu na Cavalaria, tiveram marcante projeção na construção
da AMAN e nas tradições da mesma (uniformes históricos, espadim,
Corpo de cadetes etc.) e no seu ensino, segundo padrões de Saint
Cyr, Consagrou-se herói do combate de São Quentim, o já
legendário herói do episódio da Revolta da Vacina Obrigatória em
1904 e do Contestado, o mais tarde general Tertuliano Potiguara.
Esse assunto foi objeto de
profundo e original resgate sob nossa orientação, pelo então
major de Engenharia Genino Jorge Consendey, que fora meu sub
comandante em Itajubá em 1982 e apresentada a ECEME na época em
chefiávamos o Arquivo Histórico . Major Cosendey na Reserva
residi em Macaé. ( Por Cláudio Moreira Bento).
CONDECORAÇÕES E SEU
SIGNIFICADO HISTÓRICO
As condecorações ou moedas de Honra,
destinam-se de longa data, como a forma mais persistente que
chegou até a atualidade de se recompensar moralmente o mérito,
em suas variadas manifestações, nas áreas civil e militar.As
condecorações compreendem medalhas e ordens honoríficas.A origem
das condecorações é imprecisa. Estima-se que as mais antigas que
teriam existido seriam no Egito do tempo dos faraós.A
condecoração da Abelha destinava-se ao mérito civil e a do Leão
ao mérito Militar.
A condecoração "é um ramo de Medalhística, através da qual as
sucessivas gerações recordam ou aprendem lições de história e
civismo, uma vez que se constitui num monumento metálico que,
resistindo a ação do tempo e do espaço, rememora fatos e feitos
que ficariam esquecidos se a história Metálica não as tivesse
preservado", segundo Alfredo Solano de Barros.
A condecoração é de uso generalizado em todo o mundo. Elas
normalmente são outorgadas pelo povo através de atos oficiais
dos governos que os representam.
Segundo Laurênio Lago, "os atos de abnegação, altruísmo, amor a
humanidade; as conquistas e vitórias nos estudos, liças e
torneios; e os feitos gloriosos nas campanhas navais e campos de
batalha mereceram sempre dos povos, em todas as épocas, a devida
recompensa, o prêmio ou Moeda de Honra, simbolizando o apreço,
estima, gratidão, glória, honra e reconhecimento".
Na Antiguidade os gregos e romanos manifestavam recompensa através
da Coroação, Ovação e Triunfo, práticas substituídas pelas
condecorações que ressurgiram e tomaram grande impulso a partir
da criação das Ordens de Cavalaria da Idade Média, destinadas a
libertar e manter a Terra Santa.
A Coroação era um ato público consistente em cingir-se com uma coroa a cabeça
do premiado em qualquer tipo de atividade. Dentre os tipos de
coroas destaco:
Coroa Acadêmica: De folhas de louro, destinada a premiar, laurear, estudos e
concursos acadêmicos.
Coroa Cívica: De folhas de carvalho ou de azenha, destinada a quem salvava a
vida de um cidadão na guerra.
Coroa Mural: De ouro. Destinada ao primeiro que entrasse numa cidade sitiada
ou que surpreendesse o inimigo.
Coroa Naval: Destinada em um combate naval ao primeiro a saltar para um navio
inimigo.
Coroa Obsidional: Coroa de espigas dada ao general romano que conseguisse levantar
um sítio ou cerco de uma cidade ou exército.
Coroa de Oliveira: Destinada ao vencedor de jogos olímpicos.
Coroa de Ovação: Destinada aos generais que obtivessem ovação. Era
de myrto.
Coro triunfal: De louro e depois de ouro. Destinada aos que
obtinham as honras do triunfo, ou que "colhiam os louros da
vitória".
As coroas correspondentes aos reis, aos nobres (príncipe, duque,
marquês, conde, visconde e barão), a coroa nupcial, de flores de
laranjeiras, destinada a noiva virgem e a coroa fúnebre, são
reflexos, daquele costume da Antigüidade.
Ovação:
Era manifestação pública, com vivas e aclamações tributada a uma
pessoa por um feito ou serviço notável. Era prestada por
vantagem secundária sobre o inimigo ou por alguma vitória. O
vencedor objeto da ovação, entrava em Roma a pé ou a cavalo e
conduzido ao Templo de Júpiter, no Capitólio, monte Tarpeso,
onde era coroado com a coroa de ovação.
Triunfo: Era manifestação tributada a general romano que obtivesse vitória
militar com total destruição do inimigo ou que subjugasse outra
nação. Entrava em Roma vestido de acordo para a cerimônia, em
carro magnífico, em baixo de arcos e ia até o Capitólio, onde
era coroado com a coroa triunfal.
As condecorações são usadas sobre o peito, ou pendentes no pescoço
em colar, corrente, cordão e fitas, ou na extremidade de faixa a
tiracolo.
As medalhas condecorativas são usadas, na forma acima, ao contrário
das comemorativas, em geral discos de cobre, prata e ouro que
não podem ser usadas pendentes, salvo raras exceções.
Durante muito tempo os prêmios ao mérito na guerra, na política e
nas artes foram combinados com títulos nobiliárquicos,
patrimoniais, vantagens financeiras e condecorações, ou medalhas
de Honra, como as mercês concedidas ao tempo do Brasil- Colônia,
por Portugal. No Rio Grande do Sul foram concedidas cartas de
sesmarias em reconhecimentos a serviços prestados, especialmente
serviços militares no reconhecimento, conquista e defesa do
território.
Essa prática, com a evolução das instituições políticas, tornou-se
obsoleta e incompatível com os novos tempos, sendo abolida no
Brasil com a Proclamação da República, permanecendo somente a
Moeda da Honra, sob a forma de condecorações, em suas
modalidades de ordens honoríficas e medalhas condecorativas.
Segundo Poliano, "a condecoração corresponde a uma maneira
inteligente de premiar bons serviços sem ônus material ao país".
Para Jacques Brinon, "Se os homens que merecessem muito da coisa
pública recebessem a recompensa como prêmios de seus serviços,
torna - se - iam extraordinariamente onerosos. Foi então
engenhoso e de bom aviso o invento de uma Moeda de
Honra, que contentasse os servidores do Estado sem aqueles
inconvenientes".
Atualmente todas as nações, sem exceção, usam a Moeda de Honra para
remunerar moralmente ações que desejam que se multipliquem em
prol de seus povos.
Para Montange "ela é uma bela invenção e compreendida por todas as
civilizações do mundo", conforme o demonstra Poliano em
Ordens Honoríficas do Brasil.
O valor de uma condecoração está na razão direta do rigor aplicado
aos critérios de concessão, da mesma.
Ela tende a vulgarizar-se socialmente quando sua concessão atende a
critérios subjetivos, e não rigorosamente aos que presidiram a
sua instituição. Ela tem valor cívico para o agraciado quando
sua consciência sinalizar que ele de fato fez jus a honraria e
não apontá-lo com um balcão de honrarias, em função de seu poder
político, social ou econômico funcional circunstancial.
É comum os agraciados, dentro das várias condecorações que recebe,
possuir mais carinho por determinadas condecorações do que por
outras, tudo em função da sua consciência de maior ou menor
mérito em recebê-las.A AHIMTB concede a sua Medalha do Mérito
Histórico Militar Terrestre do Brasil justificando os motivos da
concessão.
(Pelo Presidente da AHIMTB Cel Cláudio Moreira Bento e enviado a
Santos Dumont para ser lido antes da entrega das medalhas
Dragões de Minas
NOTICIAS DIVERSAS
1- Dia 6 de novembro, em
Sorocaba a AHIMTB participara de seção conjunta de sua
Delegacia Aluisio de Almeida
quando condecorará com a medalha do Mérito Histórico
Militar Terrestre do Brasil, no grau de Comendador os
historiadores seus acadêmicos Hernani Donato, o autor do
precioso Dicionário de Batalhas Brasileiras e o professor
Adilson Cesar seu Delegado da AHIMTB em Sorocaba e região e o
Ten Cel Falcão
comandante do 2º Batalhão de Policia do Exército , cujas
justificativas de concessão da medalha constam do Guararapes 53
de agosto.
2-A Academia de História
Militar através de sua delegacia Marechal João Batista de Matos
realizará seção solene no Forte de Copacabana no dia 13 de
novembro de 2007. no 114º aniversário de nascimento do Marechal
João Batista Mascarenhas de Morais que trabalhou na construção
do Forte. Será empossado na cadeira da AHIMTB de que é patrono o
seu único neto o Cel de Artilharia Roberto Mascarenhas de Morais
que substitui acadêmicos falecidos ou elevados a acadêmicos
eméritos como os falecidos generais Carlos de Meira Mattos e
Domingos Ventura Pinto Junior e pelo Cel Germano Seidl Vidal
que foi elevado a acadêmico Emérito . O Cel Roberto comandou o 6
º GAC Almirante Tamandaré em Rio Grande e o Colégio Militar do
Rio de Janeiro . Será recebido em nome do Colégio acadêmico da
AHIMTB pelo acadêmico General Geraldo Luiz
Nery da Silva.
Neste dia receberão
as Medalhas do Mérito Histórico Militar Terrestre da AHIMTB o
Cel Ernesto Caruso e o Ten R/2 de Artilharia Israel Blajeberg ,
respectivamente Delegado Executivo e Coordenador da Delegacia
Marechal João Batista de Mattos o historiador dos monumentos
brasileiros.
3- Em Dezembro a AHIMTB
tomara parte em Rio Grande da inauguração do Memorial da
História Militar de Rio Grande iniciativa de sua delegacia Cel
Honorário Antônio Carlos Lopes, o idealizador e criador do 1º
Tiro de Guerra. Delegacia que tem por delegado de Honra o Cel
Augusto Cesar Augusto e como Delegado Executivo o historiador Dr
João Marinônio Carneiro Monteiro Presidente da Academia
Riograndina de Letras, além da inauguração de marcos da AHIMTB
balizando os locais de antigas fortificações espanholas em Rio
Grande e portuguesas em São José do Norte construídas na Guerra
de Restauração do Rio Grande do Sul em 1774/76 , coincidente com
a época em que os Estados Unidos conquistou a sua Independência.
A Delagacia da AHIMTB Aluísio de
Almeida, de Sorocaba e região empossou como seu sócio efetivo no
Regimento Marechal Deodoro da Fonseca em Itu-SP o Ten Cel
Carlos Sérgio C. Saú tendo feito homenagem ao Marechal Levy
Cardoso . Prestigiou o evento o Gen Ex Francisco Albuquerque
ex-comandante do Grupo Marechal Deodoro da Fonseca, substituído
no comando do Exército pelo Gen Enzo Martins Peri que o
substituiu como 1º Presidente de Honra da AHIMTB.
4 -A AHIMTB e o IHTRGS trabalham
no momento na produção das seguintes obras; Osório o maior herói
e líder popular brasileiro comemorativa ao seu bicentenário e
que na gráfica e ficara pronta breve. E em parceria com o Cel
Luiz Ernani Caminha Giorgis História do Casarão da Várzea
1885-2007 em processo de revisão, História da 3ª DE Divisão
Encouraçada em parceria com o Cel Caminha e Major Andrei Klaus.
História da 1ª Bda C Mec Brigada em parceria com o Sgt Carlos
Fonttes (autor 1ª edição que será reformulada na metodologia das
2ª e 3ª Bda Cav C Mec e Cel Caminha) e História da AD/3 em
parceria com o Cel Ernesto Caruso. O Presidente esta
desenvolvendo trabalho de analise militar a luz dos princípios
de Arte Militar, do Combate de Jenipapo na Guerra de
Independência no Piauí por solicitação do Gen Ex Luiz Gonzaga de
Oliveira. Residente naquela unidade da federação e ainda não
estudado sobre o enfoque de Arte Militar.