INFORMATIVO GUARARAPES- 2007              

 


 

Fundada em 1o de março de 1996

 

O GUARARAPES

ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO DAS ATIVIDADES DA

ACADEMIA DE HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL

CGC 01.149.526/0001-09

       

ATIVIDADES DA AHIMTB E DE SUAS DELEGACIAS EM
SETEMBRO/ OUTUBRO DE 2007

O BRASIL E O EXÉRCITO NA 1ª GUERRA MUNDIAL

 

 

 

SET/OUT 2007         No 54

 

SUMÁRIO

        - REUNIÃO DA DELEGACIA DE RIO GRANDE NO 6º GAC 15 Set 2007

- REUNIÃO DA AHIMTB NO SALÃO NOBRE DO CMPA EM 17 Set 2007

    - AHIMTB EM 6 OUT 2007 NO 4º ESQD REC MEC DRAGÕES DE MINAS EM SANTOS DUMONT MG EM SUA

      DELEGACIA TEN BRIG DO AR NELSON FREIRE LEVANERE WANDERLEY

 

    - O EXÉRCITO NA 1ª GUERRA MUNDIAL

 

    - CONDECORAÇÕES E SEU SIGNIFICADO HISTÓRICO

 


 

 

REUNIÃO DA DELEGACIA DE RIO GRANDE NO 6º GAC 15 Set 2007

 

       A AHIMTB esteve em Rio Grande no 6º GAC Almirante Tamandaré para condecorar o Ten Cel  Augusto Cesar Martins de Oliveira, comandante da unidade e delegado de Honra da  Delegacia local da AHIMTB, com  Medalha do  Mérito  Histórico Militar Terrestre da AHIMTB no grau de Cavaleiro, em reconhecimento ao seu notável esforço de pesquisa, preservação e sobretudo divulgação da rica, mas esquecida História Militar Terrestre de Rio Grande , coadjuvado pelo historiador Dr João Marinônio Carneiro Lages, Delegado Executivo  da Delegacia local da AHIMTB, Cel Honorário do Exército Antônio Carlos Lopes, o idealizador do Tiro de Guerra no Brasil, bem como o balizamento com marcos piramidais dos locais onde, na fundação de Rio Grande em 1737, foram construídos os fortes Jesus Maria Jose e Forlaleza o N.S d Estreito,  além de outros fortes espanhóis em Rio Grande e portugueses em São Jose do Norte da época do assalto anfíbio a vila de Rio Grande, em 1º de abril de 1776,de que resultou a expulsão definitiva dos espanhóis da Vila de Rio Grande que dominaram por 13 anos. Construção de um imóvel na Praça fronteira ao quartel no estilo do mesmo e  mandado construir em 1873 pelo Ministro da Guerra General Osório abrigando em seu interior 8 vitrines ao estilo das do Museu do Forte de Copacabana, onde o Ten Cel César Augusto serviu por longo período, e abordando os seguintes temas,com sínteses históricas e gravuras solicitadas e fornecidas pela AHIMTB : A Fundação de Rio Grande em 1737, A Guerra da Restauração do Rio Grande em 1774-1776, A Retomada da Vila de Rio Grande em 1º de abril de 1776 e a atuação do riograndino Brigadeiro Rafael Pinto Bandeira , As trincheiras Mallet, A Paz de Ponche Verde e a atuação na revolução dos filhos de Rio Grande Conde de Porto Alegre e General Antõnio Netto,Rio Grande e a Guerra do Paraguai,  Homenagem ao Cel Honorário Antônio Carlos Lopes o filho de Rio Grande que idealizou e implantou os Tiros- de Guerra no Brasil e patrono da delegacia local da AHIMTB,a Presença da Brigada Militar em Rio Grande e, por fim, A Defesa do Litoral Sul na 2ª Guerra e a atuação de filhos de Rio Grande na FEB.

        Esta iniciativa visou compensar a ausência de abordagens de eventos da História Militar Terrestre em Rio Grande nos 14 museus da cidade, segundo o Ten Cel Augusto César. Este Memorial de História Militar Terrestre de Rio Grande é acessível ao público em geral e construído no centro da Praça Forças Armadas, na qual figuram uma enorme Âncora homenagem a Marinha , uma fuselagem de um avião Xavante, homenagem a Força Aérea e um canhão de Artilharia de Costa dos usados pelo 7º  Grupo Móvel de Artilharia de Costa que guarneceu o Porto de Rio Grande durante a 2ª Guerra Mundial.Possui também uma escultura monumento homenagem a FEB. Pretende o comandante do GAC Marques de Tamandaré  que este memorial seja inaugurado ainda em dezembro .

  

 

      Cel Bento, Ten Cel Augusto César e Dr Lages e assistência da cerimônia de condecoração

 


 

 

                    REUNIÃO DA AHIMTB NO SALÃO NOBRE DO CMPA EM 17 Set 2007

 

    Em 17Set2007, no Salão Nobre do CMPA, foi feita uma reunião da AHIMTB/IHTRGS, com a presença do Presidente, Cel Cláudio Moreira Bento. Estiveram presentes os seguintes acadêmicos e membros: Cel Luiz Ernani Caminha Giorgis, Vice-Presidente e Delegado no RS; General Egeo Oliveira Freitas ,efetivo da Delegacia, Cel Mauro da Costa Rodrigues membro efetivo, Dr. Aécio César Beltrão, membro efetivo da Delegacia . Cel Juvêncio Saldanha Lemos, acadêmico; Dr. César Pires Machado, membro efetivo a Delegacia , e Cel Edmir Mármora Júnior, membro efetivo e ex-comandante do CMPA.     Todos os acadêmicos e membros efetivos foram convidados mas, por motivos diversos, os outros não puderam comparecer.

    Na pauta, assuntos diversos, obras lançadas e a serem lançadas em 2008 , bicentenário de Osório, patrono da Cavalaria, recebimento da obra sobre o Projeto Rondon, das mãos do Cel Mauro, distribuição de livros do Cel Caminha (Brasil-Linha do Tempo) e distribuição de plaquetas. O Cel Bento entregou exemplar sobre sua terra natal sob o titulo Canguçu reencontro com a História –um exemplo de reconstituição de memória comunitária. E lembrou que as  terras daquele município tem sido cenário de eventos de História militar  desde a Guerra Guaranítica tendo o autor enfatizado que 10 % dos gaúchos mortos em ação na FEB eram filhos de Canguçu e que ali esteve baseado depois da Revolução Farroupilha no comando de uma Companhia de Fuzileiros, o Capitão Antônio de Sampaio, mais tarde consagrado patrono da Infantaria do Exército e foi a base de 1842/45 Ten Cel da G N Francisco Pedro de Abreu, ou Chico Pedro da Ala Esquerda do Exército do Barão de Caxias

    Com a presença do Comandante  do CMPA, Cel Vasconcellos, que se dirigiu ao Salão Nobre para cumprimentar os membros e acadêmicos, o tema foi o bicentenário de Osório e assuntos diversos.               

     Após a parada para o cafezinho, os presentes se dirigiram  para o segundo piso do CMPA, onde foi inaugurada, pelo Comandante  do CMPA e pelo Cel Bento, a Sala de Aula Academia de História Militar Terrestre do Brasil, com a presença de alunos. As paredes da sala estão decoradas pelas capas coloridas dos livros lançados pela AHIMTB e alguns pela parceria AHIMTB/IHTRGS,

    Após troca de idéias e acertos entre o Presidente, acadêmicos e membros, foi concluída a reunião, que se revelou muito proveitosa. Chamou a atenção de todos o volume de obras já lançadas e a serem lançadas nos próximos meses, o que comprova a continuidade da grande produção da AHIMTB/IHTRGS dentro do seu Projeto a História do Exército na Região Sul.

 

 Aspectos da reunião no Salão Nobre do CMPA e da inauguração da Sala Academia de História Militar Terrestre do Brasil

 

 

 


 

- AHIMTB EM 6 OUT 2007 NO 4º ESQD REC MEC DRAGÕES DE MINAS EM SANTOS DUMONT MG  EM

 SUA DELEGACIA TEN BRIG DO AR NELSON FREIRE LEVANERE WANDERLEY

 

     Em 10 de  Outubro A AHIMTB se deslocou até Santos Dumont-MG na Caserna do 4º Esquadrão de Cavalaria Mecanizada Dragões de Minas para assistir a entrega ao Major Cav André Luiz Baumgratz Andrino comandante do Esquadrão e Delegado de Honra da Delegacia da AHIMTB Ten Brig Nelson Freire Lavanére Wanderley e pelas mãos do Gen de Exército Paulo Cesar Diretor do DEP e acadêmico e 2º Presidente de Honra da AHIMTB, do Estandarte Histórico do Esquadrão Dragões de Minas, homenagem aos Dragões de Minas que constituíram a 1ª Linha do Exército Colonial em Minas Gerais. A seguir teve entrega de medalhas Dragões de Minas pelo 4º Esquadrão e Delegacia da AHIMTB local a diversas personalidades que tem apoiado a citada Delegacia. Ten Brig Nelson Freire Lavanére Wanderley , atual Patrono do Correio Aéreo Nacional iniciado pelo Exército em 1931 e que foi casado com D.Sofia, sobrinha de Santos Dumont, além de ser o historiador da Força Aérea. Falou pela AHIMTB o professor Cleber Almeida de Oliveira o Delegado Executivo da citada Delegacia historiando e agradecendo a todos que ajudaram para que o 4º Esquadrão recebesse a denominação oficial de Dragões de Minas e inclusive com o é abrigada em instalações do Esquadrão, ao lado do PC do comandante, possuindo biblioteca e um museu valioso de armas doada por um falecido colecionador de Minas Gerais. A cerimônia reuniu expressiva parcela de integrantes da comunidade, sendo considerada por muitos de seus assíduos freqüentadores como a maior e mais expressiva realizada no Esquadrão. Ao final foi oferecida aos presentes um coquetel resultado da cooperação da comunidade amiga do Esquadrão e .que se prolongou .A AHIMTB restabeleceu a Delegacia de Juiz de Fora que terá como seu Delegado de Honra o Gen Bda Juarez  Aparecido  Paulo Cunha e Delegado Ten Cel Cesar Lucius M. Bessa.

 

  

 

 Entrega do Estandarte do 4º Esquadrão pelo General Castro ao Major Braumgratz tendo ao lado uma visão do alto da cidade de Santos Dumont

 

  

 

 

  

Foto do Cel Bento presidente da AHIMTB tendo atrás uma visão da cidade de Santos Dumont do alto Hidráulica local seguida de um aspecto do rico Museu de Armas do Esquadrão

 


 

O EXÉRCITO NA 1ª GUERRA MUNDIAL

 

    O IHGB (Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro) editou de Francisco Luiz Vinhosa (do Dep. História - IFCS/UFRJ) o excelente e original trabalho O Brasil e a 1ª Guerra Mundial (A diplomacia brasileira e as potências), que mereceu 1º`prêmio em concurso literário  promovido pelo IGHGB ao ensejo de seu sesquicentenário.

   Segundo o IHGB, "trata-se de livro bem escrito, estilo claro e equilibrado, notável trabalho de pesquisa e exposição histórica, bem fundamentado, em abundante, árdua e fidedigna documentação, com revelação de importantes documentos dos arquivos oficiais, até então inéditos, além de extensa e pertinente bibliografia - Trata-se de obra de melhor qualidade, com rigor metodológico... ".

   Concordamos plenamente. E mais, com  o mestre Arthur Cézar Ferreira Reis, de "tratar-se de obra que evidencia aos brasileiros a notável projeção internacional do Brasil àquele tempo". Mas o trabalho merece uma achega, em relação à participação do Exército, ali omitida, o que é compreensivo, por havê-lo sido pela própria História do Exército, editada em 1972, pelo  Estado-Maior do Exército, por ser considerado assunto confidencial, tratado em documentação reservada omente em 1997 revelada.

   Trata-se da Comissão de Estudos de Operações e de Aquisição de Material na França 1918/19, composto de 24 oficiais, sob a chefia do General Napoleão Felipe Aché. Foi sua finalidade  absorver, durante a Guerra, a maior quantidade de conhecimentos da Doutrina Militar Francesa e adquirir o material necessário a sua implantação no Brasil. 0ficiais dessa comissão combateram no Exército da França, de modo que oito deles foram promovidos por atos de bravura.

   Constituíram a Comissão, além do General Aché, o tenente Coronel José Fernandes Leite de Castro(Subchefe); o tenente Octávio M. Aché(Secretário); o tenente José Nery Eubank Câmara(Administração); Major médico Joaquim M. Sampaio(Veterinário); os tenentes Alzir M. Rodrigues Lima, Mário Barbedo e Bento R. Carneiro Monteiro da Aviação, tenentes Demócrito Barbosa, Sebastião Rego Barros e Carlos de Andrade Neves da Artilharia; major Tertuliano Potiguara, capitão Praxedes T. da Silva Júnior e tenente Onofre M. Gomes de Lima da Infantaria; major Firmino Antônio Borba, tenentes Izauro Reguera, José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque e Cristóvão de Castro Barcellos da Cavalaria e major médico Rodrigo de A. Aragão Bulcão, e capitães médicos Cleomenes L. de Siqueira Filho, João Afonso de Souza Ferreira, Alarico Damázio, João Florentino Meira, Manoel Esteves de Assis e tenente Carlos da Rocha Fernandes.

   Dentre as contribuições à doutrina do Exército trazidas por esses oficiais registram-se: sua influência na contratação de uma Missão Militar Francesa para o nosso Exército ; a reformulação do ensino do nosso Exército, nos moldes da França e a idealização da construção da AMAN; a implantação de nossa Aviação Militar; a doutrina de emprego de gazes e a atualização das doutrinas de Artilharia de Costa e Campanha, Infantaria, Cavalaria e Saúde.

   Esses elementos foram pontas-de-lança do trabalho aqui desenvolvido pela Missão Militar Francesa(1920-1939), que foi substituindo, a partir de 1921, a influência da Doutrina Alemã(1910-1921), exercida através de oficiais que estudaram na Alemanha(1919-1912), tendo como principais instrumentos de difusão a revista A Defesa Nacional, criada por eles em 1913, e a Missão Indígena, da Escola Militar do Realengo(1919-1921), viveiro de grandes soldados e estadistas.

   Com a revolução de 30, dois deles, os então generais Leite de Castro, que combateu na Artilharia da França, e o coronel José Pessoa Cavalcante , que combateu na Cavalaria, tiveram marcante projeção na construção da AMAN e nas tradições da mesma (uniformes históricos, espadim, Corpo de cadetes etc.) e no seu ensino, segundo padrões de Saint Cyr, Consagrou-se herói do combate de São Quentim, o já legendário herói do episódio da Revolta da Vacina Obrigatória em 1904 e do Contestado, o mais tarde general Tertuliano Potiguara.

   Esse assunto foi objeto de profundo e original resgate sob nossa orientação, pelo então major de Engenharia Genino Jorge Consendey, que fora meu sub comandante em Itajubá em 1982 e apresentada a ECEME na época em chefiávamos o Arquivo Histórico . Major Cosendey na Reserva  residi em Macaé. ( Por Cláudio Moreira Bento).

 


 

CONDECORAÇÕES E SEU SIGNIFICADO HISTÓRICO

As condecorações ou moedas de Honra, destinam-se de longa data, como a forma mais persistente que chegou até a atualidade de se recompensar moralmente o mérito, em suas variadas manifestações, nas áreas civil e militar.As condecorações compreendem medalhas e ordens honoríficas.A origem das condecorações é imprecisa. Estima-se que as mais antigas que teriam existido seriam no Egito do tempo dos faraós.A condecoração da Abelha destinava-se ao mérito civil e a do Leão ao mérito Militar.

A condecoração "é um ramo de Medalhística, através da qual as sucessivas gerações recordam ou aprendem lições de história e civismo, uma vez que se constitui num monumento metálico que, resistindo a ação do tempo e do espaço, rememora fatos e feitos que ficariam esquecidos se a história Metálica não as tivesse preservado", segundo Alfredo Solano de Barros.

A condecoração é de uso generalizado em todo o mundo. Elas normalmente são outorgadas pelo povo através de atos oficiais dos governos que os representam.

Segundo Laurênio Lago, "os atos de abnegação, altruísmo, amor a humanidade; as conquistas e vitórias nos estudos, liças e torneios; e os feitos gloriosos nas campanhas navais e campos de batalha mereceram sempre dos povos, em todas as épocas, a devida recompensa, o prêmio ou Moeda de Honra, simbolizando o apreço, estima, gratidão, glória, honra e reconhecimento".

Na Antiguidade os gregos e romanos manifestavam recompensa através da Coroação, Ovação e Triunfo, práticas substituídas pelas condecorações que ressurgiram e tomaram grande impulso a partir da criação das Ordens de Cavalaria da Idade Média, destinadas a libertar e manter a Terra Santa.

A Coroação era um ato público consistente em cingir-se com uma coroa a cabeça do premiado em qualquer tipo de atividade. Dentre os tipos de coroas destaco:

Coroa Acadêmica: De folhas de louro, destinada a premiar, laurear, estudos e concursos acadêmicos.

Coroa Cívica: De folhas de carvalho ou de azenha, destinada a quem salvava a vida de um cidadão na guerra.

Coroa Mural: De ouro. Destinada ao primeiro que entrasse numa cidade sitiada ou que surpreendesse o inimigo.

Coroa Naval: Destinada em um combate naval ao primeiro a saltar para um navio inimigo.

Coroa Obsidional: Coroa de espigas dada ao general romano que conseguisse levantar um sítio ou cerco de uma cidade ou exército.

Coroa de Oliveira: Destinada ao vencedor de jogos olímpicos.

Coroa de Ovação: Destinada aos generais que obtivessem ovação. Era de myrto.

Coro triunfal: De louro e depois de ouro. Destinada aos que obtinham as honras do triunfo, ou que "colhiam os louros da vitória".

As coroas correspondentes aos reis, aos nobres (príncipe, duque, marquês, conde, visconde e barão), a coroa nupcial, de flores de laranjeiras, destinada a noiva virgem e a coroa fúnebre, são reflexos, daquele costume da Antigüidade.

Ovação: Era manifestação pública, com vivas e aclamações tributada a uma pessoa por um feito ou serviço notável. Era prestada por vantagem secundária sobre o inimigo ou por alguma vitória. O vencedor objeto da ovação, entrava em Roma a pé ou a cavalo e conduzido ao Templo de Júpiter, no Capitólio, monte Tarpeso, onde era coroado com a coroa de ovação.

Triunfo: Era manifestação tributada a general romano que obtivesse vitória militar com total destruição do inimigo ou que subjugasse outra nação. Entrava em Roma vestido de acordo para a cerimônia, em carro magnífico, em baixo de arcos e ia até o Capitólio, onde era coroado com a coroa triunfal.

As condecorações são usadas sobre o peito, ou pendentes no pescoço em colar, corrente, cordão e fitas, ou na extremidade de faixa a tiracolo.

As medalhas condecorativas são usadas, na forma acima, ao contrário das comemorativas, em geral discos de cobre, prata e ouro que não podem ser usadas pendentes, salvo raras exceções.

Durante muito tempo os prêmios ao mérito na guerra, na política e nas artes foram combinados com títulos nobiliárquicos, patrimoniais, vantagens financeiras e condecorações, ou medalhas de Honra, como as mercês concedidas ao tempo do Brasil- Colônia, por Portugal. No Rio Grande do Sul foram concedidas cartas de sesmarias em reconhecimentos a serviços prestados, especialmente serviços militares no reconhecimento, conquista e defesa do território.

Essa prática, com a evolução das instituições políticas, tornou-se obsoleta e incompatível com os novos tempos, sendo abolida no Brasil com a Proclamação da República, permanecendo somente a Moeda da Honra, sob a forma de condecorações, em suas modalidades de ordens honoríficas e medalhas condecorativas.

Segundo Poliano, "a condecoração corresponde a uma maneira inteligente de premiar bons serviços sem ônus material ao país". Para Jacques Brinon, "Se os homens que merecessem muito da coisa pública recebessem a recompensa como  prêmios de seus serviços, torna - se - iam extraordinariamente onerosos. Foi então engenhoso e de bom aviso o invento de uma Moeda de Honra, que contentasse os servidores do Estado sem aqueles inconvenientes".

Atualmente todas as nações, sem exceção, usam a Moeda de Honra para remunerar moralmente ações que desejam que se multipliquem em prol de seus povos.

Para Montange "ela é uma bela invenção e compreendida por todas as civilizações do mundo", conforme o demonstra Poliano em Ordens Honoríficas do Brasil.

O valor de uma condecoração está na razão direta do rigor aplicado aos critérios de concessão, da mesma.

Ela tende a vulgarizar-se socialmente quando sua concessão atende a critérios subjetivos, e não rigorosamente aos que presidiram a sua instituição. Ela tem valor cívico para o agraciado quando sua consciência sinalizar que ele de fato fez jus a honraria e não apontá-lo com um balcão de honrarias, em função de seu poder político, social ou econômico funcional circunstancial.

É comum os agraciados, dentro das várias condecorações que recebe, possuir mais carinho por determinadas condecorações do que por outras, tudo em função da sua consciência de maior ou menor mérito em recebê-las.A AHIMTB concede a sua Medalha do Mérito Histórico Militar Terrestre do Brasil justificando os motivos da concessão.

(Pelo Presidente da AHIMTB Cel Cláudio Moreira Bento e enviado a Santos Dumont para ser lido antes da entrega das medalhas Dragões de Minas

NOTICIAS DIVERSAS

      1- Dia 6 de novembro, em Sorocaba a AHIMTB participara de seção conjunta de sua Delegacia   Aluisio de Almeida quando condecorará com a medalha do Mérito Histórico Militar Terrestre do Brasil, no grau de Comendador os historiadores seus acadêmicos Hernani Donato, o autor do precioso Dicionário de Batalhas Brasileiras e o professor Adilson Cesar seu Delegado da AHIMTB em Sorocaba e região e o Ten Cel Falcão comandante do 2º Batalhão de Policia do Exército , cujas justificativas de concessão da medalha constam do Guararapes 53 de agosto.

        2-A Academia de História Militar através de sua delegacia Marechal João Batista de Matos realizará seção solene no Forte de Copacabana no dia 13 de novembro de 2007. no 114º aniversário de nascimento do Marechal João Batista Mascarenhas de Morais que trabalhou na construção do Forte. Será empossado na cadeira da AHIMTB de que é patrono o seu único neto o Cel de Artilharia Roberto Mascarenhas de Morais que  substitui acadêmicos falecidos ou elevados a acadêmicos eméritos como os falecidos generais Carlos de Meira Mattos e Domingos Ventura Pinto Junior e  pelo Cel Germano Seidl Vidal que foi elevado a acadêmico Emérito . O Cel Roberto comandou o 6 º GAC Almirante Tamandaré em Rio Grande e o  Colégio Militar do Rio de Janeiro . Será recebido em nome do Colégio acadêmico da AHIMTB pelo acadêmico General Geraldo Luiz  Nery da Silva.

Neste dia receberão as Medalhas do Mérito Histórico Militar Terrestre da AHIMTB o Cel Ernesto Caruso e o Ten R/2 de Artilharia Israel Blajeberg , respectivamente Delegado Executivo e Coordenador da Delegacia Marechal João Batista de Mattos o historiador dos monumentos brasileiros.

      3- Em Dezembro a AHIMTB tomara parte em Rio Grande da inauguração do Memorial da História Militar de Rio Grande iniciativa de sua delegacia Cel Honorário Antônio Carlos Lopes, o idealizador e criador do 1º Tiro de Guerra. Delegacia que tem por delegado de Honra o Cel Augusto Cesar Augusto e como Delegado Executivo o historiador Dr João Marinônio Carneiro Monteiro Presidente da Academia Riograndina de Letras, além da inauguração de marcos da AHIMTB balizando  os locais de antigas fortificações espanholas em Rio Grande e portuguesas em São José do Norte construídas na Guerra de Restauração do Rio Grande do Sul em 1774/76 , coincidente com a época em que os Estados Unidos conquistou a sua Independência.

A Delagacia da AHIMTB Aluísio de Almeida, de Sorocaba e região empossou como seu sócio efetivo no Regimento Marechal Deodoro da Fonseca em Itu-SP o  Ten Cel Carlos Sérgio C. Saú tendo feito homenagem ao Marechal Levy Cardoso . Prestigiou o evento o Gen Ex Francisco Albuquerque ex-comandante do Grupo Marechal Deodoro da Fonseca, substituído no comando do Exército pelo Gen Enzo Martins Peri que o substituiu como 1º Presidente de Honra da AHIMTB.

4 -A AHIMTB e o IHTRGS trabalham no momento na produção das seguintes obras; Osório o maior herói e líder popular brasileiro comemorativa ao seu bicentenário e que na gráfica e ficara pronta breve. E em parceria com o Cel Luiz Ernani Caminha Giorgis História do Casarão da Várzea 1885-2007 em processo de revisão, História da 3ª DE Divisão Encouraçada em parceria com o Cel Caminha e Major Andrei Klaus. História da 1ª Bda C Mec Brigada em parceria com o Sgt Carlos Fonttes (autor 1ª edição que será reformulada na metodologia das 2ª e 3ª Bda Cav C Mec e Cel Caminha) e História da AD/3 em parceria com o Cel Ernesto Caruso. O Presidente esta desenvolvendo  trabalho de analise militar a luz dos princípios de Arte Militar, do Combate de Jenipapo na Guerra de Independência no Piauí por solicitação do Gen Ex Luiz Gonzaga de Oliveira. Residente naquela unidade da federação e ainda não estudado sobre o enfoque de  Arte Militar.

 

"Para alimentar o cérebro de um Exército na paz, para prepará-lo para a eventualidade indesejável de uma guerra, não existe livro mais fecundo em meditações e lições do que o da História Militar."