INFORMATIVO GUARARAPES- 2006              

 


10 ANOS

Fundada em 1o de março de 1996

 

O GUARARAPES

ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO DAS ATIVIDADES DA

ACADEMIA DE HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL

CGC 01.149.526/0001-09

COMEMORAÇÕES DO 10º ANIVERSÁRIO
 DA AHIMTB NO 1º SEMESTRE DE 2006

 

JUL/SET    No 49

 
SUMÁRIO


- COMEMORAÇÕES DO 10º ANIVERSÁRIO DA AHIMTB NO 1º SEMESTRE DE 2006.

- PALAVRAS FINAIS DO PRESIDENTE DA AHIMTB NO CMPA EM 21 JUN 2006.

- AGRACIADOS COM O MÉRITO HISTÓRICO MILITAR TERRESTRE DA AHIMTB EM 2006.

- COLABORAÇÕES FINANCEIRAS DE MEMBROS DA AHIMTB EM SEUS 10 ANOS DE EXISTÊNCIA.

- BRASIL UM PAÍS SEM MEMÓRIA – CAUSA PRINCIPAL – OPINIÃO.

- NOSSA HERANÇA TERRITORIAL – Pelo acadêmico emérito Gen CARLOS DE MEIRAS MATTOS.

- NECROLÓGIO DO ACADÊMICO EMÉRITO GEN DIV RAIMUNDO M. NEGRÃO TORRES.

- DIVERSOS.


AS COMEMORAÇÕES NO 1o SEMESTRE DE 2006
DO 10o ANIVERSÁRIO DA AHIMTB


Em comemoração aos 10 anos da AHIMTB ela realizou uma sessão solene no Clube Militar, duas no CMPA, uma em Rio Pardo, uma em Volta Redonda e duas entrevistas na Rádio Agulhas Negras em programas de sábado e de Domingo.

No início de 2006 – Clube Militar

A primeira sessão solene foi no Clube Militar, em 7 de março de 2006, comemorativa de seu 10º aniversário que foi balizado pela ampla divulgação de seu informativo O Guararapes 48, distribuído aos presentes, seguido da posse como acadêmico do Gen Ex Luiz Gonzaga Shoroeder Lessa, na cadeira Marechal Humberto de Alencar Castelo, nela sucedendo o falecido acadêmico Cel Elber de Mello Henriques o acadêmico emérito General Hélio Ibiapina Lima. A seguir houve em lançamento simbólico, a integrantes da Mesa Diretora da obra da AHIMTB e IHTRGS Escolas Militares de Rio Pardo 1856-1911, editada dentro do Projeto História do Exército na Região Sul. O evento foi divulgado pela Revista do Clube Militar, Jornal Inconfidência e sites www.resenet.com.br/ubers/ahimtb, em História no www.militar.com.br, e em Caserna no www.resenet.com.br com toda a cobertura fotográfica e discursos.

7 de abril de 2006 – na AMAN

A AHIMTB realizou sessão solene comemorativa no Auditório do Comando da AMAN onde foram lançados os livros Escolas Militares de Rio Pardo e Páginas da História. Este de autoria do falecido acadêmico emérito Cel Jardro de Alcântara Avelar, ao qual foi prestada homenagem póstuma na 1ª reunião da AHIMTB depois de sua morte, como é da sua tradição.

Foi apresentada em CD o dobrado da Academia de História Militar Terrestre do Brasil, depois gravado pela banda da AMAN, de autoria do Sgt Mus Emílio Gomes Martins, da ESIE.

O livro Escolas Militares de Rio Pardo foi prefaciado pelo Exmo. Sr. Gen Ex Renato César Tibau da Costa, Chefe do EME e Comendador do Mérito Histórico Militar Terrestre do Brasil.

Houve amostragem na entrada do Auditório de toda a produção bibliográfica da AHIMTB e foram distribuídos os livros lançados ao Comando da AMAN, CC e seus cursos, ao Clube de História, e a Divisão de Ensino e suas seções.

Ao final foram lidas as palavras finais do presidente da AHIMTB que estão divulgadas em artigos no site www.resenet.com.br/ubers/ahimtb; em História, no site www.militar.com.br; e em Caserna no site www.portalagulhasnegras.com.br. Foi distribuído O Guararapes 48. Lamentavelmente perdeu-se na SMAV a cobertura fotográfica do evento.

27 de abril de 2006 – no CMPA
Nos 10 anos da AHIMTB e 20 anos do IHTRGS

Relatório do lançamento do livro Escolas Militares de Rio Pardo, em Porto Alegre, em 27 de abril de 2006, no CMPA pela Delegacia Gen Rinaldo Pereira da Câmara, da AHIMTB no RS.

No dia 27 de abril de 2006, em comemoração aos 10 anos da AHIMTB e 20 anos do IHTRGS, no Salão Brasil do Colégio Militar de Porto Alegre foi realizado o lançamento do livro Escolas Militares de Rio Pardo, obra de autoria do Presidente da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB) e do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS), Coronel Cláudio Moreira Bento, e do 4º vice da AHIMTB e vice do IHTRGS Cel Luiz Ernani Caminha Giorgis. O lançamento foi realizado a partir das 16:00h, contando com a presença de representantes do corpo docente e do discente do CMPA. Contando com os convidados, o total de pessoas presentes chegou a 40, mais ou menos. A Mesa Diretora foi formada pelo Presidente da AHIMTB; o Gen Ex Virgílio Ribeiro Muxfeldt; Cmt do CMPA, o Cel Thiovane Piaggio Cardoso; o Cel Juvêncio Saldanha Lemos e, também, pelo Presidente da Liga da Defesa Nacional, Dr. Eduardo Cunha Müller. Este último é acadêmico da AHIMTB. Todas as autoridades formadoras da mesa se manifestam sobre o evento e sua significação e também sobre assuntos gerais. Os livros, neste evento, foram entregues gratuitamente aos presentes, já que o mesmo foi impresso com recursos orçamentários conseguidos pelo EME. O Presidente da AHIMTB destacou aspectos importantes da obra, fazendo ligação da mesma e de personagens daquela fase da história do Rio Grande do Sul com a Revolução Farroupilha e com outras destacadas efemérides do cenário histórico gaúcho. O Cel Caminha realizou a leitura do prefácio do livro, de autoria do Gen Ex Renato César Tibau da Costa, atual Chefe do Estado-Maior do Exército, autoridade que encomendou o livro aos dois autores quando Comandante Militar do Sul.

Aproveitando a feliz oportunidade deste evento, foram realizadas três posses de historiadores no AHIMTB/IHTRGS, como membros-efetivos, quais sejam: o Cel Juvêncio Saldanha Lemos, renomado autor de diversas obras sobre história do RS e do Brasil; o Engenheiro-Agrônomo César Pires Machado, autor de obras de História do RS; e a Srta. Katy de Siqueira, formada em História pela Universidade do Rio dos Sinos (UNISINOS) e atualmente pesquisando sobre a história de Rio Pardo. Foi admitido também como membro-efetivo o Cel Florisbal Del’Olmo, destacado pesquisador sobre a Guerra do Paraguai. O Cel Del’Olmo é residente em São Borja e não pode comparecer. Espera-se da incorporação destes quatro novos membros possibilitará à AHIMTB/IHTRGS novas pesquisas e a ampliação de pesquisas já realizadas. Os Diplomas (IHTRGS) e Termos de Posse (AHIMTB) foram entregues pelas autoridades formadoras da mesa. Houve cobertura fotográfica. A sessão foi encerrada pelo Gen Muxfeldt, Presidente de Honra do evento e seguiu-se então à sessão de autógrafos pelos coronéis Bento e Caminha. Este relatório e fotos integrarão volume encadernado referente às comemorações dos 20 anos do IHTRGS e 10 anos da AHIMTB, no CMPA, em 27 abr 2006.

28 de abril de 2006 – em Rio Pardo

Relatório de lançamento do livro Escolas Militares de Rio Pardo, em Rio Pardo, em 28 abr 06, em comemoração aos 10 anos da AHIMTB e 20 do IHTRGS, pela Delegacia Gen Rinaldo Pereira da Câmara.

A partir das 10:30 h, do dia 28 de abril de 2006, foi realizado no auditório do Centro Regional de Cultura de Rio Pardo, antigo prédio de quatro escolas militares de Rio Pardo de 1885-1911, o lançamento do livro citado no título deste relatório. Ao todo, estiveram presentes ao evento, mais ou menos, 70 pessoas da comunidade rio-pardense, incluindo as autoridades. A mesa foi formada pelo Cel Cláudio Moreira Bento, Presidente da AHIMTB e do IHTRGS, autor do livro, pelo Cel Luiz Ernani Caminha Giorgis, Delegado da Delegacia Gen Rinaldo Pereira Câmara e co-autor, pela professora Adir Fanfa Onofrio, Presidente da União dos Ex-Alunos e Amigos do Auxiliadora (UNEAMA), entidade idealizadora da recuperação do prédio e da encomenda do citado livro; pelo Tenente-Coronel Matena, Comandante do Batalhão de Polícia Militar de Rio Pardo, pela Secretária de Cultura de Rio Pardo, pela Secretária de Cultura de Santa Cruz do Sul e pelo Secretário de Turismo de Rio Pardo. Esteve presente ao evento uma comissão pertencente à Liga da Defesa Nacional, Regional de Porto Alegre. Houve cobertura fotográfica. Abrindo o evento, foi cantado o Hino Nacional Brasileiro. Em seguida, o Cel Bento usou a palavra, destacando a importância da obra para o resgate da história das escolas e do município de Rio Pardo. Destacou o trabalho e a atuação de diversos personagens históricos presentes no livro, tais como Getúlio Vargas, Eurico Dutra, Mascarenhas de Morais, Plácido de Castro, Bertoldo Klinger, João Cezimbra Jaques e outros.

Foi realizada a leitura, pelo Cel Caminha, da apresentação do livro pelo Cel Bento. Foi entregue à Presidente da UNEAMA, D.ª Adir Fanfa Onofrio (Dila) a medalha e o diploma do Mérito Histórico Farroupilha, conferido a UNEAMA. Em agradecimento, D.ª Adir usou da palavra agradecendo o trabalho da AHIMTB e IHTRGS e presenteou cada um dos autores com o quadro com a imagem do prédio restaurado. Ao final da sessão solene no auditório foram cantados o Hino do Rio Grande do Sul e o de Rio Pardo. Após isso, encerrada a sessão, passou-se ao coquetel, simultaneamente com os autógrafos assinados pelos coronéis Bento e Caminha. Os livros foram distribuídos, prioritariamente, para autoridades, bibliotecas, escolas e entidades culturais. Os exemplares que permaneceram serão comercializados, para que a arrecadação cubra, pelo menos parcialmente, as despesas de viagem, principalmente, e outras despesas.

O Cel Bento usando a palavra mencionou que para a realização do sonho da UNEAMA colaboaram para que fosse concedido financiamento pela Refinaria Alberto Pasqualini os coronéis Siqueira, assessor parlamentar do CMS e os coronéis Caminha e Araújo do CMPA. O Coronel Bento mencionou que a Refinaria Alberto Pasqualini da Petrobrás, criada pelo antigo cadete daquela Escola, Getúlio Vargas fizera justiça. O Cel Bento explicou o incidente disciplinar que resultou em punição de metade dos alunos da Escola, e na exclusão e retorno à tropa do cadete Getúlio Vargas e mais 19 companheiros, tudo por culpa da inabilidade de um oficial que não foi punido e só advertido “por proferir palavras inadequadas em situação melindrosa.“ Oficiais que atingiram altos postos mais tarde e que testemunharam o incidente condenaram o oficial que provocou a situação e prejudicou o futuro de tantos jovens. Daí hoje no Exército os critérios para a boa seleção de oficiais instrutores.

8 de maio de 2006 – em Volta Redonda

Em 8 de maio de 2005, a AHIMTB realizou no auditório do Memorial de Ex-Combatentes da FEB, em Volta Redonda, inauguração de sua Delegacia General Edmundo de Macedo Soares e Silva, o construtor da CSN e daquela cidade.

A Delegacia passou a ter como seu Delegado de Honra o Cel Nelcy Pereira Guimarães e como seu Delegado o Cel José Mauro Consentino, cujos currículos foram lidos para os presentes e a seguir diplomados. Falou sobre o patrono da Delegacia, General Edmundo Macedo Soares e Silva, o Cel José Mauro Consentino. O mestre de cerimônias procedeu a leitura das palavras finais do Presidente da AHIMTB divulgadas no sites já citados.
A seguir usou a palavra o Prefeito de Volta Redonda Dr. Gothardo Lopes Neto que cedeu o uso oficial do Memorial dos Ex-Combatentes para sede da Delegacia General Edmundo, para que esta continue a cultuar em Volta Redonda, a saga dos pracinhas brasileiros na Itália.

Na seqüência, a AHIMTB participou em frente do Memorial de bela cerimônia comemorativa da vitória. As orações proferidas e cobertura fotográfica integram volume dedicado às comemorações dos 10 anos da AHIMTB.

20 de junho de 2006 – no CMB – Brasília

Sobre a presidência do acadêmico emérito Gen Div Arnaldo Serafim, 2º Vice-Presidente da AHIMTB e seu Delegado em Brasília da Delegacia Marechal José Pessoa, e a Presidência de Honra do acadêmico Gen Ex Paulo César de Castro, teve lugar no Colégio Militar de Brasília sessão solene comemorativa do 10º aniversário da AHIMTB e 7º da criação da citada Delegacia. Foi empossado acadêmico, na cadeira Gen Div Vet Waldemiro Pimentel, o novo acadêmico Cel Nylton Reis Boiteux, que sucedeu na mesma os falecidos acadêmicos Cel Ruy Duarte e o acadêmico emérito Cel Jardro de Alcântara Avellar. Foram empossados 6 novos sócios efetivos da Delegacia. O novo acadêmico Cel Boiteux foi recebido em nome da AHIMTB pelo acadêmico emérito General Arnaldo Serafim, o qual nesta ocasião recebeu sua Medalha do Mérito Histórico Militar Terrestre da AHIMTB no grau de Comendador, que lhe foi entregue, em nome da AHIMTB, pelo acadêmico General Castro, representando o Presidente Coronel Cláudio Moreira Bento, em viagem a Porto Alegre para lá presidir cerimônia de posse de acadêmico e sócios efetivos da Delegacia Gen Rinaldo Pereira da Câmara.

Ao meio dia foi oferecido pelo Colégio Militar de Brasília um almoço aos integrantes da Delegacia Marechal José Pessoa com a participação de professores e alunos do CMB.

Foi anunciado que, em 13 junho 2006, o acadêmico emérito General Arnaldo Serafim Delegado do AHIMTB em Brasília e representando seu Presidente, em conjunto com o acadêmico Cel Affonso Heleodoro dos Santos, presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal, apresentaram a Deputada Distrital Eliana Pedrosa proposta para a criação do Parque Marechal José Pessoa, em área urbana livre, no Setor Habitacional Nordeste. Homenagem em reconhecimento à proposta do Marechal José Pessoa, como Presidente da Comissão de Planejamento e Localização da Nova Capital em 1955, que havia escolhido o exato local da localização de Brasília; por ser o autor do relatório Nova Metrópole do Brasil entregue a Presidência da República; e por haver solicitado decreto do governador de Goiás, José Ludovico, declarando necessidade pública e de interesse social toda a área onde hoje se ergue Brasília.

A AHIMTB ao criar a Delegacia Marechal José Pessoa em Brasília objetivou que fosse feita justiça à histórica e estratégica participação do Marechal José Pessoa no planejamento e escolha do local de Brasília, tornado realidade pelo Presidente Juscelino Kubistcheck, patrono de cadeira da AHIMTB como Cel Méd PMMG, de destacada atuação como médico militar no combate a Revolução de 32, na Frente Mineira. Cadeira inaugurada pelo Cel PMMG Hon Heleodoro, presidente do IHGDF, que cultua a memória do Presidente Juscelino em relação à construção de Brasília.

21 de junho de 2006
Relatório da cerimônia da AHIMTB/IHTRGS no CMPA Porto Alegre
Pela Delegacia Gen Rinaldo Pereira da Câmara/RS

1) DATA/HORA/LOCAL: 21 de junho de 2006, às 19:00 h, no Salão Brasil do Colégio Militar de Porto Alegre.

2) FINALIDADE: dentro das atividades comemorativas dos 10 anos da AHIMTB, e dos 20 anos do IHTRGS, empossar como acadêmico o Coronel JUVÊNCIO SALDANHA LEMOS, e como membros efetivos as seguintes pessoas, todas elas ligadas à história do Rio Grande do Sul e do Brasil:

- Coronel RUY COLLARES MACHADO; Coronel ERNANI MEDAGLIA MUNIZ TAVARES; Coronel EDMIR MÁRMORA JÚNIOR; Dr. JORGE BABOT MIRANDA; Dr. AÉCIO CÉSAR BELTRÃO; e, ainda, lançar o livreto de autoria do membro efetivo da AHIMTB/IHTRGS, Dr. CÉSAR PIRES MACHADO, “CANABARRO EM PORONGOS - DIVERSAS ABORDAGENS”.

3) Autoridades presentes:
- CEL CLÁUDIO MOREIRA BENTO, Presidente da AHIMTB/IHTRGS, que presidiu e dirigiu a cerimônia; General de Exército Reformado RUY DE PAULA COUTO, que foi convidado a ser o presidente de Honra da sessão, uma tradição da AHIMTB, de destacar a mais alta autoridade presente, em tributo a Disciplina e a Hierarquia, vigas mestras do ordenamento jurídico brasileiro.

- Outros oficias generais: Gen Ex VIRGILIO RIBEIRO MUXFELDT, Gen Div EGEO CORRÊA DE OLIVEIRA FREITAS, Gen Div CARLOS PATRÍCIO FREITAS PEREIRA, Gen Bda ARLÊNIO SOUZA DA COSTA, Gen Bda JOSÉ DE MATTOS MARSILLAC MOTTA e o Brig do Ar PAULO ROBERTO DE CARVALHO FERRO; Coronel de Cavalaria QEMA THIOVANNE PIAGGIO CARDOSO, Comandante do CMPA e colaborador emérito da AHIMTB; Coronel Eng QEMA CARLOS JOSÉ SAMPAIO MALAN, Chefe do Estado-Maior da 3ª Região Militar; Dr. SANDRO DORIVAL MARQUES PIRES, Presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul; Acadêmico Dr. EDUARDO CUNHA MÜLLER, Presidente da Liga da Defesa Nacional, Seccional do Rio Grande do Sul.

4) DESENVOLVIMENTO: A mesa Diretora foi formada por nove autoridades presentes ao evento. Formada a mesa foi cantado o Hino Nacional Brasileiro, com música da Fanfarra do CMS, adida ao 3º RCG - Regimento Osório. Em seguida, o Coronel CAMINHA, 3º vice-presidente da AHIMTB e seu Delegado da Delegacia Gen Rinaldo Pereira da Câmara do RS foi solicitado pelo presidente a ler oração da AHIMTB com a qual ele inicia as suas sessões. Após, foi realizada uma homenagem da 3ª Região Militar ao Cel BENTO, por motivo de seu afastamento da mesma, após dez anos como PRESTADOR DE TAREFA POR TEMPO CERTO (PTTC). Esta homenagem foi conduzida pelo Cel MALAN, como representante do Comandante da 3ª Região Militar, Gen Div MARCO ANTÔNIO LONGO. Foi lido elogio ao Cel Bento onde se destaca este trecho:

“O Cel Bento exerceu com raro brilhantismo e acendrada dedicação a atividade de Prestador de Tarefa da 3ª Região Militar, Região Dom Diogo de Souza. Nestes 8 anos (em realidade dez anos) o insigne historiador deixa um legado invejável de obras literárias, dentro do seu Projeto História do Exército no RS, a saber: História da 3ª RM - 03 Volumes; História do Comando Militar do Sul; História da 8ª Brigada de Infantaria Motorizada; História da 6ª DE; História da 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada; História da AD/6; História da 6ª Brigada de Infantaria Blindada; O Conde de Porto Alegre; Escolas Militares de Rio Pardo; em andamento a História da 2ª Brigada de Cavalaria Mecanizada e História do Casarão da Várzea.”

Depois, conduzindo a cerimônia, o Cel BENTO usou da palavra agradecendo a homenagem, declarando considerar que a sua honrosa missão foi muito bem cumprida esperando que outros completem aquele estratégico e original projeto. Agradeceu a presença das autoridades e convidados. Em seguida solicitou ao acadêmico Gen FREITAS que ocupasse o microfone para receber em nome da AHIMTB o novo acadêmico. Feita a recepção, ocupou o microfone o novo acadêmico, Cel LEMOS, que elogiou o Patrono da sua cadeira, o historiador e pensador militar Cel J. B. MAGALHÃES e seus antecessores, o acadêmico emérito Cel Art QEMA Ref Amerino Raposo Filho e o falecido acadêmico Gen Bda Hans Gerd Haltemburg. Em seguida, o Cel BENTO, com a ajuda da esposa do Cel Lemos, colocou no mesmo a medalha insígnia da AHIMTB, e ao Gen Muxfeldt, colega de turma do Cel Lemos, solicitou que, representando a AHIMTB, entregasse o diploma de acadêmico. No prosseguimento, o Cel CAMINHA ocupou o microfone para chamar à frente os cinco novos membros-efetivos, lendo breve currículo de cada um deles. O Cel BENTO solicitou a cinco autoridades da mesa que entregassem aos novos membros os Termos de Posse e os Diplomas respectivos, bem como distintivo de lapela e carteira de sócio da AHIMTB. Após isso, a platéia dirigiu aos empossados uma salva de palmas. A seguir foram lidas as Palavras Finais do Presidente da HIMTB pelo Cel Araújo em que o Cel BENTO discorreu sobre a AHIMTB e seus dez anos de existência. Abordou todas as obras já realizadas, as que estão em andamento e as que estavam ainda previstas. Depois, o Cel ARAÚJO leu as Palavras Finais do Cel BENTO. Encerrando a cerimônia o Cel BENTO solicitou ao Gen PAULA COUTO Presidente de Honra da Sessão que usasse a palavra e declarasse encerrada a mesma. O Gen PAULA COUTO destacou o valor da História e recordou passagens da época em que foi aluno da Escola Preparatória de Porto Alegre. Após a dissolução da mesa foi tirada uma fotografia histórica dos acadêmicos e membros-efetivos presentes, com algumas autoridades, com o Presidente, Cel BENTO, ao centro, acompanhado do Comandante do CMPA. Em seguida, passou-se ao coquetel e lançamento do opúsculo “CANABARRO EM PORONGOS”, obra que responde as manipulações ideológicas da nossa História Militar sobre fatos que transitaram em julgado na voz dos historiadores nos quais o autor buscou apoio.

A cerimônia ocorreu em ambiente de sadia camaradagem e amizade. O novo acadêmico e os novos membros-efetivos demonstraram muita satisfação em fazer parte das duas instituições, AHIMTB e IHTRGS, bem como seus familiares. De acordo com o Cel BENTO, a AHIMTB/IHTRGS esperam que seus membros continuem produzindo trabalhos relevantes e que as apóiem em todos os sentidos, para que as mesmas não corram o risco de serem extintas e possam continuar fazendo o trabalho importantíssimo que ora fazem, qual seja, o de resgatar e divulgar a história das unidades e Grandes-Unidades do Exército Brasileiro e a de seus comandantes, sob o ponto de vista de suas experiências profissionais, ações e lições de comando. Resgate original que só encontra paralelo na obra Generais do Exército Brasileiro no Brasil Colônia, Reino Unido, Colônia e Império, e não continuado na República .


PALAVRAS FINAIS DO PRESIDENTE DA AHIMTB CEL CLÁUDIO MOREIRA BENTO,
NO ENCERRAMENTO DA SESSÃO COMEMORATIVA DO 10o ANIVERSÁRIO DA MESMA,
 NO COLÉGIO MILITAR DE PORTO ALEGRE, EM 21 DE JUNHO DE 2006




Hoje, depois de 10 anos de fundada, a Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB) comemora o seu 10º aniversário de criação, pela segunda vez neste centenário Casarão da Várzea, hoje sede do Colégio Militar de Porto Alegre. Casarão da Várzea que foi caserna da esquecida Escola de Guerra de Porto Alegre 1907/1911, onde teve lugar a providencial revolução cultural no Exército, da inflexão, na prática, do bacharelismo que vigorou no Exército de 1874/1905, para o profissionalismo militar que desde então vigora. Casarão da Várzea que formou as lideranças militares que dinamizaram a Reforma Militar 1898/1945, iniciada pelo ministro Marechal João Nepomuceno Medeiros Mallet, com a criação do Estado-Maior do Exército e Fábrica de Pólvora sem fumaça de Piquete, etc. Reforma que arrancou o Exército dos ultrapassados padrões operacionais revelados na Guerra Civil aqui em nossa Região Sul 1893/95, e na Guerra de Canudos em 1897, para os atualizados padrões revelados na Itália por nossa Força Expedicionário Brasileira, ao combater e fazer muito boa figura, como aliada ou contra frações, dos melhores exércitos do mundo presentes na Europa, na 2ª Guerra Mundial.

Queira Deus que nossa Academia de História Militar Terrestre possa perdurar na sua ação e seja entendida, consagrada, reconhecida e estimulada a sua luta em prol do estratégico Objetivo Atual n.º 1 do Exército, de pesquisar, preservar, cultuar e divulgar a História, as Tradições e os Valores morais, culturais e históricos de nosso Exército. Tarefa que nós todos, integrantes da AHIMTB, devemos nos orgulhar pelo precioso acervo que ela acumulou em seus 10 anos de atividades relatadas em seu informativo O Guararapes 48, disponível em Informativo no site da AHIMTB www.resenet.com.b/users/ahimtb, bem como todos os seus onde para breve estará disponível seu índice virtual para consulta via Internet e, mais, todo o índice virtual do conteúdo de seus 36 volumes de posses de acadêmicos e outros eventos marcantes.

Hoje, nesta sessão memorável, e espero que histórica, a Academia de História Militar Terrestre do Brasil empossou como seu acadêmico o historiador Coronel Juvêncio Saldanha Lemos, na cadeira que tem como patrono o notável historiador e pensador militar Cel João Batista Magalhães ou “J. B. Magalhães”. O Coronel Juvêncio sucedeu na cadeira 18 o acadêmico emérito e notável pensador militar Cel Amerino Raposo Filho, e o historiador e artista plástico, falecido, acadêmico General Hans Gerd Haltemburg, ex-Comandante assinalado da 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada e saudoso xerife de minha turma de ECEME 1967/69, autor de magnífico e inédito trabalho sobre a História da Cavalaria em exposição no Salão de Honra do Regimento de Dragões, em Brasília.

O Cel Juvêncio é autor de precioso e original trabalho, daqueles que esgotam um assunto, Os Mercenários do Imperador de grande valor para a História da Colônia Alemã do nosso Rio Grande, com a qual conviveu, como comandante do Batalhão de Infantaria de Santa Cruz do Sul. Aqui não poderíamos deixar de mencionar nossa alegria pessoal especial, em presidir esta posse, em razão do Cel Juvêncio ser neto de um ilustre conterrâneo nosso o Coronel da Brigada Militar Juvêncio Maximiano Lemos, que de Canguçu saiu jovem para integrar, em Bagé, forças do Exército e da Brigada Militar e lá foi gravemente ferido com um tiro de fuzil federalista, que atravessou seu pulmão, quando bravamente, como comandante de uma companhia, liderava o assalto a uma trincheira federalista das que submeteram Bagé a sofrido sítio de 42, que evocamos na História da 3a Região Militar v. 2. Circunstância que valeu haver o Governo Federal lhe concedido as honras do posto de Tenente do Exército Brasileiro. E deste ponto iniciou a sua bela carreira de soldado e cidadão. Foi intendente de Bagé, nomeado e eleito, e criou pelo menos 3 unidades da Brigada Militar. Ele ao lado de seu adversário na Região Sul, em 1923, e também filho de Canguçu, o General Zeca Netto são patronos de cadeiras, da Academia Canguçuense de História, que fundamos e presidimos deste 1988. Biografamos o ilustre avô do acadêmico Coronel Juvêncio em 1983 como filho ilustre de nossa terra em nosso livro Canguçu reencontro com a História – Um exemplo de reconstituição comunitária, e temos a certeza que este avô ilustre e bravo muito influiu no caráter do nosso acadêmico Cel Juvêncio Saldanha Lemos.

O novo acadêmico foi recebido em nome da nossa Academia, pelo acadêmico e historiador General-de-Divisão Carlos Patrício Freitas Pereira, ocupante da cadeira Gen Antônio de Souza Junior, que foi o historiador que acompanhou a nossa FEB na Itália e orientador, em 1972, da obra História do Exército Brasileiro, editada pelo EME, na qual, como historiador convidado pelo EME, coube-me abordar as guerras holandesas 1624/1654. O General Freitas foi vibrante, exemplar e empreendedor oficial de Engenharia que conhecemos e com ele privamos em Cachoeira do Sul, como comandantes de companhia do 3º Batalhão de Engenharia de Combate. E a ele, de certa forma, devemos, como comandante Logístico da 1ª Região Militar, a edição parcial, para conhecimento de seus comandados, de nosso trabalho História do Palácio Duque de Caxias, que aproveitamos em nosso álbum, patrocinado pela FHE-POUPEX Quartéis Generais das Forças Armadas do Brasil. Mais tarde, como diretor de Assuntos Culturais, ajudou com sua providencial interferência a tornar realidade pela BIBLIEx nosso livro A Guerra de Restauração do Rio Grande do Sul 1774/76, fruto de longa e original pesquisa nossa. Privamos na AMAN como seus instrutores. Como comandante que foi da Escola Superior de Guerra (ESG) lhe devo o convite para assistir no BNDS no Rio, ao Simpósio sobre a Amazônia promovido pela ESG. Simpósio que ajudou a despertar a minha consciência sobre a Importância da Amazônia Brasileira, levando-nos a escrever com o apoio da FHE-POUPEx a obra Amazônia Brasileira. Conquista. Consolidação. Manutenção – História Militar Terrestre da Amazônia 1614–2004, a pedido da Escola de Estado-Maior, no comando do nosso acadêmico Gen Ex Paulo César de Castro. A obra é prefaciada pelo hoje acadêmico da AHIMTB, Gen Ex Luiz Gonzaga Shoroeder Lessa, ao qual o Brasil está a dever a notável e oportuníssima conscientização por ele promovida, ao deixar o Comando Militar da Amazônia, da importância da Amazônia Brasileira e da relevância da mesma para o futuro nacional e como alvo de constantes pressões internacionais para desnacionalizá-la e dominar suas enormes riquezas representadas por sua água doce, riquíssima biodiversidade e riquezas minerais, como o nióbio, essencial para formar a liga de aço, para a fabricação de foguetes. Pregação esta apostolar que conseguiu muito sucesso, mas sem conseguir alterar a alienação da Sociedade Civil Brasileira e, creio, da mídia brasileira em relação a Amazônia. Confirmar é obra de simples verificação e raciocínio, salvo melhor juízo!

Por oportuno recordo que Marechal Castelo Branco, patrono de cadeira do General Lessa sonhava como Caxias, Floriano Peixoto e poucos outros, como o Cel J. B. Magalhães, patrono da cadeira do Cel Juvêncio, com uma doutrina militar terrestre brasileira genuína, ou uma doutrina militar tupiniquim, na expressão do Marechal Castelo Branco. Sonho já conquistado a duras penas pelas grandes nações, potências e grandes potências mundiais, conforme aprendemos e ensinamos como instrutor de História Militar na AMAN, aos estudarmos a História Militar das grandes potências.

No período inicial da Missão Militar Francesa, no Brasil, em 1920, conta-se que um oficial aluno brasileiro solicitou a um instrutor francês que lhe ensinasse Estratégia e Tática brasileiras, ao que ele respondeu que esta resposta encontrava-se embutida no nosso patrimônio cultural militar terrestre acumulado em quase 5 séculos de lutas internas e externas, predominantemente vitoriosas. E este tem sido um dos sonhos e objetivos da nossa Academia, através de seu esforço no desenvolvimento da História Operacional Terrestre Critica como foi demonstrado no já citado Guararapes 48 disponível em nosso site.

A Academia dentre os seus objetivos destaca a sua preocupação em levantar experiências doutrinárias militares brasileiras genuínas, para subsidiar a hipótese do desenvolvimento de uma doutrina de Guerra de Resistência na Amazônia, a estratégia do fraco contra o forte, como a definiu o Cel Golbery do Couto e Silva, em sua obra Planejamento Estratégico em 1955.

Guerra de resistência ou de guerrilhas, baseadas em doutrinas militares brasileiras genuínas, como Guerra Brasílica, que conseguiu expulsar os holandeses do Nordeste do Brasil em 1654, a Guerra Gaúcha, que conseguiu expulsar e manter fora do Rio Grande do Sul os espanhóis em 1776, sem esquecer a Guerra Amazônica, liderada pelo General de Estado Pedro Teixeira e não capitão como a História consagrou o seu nome e que conseguiu expulsar da nossa Amazônia os holandeses e ingleses que ali haviam se fixado. E ali, mais as guerras de resistência no Amapá e no Acre, lideradas pelo general Cabralzinho e Plácido de Castro, enfrentando forças regulares estrangeiras. Guerras de resistência que ajudaram a definir o destino brasileiro do Amapá e do Acre.

E mais experiências de guerra de Resistência teve o Brasil, como a secular Guerra do Mato, desenvolvida por ambos os contendores na Guerra dos Palmares. Modalidade que o guerrilheiro José Bonifácio, contra as forças de Napoleão em Portugal, planejava desenvolver no Brasil, caso ele fosse invadido. Enfim, doutrinas militares terrestres genuínas que solucionaram graves problemas do Brasil, sem o concurso das doutrinas militares que nos têm influenciado: a espanhola, a inglesa, a alemã, a francesa e, a norte-americana desde 1939, como verdades absolutas ignorando-se o princípio de que ”uma doutrina militar possui somente duas constantes: o homem e sua constante mudança.”

A História Militar Terrestre do Brasil que nossa Academia concentra é no seu ramo História Crítica Militar Terrestre do Brasil, aquela de cuja análise, à luz dos fundamentos da Arte e Ciência Militar, o soldado desenvolve a sua cultura profissional e o pensador militar dela retira subsídios doutrinários. E não prioriza a História Descritiva Militar Terrestre do Brasil, que é escrita e divulgada sem a preocupação com a aprendizagem da Arte e da Ciência Militar e a coleta de subsídios que possam contribuir para o desenvolvimento de uma doutrina militar terrestre brasileira. Infelizmente este ramo História Descritiva tem predominado entre nós. A História Militar Terrestre Critica constitui-se em importante componente da Cultura Geral do oficial por melhor habilitá-lo, para dela tirar subsídios para a sua formação profissional e para a nacionalização progressiva da doutrina militar brasileira. E aqui recordo lições que nos deixaram sobre a necessidade de equilibrar a cultura profissional com a cultura geral os marechais Eurico Dutra e Marechal Mascarenhas de Morais. Este historiador e chefe militar assinalado e patrono de cadeira em nossa Academia.

E a seguir transcrevemos este trecho de nosso livro Os 60 anos da AMAN em Resende:

O sentido do ensino na AMAN, segundo o Marechal Dutra.

O Marechal Dutra foi aluno da Escola Militar da Praia Vermelha na ocasião de seu fechamento, seguido de extinção, em conseqüência da malfadada Revolta do Bacharelismo Militar que passou a História como revolta da Vacina Obrigatória de 1904. Após passar um ano fora do Exército, concluiu o seu curso na Escola de Guerra de Porto Alegre, sob a égide do Regulamento de 1905. Tendo aprendido duramente a lição da História, emitiu a seguinte diretriz, como Ministro da Guerra, de como deveria ser conduzido o ensino na AMAN, a obra mais marcante e consagradora de sua gestão na pasta da Guerra.

“O ensino militar entre nós, tem variado em dois extremos: ou excesso de matérias teóricas ou de cultura científica, ou a reação brusca no sentido de instrução ou preparação meramente profissional, com caráter prático. É oportuno alertar sobre a inconveniência ou perigo de socorrer-se a qualquer dessas soluções extremas. A sabedoria aconselha e mostra que a virtude está no meio. Não se esqueçam os que têm a missão de formar os futuros oficiais que é sob o imperativo do ensino profissional e da cultura geral que se deve orientar aquela formação. Estamos num século eminentemente técnico. Só se tornam poderosas as instituições e nações que têm solicitado à inteligência e às ciências os conselhos e os recursos a serem seguidos, no sentido de melhor se armarem e se tornarem fortes. Mas tudo isto será incompleto e de resultado duvidoso se o comando, professores e instrutores não cogitam também de formar espíritos e personalidades”.

Generais Dutra e Mascarenhas de Morais dinamizam a Cultura Geral e Profissional

O Ministro Dutra dinamizou o surto do pensamento militar brasileiro ao criar a BIBLIEx, editora destinada a publicar obra de preferência de oficias brasileiros, graças a colaboração de ilustres hoje patronos de cadeira em nossa AHIMTB e filhos do Rio Grande do Sul, generais Valentim Benício, que comandou a 3ª Região Militar, Emílio Fernandes de Souza Docca e Francisco Paula Cidade. Biblioteca inspirada na Biblioteca del Oficial do Exército da Argentina e mais o EGGCF. E ambos destinados a promover, com maior intensidade, a produção, o debate e a circulação das culturas profissional, geral e especializada no seio dos quadros do Exército.

O então Coronel Mascarenhas de Morais, que oito anos após seria o comandante de nossa gloriosa FEB, na qualidade de comandante da Escola Militar do Realengo, baixou ato pelo BI n.º 31 de 06 Fev 1936, reconhecendo a existência oficial, além da Biblioteca Escolar, das existentes nos cursos de Infantaria, Cavalaria, Artilharia, Engenharia, Aviação e Sociedade Acadêmica Militar. Também autorizou a criação de bibliotecas especializadas nas seções de Equitação e Educação Física.

Visava estimular, por facilitar meios próprios de consulta, o aprimoramento da cultura profissional, geral e especializada dos futuros oficiais do Exército, muitos deles, mais tarde, seus comandados na FEB. Marechal Mascarenhas de Morais que foi historiador militar e é Patrono de cadeira em nossa AHIMTB.

Estas têm sido minhas orientações, e entendo, salvo melhor juízo, que o Objetivo Atual n.º 1 do Exército, já definido, deve ser considerado uma ordem geral a ser obedecida por quem atribua valor à Cultura Geral. Considero-a estratégica repito e anti-gramscista, o que temos praticado com intensidade, enfrentando e denunciando manipulações de nossa História do Exército, bem como do seu Patrono, o Duque de Caxias, do qual me considero, salvo melhor juízo, o maior conhecedor vivo de sua vida e obra em Caxias e a Unidade Nacional. Ação para tentar enfrentar como exemplo aqui no Rio Grande manipulações da Revolução Farroupilha como sendo Caxias e Canabarro responsáveis pelo Massacre de Porongos, ou a consagração de Sepé Tiaraju como herói do Rio Grande do Sul, e mais o Memorial do Rio Grande do Sul, com as interpretações mais absurdas sem o apoio em fontes históricas confiáveis, dando razão ao maior historiador ocidental Arnold Toimbbe. “Que a História não muda, quem a muda são os historiadores.” E é o que se observa no nosso Rio Grande do Sul onde foi-nos negado pela mídia, o direito de resposta ou do contraditório, o que caracteriza a existência da liberdade de imprensa, como uma rua de duas mãos. A nossa guerreira AHIMTB tem trabalhado com as missões deduzidas das seguintes orientações:

1 - O Objetivo Atual n.º 1 do Exército, definido no tempo do Exmo. Sr. Ministro do Exército Gen Ex Zenildo de Lucena e reafirmado por seus sucessores:

“Pesquisar, preservar, cultuar e divulgar a História, as Tradições e os Valores, morais, culturais e históricos do Exército”.

No mínimo, creio, seja hoje a nossa AHIMTB um valor cultural e histórico do Exército que merece consideração e tratamento ético e livre de ”fogo amigo” ou do “inimigo azul”.

2 - A base na idéia que figura em nossos diplomas, do Marechal Ferdinando Foch, o vencedor da 1ª Guerra Mundial, e que saiu da função de professor de História Militar da ESG da França para comandar a vitória aliada na 1ª Guerra Mundial:

“Para alimentar o cérebro (comando) de um Exército na Paz, para melhor prepará-lo para a eventualidade indesejável de uma guerra, não existe livro mais fecundo em lições e meditações do que o da História Militar”.

3 - Orientação já abordada do Ministro General Eurico Dutra, de equilíbrio entre a Instrução ou Cultura Profissional com a Cultura Geral na qual a História Militar Terrestre Crítica assume especial relevo.

E História Militar Terrestre Crítica é a que temos desenvolvido, desde a época de instrutor de História Militar na AMAN em 1978/80, onde até hoje são estudados os livros que elaboramos: História da Doutrina Militar, História Militar do Brasil e, ainda, do qual sou autor, o livro Como estudar e pesquisar a História do Exército Brasileiro, editado e reeditado pelo EME em 1978 e 2001.

E disto a nossa Academia que tem como seu patrono o Duque de Caxias, possui imenso orgulho e satisfação do dever muito bem cumprido, lembrando que fomos bem mais longe que o Instituto Histórico Duque de Caxias que foi fundado, e jamais se reuniu. E a continuação da nossa ACADEMIA depende de um apoio mais efetivo e oficial de parte das autoridades brasileiras que possuem o dever de Estado pelo desenvolvimento desta relevante tarefa sobre a qual a Academia apresentou uma riquíssima experiência a ser analisada no seu citado O Guararapes 48.

Agradecemos a presença dos que prestigiaram mais esta cerimônia do 10º aniversário da AHIMTB e também dos 20 anos do IHTRGS que muito tem trabalhado com História Militar no Rio Grande do Sul , solicitando, se possível, que leiam com atenção o conteúdo do O Guararapes 48, comemorativo desta efeméride, que ao final apresenta idéias para um possível Decreto de sua oficialização e subsídio governamental, tarefa solicitada o seu estudo de viabilidade a seu patrono de cadeira em vida, o Coronel Jarbas Gonçalves Passarinho com grande experiência no exercício de expressivas funções executivas e legislativas. E desta idéia se bem sucedida depende o futuro de nossa Academia de História Militar Terrestre Brasileira que comprovou o que de útil e relevante realizou de desenvolvimento da História Militar Terrestre Crítica de nossas forças terrestres, o que já entendeu a diretoria eleita do Clube Militar disposta a apoiar.

Para finalizar vale comparar os esforços paralelos do Clube Militar e da Academia de História Militar Terrestre do Brasil. O Clube representa a resposta política da Família Militar a questões que a atingem. E a Academia representa respostas históricas a manipulações e deformações políticas de nossa História, tão comuns e dominantes nos dias atuais e que ela procura responder em seus Informativos e sites pela Internet, já que a mídia nacional expressivamente não lhe concede o direito de resposta ou do contraditório, um pressuposto da liberdade de imprensa. Enfim eles respondem e debatem sobre temas relevantes que afetam a imagem das Forças Terrestres, as quais seus membros do serviço ativo não podem vir a público para responder. E o Informativo O Guararapes 48 deu exemplos desta luta, como a presença da Academia na Câmara Federal, em Simpósio sobre Canudos onde defendeu a participação do Exército, de 13 policiais militares sob o argumento de que eles não iam a lugar nenhum se não fossem a isto ordenados pelo poder civil. E foi o que então aconteceu!

Obrigado pela atenção e um convite para que participem e prestigiem a Academia de História Militar Terrestre do Brasil e um apelo a seus integrantes por mais solidariedade moral e financeira possível, e mais participação em suas atividades e na conquista de seus objetivos, para que esta luta e a vitória não fiquem nas mãos de muito poucos. Obrigado.



AGRACIADOS COM A MEDALHA MÉRITO HISTÓRICO MILITAR TERRESTRE DA AHIMTB - ANO 2006


Em comemoração ao 203º aniversário de Duque de Caxias – Patrono da AHIMTB, ela promove ou agracia as seguintes personalidades seus associados e dos cadetes da AMAN, com sua medalha do Mérito Histórico Militar Terrestre do Brasil, criada no Bicentenário de Duque de Caxias em 2003. Foram agraciados em 2004 e 2005 os relacionados no Guararapes n.º 43.

No Grau de Comendador:
Gen Ex Gilberto Barbosa Figueiredo
Gen Ex Luiz Gonzaga Shoroeder Lessa
Gen Ex Paulo César de Castro
CMG Carlos Norberto Stumpf Bento
Cel Amerino Raposo Filho
Cel Manoel Soriano Neto
Cel Nilton Freixinho
Cel Pedro Paulo Cantalice Estigarribia
Cel Walter Albano Fressati
Cel PMSP Edilberto Oliveira Mello
Vet FEB José Conrado de Souza

No Grau de Oficial:
Gen Alberto Martins da Silva
Cel Antônio Gonçalves Meira
Cel José de Sá Martins
Cel José Fernando Maia Pedrosa
Cel Luiz Carlos Carneiro de Paula
Cel Paulo Ayrton Araújo
Cap PMSP Hélio Tenório dos Santos
Sub Ten Ref Alvino Melquides Brugalli
Sub Ten Ref Osório Santana Figueiredo
Acadêmico Adilson César
Procurador de Justiça Carlos Eduardo Contar
Dr. Eduardo Cunha Muller
Marcelo Peixoto da Silva
Osório Santana Figueiredo

No Grau de Cavaleiro:
Gen Div José Chuquer Rodrigues
Cel João Ribeiro da Silva
Cel Luiz Alberto Roggia Pithan
CMB Flávio Azambuja Kremer
Luiz Renato Braganholo
Maria de Fátima Dias
CMB

Estudam-se outros nomes, alunos militares que se destacaram em 2005. A entrega solene das condecorações será feita em 25 de agosto, ou em data a ser posteriormente fixada. Solicita-se aos promovidos que devolvam a medalha anterior e conservem o diploma.


COLABORAÇÕES FINANCEIRAS DE SÓCIOS DA AHIMTB EM SEUS 10 ANOS DE EXISTÊNCIA


Os agradecimentos da AHIMTB, por sua valiosa colaboração financeira voluntária, e em nome de todos os soldados brasileiros de terra que nos últimos 500 anos alicerçaram, com suas vidas preciosas, sangue e sacrifícios, o presente do Brasil, um país de dimensões continentais que não é obra de um milagre, mas de um grande e épico esforço de gerações e gerações de nossos soldados de terra que não podem ser esquecidas suas vidas e suas obras no que elas encerram de lições de Arte e Ciência Militar, para as Forças Terrestres Brasileiras. A estas contribuições a AHIMTB está muito a dever a sua atuação objetiva de que muito se orgulham os seus integrantes os quais foram abordados no Guararapes N.º 48.

CONTRIBUIÇÕES EM ORDEM DECRESCENTE DA ESQUERDA PARA A DIREITA

Cel Cláudio Moreira Bento (R$ 11.628,00) Cel Jardro Alcântara Avellar (R$ 6.925,00 - falecido)
Cel PMRS José Luiz Silveira (R$ 2.050,00 - falecido) Cel Arivaldo Silveira Fontes (R$ 1.900,00)
Cel Nilton Freixinho (R$ 1.880,00) Gen Severino Sombra (R$ 1.800,00 - falecido)
Cel Antônio Gonçalves Meira (R$ 1.685,00) Cel Manoel Andrade Neto (R$ 1.557,00)
Cel Germano Seidl Vidal (R$ 1.557,00) Cel Jarbas Passarinho (R$ 1.500,00)
Dr. Carlos Eduardo Contar (R$ 1.100,00) Gen Arnaldo Serafim (R$ 1.000,00)
Cel Luiz Ernani Caminha Giorges (R$ 1.000,00) Cel Mário José Menezes (R$ 1.000,00 - falecido)
Maj Luiz Prates Carrion (R$ 1.000,00) Dr. Flávio Camargo (R$ 1.000,00)
Alda Bernardes Faria e Silva (R$ 860,00) Gen José Chuquer Rodrigues (R$ 580,00)
Cel Alceu Paiva (R$ 580,00) Cel PMRJ Vidal Silveira Barros (R$ 580,00)
Marcelo Peixoto da Silva (R$ 580,00) Gen Paulo Cezar de Castro (R$ 450,00)
Cel Christóvão Ávila (R$ 400,00) Cel Darzan Neto da Silva (R$ 398,76)
Gen Raimundo M. N. Torres (R$ 400,00 - falecido) Cel Elber de Mello Henriques (R$ 400,00 - falecido)
Cel PMSP Edilberto de Oliveira (R$ 400,00) Gen Ex. Gleuber Vieira (R$ 300,00)
Cel Paulo Ayrton Araújo (R$ 300,00) Vet FEB José Conrado de Souza (R$ 300,00)
Osório Santana Figueiredo (R$ 300,00) Cel Walter Albano Fressatti (R$ 250,00)
Eng Ismael Blajberg (R$ 240,00) CMG Dino Willy Coza (R$ 200,00 - falecido)
Cel Davis Ribeiro de Sena (R$ 200,00) Cel J. V. Portella Ferreira Alves (R$ 200,00)
Cel Luis Casteliano de Lucena (R$ 200,00) Cel PMSP Afonso Heliodoro dos Santos (R$ 200,00)
Cel BMRS Asdrúbal da Silva Ortiz (R$ 200,00) Cap PMSP Hélio Tenório dos Santos (R$ 200,00)
Alt Esqd Arlindo Vianna Filho (R$ 100,00) Gen Carlos de Meira Matos (R$ 100,00)
Gen Jonas Morais Correia Neto (R$ 100,00) Gen José Moretzsohn (R$ 100,00 - falecido)
Gen Nialdo de O. Bastos (R$ 100,00) Gen Plínio Pitaluga (R$ 100,00 - falecido)
Cel Cecil Wall Barbosa (R$ 100,00) Cel José Spagemberg Chaves (R$ 100,00)
Cel Luis Carlos Carneiro de Paula (R$ 100,00) Cel Ney Paulo Pannizutti (R$ 100,00)
Cel Pedro Paulo Estigarribia (R$ 100,00) Cel Rubens Brochado da Silva Rocha (R$ 100,00)
Cel Rui Duarte (R$ 100,00) Cel Waldir Jansen de Mello (R$ 100,00)
Cel BMDF Milton Antônio Paduam (R$ 100,00) Celso Rosa (R$ 100,00)
Dr. Eduardo Cunha Muller (R$ 100,00) Func. ME José Éber Bentim da Silva (R$ 100,00)
Hernani Donato (R$ 100,00) Mário Gardelin (R$ 100,00)
Markus Hierstetter (R$ 100,00)

Como se constata, grandes colaboradores que entenderam a relevância dos objetivos da AHIMTB, faleceram: Cel Jardro, Cel PMRS José Luiz Silveira, Gen Severino Sombra, Cel Mário José Menezes, Gen Raimundo N. Torres. Colaboraram mesmo dispensados, os patronos de cadeira Gen Severino Sombra, Cel Jarbas Passarinho e Alt Hélio Leôncio da Silva.

A continuação destas colaborações voluntárias é vital para a continuidade dos trabalhos da AHIMTB que este ano passou a sofrer conseqüências do ajuste fiscal do Governo, deixando de receber em conseqüência, ajuda do DEP e da 3ª RM, e outras entidades civis como o GBOEX, desde 2005 não mais ajudou a AHIMTB.

A AHIMTB com a orientação de seu patrono de cadeira Cel Passarinho busca uma solução definitiva de apoio de outras entidades. Mas até agora nada existe de concreto. E os que desejarem que ela sobreviva e a participarem de sua história a AHIMTB agradece.



BRASIL - UM PAÍS SEM MEMÓRIA
por Cel Cláudio Moreira Bento(x)


É consagrada e corrente a expressão em epígrafe. Expressão talvez um bom disfarce, como desculpa esfarrapada de responsabilidades de Estado não cumpridas. A memória histórica de um país integra a cultura nacional. E a sua cultura é item de importância estratégica. E dentro da cultura sobressai, em relevância, o resgate, preservação, culto e divulgação a sua memória histórica, ou a sua História, por esta ajudar um povo considerado a estudar o seu passado, para entender o presente e assim com mais segurança e certeza planejar o futuro de seu país. E desenvolver a memória história de um país é responsabilidade de Estado, o que Portugal entendeu ao apoiar financeiramente, com expressivos subsídios governamentais, as atividades de sua Academia Portuguesa da História, a qual, como brasileiro, me orgulho de a integrar.

Segundo o acadêmico da AHIMTB, Cel Nilton Freixinho, como historiador e pensador afirmou em artigo A Educação dos jovens e a memória nacional de que “o passado só contém e representa valor quando tem algo a dizer ao presente. E é o peso do passado que estrutura o inconsciente de um povo e dá-lhe consciência coletiva, como Nação, gerando rigorosamente, a âncora de sua existência e de persistência no tempo. E externo minha preocupação quanto à falta de empenho das atuais gerações de brasileiros bem como o de situar o papel das entidades históricas do Brasil devotadas ao estudo, à análise, ao culto e a divulgação das lutas dos antepassados para alicerçar e forjar a Nação que integram. E mais, que historiadores e sociólogos proclamam que o descaso para com a memória nacional enfraquece e ameaça a coesão nacional ou a unidade da Nação, em face de pressões destrutivas, por confundir a consciência da sua real identidade e perspectiva históricas”. A quem atribua a esta identidade e perspectiva nacional confusa, o decepcionante desempenho da Seleção Brasileira, a qual faltou determinação e garra, ao contrário da Alemanha, Argentina, França, Portugal que lutaram até o fim com garra e determinação e que embora sem conquistar a Copa foram bem recebidas em seus países, ao contrário do Brasil. Coesão nacional deficiente a explicar, talvez, a evolução do crime organizado ao nível absurdo de enfrentar de armas em punho o Estado em São Paulo. Ou a impunidade decorrente da corrupção de deputados, nos lamentáveis e tristes episódios que passam à História como “mensalão” e “Máfia dos Sanguesugas”. No Brasil a atividade histórica é tentada desenvolver com imensas dificuldades financeiras por brasileiros integrantes com vocação ou pendor para esta atividade, integrantes das diversas entidades históricas, academias ou institutos municipais, estaduais e federais, etc.

Mas se observa que embora trabalhem com precaríssimos recursos para esta finalidade estratégica, são freqüentes os desencontros entre eles, por vaidades e preconceitos dos mais variados entre eles e as instituições, uma vez que a posse de conhecimento histórico, possui certa sedução. No Brasil as entidades que se dedicam à História, são super desvalorizadas no campo da cultura nacional, e o que realizam é fruto da abnegação e sacrifício de poucos, que ainda lutam impotentes para fazer frente às manipulações históricas e mitos dominantes, dando razão ao que nos parece, a este pensamento que deparamos no Museu da República no Palácio do Catete. “Ser o passado comparável a uma enorme planície onde correm dois rios. Um reto e de margens bem definidas que é o rio da História. Esta fruto da razão e da análise isenta de fontes históricas autênticas, fidedignas e integras, à luz de fundamentos de crítica escolhidos para a análise com o máximo de isenção. O outro é um rio cheio de curvas e meandros e de margens indefinidas e instáveis e por vezes com perigosos alagamentos. Este é o rio do mito. E este fruto das paixões humanas, das fantasias, da ignorância, do preconceito, das manipulações políticas e em especial as ideológicas, das deformações, e da injustiça etc.“ Mitos que Rui Barbosa já denunciava em seu tempo. Assim mesmo esta tarefa relevante que objetiva desenvolver, preservar, cultuar e divulgar a memória nacional, responsabilidade de Estado, é levada avante sem recursos dos poderes públicos por historiadores das diversas categorias, integrantes das já mencionadas academias, círculos, institutos, e com seus pouquíssimos recursos retirados de seus bolsos.

Algumas dessas instituições sobrevivem precariamente com recursos de aluguéis como o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, graças a empréstimo a ele concedido pela CEF, por decisão do Presidente Emílio Médici, para a construção de sua atual sede, quando era presidente da entidade Pedro Calmon. Instituto que por longo tempo tinha a sua Revista editada pela Imprensa Nacional, que a dispensou, encontrando ela apoio temporário no Senado graças ao acadêmico da ABL Senador José Sarney, o que as demais entidades não dispõem desta graça para divulgar seus trabalhos. Outras como o CIPEL, em Porto Alegre, publicam anualmente, em cooperativa, excelente revista na qual cada articulista financia o seu artigo. E a estas entidades heróicas, com diferenças de possibilidades enormes em função de desencontros e de recursos particulares que conseguem amealhar e mais trabalho heróico de seus integrantes, elas vêm substituindo os governos nestas tarefas que a eles caberiam por dever de Estado. Diversas delas são nominais sem a mínima capacidade realizar despesas.

O Senador Pedro Simon em função de um Congresso de entidades históricas brasileiras entrou com projeto no Congresso, mas que não vingou, no sentido de que o Executivo financiasse atividades dos institutos históricos estaduais que em última análise são responsabilidade de Estado, mas que eles as vem executando, como no caso do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro desde 1828.

Desta precariedade tem se aproveitado, sem reação, os manipuladores da nossa História e mesmo jornalistas ciosos de sua função social, mas que invadem a função social do historiador e não dão apoio a divulgação de trabalhos dos mesmos, que possuem técnica próprias para apresentar interpretações, com apoio na análise de fontes históricas confiáveis, por íntegras, críticas e fidedignas. Jornalistas cuja profissão foi regulamentada em 1968, com nossa participação acidental, ao encaminharmos o problema a nós apresentado por um grupo de jornalistas na Rádio Mundial do Rio, à consideração do Ministro do Trabalho Jarbas Passarinho, que por sua vez conseguiu a aprovação do Presidente Costa e Silva.

A Academia de História Militar Terrestre do Brasil no seu problema específico vem atuando há 10 anos sem apoio financeiro do Estado e assim o substituindo na tarefa de pesquisar, preservar, cultuar e divulgar a História, as Tradições das Forças Terrestres Brasileiras do Exército, Fuzileiros Navais, Infantaria da Aeronáutica, Polícias e Bombeiros Militares, com vistas a retirar da análise crítica do passado de cinco séculos de lutas destas forças, lições com vistas à formação em Arte e Ciência Militar de seus quadros e subsídios para o desenvolvimento de doutrinas militares brasileiras genuínas, como o fizeram as grandes nações, potencias e grande potencias militares. E a História Militar Terrestre do Brasil tem muito a ensinar quando forem analisadas a suas lutas de resistência vitoriosas, ou guerra de guerrilhas, a estratégia do fraco contra o forte: como a Guerra Brasílica que culminou com a expulsão dos holandeses no Nordeste em 1654; a Guerra Gaúcha que expulsou o invasor espanhol do Rio Grande do Sul; em 1776; a Guerra da Selva, em que Pedro Teixeira expulsou invasores da Amazônia para depois conquistá-la; a centenária Guerra do Mato, em Alagoas, conduzida por ambos os contendores na Guerra dos Palmares, e as levadas a efeito no Acre e Amapá sob a liderança de Plácido de Castro e o General Cabralsinho contra forças regulares alienígenas etc. A Academia de História Militar Terrestre do Brasil há 10 anos num trabalho original e pioneiro vem montando guarda e integrando as tradições das forças terrestres brasileiras, guardando documentos históricos militares terrestres, desenvolvendo arquivos e bibliotecas integradas especializadas, reais e virtuais, publicando livros e representada no território nacional por delegacias em unidades da Federação acolhidas por unidades das forças terrestres, desenvolvendo instrumentos de trabalho do historiador militar terrestre, valioso arquivo bibliográfico militar terrestre brasileiro, arquivo de todas as cerimônias de posses de acadêmicos, entre outros documentos, com um desvelo, uma aplicação e uma devoção que surpreendem, muitas vezes, instituições universitárias que não tratam e desconhecem estes assuntos de História Militar Crítica Terrestre, mas que contribuem indiretamente para ela, ao resgataram, com técnicas específicas, a História Militar Descritiva do Brasil, que alimenta a citada História Militar Crítica, feita pelo soldado terrestre à luz de fundamentos e princípios da Arte e da Ciência Militar.

Assim a AHIMTB pleiteará junto ao Congresso um amparo financeiro para dar continuidade a seu trabalho de relevância estratégica com vistas a tirar do passado militar de 500 anos do Brasil subsídios para o progressivo desenvolvimento de uma doutrina militar terrestre brasileira, como a sonhou o Duque de Caxias, patrono do Exército e da AHIMTB, para que assim o Brasil possa integrar com autoridade o Conselho de Segurança da ONU e o ora anunciado G-13 ensaiado na Rússia e para uma doutrina militar conjunta a serviço da proteção militar do Mercosul!

Um projeto aprovado neste sentido seria uma alternativa de existência regular oficial da AHIMTB, com rendas certas e despesas certas, para seu custeio oficial, caso seu amparo sensibilize e interesse as Comissões de Segurança do Congresso que legislam sobre a segurança do Brasil no concerto das nações.

Uma providência neste sentido seria uma contribuição para por fim a triste expressão “0 Brasil um país sem memória”, circunstância esta por culpa do Estado a quem compete desenvolver a memória nacional, e ele a tem deixado a cargo de instituições sem meios financeiros para levar a efeito esta sua obrigação de projeção estratégica. Este é o nosso entendimento, salvo melhor juízo.

(x) Presidente da AHIMTB, benemérito do IHGMB e emérito do IHGB.


NOSSA HERANÇA TERRITORIAL
pelo acadêmico emérito Gen Carlos de Meira Matos(x)


Os 8.500.000 de km2 de território nacional, o 5º país mais extenso do mundo, não foi conquistado pelos nossos colonizadores lusitanos sem muita luta. É enorme a responsabilidade da nossa e das futuras gerações de brasileiros em preservá-lo intocado. Lembramo-nos disso agora porque vemos avolumarem-se em publicações de associações ambientalistas, antropólogas e missionárias européias e norte-americanas, as referências de uma “Amazônia patrimônio da humanidade devendo ser administrada por autoridade internacional”. Recordando a luta tenaz do império português para expandir-se para a América, recém descoberta pelo genovês Cristóvão Colombo, a serviço dos reis da Espanha. Começaremos lembrando o rei D. João II, conseguindo do Papa Alexandre VI o Tratado de Tordesilhas (1494), que revogava a Bula Intercoetera (1492), que excluía Portugal da posse das terras descobertas na América. A nova partilha de Tordesilhas removia o divisor entre as coroas lusa e espanhola para oeste, alcançando parte do nosso atual território, traçando um meridiano separador que incorporava a Portugal as terras a leste do meridiano, passando de norte a sul pelas proximidades das hoje cidades de Belém e Laguna. Assim Portugal conquistou na América do Sul uma colônia de cerca de 2.700.000 de km2. Apesar de pequeno e com escassa população (cerca de 2 milhões) as autoridades portuguesas nunca descuidaram de defender diplomaticamente e pelas armas a posse de sua colônia, contra corsários a serviço de outros países e contra empresas apoiadas por governos. Para assegurar a posse desta colônia incólume os portugueses travaram luta armada, no mar e em terra, alternativamente, durante mais de 300 anos para expulsar invasores espanhóis, ingleses. franceses e holandeses. A partir do século XVII os núcleos populacionais de portugueses e mamelucos formados nas faixas ligadas ao litoral, em São Paulo, Pernambuco e Maranhão começaram a expandir em reconhecimento do interior e a procura de riquezas minerais. Foi o período épico da expansão do território, das formidáveis bandeiras paulistas, das incursões terra adentro dos pernambucanos, e da conquista da Amazônia partindo do Maranhão. As interiorizações no território foram muito além da linha do limite colonial estabelecido em Tordesilhas. Os cerca de 2.700.000 km2 de Tordesilhas estavam ultrapassados de muito no Norte, no Oeste e no Sul. O conflito entre as coroas de Portugal e Espanha seria inevitável. Surgem aí as figuras extraordinárias dos estadistas Alexandre de Gusmão e Marques de Pombal. Alexandre Gusmão, santista, há longos anos a serviço da diplomacia do reinado português (irmão de outro santista notável Bartolomeu de Gusmão, “o Padre Voador”). Alexandre Gusmão com rara habilidade diplomática conseguiu da corte de Madrid a aceitação do princípio do direito romano de “uti possidetis” – pertencendo a terra descoberta a quem primeiro a ocupou. Assim, pelo Tratado de Madrid (1750), revogatório do de Tordesilhas, ficaram legitimadas as conquistas dos bandeirantes e sertanistas, acrescentando às terras portuguesas a enorme extensão de cerca de 5.500.000 de km2. O Marquês de Pombal, Ministro da corte lusa por 27 anos, revela, à distancia, uma visão genial do espaço colonial engrandecido. Envia freqüentes instruções às autoridades locais, particularmente ao Capitão-Geral da Amazônia, Mendonça Furtado, seu irmão, (em cuja correspondência se tratam por “meu irmão de meu coração”), insistindo na necessidade de reconhecimento dos rios Solimões, Negro, Branco, neles colocando marcos nas áreas limites, fortalecendo o aparelho defensivo, e também, buscando nos rios Madeira e Tapajós vias de comunicação com Cuiabá, visando a articulação territorial da Amazônia com o Sul. Ao mesmo tempo, ao Capitão-Geral de São Paulo, Morgado de Mateus, determinava incentivar o povoamento das regiões fronteiriças do sul e oeste, consolidando o território já legitimado pela habilidade diplomática de Alexandre Gusmão. A grandeza territorial que hoje desfrutamos, que o Barão do Rio Branco soube consolidar diplomaticamente as fronteiras mal conhecidas e sujeitas a litígios, devemos a muitas lutas armadas e sacrifícios de vida e a notáveis estadistas de um passado colonial de mais de 300 anos. Preservá-la e enriquecê-la, eis a responsabilidade maior dos brasileiros.

(x) General reformado do Exército, Veterano da 2ª Guerra Mundial e biógrafo do Marechal Mascarenhas de Morais, o comandante da FEB, Geopolítico. Doutor em Ciência Política e Conselheiro da Escola Superior de Guerra. Foi o primeiro acadêmico a ser empossado na AHIMTB.


NECROLÓGIO DO ACADÊMICO EMÉRITO GEN DIV RAIMUNDO M. NEGRÃO TORRES


Gen Div RAIMUNDO MAXIMIANO NEGRÃO TORRES (1925-2006)

Faleceu em Curitiba, em 12 de julho 2006, aos 81 anos, o acadêmico emérito da AHIMTB, Gen Div Raimundo Maximiano Negrão Torres, ocupante da cadeira n.º 15 (Cel Genserico Vasconcellos), e Delegado de Delegacia da AHIMTB em Curitiba, General Luiz Carlos Pereira Tourinho. Sua posse ocorreu no Colégio Militar de Curitiba, em 20 de março de 2000, sendo recebido por esta Presidência da AHIMTB, conforme sua oração constante as páginas 17/20 do volume n.º 20 de Posses na AHIMTB, ano 2000.

O General Raimundo nasceu em Belém, em 25 fev de 1925 e casou-se no Paraná com D.ª Maria Clarice de cujo consórcio sobrevive o Engenheiro Mecânico Ricardo. Era integrante da primeira turma formada integralmente pela AMAN. Como Oficial-General comandou as AD/6 e AD/5 e 3ª RM. O biografamos nas histórias da AD/6 e 3ª RM. E nesta foi sua penúltima função, tendo encerrado sua bela carreira, em Brasília, em 1985, como um dos sub-chefes do EME. O conhecemos em 1993, em Curitiba, quando lá abordamos, no Centenário da Revolução de 93, e a convite do Governo do Estado do Paraná, o tema: Os cercos federalistas de Bagée da Lapa – duas resistências épicas de História Militar do Brasil. Merece destaque seu livro de memórias sobre sua vida militar Meninos eu também vi. Livro de memórias com o qual nos distinguiu na ocasião. Ele abordou neste seminário o esquecido Cel Antônio Bodziak, polonês que comandou no Paraná, em 93, um batalhão federalista integrado por poloneses e italianos.

O General Negrão foi destacado colaborador nos jornais Ombro a Ombro e Letras em Marcha e colaborava com o jornal Inconfidência, em defesa da Contra-Revolução de 64, em bem fundamentados artigos históricos, fontes preciosas para um julgamento sereno daquele movimento, longe das paixões políticas e ideológicas que dominam o presente, e que deformaram na opinião pública aquele movimento, conforme autocrítica de Serkis na obra Os carbonários, onde este admitiu a derrota na luta armada esquerdista, mas se orgulhava de ver vitoriosa na opinião pública, manipulada ideologicamente, a versão esquerdista dos fatos, levada a efeito por vencidos na luta armada, mas que se enraizaram em posições chaves do magistério e da mídia, na qual passaram a proclamar a “liberdade de imprensa” uma rua de mão única por onde eles transitam, mas que nega o direito ao contraditório ou o direito de resposta aos vitoriosos na luta armada.

O General Negrão integrou-se na vida paranaense onde serviu na ativa cerca de 15 anos descontínuos, e onde se radicou, definitivamente, ao passar para a Reserva.

Ele além de acadêmico emérito da AHIMTB e seu Oficial do Mérito Histórico Militar Terrestre do Brasil, era sócio correspondente do IHGMB e efetivo do IHG Paranaense, Centro de Letras do Paraná e acadêmico da Academia Paranaense de Letras.

O acadêmico emérito General Raimundo travou uma luta corajosa, mas desigual, admirável e oportuna, em defesa da sua verdade, através de seu artigos e livros muito respeitados e apreciados por seus companheiros através do Brasil, para que as gerações futuras tenham uma história resultado de análise isenta de fontes históricas fidedignas, produzidas por forças que se enfrentaram na luta armada no campo e nas cidades.

Sua morte constitui uma grande perda para a causa da Contra Revolução de 64 em defesa da qual com muita autoridade, bravura, coragem moral e competência ele lutava como muitos poucos o faziam.

Aqui os sentidos pesares dos integrantes da Academia de História Militar Terrestre do Brasil pela perda deste notável guerreiro que tão bem sabia manejar a sua pena em defesa de sua verdade sufocada, bastante manipulada e deformada que esperamos um dia o grande publico adquira a consciência de quanto foi manipulado criminosamente. E ao que parece, esta consciência vai sendo aos poucos restaurada. Praza a Deus que a verdade histórica como a Justiça demore, mas não falhe, doa a quem doer! (Cel Cláudio Moreira Bento Presidente AHIMTB)


DIVERSOS


Os Soldados de Napoleão, como ele os classificava. Recebemos de amigo que voou pela TAM o artigo abaixo de validade militar e empresarial e o transcrevemos. “Ouvimos dizer que Napoleão Bonaparte classificava seus soldados em quatro tipos: 1 - Os inteligentes com iniciativa; 2 - Os inteligentes sem iniciativa; 3 - Os ignorantes com iniciativa; 4 - Os ignorantes sem iniciativa. Aos inteligentes com iniciativa, Napoleão dava as funções de comandantes generais, estrategistas. Os inteligentes sem iniciativa ficavam como oficiais que recebiam ordens superiores e as cumpriam com diligência. Os ignorantes sem iniciativa eram colocados à frente da batalha - buchas de canhão, como dizemos. Os ignorantes com iniciativa Napoleão odiava, e não os queria em seus exércitos. Essa grande sabedoria de Napoleão serve também para nossas empresas. Será que também não temos em nosso "exército napoleônico", que é a empresa de hoje, necessidade de três desses tipos de "soldados"? Pense bem... Um exército só de generais estrategistas, por certo não vencerá batalha alguma. Alguém tem que estar no front. Obedientes oficiais (diretores, gerentes) sem estratégia, também não vencem uma guerra. Soldados (funcionários) dedicados, sem comando, sem chefia, sem direcionamento, também não trazem sucesso à batalha. Portanto, precisamos dos três tipos de soldados para vencer uma batalha, assim como dos três tipos de colaboradores para que possamos vencer os desafios do mercado competitivo em que vivemos. Mas, assim como Napoleão, devemos nos livrar, o mais rapidamente possível, dos ignorantes com iniciativa. Um ignorante com iniciativa é capaz de fazer besteiras enormes, faz o que não deve, fala o que não deve e até ouve o que não deve. Um ignorante com iniciativa nos faz perder bons clientes, bons fornecedores. São os ignorantes com iniciativa que fazem produtos sem qualidade, porque resolvem alterar processos definidos. Um ignorante com iniciativa é, portanto, um grande risco. Não precisamos dele. Nem Napoleão os queria. E sua empresa? Você identifica em sua empresa os quatro tipos de soldados de Napoleão? E o que faz com cada tipo? Você tem sabido se livrar dos ignorantes com iniciativa? Pense nisso e... SUCESSO!” (Prof. Luiz Marins - antropólogo e consultor).

Nota a pedido do acadêmico Cel J. F. Maia Pedrosa para a Revista do Clube Militar. Referência a artigo o porquê da catástrofe de erros (Revista do Clube Militar n.º 419 e 420/2006). Reconhecendo não haver citado a Academia de História Militar Terrestre do Brasil nos elementos que se contrapõem ao revisionismo histórico ”marxista vulgar“ em nosso país, desejo em tempo, acrescentar seu nome ao contexto daquele artigo. Ressalto neste momento o acervo de realizações de uma plêiade de meus confrades dessa Academia na preservação da imagem histórica das nossas forças terrestres, ressaltando a obra do Coronel Cláudio Moreira Bento, Caxias e a Unidade Nacional, quando caracteriza o esforço solerte dos revisionistas marxistas vulgares, em denegrir a sua imagem e apresenta argumentos convincentes contra a inverdades levantadas por eles sob ótica destrutiva. Maceió, 25 de julho de 2006. Cel Ref José Fernando de Maia Pedrosa.
O acadêmico Cel Maia Pedrosa enviou carta ao Presidente da AHIMTB pedindo que informasse aos seus confrades da AHIMTB que o trabalho de sua lavra fora feito com restrição de tempo de abordagem para o Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas e que enviou ao Presidente do Clube Militar e foi publicado com o omissão involuntária da atuação da Academia de História Militar Terrestre do Brasil na preservação da imagem histórica de nossas forças terrestres do Brasil.

Publicações recebidas: A AHIMTB agradece as revistas ou informativos enviados no 1º semestre: IHGB; IHGMB; IHGSC; IHG da Paraíba; Instituto do Ceará; IHGRGS; Jornal Clarinadas do Tabatinguera; Informativo do Instituto de IEV; Jornal Inconfidência; Academia Itatiaiense de História; Informativo do CMO, e do CMB; o livro Dragões da Independência - Tradição e História, do Cel Alcides Tomaz de Aquino Filho, reedição; e a Revista de História, da PUC Campinas e o Informativo n º 1 da Academia Barramansense de História. FIM
PS; A AHIMTB agradece ao acadêmico Procurador de Justiça Carlos Eduardo Contar e Delegado da AHIMTB em Mato Grosso do Sul a formatação ora utilizada neste Guararapes 49 .
 

"Para alimentar o cérebro de um Exército na paz, para prepará-lo para a eventualidade indesejável de uma guerra, não existe livro mais fecundo em meditações e lições do que o da História Militar."