SUMÁRIO
- COMEMORAÇÕES DO 10º ANIVERSÁRIO DA AHIMTB NO 1º
SEMESTRE DE 2006.
- PALAVRAS FINAIS DO PRESIDENTE DA AHIMTB NO CMPA EM
21 JUN 2006.
- AGRACIADOS COM O MÉRITO HISTÓRICO MILITAR
TERRESTRE DA AHIMTB EM 2006.
- COLABORAÇÕES FINANCEIRAS DE MEMBROS DA AHIMTB EM
SEUS 10 ANOS DE EXISTÊNCIA.
- BRASIL UM PAÍS SEM MEMÓRIA – CAUSA PRINCIPAL –
OPINIÃO.
- NOSSA HERANÇA TERRITORIAL – Pelo acadêmico emérito
Gen CARLOS DE MEIRAS MATTOS.
- NECROLÓGIO DO ACADÊMICO EMÉRITO GEN DIV RAIMUNDO
M. NEGRÃO TORRES.
- DIVERSOS.
AS COMEMORAÇÕES NO 1o SEMESTRE DE 2006
DO 10o ANIVERSÁRIO DA AHIMTB
Em comemoração aos 10 anos da AHIMTB ela realizou uma
sessão solene no Clube Militar, duas no CMPA, uma em Rio Pardo, uma em
Volta Redonda e duas entrevistas na Rádio Agulhas Negras em programas de
sábado e de Domingo.
No início de 2006 – Clube Militar
A primeira sessão solene foi no Clube Militar, em 7 de março de 2006,
comemorativa de seu 10º aniversário que foi balizado pela ampla
divulgação de seu informativo O Guararapes 48, distribuído aos
presentes, seguido da posse como acadêmico do Gen Ex Luiz Gonzaga
Shoroeder Lessa, na cadeira Marechal Humberto de Alencar Castelo, nela
sucedendo o falecido acadêmico Cel Elber de Mello Henriques o acadêmico
emérito General Hélio Ibiapina Lima. A seguir houve em lançamento
simbólico, a integrantes da Mesa Diretora da obra da AHIMTB e IHTRGS
Escolas Militares de Rio Pardo 1856-1911, editada dentro do Projeto
História do Exército na Região Sul. O evento foi divulgado pela Revista
do Clube Militar, Jornal Inconfidência e sites www.resenet.com.br/ubers/ahimtb,
em História no www.militar.com.br, e em Caserna no www.resenet.com.br
com toda a cobertura fotográfica e discursos.
7 de abril de 2006 – na AMAN
A AHIMTB realizou sessão solene comemorativa no Auditório do Comando da
AMAN onde foram lançados os livros Escolas Militares de Rio Pardo e
Páginas da História. Este de autoria do falecido acadêmico emérito Cel
Jardro de Alcântara Avelar, ao qual foi prestada homenagem póstuma na 1ª
reunião da AHIMTB depois de sua morte, como é da sua tradição.
Foi apresentada em CD o dobrado da Academia de História Militar
Terrestre do Brasil, depois gravado pela banda da AMAN, de autoria do
Sgt Mus Emílio Gomes Martins, da ESIE.
O livro Escolas Militares de Rio Pardo foi prefaciado pelo Exmo. Sr. Gen
Ex Renato César Tibau da Costa, Chefe do EME e Comendador do Mérito
Histórico Militar Terrestre do Brasil.
Houve amostragem na entrada do Auditório de toda a produção
bibliográfica da AHIMTB e foram distribuídos os livros lançados ao
Comando da AMAN, CC e seus cursos, ao Clube de História, e a Divisão de
Ensino e suas seções.
Ao final foram lidas as palavras finais do presidente da AHIMTB que
estão divulgadas em artigos no site www.resenet.com.br/ubers/ahimtb; em
História, no site www.militar.com.br; e em Caserna no site
www.portalagulhasnegras.com.br. Foi distribuído O Guararapes 48.
Lamentavelmente perdeu-se na SMAV a cobertura fotográfica do evento.
27 de abril de 2006 – no CMPA
Nos 10 anos da AHIMTB e 20 anos do IHTRGS
Relatório do lançamento do livro Escolas Militares de Rio Pardo, em
Porto Alegre, em 27 de abril de 2006, no CMPA pela Delegacia Gen Rinaldo
Pereira da Câmara, da AHIMTB no RS.
No dia 27 de abril de 2006, em comemoração aos 10 anos da AHIMTB e 20
anos do IHTRGS, no Salão Brasil do Colégio Militar de Porto Alegre foi
realizado o lançamento do livro Escolas Militares de Rio Pardo, obra de
autoria do Presidente da Academia de História Militar Terrestre do
Brasil (AHIMTB) e do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do
Sul (IHTRGS), Coronel Cláudio Moreira Bento, e do 4º vice da AHIMTB e
vice do IHTRGS Cel Luiz Ernani Caminha Giorgis. O lançamento foi
realizado a partir das 16:00h, contando com a presença de representantes
do corpo docente e do discente do CMPA. Contando com os convidados, o
total de pessoas presentes chegou a 40, mais ou menos. A Mesa Diretora
foi formada pelo Presidente da AHIMTB; o Gen Ex Virgílio Ribeiro
Muxfeldt; Cmt do CMPA, o Cel Thiovane Piaggio Cardoso; o Cel Juvêncio
Saldanha Lemos e, também, pelo Presidente da Liga da Defesa Nacional,
Dr. Eduardo Cunha Müller. Este último é acadêmico da AHIMTB. Todas as
autoridades formadoras da mesa se manifestam sobre o evento e sua
significação e também sobre assuntos gerais. Os livros, neste evento,
foram entregues gratuitamente aos presentes, já que o mesmo foi impresso
com recursos orçamentários conseguidos pelo EME. O Presidente da AHIMTB
destacou aspectos importantes da obra, fazendo ligação da mesma e de
personagens daquela fase da história do Rio Grande do Sul com a
Revolução Farroupilha e com outras destacadas efemérides do cenário
histórico gaúcho. O Cel Caminha realizou a leitura do prefácio do livro,
de autoria do Gen Ex Renato César Tibau da Costa, atual Chefe do
Estado-Maior do Exército, autoridade que encomendou o livro aos dois
autores quando Comandante Militar do Sul.
Aproveitando a feliz oportunidade deste evento, foram realizadas três
posses de historiadores no AHIMTB/IHTRGS, como membros-efetivos, quais
sejam: o Cel Juvêncio Saldanha Lemos, renomado autor de diversas obras
sobre história do RS e do Brasil; o Engenheiro-Agrônomo César Pires
Machado, autor de obras de História do RS; e a Srta. Katy de Siqueira,
formada em História pela Universidade do Rio dos Sinos (UNISINOS) e
atualmente pesquisando sobre a história de Rio Pardo. Foi admitido
também como membro-efetivo o Cel Florisbal Del’Olmo, destacado
pesquisador sobre a Guerra do Paraguai. O Cel Del’Olmo é residente em
São Borja e não pode comparecer. Espera-se da incorporação destes quatro
novos membros possibilitará à AHIMTB/IHTRGS novas pesquisas e a
ampliação de pesquisas já realizadas. Os Diplomas (IHTRGS) e Termos de
Posse (AHIMTB) foram entregues pelas autoridades formadoras da mesa.
Houve cobertura fotográfica. A sessão foi encerrada pelo Gen Muxfeldt,
Presidente de Honra do evento e seguiu-se então à sessão de autógrafos
pelos coronéis Bento e Caminha. Este relatório e fotos integrarão volume
encadernado referente às comemorações dos 20 anos do IHTRGS e 10 anos da
AHIMTB, no CMPA, em 27 abr 2006.
28 de abril de 2006 – em Rio Pardo
Relatório de lançamento do livro Escolas Militares de Rio Pardo, em Rio
Pardo, em 28 abr 06, em comemoração aos 10 anos da AHIMTB e 20 do IHTRGS,
pela Delegacia Gen Rinaldo Pereira da Câmara.
A partir das 10:30 h, do dia 28 de abril de 2006, foi realizado no
auditório do Centro Regional de Cultura de Rio Pardo, antigo prédio de
quatro escolas militares de Rio Pardo de 1885-1911, o lançamento do
livro citado no título deste relatório. Ao todo, estiveram presentes ao
evento, mais ou menos, 70 pessoas da comunidade rio-pardense, incluindo
as autoridades. A mesa foi formada pelo Cel Cláudio Moreira Bento,
Presidente da AHIMTB e do IHTRGS, autor do livro, pelo Cel Luiz Ernani
Caminha Giorgis, Delegado da Delegacia Gen Rinaldo Pereira Câmara e
co-autor, pela professora Adir Fanfa Onofrio, Presidente da União dos
Ex-Alunos e Amigos do Auxiliadora (UNEAMA), entidade idealizadora da
recuperação do prédio e da encomenda do citado livro; pelo
Tenente-Coronel Matena, Comandante do Batalhão de Polícia Militar de Rio
Pardo, pela Secretária de Cultura de Rio Pardo, pela Secretária de
Cultura de Santa Cruz do Sul e pelo Secretário de Turismo de Rio Pardo.
Esteve presente ao evento uma comissão pertencente à Liga da Defesa
Nacional, Regional de Porto Alegre. Houve cobertura fotográfica. Abrindo
o evento, foi cantado o Hino Nacional Brasileiro. Em seguida, o Cel
Bento usou a palavra, destacando a importância da obra para o resgate da
história das escolas e do município de Rio Pardo. Destacou o trabalho e
a atuação de diversos personagens históricos presentes no livro, tais
como Getúlio Vargas, Eurico Dutra, Mascarenhas de Morais, Plácido de
Castro, Bertoldo Klinger, João Cezimbra Jaques e outros.
Foi realizada a leitura, pelo Cel Caminha, da apresentação do livro pelo
Cel Bento. Foi entregue à Presidente da UNEAMA, D.ª Adir Fanfa Onofrio (Dila)
a medalha e o diploma do Mérito Histórico Farroupilha, conferido a
UNEAMA. Em agradecimento, D.ª Adir usou da palavra agradecendo o
trabalho da AHIMTB e IHTRGS e presenteou cada um dos autores com o
quadro com a imagem do prédio restaurado. Ao final da sessão solene no
auditório foram cantados o Hino do Rio Grande do Sul e o de Rio Pardo.
Após isso, encerrada a sessão, passou-se ao coquetel, simultaneamente
com os autógrafos assinados pelos coronéis Bento e Caminha. Os livros
foram distribuídos, prioritariamente, para autoridades, bibliotecas,
escolas e entidades culturais. Os exemplares que permaneceram serão
comercializados, para que a arrecadação cubra, pelo menos parcialmente,
as despesas de viagem, principalmente, e outras despesas.
O Cel Bento usando a palavra mencionou que para a realização do sonho da
UNEAMA colaboaram para que fosse concedido financiamento pela Refinaria
Alberto Pasqualini os coronéis Siqueira, assessor parlamentar do CMS e
os coronéis Caminha e Araújo do CMPA. O Coronel Bento mencionou que a
Refinaria Alberto Pasqualini da Petrobrás, criada pelo antigo cadete
daquela Escola, Getúlio Vargas fizera justiça. O Cel Bento explicou o
incidente disciplinar que resultou em punição de metade dos alunos da
Escola, e na exclusão e retorno à tropa do cadete Getúlio Vargas e mais
19 companheiros, tudo por culpa da inabilidade de um oficial que não foi
punido e só advertido “por proferir palavras inadequadas em situação
melindrosa.“ Oficiais que atingiram altos postos mais tarde e que
testemunharam o incidente condenaram o oficial que provocou a situação e
prejudicou o futuro de tantos jovens. Daí hoje no Exército os critérios
para a boa seleção de oficiais instrutores.
8 de maio de 2006 – em Volta Redonda
Em 8 de maio de 2005, a AHIMTB realizou no auditório do Memorial de
Ex-Combatentes da FEB, em Volta Redonda, inauguração de sua Delegacia
General Edmundo de Macedo Soares e Silva, o construtor da CSN e daquela
cidade.
A Delegacia passou a ter como seu Delegado de Honra o Cel Nelcy Pereira
Guimarães e como seu Delegado o Cel José Mauro Consentino, cujos
currículos foram lidos para os presentes e a seguir diplomados. Falou
sobre o patrono da Delegacia, General Edmundo Macedo Soares e Silva, o
Cel José Mauro Consentino. O mestre de cerimônias procedeu a leitura das
palavras finais do Presidente da AHIMTB divulgadas no sites já citados.
A seguir usou a palavra o Prefeito de Volta Redonda Dr. Gothardo Lopes
Neto que cedeu o uso oficial do Memorial dos Ex-Combatentes para sede da
Delegacia General Edmundo, para que esta continue a cultuar em Volta
Redonda, a saga dos pracinhas brasileiros na Itália.
Na seqüência, a AHIMTB participou em frente do Memorial de bela
cerimônia comemorativa da vitória. As orações proferidas e cobertura
fotográfica integram volume dedicado às comemorações dos 10 anos da
AHIMTB.
20 de junho de 2006 – no CMB – Brasília
Sobre a presidência do acadêmico emérito Gen Div Arnaldo Serafim, 2º
Vice-Presidente da AHIMTB e seu Delegado em Brasília da Delegacia
Marechal José Pessoa, e a Presidência de Honra do acadêmico Gen Ex Paulo
César de Castro, teve lugar no Colégio Militar de Brasília sessão solene
comemorativa do 10º aniversário da AHIMTB e 7º da criação da citada
Delegacia. Foi empossado acadêmico, na cadeira Gen Div Vet Waldemiro
Pimentel, o novo acadêmico Cel Nylton Reis Boiteux, que sucedeu na mesma
os falecidos acadêmicos Cel Ruy Duarte e o acadêmico emérito Cel Jardro
de Alcântara Avellar. Foram empossados 6 novos sócios efetivos da
Delegacia. O novo acadêmico Cel Boiteux foi recebido em nome da AHIMTB
pelo acadêmico emérito General Arnaldo Serafim, o qual nesta ocasião
recebeu sua Medalha do Mérito Histórico Militar Terrestre da AHIMTB no
grau de Comendador, que lhe foi entregue, em nome da AHIMTB, pelo
acadêmico General Castro, representando o Presidente Coronel Cláudio
Moreira Bento, em viagem a Porto Alegre para lá presidir cerimônia de
posse de acadêmico e sócios efetivos da Delegacia Gen Rinaldo Pereira da
Câmara.
Ao meio dia foi oferecido pelo Colégio Militar de Brasília um almoço aos
integrantes da Delegacia Marechal José Pessoa com a participação de
professores e alunos do CMB.
Foi anunciado que, em 13 junho 2006, o acadêmico emérito General Arnaldo
Serafim Delegado do AHIMTB em Brasília e representando seu Presidente,
em conjunto com o acadêmico Cel Affonso Heleodoro dos Santos, presidente
do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal, apresentaram a
Deputada Distrital Eliana Pedrosa proposta para a criação do Parque
Marechal José Pessoa, em área urbana livre, no Setor Habitacional
Nordeste. Homenagem em reconhecimento à proposta do Marechal José
Pessoa, como Presidente da Comissão de Planejamento e Localização da
Nova Capital em 1955, que havia escolhido o exato local da localização
de Brasília; por ser o autor do relatório Nova Metrópole do Brasil
entregue a Presidência da República; e por haver solicitado decreto do
governador de Goiás, José Ludovico, declarando necessidade pública e de
interesse social toda a área onde hoje se ergue Brasília.
A AHIMTB ao criar a Delegacia Marechal José Pessoa em Brasília objetivou
que fosse feita justiça à histórica e estratégica participação do
Marechal José Pessoa no planejamento e escolha do local de Brasília,
tornado realidade pelo Presidente Juscelino Kubistcheck, patrono de
cadeira da AHIMTB como Cel Méd PMMG, de destacada atuação como médico
militar no combate a Revolução de 32, na Frente Mineira. Cadeira
inaugurada pelo Cel PMMG Hon Heleodoro, presidente do IHGDF, que cultua
a memória do Presidente Juscelino em relação à construção de Brasília.
21 de junho de 2006
Relatório da cerimônia da AHIMTB/IHTRGS no CMPA Porto Alegre
Pela Delegacia Gen Rinaldo Pereira da Câmara/RS
1) DATA/HORA/LOCAL: 21 de junho de 2006, às 19:00 h, no Salão Brasil do
Colégio Militar de Porto Alegre.
2) FINALIDADE: dentro das atividades comemorativas dos 10 anos da AHIMTB,
e dos 20 anos do IHTRGS, empossar como acadêmico o Coronel JUVÊNCIO
SALDANHA LEMOS, e como membros efetivos as seguintes pessoas, todas elas
ligadas à história do Rio Grande do Sul e do Brasil:
- Coronel RUY COLLARES MACHADO; Coronel ERNANI MEDAGLIA MUNIZ TAVARES;
Coronel EDMIR MÁRMORA JÚNIOR; Dr. JORGE BABOT MIRANDA; Dr. AÉCIO CÉSAR
BELTRÃO; e, ainda, lançar o livreto de autoria do membro efetivo da
AHIMTB/IHTRGS, Dr. CÉSAR PIRES MACHADO, “CANABARRO EM PORONGOS -
DIVERSAS ABORDAGENS”.
3) Autoridades presentes:
- CEL CLÁUDIO MOREIRA BENTO, Presidente da AHIMTB/IHTRGS, que presidiu e
dirigiu a cerimônia; General de Exército Reformado RUY DE PAULA COUTO,
que foi convidado a ser o presidente de Honra da sessão, uma tradição da
AHIMTB, de destacar a mais alta autoridade presente, em tributo a
Disciplina e a Hierarquia, vigas mestras do ordenamento jurídico
brasileiro.
- Outros oficias generais: Gen Ex VIRGILIO RIBEIRO MUXFELDT, Gen Div
EGEO CORRÊA DE OLIVEIRA FREITAS, Gen Div CARLOS PATRÍCIO FREITAS
PEREIRA, Gen Bda ARLÊNIO SOUZA DA COSTA, Gen Bda JOSÉ DE MATTOS
MARSILLAC MOTTA e o Brig do Ar PAULO ROBERTO DE CARVALHO FERRO; Coronel
de Cavalaria QEMA THIOVANNE PIAGGIO CARDOSO, Comandante do CMPA e
colaborador emérito da AHIMTB; Coronel Eng QEMA CARLOS JOSÉ SAMPAIO
MALAN, Chefe do Estado-Maior da 3ª Região Militar; Dr. SANDRO DORIVAL
MARQUES PIRES, Presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande
do Sul; Acadêmico Dr. EDUARDO CUNHA MÜLLER, Presidente da Liga da Defesa
Nacional, Seccional do Rio Grande do Sul.
4) DESENVOLVIMENTO: A mesa Diretora foi formada por nove autoridades
presentes ao evento. Formada a mesa foi cantado o Hino Nacional
Brasileiro, com música da Fanfarra do CMS, adida ao 3º RCG - Regimento
Osório. Em seguida, o Coronel CAMINHA, 3º vice-presidente da AHIMTB e
seu Delegado da Delegacia Gen Rinaldo Pereira da Câmara do RS foi
solicitado pelo presidente a ler oração da AHIMTB com a qual ele inicia
as suas sessões. Após, foi realizada uma homenagem da 3ª Região Militar
ao Cel BENTO, por motivo de seu afastamento da mesma, após dez anos como
PRESTADOR DE TAREFA POR TEMPO CERTO (PTTC). Esta homenagem foi conduzida
pelo Cel MALAN, como representante do Comandante da 3ª Região Militar,
Gen Div MARCO ANTÔNIO LONGO. Foi lido elogio ao Cel Bento onde se
destaca este trecho:
“O Cel Bento exerceu com raro brilhantismo e acendrada dedicação a
atividade de Prestador de Tarefa da 3ª Região Militar, Região Dom Diogo
de Souza. Nestes 8 anos (em realidade dez anos) o insigne historiador
deixa um legado invejável de obras literárias, dentro do seu Projeto
História do Exército no RS, a saber: História da 3ª RM - 03 Volumes;
História do Comando Militar do Sul; História da 8ª Brigada de Infantaria
Motorizada; História da 6ª DE; História da 3ª Brigada de Cavalaria
Mecanizada; História da AD/6; História da 6ª Brigada de Infantaria
Blindada; O Conde de Porto Alegre; Escolas Militares de Rio Pardo; em
andamento a História da 2ª Brigada de Cavalaria Mecanizada e História do
Casarão da Várzea.”
Depois, conduzindo a cerimônia, o Cel BENTO usou da palavra agradecendo
a homenagem, declarando considerar que a sua honrosa missão foi muito
bem cumprida esperando que outros completem aquele estratégico e
original projeto. Agradeceu a presença das autoridades e convidados. Em
seguida solicitou ao acadêmico Gen FREITAS que ocupasse o microfone para
receber em nome da AHIMTB o novo acadêmico. Feita a recepção, ocupou o
microfone o novo acadêmico, Cel LEMOS, que elogiou o Patrono da sua
cadeira, o historiador e pensador militar Cel J. B. MAGALHÃES e seus
antecessores, o acadêmico emérito Cel Art QEMA Ref Amerino Raposo Filho
e o falecido acadêmico Gen Bda Hans Gerd Haltemburg. Em seguida, o Cel
BENTO, com a ajuda da esposa do Cel Lemos, colocou no mesmo a medalha
insígnia da AHIMTB, e ao Gen Muxfeldt, colega de turma do Cel Lemos,
solicitou que, representando a AHIMTB, entregasse o diploma de
acadêmico. No prosseguimento, o Cel CAMINHA ocupou o microfone para
chamar à frente os cinco novos membros-efetivos, lendo breve currículo
de cada um deles. O Cel BENTO solicitou a cinco autoridades da mesa que
entregassem aos novos membros os Termos de Posse e os Diplomas
respectivos, bem como distintivo de lapela e carteira de sócio da AHIMTB.
Após isso, a platéia dirigiu aos empossados uma salva de palmas. A
seguir foram lidas as Palavras Finais do Presidente da HIMTB pelo Cel
Araújo em que o Cel BENTO discorreu sobre a AHIMTB e seus dez anos de
existência. Abordou todas as obras já realizadas, as que estão em
andamento e as que estavam ainda previstas. Depois, o Cel ARAÚJO leu as
Palavras Finais do Cel BENTO. Encerrando a cerimônia o Cel BENTO
solicitou ao Gen PAULA COUTO Presidente de Honra da Sessão que usasse a
palavra e declarasse encerrada a mesma. O Gen PAULA COUTO destacou o
valor da História e recordou passagens da época em que foi aluno da
Escola Preparatória de Porto Alegre. Após a dissolução da mesa foi
tirada uma fotografia histórica dos acadêmicos e membros-efetivos
presentes, com algumas autoridades, com o Presidente, Cel BENTO, ao
centro, acompanhado do Comandante do CMPA. Em seguida, passou-se ao
coquetel e lançamento do opúsculo “CANABARRO EM PORONGOS”, obra que
responde as manipulações ideológicas da nossa História Militar sobre
fatos que transitaram em julgado na voz dos historiadores nos quais o
autor buscou apoio.
A cerimônia ocorreu em ambiente de sadia camaradagem e amizade. O novo
acadêmico e os novos membros-efetivos demonstraram muita satisfação em
fazer parte das duas instituições, AHIMTB e IHTRGS, bem como seus
familiares. De acordo com o Cel BENTO, a AHIMTB/IHTRGS esperam que seus
membros continuem produzindo trabalhos relevantes e que as apóiem em
todos os sentidos, para que as mesmas não corram o risco de serem
extintas e possam continuar fazendo o trabalho importantíssimo que ora
fazem, qual seja, o de resgatar e divulgar a história das unidades e
Grandes-Unidades do Exército Brasileiro e a de seus comandantes, sob o
ponto de vista de suas experiências profissionais, ações e lições de
comando. Resgate original que só encontra paralelo na obra Generais do
Exército Brasileiro no Brasil Colônia, Reino Unido, Colônia e Império, e
não continuado na República .
PALAVRAS FINAIS DO PRESIDENTE DA AHIMTB CEL CLÁUDIO
MOREIRA BENTO,
NO ENCERRAMENTO DA SESSÃO COMEMORATIVA DO 10o ANIVERSÁRIO DA MESMA,
NO COLÉGIO MILITAR DE PORTO ALEGRE, EM 21 DE JUNHO DE 2006
Hoje, depois de 10 anos de fundada, a Academia de História Militar
Terrestre do Brasil (AHIMTB) comemora o seu 10º aniversário de criação,
pela segunda vez neste centenário Casarão da Várzea, hoje sede do
Colégio Militar de Porto Alegre. Casarão da Várzea que foi caserna da
esquecida Escola de Guerra de Porto Alegre 1907/1911, onde teve lugar a
providencial revolução cultural no Exército, da inflexão, na prática, do
bacharelismo que vigorou no Exército de 1874/1905, para o
profissionalismo militar que desde então vigora. Casarão da Várzea que
formou as lideranças militares que dinamizaram a Reforma Militar
1898/1945, iniciada pelo ministro Marechal João Nepomuceno Medeiros
Mallet, com a criação do Estado-Maior do Exército e Fábrica de Pólvora
sem fumaça de Piquete, etc. Reforma que arrancou o Exército dos
ultrapassados padrões operacionais revelados na Guerra Civil aqui em
nossa Região Sul 1893/95, e na Guerra de Canudos em 1897, para os
atualizados padrões revelados na Itália por nossa Força Expedicionário
Brasileira, ao combater e fazer muito boa figura, como aliada ou contra
frações, dos melhores exércitos do mundo presentes na Europa, na 2ª
Guerra Mundial.
Queira Deus que nossa Academia de História Militar Terrestre possa
perdurar na sua ação e seja entendida, consagrada, reconhecida e
estimulada a sua luta em prol do estratégico Objetivo Atual n.º 1 do
Exército, de pesquisar, preservar, cultuar e divulgar a História, as
Tradições e os Valores morais, culturais e históricos de nosso Exército.
Tarefa que nós todos, integrantes da AHIMTB, devemos nos orgulhar pelo
precioso acervo que ela acumulou em seus 10 anos de atividades relatadas
em seu informativo O Guararapes 48, disponível em Informativo no site da
AHIMTB www.resenet.com.b/users/ahimtb, bem como todos os seus onde para
breve estará disponível seu índice virtual para consulta via Internet e,
mais, todo o índice virtual do conteúdo de seus 36 volumes de posses de
acadêmicos e outros eventos marcantes.
Hoje, nesta sessão memorável, e espero que histórica, a Academia de
História Militar Terrestre do Brasil empossou como seu acadêmico o
historiador Coronel Juvêncio Saldanha Lemos, na cadeira que tem como
patrono o notável historiador e pensador militar Cel João Batista
Magalhães ou “J. B. Magalhães”. O Coronel Juvêncio sucedeu na cadeira 18
o acadêmico emérito e notável pensador militar Cel Amerino Raposo Filho,
e o historiador e artista plástico, falecido, acadêmico General Hans
Gerd Haltemburg, ex-Comandante assinalado da 3ª Brigada de Cavalaria
Mecanizada e saudoso xerife de minha turma de ECEME 1967/69, autor de
magnífico e inédito trabalho sobre a História da Cavalaria em exposição
no Salão de Honra do Regimento de Dragões, em Brasília.
O Cel Juvêncio é autor de precioso e original trabalho, daqueles que
esgotam um assunto, Os Mercenários do Imperador de grande valor para a
História da Colônia Alemã do nosso Rio Grande, com a qual conviveu, como
comandante do Batalhão de Infantaria de Santa Cruz do Sul. Aqui não
poderíamos deixar de mencionar nossa alegria pessoal especial, em
presidir esta posse, em razão do Cel Juvêncio ser neto de um ilustre
conterrâneo nosso o Coronel da Brigada Militar Juvêncio Maximiano Lemos,
que de Canguçu saiu jovem para integrar, em Bagé, forças do Exército e
da Brigada Militar e lá foi gravemente ferido com um tiro de fuzil
federalista, que atravessou seu pulmão, quando bravamente, como
comandante de uma companhia, liderava o assalto a uma trincheira
federalista das que submeteram Bagé a sofrido sítio de 42, que evocamos
na História da 3a Região Militar v. 2. Circunstância que valeu haver o
Governo Federal lhe concedido as honras do posto de Tenente do Exército
Brasileiro. E deste ponto iniciou a sua bela carreira de soldado e
cidadão. Foi intendente de Bagé, nomeado e eleito, e criou pelo menos 3
unidades da Brigada Militar. Ele ao lado de seu adversário na Região
Sul, em 1923, e também filho de Canguçu, o General Zeca Netto são
patronos de cadeiras, da Academia Canguçuense de História, que fundamos
e presidimos deste 1988. Biografamos o ilustre avô do acadêmico Coronel
Juvêncio em 1983 como filho ilustre de nossa terra em nosso livro
Canguçu reencontro com a História – Um exemplo de reconstituição
comunitária, e temos a certeza que este avô ilustre e bravo muito
influiu no caráter do nosso acadêmico Cel Juvêncio Saldanha Lemos.
O novo acadêmico foi recebido em nome da nossa Academia, pelo acadêmico
e historiador General-de-Divisão Carlos Patrício Freitas Pereira,
ocupante da cadeira Gen Antônio de Souza Junior, que foi o historiador
que acompanhou a nossa FEB na Itália e orientador, em 1972, da obra
História do Exército Brasileiro, editada pelo EME, na qual, como
historiador convidado pelo EME, coube-me abordar as guerras holandesas
1624/1654. O General Freitas foi vibrante, exemplar e empreendedor
oficial de Engenharia que conhecemos e com ele privamos em Cachoeira do
Sul, como comandantes de companhia do 3º Batalhão de Engenharia de
Combate. E a ele, de certa forma, devemos, como comandante Logístico da
1ª Região Militar, a edição parcial, para conhecimento de seus
comandados, de nosso trabalho História do Palácio Duque de Caxias, que
aproveitamos em nosso álbum, patrocinado pela FHE-POUPEX Quartéis
Generais das Forças Armadas do Brasil. Mais tarde, como diretor de
Assuntos Culturais, ajudou com sua providencial interferência a tornar
realidade pela BIBLIEx nosso livro A Guerra de Restauração do Rio Grande
do Sul 1774/76, fruto de longa e original pesquisa nossa. Privamos na
AMAN como seus instrutores. Como comandante que foi da Escola Superior
de Guerra (ESG) lhe devo o convite para assistir no BNDS no Rio, ao
Simpósio sobre a Amazônia promovido pela ESG. Simpósio que ajudou a
despertar a minha consciência sobre a Importância da Amazônia
Brasileira, levando-nos a escrever com o apoio da FHE-POUPEx a obra
Amazônia Brasileira. Conquista. Consolidação. Manutenção – História
Militar Terrestre da Amazônia 1614–2004, a pedido da Escola de
Estado-Maior, no comando do nosso acadêmico Gen Ex Paulo César de
Castro. A obra é prefaciada pelo hoje acadêmico da AHIMTB, Gen Ex Luiz
Gonzaga Shoroeder Lessa, ao qual o Brasil está a dever a notável e
oportuníssima conscientização por ele promovida, ao deixar o Comando
Militar da Amazônia, da importância da Amazônia Brasileira e da
relevância da mesma para o futuro nacional e como alvo de constantes
pressões internacionais para desnacionalizá-la e dominar suas enormes
riquezas representadas por sua água doce, riquíssima biodiversidade e
riquezas minerais, como o nióbio, essencial para formar a liga de aço,
para a fabricação de foguetes. Pregação esta apostolar que conseguiu
muito sucesso, mas sem conseguir alterar a alienação da Sociedade Civil
Brasileira e, creio, da mídia brasileira em relação a Amazônia.
Confirmar é obra de simples verificação e raciocínio, salvo melhor
juízo!
Por oportuno recordo que Marechal Castelo Branco, patrono de cadeira do
General Lessa sonhava como Caxias, Floriano Peixoto e poucos outros,
como o Cel J. B. Magalhães, patrono da cadeira do Cel Juvêncio, com uma
doutrina militar terrestre brasileira genuína, ou uma doutrina militar
tupiniquim, na expressão do Marechal Castelo Branco. Sonho já
conquistado a duras penas pelas grandes nações, potências e grandes
potências mundiais, conforme aprendemos e ensinamos como instrutor de
História Militar na AMAN, aos estudarmos a História Militar das grandes
potências.
No período inicial da Missão Militar Francesa, no Brasil, em 1920,
conta-se que um oficial aluno brasileiro solicitou a um instrutor
francês que lhe ensinasse Estratégia e Tática brasileiras, ao que ele
respondeu que esta resposta encontrava-se embutida no nosso patrimônio
cultural militar terrestre acumulado em quase 5 séculos de lutas
internas e externas, predominantemente vitoriosas. E este tem sido um
dos sonhos e objetivos da nossa Academia, através de seu esforço no
desenvolvimento da História Operacional Terrestre Critica como foi
demonstrado no já citado Guararapes 48 disponível em nosso site.
A Academia dentre os seus objetivos destaca a sua preocupação em
levantar experiências doutrinárias militares brasileiras genuínas, para
subsidiar a hipótese do desenvolvimento de uma doutrina de Guerra de
Resistência na Amazônia, a estratégia do fraco contra o forte, como a
definiu o Cel Golbery do Couto e Silva, em sua obra Planejamento
Estratégico em 1955.
Guerra de resistência ou de guerrilhas, baseadas em doutrinas militares
brasileiras genuínas, como Guerra Brasílica, que conseguiu expulsar os
holandeses do Nordeste do Brasil em 1654, a Guerra Gaúcha, que conseguiu
expulsar e manter fora do Rio Grande do Sul os espanhóis em 1776, sem
esquecer a Guerra Amazônica, liderada pelo General de Estado Pedro
Teixeira e não capitão como a História consagrou o seu nome e que
conseguiu expulsar da nossa Amazônia os holandeses e ingleses que ali
haviam se fixado. E ali, mais as guerras de resistência no Amapá e no
Acre, lideradas pelo general Cabralzinho e Plácido de Castro,
enfrentando forças regulares estrangeiras. Guerras de resistência que
ajudaram a definir o destino brasileiro do Amapá e do Acre.
E mais experiências de guerra de Resistência teve o Brasil, como a
secular Guerra do Mato, desenvolvida por ambos os contendores na Guerra
dos Palmares. Modalidade que o guerrilheiro José Bonifácio, contra as
forças de Napoleão em Portugal, planejava desenvolver no Brasil, caso
ele fosse invadido. Enfim, doutrinas militares terrestres genuínas que
solucionaram graves problemas do Brasil, sem o concurso das doutrinas
militares que nos têm influenciado: a espanhola, a inglesa, a alemã, a
francesa e, a norte-americana desde 1939, como verdades absolutas
ignorando-se o princípio de que ”uma doutrina militar possui somente
duas constantes: o homem e sua constante mudança.”
A História Militar Terrestre do Brasil que nossa Academia concentra é no
seu ramo História Crítica Militar Terrestre do Brasil, aquela de cuja
análise, à luz dos fundamentos da Arte e Ciência Militar, o soldado
desenvolve a sua cultura profissional e o pensador militar dela retira
subsídios doutrinários. E não prioriza a História Descritiva Militar
Terrestre do Brasil, que é escrita e divulgada sem a preocupação com a
aprendizagem da Arte e da Ciência Militar e a coleta de subsídios que
possam contribuir para o desenvolvimento de uma doutrina militar
terrestre brasileira. Infelizmente este ramo História Descritiva tem
predominado entre nós. A História Militar Terrestre Critica constitui-se
em importante componente da Cultura Geral do oficial por melhor
habilitá-lo, para dela tirar subsídios para a sua formação profissional
e para a nacionalização progressiva da doutrina militar brasileira. E
aqui recordo lições que nos deixaram sobre a necessidade de equilibrar a
cultura profissional com a cultura geral os marechais Eurico Dutra e
Marechal Mascarenhas de Morais. Este historiador e chefe militar
assinalado e patrono de cadeira em nossa Academia.
E a seguir transcrevemos este trecho de nosso livro Os 60 anos da AMAN
em Resende:
O sentido do ensino na AMAN, segundo o Marechal Dutra.
O Marechal Dutra foi aluno da Escola Militar da Praia Vermelha na
ocasião de seu fechamento, seguido de extinção, em conseqüência da
malfadada Revolta do Bacharelismo Militar que passou a História como
revolta da Vacina Obrigatória de 1904. Após passar um ano fora do
Exército, concluiu o seu curso na Escola de Guerra de Porto Alegre, sob
a égide do Regulamento de 1905. Tendo aprendido duramente a lição da
História, emitiu a seguinte diretriz, como Ministro da Guerra, de como
deveria ser conduzido o ensino na AMAN, a obra mais marcante e
consagradora de sua gestão na pasta da Guerra.
“O ensino militar entre nós, tem variado em dois extremos: ou excesso de
matérias teóricas ou de cultura científica, ou a reação brusca no
sentido de instrução ou preparação meramente profissional, com caráter
prático. É oportuno alertar sobre a inconveniência ou perigo de
socorrer-se a qualquer dessas soluções extremas. A sabedoria aconselha e
mostra que a virtude está no meio. Não se esqueçam os que têm a missão
de formar os futuros oficiais que é sob o imperativo do ensino
profissional e da cultura geral que se deve orientar aquela formação.
Estamos num século eminentemente técnico. Só se tornam poderosas as
instituições e nações que têm solicitado à inteligência e às ciências os
conselhos e os recursos a serem seguidos, no sentido de melhor se
armarem e se tornarem fortes. Mas tudo isto será incompleto e de
resultado duvidoso se o comando, professores e instrutores não cogitam
também de formar espíritos e personalidades”.
Generais Dutra e Mascarenhas de Morais dinamizam a Cultura Geral e
Profissional
O Ministro Dutra dinamizou o surto do pensamento militar brasileiro ao
criar a BIBLIEx, editora destinada a publicar obra de preferência de
oficias brasileiros, graças a colaboração de ilustres hoje patronos de
cadeira em nossa AHIMTB e filhos do Rio Grande do Sul, generais Valentim
Benício, que comandou a 3ª Região Militar, Emílio Fernandes de Souza
Docca e Francisco Paula Cidade. Biblioteca inspirada na Biblioteca del
Oficial do Exército da Argentina e mais o EGGCF. E ambos destinados a
promover, com maior intensidade, a produção, o debate e a circulação das
culturas profissional, geral e especializada no seio dos quadros do
Exército.
O então Coronel Mascarenhas de Morais, que oito anos após seria o
comandante de nossa gloriosa FEB, na qualidade de comandante da Escola
Militar do Realengo, baixou ato pelo BI n.º 31 de 06 Fev 1936,
reconhecendo a existência oficial, além da Biblioteca Escolar, das
existentes nos cursos de Infantaria, Cavalaria, Artilharia, Engenharia,
Aviação e Sociedade Acadêmica Militar. Também autorizou a criação de
bibliotecas especializadas nas seções de Equitação e Educação Física.
Visava estimular, por facilitar meios próprios de consulta, o
aprimoramento da cultura profissional, geral e especializada dos futuros
oficiais do Exército, muitos deles, mais tarde, seus comandados na FEB.
Marechal Mascarenhas de Morais que foi historiador militar e é Patrono
de cadeira em nossa AHIMTB.
Estas têm sido minhas orientações, e entendo, salvo melhor juízo, que o
Objetivo Atual n.º 1 do Exército, já definido, deve ser considerado uma
ordem geral a ser obedecida por quem atribua valor à Cultura Geral.
Considero-a estratégica repito e anti-gramscista, o que temos praticado
com intensidade, enfrentando e denunciando manipulações de nossa
História do Exército, bem como do seu Patrono, o Duque de Caxias, do
qual me considero, salvo melhor juízo, o maior conhecedor vivo de sua
vida e obra em Caxias e a Unidade Nacional. Ação para tentar enfrentar
como exemplo aqui no Rio Grande manipulações da Revolução Farroupilha
como sendo Caxias e Canabarro responsáveis pelo Massacre de Porongos, ou
a consagração de Sepé Tiaraju como herói do Rio Grande do Sul, e mais o
Memorial do Rio Grande do Sul, com as interpretações mais absurdas sem o
apoio em fontes históricas confiáveis, dando razão ao maior historiador
ocidental Arnold Toimbbe. “Que a História não muda, quem a muda são os
historiadores.” E é o que se observa no nosso Rio Grande do Sul onde
foi-nos negado pela mídia, o direito de resposta ou do contraditório, o
que caracteriza a existência da liberdade de imprensa, como uma rua de
duas mãos. A nossa guerreira AHIMTB tem trabalhado com as missões
deduzidas das seguintes orientações:
1 - O Objetivo Atual n.º 1 do Exército, definido no tempo do Exmo. Sr.
Ministro do Exército Gen Ex Zenildo de Lucena e reafirmado por seus
sucessores:
“Pesquisar, preservar, cultuar e divulgar a História, as Tradições e os
Valores, morais, culturais e históricos do Exército”.
No mínimo, creio, seja hoje a nossa AHIMTB um valor cultural e histórico
do Exército que merece consideração e tratamento ético e livre de ”fogo
amigo” ou do “inimigo azul”.
2 - A base na idéia que figura em nossos diplomas, do Marechal
Ferdinando Foch, o vencedor da 1ª Guerra Mundial, e que saiu da função
de professor de História Militar da ESG da França para comandar a
vitória aliada na 1ª Guerra Mundial:
“Para alimentar o cérebro (comando) de um Exército na Paz, para melhor
prepará-lo para a eventualidade indesejável de uma guerra, não existe
livro mais fecundo em lições e meditações do que o da História Militar”.
3 - Orientação já abordada do Ministro General Eurico Dutra, de
equilíbrio entre a Instrução ou Cultura Profissional com a Cultura Geral
na qual a História Militar Terrestre Crítica assume especial relevo.
E História Militar Terrestre Crítica é a que temos desenvolvido, desde a
época de instrutor de História Militar na AMAN em 1978/80, onde até hoje
são estudados os livros que elaboramos: História da Doutrina Militar,
História Militar do Brasil e, ainda, do qual sou autor, o livro Como
estudar e pesquisar a História do Exército Brasileiro, editado e
reeditado pelo EME em 1978 e 2001.
E disto a nossa Academia que tem como seu patrono o Duque de Caxias,
possui imenso orgulho e satisfação do dever muito bem cumprido,
lembrando que fomos bem mais longe que o Instituto Histórico Duque de
Caxias que foi fundado, e jamais se reuniu. E a continuação da nossa
ACADEMIA depende de um apoio mais efetivo e oficial de parte das
autoridades brasileiras que possuem o dever de Estado pelo
desenvolvimento desta relevante tarefa sobre a qual a Academia
apresentou uma riquíssima experiência a ser analisada no seu citado O
Guararapes 48.
Agradecemos a presença dos que prestigiaram mais esta cerimônia do 10º
aniversário da AHIMTB e também dos 20 anos do IHTRGS que muito tem
trabalhado com História Militar no Rio Grande do Sul , solicitando, se
possível, que leiam com atenção o conteúdo do O Guararapes 48,
comemorativo desta efeméride, que ao final apresenta idéias para um
possível Decreto de sua oficialização e subsídio governamental, tarefa
solicitada o seu estudo de viabilidade a seu patrono de cadeira em vida,
o Coronel Jarbas Gonçalves Passarinho com grande experiência no
exercício de expressivas funções executivas e legislativas. E desta
idéia se bem sucedida depende o futuro de nossa Academia de História
Militar Terrestre Brasileira que comprovou o que de útil e relevante
realizou de desenvolvimento da História Militar Terrestre Crítica de
nossas forças terrestres, o que já entendeu a diretoria eleita do Clube
Militar disposta a apoiar.
Para finalizar vale comparar os esforços paralelos do Clube Militar e da
Academia de História Militar Terrestre do Brasil. O Clube representa a
resposta política da Família Militar a questões que a atingem. E a
Academia representa respostas históricas a manipulações e deformações
políticas de nossa História, tão comuns e dominantes nos dias atuais e
que ela procura responder em seus Informativos e sites pela Internet, já
que a mídia nacional expressivamente não lhe concede o direito de
resposta ou do contraditório, um pressuposto da liberdade de imprensa.
Enfim eles respondem e debatem sobre temas relevantes que afetam a
imagem das Forças Terrestres, as quais seus membros do serviço ativo não
podem vir a público para responder. E o Informativo O Guararapes 48 deu
exemplos desta luta, como a presença da Academia na Câmara Federal, em
Simpósio sobre Canudos onde defendeu a participação do Exército, de 13
policiais militares sob o argumento de que eles não iam a lugar nenhum
se não fossem a isto ordenados pelo poder civil. E foi o que então
aconteceu!
Obrigado pela atenção e um convite para que participem e prestigiem a
Academia de História Militar Terrestre do Brasil e um apelo a seus
integrantes por mais solidariedade moral e financeira possível, e mais
participação em suas atividades e na conquista de seus objetivos, para
que esta luta e a vitória não fiquem nas mãos de muito poucos. Obrigado.
AGRACIADOS COM A MEDALHA
MÉRITO HISTÓRICO MILITAR TERRESTRE DA AHIMTB -
ANO 2006
Em comemoração ao 203º aniversário de Duque de Caxias
– Patrono da AHIMTB, ela promove ou agracia as seguintes personalidades
seus associados e dos cadetes da AMAN, com sua medalha do Mérito
Histórico Militar Terrestre do Brasil, criada no Bicentenário de Duque
de Caxias em 2003. Foram agraciados em 2004 e 2005 os relacionados no
Guararapes n.º 43.
No Grau de Comendador:
Gen Ex Gilberto Barbosa Figueiredo
Gen Ex Luiz Gonzaga Shoroeder Lessa
Gen Ex Paulo César de Castro
CMG Carlos Norberto Stumpf Bento
Cel Amerino Raposo Filho
Cel Manoel Soriano Neto
Cel Nilton Freixinho
Cel Pedro Paulo Cantalice Estigarribia
Cel Walter Albano Fressati
Cel PMSP Edilberto Oliveira Mello
Vet FEB José Conrado de Souza
No Grau de Oficial:
Gen Alberto Martins da Silva
Cel Antônio Gonçalves Meira
Cel José de Sá Martins
Cel José Fernando Maia Pedrosa
Cel Luiz Carlos Carneiro de Paula
Cel Paulo Ayrton Araújo
Cap PMSP Hélio Tenório dos Santos
Sub Ten Ref Alvino Melquides Brugalli
Sub Ten Ref Osório Santana Figueiredo
Acadêmico Adilson César
Procurador de Justiça Carlos Eduardo Contar
Dr. Eduardo Cunha Muller
Marcelo Peixoto da Silva
Osório Santana Figueiredo
No Grau de Cavaleiro:
Gen Div José Chuquer Rodrigues
Cel João Ribeiro da Silva
Cel Luiz Alberto Roggia Pithan
CMB Flávio Azambuja Kremer
Luiz Renato Braganholo
Maria de Fátima Dias
CMB
Estudam-se outros nomes, alunos militares que se destacaram em 2005. A
entrega solene das condecorações será feita em 25 de agosto, ou em data
a ser posteriormente fixada. Solicita-se aos promovidos que devolvam a
medalha anterior e conservem o diploma.
COLABORAÇÕES FINANCEIRAS DE SÓCIOS DA AHIMTB
EM SEUS 10 ANOS DE EXISTÊNCIA
Os agradecimentos da AHIMTB, por sua valiosa
colaboração financeira voluntária, e em nome de todos os soldados
brasileiros de terra que nos últimos 500 anos alicerçaram, com suas
vidas preciosas, sangue e sacrifícios, o presente do Brasil, um país de
dimensões continentais que não é obra de um milagre, mas de um grande e
épico esforço de gerações e gerações de nossos soldados de terra que não
podem ser esquecidas suas vidas e suas obras no que elas encerram de
lições de Arte e Ciência Militar, para as Forças Terrestres Brasileiras.
A estas contribuições a AHIMTB está muito a dever a sua atuação objetiva
de que muito se orgulham os seus integrantes os quais foram abordados no
Guararapes N.º 48.
CONTRIBUIÇÕES EM ORDEM DECRESCENTE DA ESQUERDA PARA A DIREITA
Cel Cláudio Moreira Bento (R$ 11.628,00) Cel Jardro Alcântara Avellar
(R$ 6.925,00 - falecido)
Cel PMRS José Luiz Silveira (R$ 2.050,00 - falecido) Cel Arivaldo
Silveira Fontes (R$ 1.900,00)
Cel Nilton Freixinho (R$ 1.880,00) Gen Severino Sombra (R$ 1.800,00 -
falecido)
Cel Antônio Gonçalves Meira (R$ 1.685,00) Cel Manoel Andrade Neto (R$
1.557,00)
Cel Germano Seidl Vidal (R$ 1.557,00) Cel Jarbas Passarinho (R$
1.500,00)
Dr. Carlos Eduardo Contar (R$ 1.100,00) Gen Arnaldo Serafim (R$
1.000,00)
Cel Luiz Ernani Caminha Giorges (R$ 1.000,00) Cel Mário José Menezes (R$
1.000,00 - falecido)
Maj Luiz Prates Carrion (R$ 1.000,00) Dr. Flávio Camargo (R$ 1.000,00)
Alda Bernardes Faria e Silva (R$ 860,00) Gen José Chuquer Rodrigues (R$
580,00)
Cel Alceu Paiva (R$ 580,00) Cel PMRJ Vidal Silveira Barros (R$ 580,00)
Marcelo Peixoto da Silva (R$ 580,00) Gen Paulo Cezar de Castro (R$
450,00)
Cel Christóvão Ávila (R$ 400,00) Cel Darzan Neto da Silva (R$ 398,76)
Gen Raimundo M. N. Torres (R$ 400,00 - falecido) Cel Elber de Mello
Henriques (R$ 400,00 - falecido)
Cel PMSP Edilberto de Oliveira (R$ 400,00) Gen Ex. Gleuber Vieira (R$
300,00)
Cel Paulo Ayrton Araújo (R$ 300,00) Vet FEB José Conrado de Souza (R$
300,00)
Osório Santana Figueiredo (R$ 300,00) Cel Walter Albano Fressatti (R$
250,00)
Eng Ismael Blajberg (R$ 240,00) CMG Dino Willy Coza (R$ 200,00 -
falecido)
Cel Davis Ribeiro de Sena (R$ 200,00) Cel J. V. Portella Ferreira Alves
(R$ 200,00)
Cel Luis Casteliano de Lucena (R$ 200,00) Cel PMSP Afonso Heliodoro dos
Santos (R$ 200,00)
Cel BMRS Asdrúbal da Silva Ortiz (R$ 200,00) Cap PMSP Hélio Tenório dos
Santos (R$ 200,00)
Alt Esqd Arlindo Vianna Filho (R$ 100,00) Gen Carlos de Meira Matos (R$
100,00)
Gen Jonas Morais Correia Neto (R$ 100,00) Gen José Moretzsohn (R$ 100,00
- falecido)
Gen Nialdo de O. Bastos (R$ 100,00) Gen Plínio Pitaluga (R$ 100,00 -
falecido)
Cel Cecil Wall Barbosa (R$ 100,00) Cel José Spagemberg Chaves (R$
100,00)
Cel Luis Carlos Carneiro de Paula (R$ 100,00) Cel Ney Paulo Pannizutti
(R$ 100,00)
Cel Pedro Paulo Estigarribia (R$ 100,00) Cel Rubens Brochado da Silva
Rocha (R$ 100,00)
Cel Rui Duarte (R$ 100,00) Cel Waldir Jansen de Mello (R$ 100,00)
Cel BMDF Milton Antônio Paduam (R$ 100,00) Celso Rosa (R$ 100,00)
Dr. Eduardo Cunha Muller (R$ 100,00) Func. ME José Éber Bentim da Silva
(R$ 100,00)
Hernani Donato (R$ 100,00) Mário Gardelin (R$ 100,00)
Markus Hierstetter (R$ 100,00)
Como se constata, grandes colaboradores que entenderam a relevância dos
objetivos da AHIMTB, faleceram: Cel Jardro, Cel PMRS José Luiz Silveira,
Gen Severino Sombra, Cel Mário José Menezes, Gen Raimundo N. Torres.
Colaboraram mesmo dispensados, os patronos de cadeira Gen Severino
Sombra, Cel Jarbas Passarinho e Alt Hélio Leôncio da Silva.
A continuação destas colaborações voluntárias é vital para a
continuidade dos trabalhos da AHIMTB que este ano passou a sofrer
conseqüências do ajuste fiscal do Governo, deixando de receber em
conseqüência, ajuda do DEP e da 3ª RM, e outras entidades civis como o
GBOEX, desde 2005 não mais ajudou a AHIMTB.
A AHIMTB com a orientação de seu patrono de cadeira Cel Passarinho busca
uma solução definitiva de apoio de outras entidades. Mas até agora nada
existe de concreto. E os que desejarem que ela sobreviva e a
participarem de sua história a AHIMTB agradece.
BRASIL - UM PAÍS SEM
MEMÓRIA
por Cel Cláudio Moreira Bento(x)
É consagrada e corrente a expressão em epígrafe.
Expressão talvez um bom disfarce, como desculpa esfarrapada de
responsabilidades de Estado não cumpridas. A memória histórica de um
país integra a cultura nacional. E a sua cultura é item de importância
estratégica. E dentro da cultura sobressai, em relevância, o resgate,
preservação, culto e divulgação a sua memória histórica, ou a sua
História, por esta ajudar um povo considerado a estudar o seu passado,
para entender o presente e assim com mais segurança e certeza planejar o
futuro de seu país. E desenvolver a memória história de um país é
responsabilidade de Estado, o que Portugal entendeu ao apoiar
financeiramente, com expressivos subsídios governamentais, as atividades
de sua Academia Portuguesa da História, a qual, como brasileiro, me
orgulho de a integrar.
Segundo o acadêmico da AHIMTB, Cel Nilton Freixinho, como historiador e
pensador afirmou em artigo A Educação dos jovens e a memória nacional de
que “o passado só contém e representa valor quando tem algo a dizer ao
presente. E é o peso do passado que estrutura o inconsciente de um povo
e dá-lhe consciência coletiva, como Nação, gerando rigorosamente, a
âncora de sua existência e de persistência no tempo. E externo minha
preocupação quanto à falta de empenho das atuais gerações de brasileiros
bem como o de situar o papel das entidades históricas do Brasil
devotadas ao estudo, à análise, ao culto e a divulgação das lutas dos
antepassados para alicerçar e forjar a Nação que integram. E mais, que
historiadores e sociólogos proclamam que o descaso para com a memória
nacional enfraquece e ameaça a coesão nacional ou a unidade da Nação, em
face de pressões destrutivas, por confundir a consciência da sua real
identidade e perspectiva históricas”. A quem atribua a esta identidade e
perspectiva nacional confusa, o decepcionante desempenho da Seleção
Brasileira, a qual faltou determinação e garra, ao contrário da
Alemanha, Argentina, França, Portugal que lutaram até o fim com garra e
determinação e que embora sem conquistar a Copa foram bem recebidas em
seus países, ao contrário do Brasil. Coesão nacional deficiente a
explicar, talvez, a evolução do crime organizado ao nível absurdo de
enfrentar de armas em punho o Estado em São Paulo. Ou a impunidade
decorrente da corrupção de deputados, nos lamentáveis e tristes
episódios que passam à História como “mensalão” e “Máfia dos Sanguesugas”.
No Brasil a atividade histórica é tentada desenvolver com imensas
dificuldades financeiras por brasileiros integrantes com vocação ou
pendor para esta atividade, integrantes das diversas entidades
históricas, academias ou institutos municipais, estaduais e federais,
etc.
Mas se observa que embora trabalhem com precaríssimos recursos para esta
finalidade estratégica, são freqüentes os desencontros entre eles, por
vaidades e preconceitos dos mais variados entre eles e as instituições,
uma vez que a posse de conhecimento histórico, possui certa sedução. No
Brasil as entidades que se dedicam à História, são super desvalorizadas
no campo da cultura nacional, e o que realizam é fruto da abnegação e
sacrifício de poucos, que ainda lutam impotentes para fazer frente às
manipulações históricas e mitos dominantes, dando razão ao que nos
parece, a este pensamento que deparamos no Museu da República no Palácio
do Catete. “Ser o passado comparável a uma enorme planície onde correm
dois rios. Um reto e de margens bem definidas que é o rio da História.
Esta fruto da razão e da análise isenta de fontes históricas autênticas,
fidedignas e integras, à luz de fundamentos de crítica escolhidos para a
análise com o máximo de isenção. O outro é um rio cheio de curvas e
meandros e de margens indefinidas e instáveis e por vezes com perigosos
alagamentos. Este é o rio do mito. E este fruto das paixões humanas, das
fantasias, da ignorância, do preconceito, das manipulações políticas e
em especial as ideológicas, das deformações, e da injustiça etc.“ Mitos
que Rui Barbosa já denunciava em seu tempo. Assim mesmo esta tarefa
relevante que objetiva desenvolver, preservar, cultuar e divulgar a
memória nacional, responsabilidade de Estado, é levada avante sem
recursos dos poderes públicos por historiadores das diversas categorias,
integrantes das já mencionadas academias, círculos, institutos, e com
seus pouquíssimos recursos retirados de seus bolsos.
Algumas dessas instituições sobrevivem precariamente com recursos de
aluguéis como o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, graças a
empréstimo a ele concedido pela CEF, por decisão do Presidente Emílio
Médici, para a construção de sua atual sede, quando era presidente da
entidade Pedro Calmon. Instituto que por longo tempo tinha a sua Revista
editada pela Imprensa Nacional, que a dispensou, encontrando ela apoio
temporário no Senado graças ao acadêmico da ABL Senador José Sarney, o
que as demais entidades não dispõem desta graça para divulgar seus
trabalhos. Outras como o CIPEL, em Porto Alegre, publicam anualmente, em
cooperativa, excelente revista na qual cada articulista financia o seu
artigo. E a estas entidades heróicas, com diferenças de possibilidades
enormes em função de desencontros e de recursos particulares que
conseguem amealhar e mais trabalho heróico de seus integrantes, elas vêm
substituindo os governos nestas tarefas que a eles caberiam por dever de
Estado. Diversas delas são nominais sem a mínima capacidade realizar
despesas.
O Senador Pedro Simon em função de um Congresso de entidades históricas
brasileiras entrou com projeto no Congresso, mas que não vingou, no
sentido de que o Executivo financiasse atividades dos institutos
históricos estaduais que em última análise são responsabilidade de
Estado, mas que eles as vem executando, como no caso do Instituto
Histórico e Geográfico Brasileiro desde 1828.
Desta precariedade tem se aproveitado, sem reação, os manipuladores da
nossa História e mesmo jornalistas ciosos de sua função social, mas que
invadem a função social do historiador e não dão apoio a divulgação de
trabalhos dos mesmos, que possuem técnica próprias para apresentar
interpretações, com apoio na análise de fontes históricas confiáveis,
por íntegras, críticas e fidedignas. Jornalistas cuja profissão foi
regulamentada em 1968, com nossa participação acidental, ao
encaminharmos o problema a nós apresentado por um grupo de jornalistas
na Rádio Mundial do Rio, à consideração do Ministro do Trabalho Jarbas
Passarinho, que por sua vez conseguiu a aprovação do Presidente Costa e
Silva.
A Academia de História Militar Terrestre do Brasil no seu problema
específico vem atuando há 10 anos sem apoio financeiro do Estado e assim
o substituindo na tarefa de pesquisar, preservar, cultuar e divulgar a
História, as Tradições das Forças Terrestres Brasileiras do Exército,
Fuzileiros Navais, Infantaria da Aeronáutica, Polícias e Bombeiros
Militares, com vistas a retirar da análise crítica do passado de cinco
séculos de lutas destas forças, lições com vistas à formação em Arte e
Ciência Militar de seus quadros e subsídios para o desenvolvimento de
doutrinas militares brasileiras genuínas, como o fizeram as grandes
nações, potencias e grande potencias militares. E a História Militar
Terrestre do Brasil tem muito a ensinar quando forem analisadas a suas
lutas de resistência vitoriosas, ou guerra de guerrilhas, a estratégia
do fraco contra o forte: como a Guerra Brasílica que culminou com a
expulsão dos holandeses no Nordeste em 1654; a Guerra Gaúcha que
expulsou o invasor espanhol do Rio Grande do Sul; em 1776; a Guerra da
Selva, em que Pedro Teixeira expulsou invasores da Amazônia para depois
conquistá-la; a centenária Guerra do Mato, em Alagoas, conduzida por
ambos os contendores na Guerra dos Palmares, e as levadas a efeito no
Acre e Amapá sob a liderança de Plácido de Castro e o General
Cabralsinho contra forças regulares alienígenas etc. A Academia de
História Militar Terrestre do Brasil há 10 anos num trabalho original e
pioneiro vem montando guarda e integrando as tradições das forças
terrestres brasileiras, guardando documentos históricos militares
terrestres, desenvolvendo arquivos e bibliotecas integradas
especializadas, reais e virtuais, publicando livros e representada no
território nacional por delegacias em unidades da Federação acolhidas
por unidades das forças terrestres, desenvolvendo instrumentos de
trabalho do historiador militar terrestre, valioso arquivo bibliográfico
militar terrestre brasileiro, arquivo de todas as cerimônias de posses
de acadêmicos, entre outros documentos, com um desvelo, uma aplicação e
uma devoção que surpreendem, muitas vezes, instituições universitárias
que não tratam e desconhecem estes assuntos de História Militar Crítica
Terrestre, mas que contribuem indiretamente para ela, ao resgataram, com
técnicas específicas, a História Militar Descritiva do Brasil, que
alimenta a citada História Militar Crítica, feita pelo soldado terrestre
à luz de fundamentos e princípios da Arte e da Ciência Militar.
Assim a AHIMTB pleiteará junto ao Congresso um amparo financeiro para
dar continuidade a seu trabalho de relevância estratégica com vistas a
tirar do passado militar de 500 anos do Brasil subsídios para o
progressivo desenvolvimento de uma doutrina militar terrestre
brasileira, como a sonhou o Duque de Caxias, patrono do Exército e da
AHIMTB, para que assim o Brasil possa integrar com autoridade o Conselho
de Segurança da ONU e o ora anunciado G-13 ensaiado na Rússia e para uma
doutrina militar conjunta a serviço da proteção militar do Mercosul!
Um projeto aprovado neste sentido seria uma alternativa de existência
regular oficial da AHIMTB, com rendas certas e despesas certas, para seu
custeio oficial, caso seu amparo sensibilize e interesse as Comissões de
Segurança do Congresso que legislam sobre a segurança do Brasil no
concerto das nações.
Uma providência neste sentido seria uma contribuição para por fim a
triste expressão “0 Brasil um país sem memória”, circunstância esta por
culpa do Estado a quem compete desenvolver a memória nacional, e ele a
tem deixado a cargo de instituições sem meios financeiros para levar a
efeito esta sua obrigação de projeção estratégica. Este é o nosso
entendimento, salvo melhor juízo.
(x) Presidente da AHIMTB, benemérito do IHGMB e emérito do IHGB.
NOSSA HERANÇA TERRITORIAL
pelo acadêmico emérito Gen Carlos de Meira Matos(x)
Os 8.500.000 de km2 de território nacional, o 5º país
mais extenso do mundo, não foi conquistado pelos nossos colonizadores
lusitanos sem muita luta. É enorme a responsabilidade da nossa e das
futuras gerações de brasileiros em preservá-lo intocado. Lembramo-nos
disso agora porque vemos avolumarem-se em publicações de associações
ambientalistas, antropólogas e missionárias européias e
norte-americanas, as referências de uma “Amazônia patrimônio da
humanidade devendo ser administrada por autoridade internacional”.
Recordando a luta tenaz do império português para expandir-se para a
América, recém descoberta pelo genovês Cristóvão Colombo, a serviço dos
reis da Espanha. Começaremos lembrando o rei D. João II, conseguindo do
Papa Alexandre VI o Tratado de Tordesilhas (1494), que revogava a Bula
Intercoetera (1492), que excluía Portugal da posse das terras
descobertas na América. A nova partilha de Tordesilhas removia o divisor
entre as coroas lusa e espanhola para oeste, alcançando parte do nosso
atual território, traçando um meridiano separador que incorporava a
Portugal as terras a leste do meridiano, passando de norte a sul pelas
proximidades das hoje cidades de Belém e Laguna. Assim Portugal
conquistou na América do Sul uma colônia de cerca de 2.700.000 de km2.
Apesar de pequeno e com escassa população (cerca de 2 milhões) as
autoridades portuguesas nunca descuidaram de defender diplomaticamente e
pelas armas a posse de sua colônia, contra corsários a serviço de outros
países e contra empresas apoiadas por governos. Para assegurar a posse
desta colônia incólume os portugueses travaram luta armada, no mar e em
terra, alternativamente, durante mais de 300 anos para expulsar
invasores espanhóis, ingleses. franceses e holandeses. A partir do
século XVII os núcleos populacionais de portugueses e mamelucos formados
nas faixas ligadas ao litoral, em São Paulo, Pernambuco e Maranhão
começaram a expandir em reconhecimento do interior e a procura de
riquezas minerais. Foi o período épico da expansão do território, das
formidáveis bandeiras paulistas, das incursões terra adentro dos
pernambucanos, e da conquista da Amazônia partindo do Maranhão. As
interiorizações no território foram muito além da linha do limite
colonial estabelecido em Tordesilhas. Os cerca de 2.700.000 km2 de
Tordesilhas estavam ultrapassados de muito no Norte, no Oeste e no Sul.
O conflito entre as coroas de Portugal e Espanha seria inevitável.
Surgem aí as figuras extraordinárias dos estadistas Alexandre de Gusmão
e Marques de Pombal. Alexandre Gusmão, santista, há longos anos a
serviço da diplomacia do reinado português (irmão de outro santista
notável Bartolomeu de Gusmão, “o Padre Voador”). Alexandre Gusmão com
rara habilidade diplomática conseguiu da corte de Madrid a aceitação do
princípio do direito romano de “uti possidetis” – pertencendo a terra
descoberta a quem primeiro a ocupou. Assim, pelo Tratado de Madrid
(1750), revogatório do de Tordesilhas, ficaram legitimadas as conquistas
dos bandeirantes e sertanistas, acrescentando às terras portuguesas a
enorme extensão de cerca de 5.500.000 de km2. O Marquês de Pombal,
Ministro da corte lusa por 27 anos, revela, à distancia, uma visão
genial do espaço colonial engrandecido. Envia freqüentes instruções às
autoridades locais, particularmente ao Capitão-Geral da Amazônia,
Mendonça Furtado, seu irmão, (em cuja correspondência se tratam por “meu
irmão de meu coração”), insistindo na necessidade de reconhecimento dos
rios Solimões, Negro, Branco, neles colocando marcos nas áreas limites,
fortalecendo o aparelho defensivo, e também, buscando nos rios Madeira e
Tapajós vias de comunicação com Cuiabá, visando a articulação
territorial da Amazônia com o Sul. Ao mesmo tempo, ao Capitão-Geral de
São Paulo, Morgado de Mateus, determinava incentivar o povoamento das
regiões fronteiriças do sul e oeste, consolidando o território já
legitimado pela habilidade diplomática de Alexandre Gusmão. A grandeza
territorial que hoje desfrutamos, que o Barão do Rio Branco soube
consolidar diplomaticamente as fronteiras mal conhecidas e sujeitas a
litígios, devemos a muitas lutas armadas e sacrifícios de vida e a
notáveis estadistas de um passado colonial de mais de 300 anos.
Preservá-la e enriquecê-la, eis a responsabilidade maior dos
brasileiros.
(x) General reformado do Exército, Veterano da 2ª Guerra Mundial e
biógrafo do Marechal Mascarenhas de Morais, o comandante da FEB,
Geopolítico. Doutor em Ciência Política e Conselheiro da Escola Superior
de Guerra. Foi o primeiro acadêmico a ser empossado na AHIMTB.
NECROLÓGIO DO ACADÊMICO EMÉRITO GEN DIV RAIMUNDO M.
NEGRÃO TORRES
Gen Div RAIMUNDO MAXIMIANO NEGRÃO TORRES
(1925-2006)
Faleceu em Curitiba, em 12 de julho 2006, aos 81 anos, o acadêmico
emérito da AHIMTB, Gen Div Raimundo Maximiano Negrão Torres, ocupante da
cadeira n.º 15 (Cel Genserico Vasconcellos), e Delegado de Delegacia da
AHIMTB em Curitiba, General Luiz Carlos Pereira Tourinho. Sua posse
ocorreu no Colégio Militar de Curitiba, em 20 de março de 2000, sendo
recebido por esta Presidência da AHIMTB, conforme sua oração constante
as páginas 17/20 do volume n.º 20 de Posses na AHIMTB, ano 2000.
O General Raimundo nasceu em Belém, em 25 fev de 1925 e casou-se no
Paraná com D.ª Maria Clarice de cujo consórcio sobrevive o Engenheiro
Mecânico Ricardo. Era integrante da primeira turma formada integralmente
pela AMAN. Como Oficial-General comandou as AD/6 e AD/5 e 3ª RM. O
biografamos nas histórias da AD/6 e 3ª RM. E nesta foi sua penúltima
função, tendo encerrado sua bela carreira, em Brasília, em 1985, como um
dos sub-chefes do EME. O conhecemos em 1993, em Curitiba, quando lá
abordamos, no Centenário da Revolução de 93, e a convite do Governo do
Estado do Paraná, o tema: Os cercos federalistas de Bagée da Lapa – duas
resistências épicas de História Militar do Brasil. Merece destaque seu
livro de memórias sobre sua vida militar Meninos eu também vi. Livro de
memórias com o qual nos distinguiu na ocasião. Ele abordou neste
seminário o esquecido Cel Antônio Bodziak, polonês que comandou no
Paraná, em 93, um batalhão federalista integrado por poloneses e
italianos.
O General Negrão foi destacado colaborador nos jornais Ombro a Ombro e
Letras em Marcha e colaborava com o jornal Inconfidência, em defesa da
Contra-Revolução de 64, em bem fundamentados artigos históricos, fontes
preciosas para um julgamento sereno daquele movimento, longe das paixões
políticas e ideológicas que dominam o presente, e que deformaram na
opinião pública aquele movimento, conforme autocrítica de Serkis na obra
Os carbonários, onde este admitiu a derrota na luta armada esquerdista,
mas se orgulhava de ver vitoriosa na opinião pública, manipulada
ideologicamente, a versão esquerdista dos fatos, levada a efeito por
vencidos na luta armada, mas que se enraizaram em posições chaves do
magistério e da mídia, na qual passaram a proclamar a “liberdade de
imprensa” uma rua de mão única por onde eles transitam, mas que nega o
direito ao contraditório ou o direito de resposta aos vitoriosos na luta
armada.
O General Negrão integrou-se na vida paranaense onde serviu na ativa
cerca de 15 anos descontínuos, e onde se radicou, definitivamente, ao
passar para a Reserva.
Ele além de acadêmico emérito da AHIMTB e seu Oficial do Mérito
Histórico Militar Terrestre do Brasil, era sócio correspondente do IHGMB
e efetivo do IHG Paranaense, Centro de Letras do Paraná e acadêmico da
Academia Paranaense de Letras.
O acadêmico emérito General Raimundo travou uma luta corajosa, mas
desigual, admirável e oportuna, em defesa da sua verdade, através de seu
artigos e livros muito respeitados e apreciados por seus companheiros
através do Brasil, para que as gerações futuras tenham uma história
resultado de análise isenta de fontes históricas fidedignas, produzidas
por forças que se enfrentaram na luta armada no campo e nas cidades.
Sua morte constitui uma grande perda para a causa da Contra Revolução de
64 em defesa da qual com muita autoridade, bravura, coragem moral e
competência ele lutava como muitos poucos o faziam.
Aqui os sentidos pesares dos integrantes da Academia de História Militar
Terrestre do Brasil pela perda deste notável guerreiro que tão bem sabia
manejar a sua pena em defesa de sua verdade sufocada, bastante
manipulada e deformada que esperamos um dia o grande publico adquira a
consciência de quanto foi manipulado criminosamente. E ao que parece,
esta consciência vai sendo aos poucos restaurada. Praza a Deus que a
verdade histórica como a Justiça demore, mas não falhe, doa a quem doer!
(Cel Cláudio Moreira Bento Presidente AHIMTB)
DIVERSOS
Os Soldados de Napoleão, como ele os classificava.
Recebemos de amigo que voou pela TAM o artigo abaixo de validade militar
e empresarial e o transcrevemos. “Ouvimos dizer que Napoleão Bonaparte
classificava seus soldados em quatro tipos: 1 - Os inteligentes com
iniciativa; 2 - Os inteligentes sem iniciativa; 3 - Os ignorantes com
iniciativa; 4 - Os ignorantes sem iniciativa. Aos inteligentes com
iniciativa, Napoleão dava as funções de comandantes generais,
estrategistas. Os inteligentes sem iniciativa ficavam como oficiais que
recebiam ordens superiores e as cumpriam com diligência. Os ignorantes
sem iniciativa eram colocados à frente da batalha - buchas de canhão,
como dizemos. Os ignorantes com iniciativa Napoleão odiava, e não os
queria em seus exércitos. Essa grande sabedoria de Napoleão serve também
para nossas empresas. Será que também não temos em nosso "exército
napoleônico", que é a empresa de hoje, necessidade de três desses tipos
de "soldados"? Pense bem... Um exército só de generais estrategistas,
por certo não vencerá batalha alguma. Alguém tem que estar no front.
Obedientes oficiais (diretores, gerentes) sem estratégia, também não
vencem uma guerra. Soldados (funcionários) dedicados, sem comando, sem
chefia, sem direcionamento, também não trazem sucesso à batalha.
Portanto, precisamos dos três tipos de soldados para vencer uma batalha,
assim como dos três tipos de colaboradores para que possamos vencer os
desafios do mercado competitivo em que vivemos. Mas, assim como
Napoleão, devemos nos livrar, o mais rapidamente possível, dos
ignorantes com iniciativa. Um ignorante com iniciativa é capaz de fazer
besteiras enormes, faz o que não deve, fala o que não deve e até ouve o
que não deve. Um ignorante com iniciativa nos faz perder bons clientes,
bons fornecedores. São os ignorantes com iniciativa que fazem produtos
sem qualidade, porque resolvem alterar processos definidos. Um ignorante
com iniciativa é, portanto, um grande risco. Não precisamos dele. Nem
Napoleão os queria. E sua empresa? Você identifica em sua empresa os
quatro tipos de soldados de Napoleão? E o que faz com cada tipo? Você
tem sabido se livrar dos ignorantes com iniciativa? Pense nisso e...
SUCESSO!” (Prof. Luiz Marins - antropólogo e consultor).
Nota a pedido do acadêmico Cel J. F. Maia Pedrosa para a Revista do
Clube Militar. Referência a artigo o porquê da catástrofe de erros
(Revista do Clube Militar n.º 419 e 420/2006). Reconhecendo não haver
citado a Academia de História Militar Terrestre do Brasil nos elementos
que se contrapõem ao revisionismo histórico ”marxista vulgar“ em nosso
país, desejo em tempo, acrescentar seu nome ao contexto daquele artigo.
Ressalto neste momento o acervo de realizações de uma plêiade de meus
confrades dessa Academia na preservação da imagem histórica das nossas
forças terrestres, ressaltando a obra do Coronel Cláudio Moreira Bento,
Caxias e a Unidade Nacional, quando caracteriza o esforço solerte dos
revisionistas marxistas vulgares, em denegrir a sua imagem e apresenta
argumentos convincentes contra a inverdades levantadas por eles sob
ótica destrutiva. Maceió, 25 de julho de 2006. Cel Ref José Fernando de
Maia Pedrosa.
O acadêmico Cel Maia Pedrosa enviou carta ao Presidente da AHIMTB
pedindo que informasse aos seus confrades da AHIMTB que o trabalho de
sua lavra fora feito com restrição de tempo de abordagem para o
Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas e que enviou ao Presidente
do Clube Militar e foi publicado com o omissão involuntária da atuação
da Academia de História Militar Terrestre do Brasil na preservação da
imagem histórica de nossas forças terrestres do Brasil.
Publicações recebidas: A AHIMTB agradece as revistas ou informativos
enviados no 1º semestre: IHGB; IHGMB; IHGSC; IHG da Paraíba; Instituto
do Ceará; IHGRGS; Jornal Clarinadas do Tabatinguera; Informativo do
Instituto de IEV; Jornal Inconfidência; Academia Itatiaiense de
História; Informativo do CMO, e do CMB; o livro Dragões da Independência
- Tradição e História, do Cel Alcides Tomaz de Aquino Filho, reedição; e
a Revista de História, da PUC Campinas e o Informativo n º 1 da Academia
Barramansense de História. FIM
PS; A AHIMTB agradece ao acadêmico Procurador de Justiça Carlos Eduardo
Contar e Delegado da AHIMTB em Mato Grosso do Sul a formatação ora
utilizada neste Guararapes 49 .
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