INFORMATIVO GUARARAPES

 


7 ANOS

 

O GUARARAPES

ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO DAS ATIVIDADES DA

ACADEMIA DE HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL

CGC 01.149.526/0001-09


BICENTENÁRIO DO TENENTE GENERAL MANOEL MARQUES DE SOUZA (3º) E CONDE DE PORTO ALEGRE

Fundada em 1o de março de 1996

ANO: 2004                 MÊS:   ABR/JUN                      No 41


SUMÁRIO


- BICENTENÁRIO DO CONDE DE PORTO ALEGRE(1804-1875)

- AS ONGs NA AMAZÔNIA BRASILEIRA

- DOAÇÃO DE LIVROS PELA AHIMTB AS ESA, AMAN, EsAO, ECEME, IME e ESG

- AMAN, AHIMTB E SÓCIOS DA AHIMTB CONDECORADOS PELO INSTITUTO HISTÓRICO GEOGRAFICO E GENEALÓGICO DE SOROCABA COM O COLAR CRUZ DOS ALVARENGA DOS HERÓIS ANÔNIMOS

- ATIVIDADES DA AHIMTB EM 2004

- PUBLICAÇÕES RECEBIDAS

- DIVERSOS


 BICENTENÁRIO DO CONDE DE PORTO ALEGRE(1804-1875).

Cel Cláudio Moreira Bento(x)

 

Conde de Porto Alegre e Tenente General Manoel Marques de Souza (3º)

Projeção histórica

O dia 13 jun 2004 assinala o bicentenário de nascimento, na cidade de Rio Grande, do Tenente General Manoel Marques de Souza (3ª ) e Conde de Porto Alegre

Sua vida e obra se projetaram com relevo na História do Brasil, na do Rio Grande do Sul e na de Porto Alegre, como um bravo cabo de guerra que muito serviu a Independência, a Unidade, a Integridade e Soberania do Brasil A Independência ao ajudar na sua consolidação na Província Cisplatina.

Combateu em Passo do Rosário em 20 fev 1827, ao final da Guerra Cisplatina 1825/28; na Revolução Farroupilha, 1835/45; na Guerra contra Oribe e Rosas 1851/52 , onde comandou a 1º Divisão Brasileira que integrou o Exército Aliado que derrotou forças ao ditador argentino Rosas em Monte Caseros a 2 fev 1852 e, na Guerra do Paraguai 1865/68, em que foi o comandante brasileiro das forças que obrigaram os paraguaios, que invadiram o Rio Grande do Sul por São Borja, a se renderem em Uruguaiana em 18 set 1865, em presença do Imperador D. Pedro II e dos presidentes Bartolomeu Mitre e Venâncio Flores da Argentina e do Uruguai.

Participou de esforço na Guerra do Paraguai a frente de seu 2º Corpo de Exército, a base de Cavalaria da Guarda Nacional gaúcha, tendo conquistado o forte de Curuzu, que usou por largo tempo .como base do 2º Corpo.

Seu grande momento como líder de combate foi comandar pessoalmente a derrota inimiga na 2a Batalha de Tuiuti e com extrema e memorável bravura.

Seu título de Conde de Porto Alegre foi em razão de haver, com ousado, golpe de mão, liderado a reconquista definitiva de Porto Alegre aos farrapos em 15 jun 1836, depois de fugir o barco prisão Presiganga onde fora preso pelos farrapos. Em conseqüência deste notável feito que liderou, Porto Alegre recebeu o titulo de Leal e Valorosa e exigiu mais tarde, em memória do herói que a libertou e a defendeu nos 3 sítios farrapos a que foi submetida, de levantar-se estátua para o imortalizar. Estátua que foi a primeira erigida em Porto Alegre e inaugurada pela Princesa Izabel em 1885, na Praça do Matriz e transferida em 1910 para a Praça Conde de Porto Alegre, junto do antigo Portão de entrada do complexo de fortificações que protegeram Porto Alegre dos 3 sítios farrapos que o herói enfrentara com valor e determinação.

 

Os generais Manoel Marques de Souza 1º ,2º e 3 º

Manoel Marques de Souza (3º ), por homônimo de seu pai e de seu avô. Este o Marechal de Campo Manoel Marques de Souza 1º, o patrono da 8ª Brigada de Infantaria Motorizada sediada em Pelotas, a qual estudamos em obra específica, em parceria com o Cel Luiz Ernani Caminha Giorgis, dentro do projeto em curso ,a História do Exército na Região Sul, em execução pela Academia de História Militar Terrestre do Brasil .

Ele ingressou no Exército aos 13 anos, como cadete do 1º Regimento de Cavalaria Ligeira da Divisão de Voluntários Reais em Montevidéu, após esta praça ser ocupada pela citada Divisão, em 20 jan 1817, ao comando do General Carlos Frederico Lecor.

E ali ao lado de seu pai, General Manoel Marques de Souza (2º) participou de diversas ações de guerra até 1822, para a consolidação militar da posição de Portugal no atual Uruguai.

Em 1818, aos 14 anos, foi promovido a Alferes Ajudante de Campo do General Lecor, comandante dos Voluntários Reais vindos de Portugal para ocupar a Banda Oriental(atual Uruguai). 

Terminadas as guerras contra Artigas em 1820, que culminaram com a incorporação do atual Uruguai ao Brasil, como sua Província Cisplatina, ali o herói permaneceu até a Independência, participando das guerras da Independência do Brasil, com vistas à sua consolidação naquela novel Província.

 

Participação na Guerra da Cisplatina, 1825/26

Cursou, no Rio, a Academia Militar do Largo do São Francisco em 1824, por curto período, retornando a Montevidéu para combater na Guerra da Cisplatina, 1825/28, Nesta guerra, integrando a 1ª Divisão, ao Comando do Marechal Sebastião Pereira Pinto, participou com destaque, da batalha do Passo do Rosário de 20 fev 1827, como tenente do Estado - Maior desta Divisão, e foi citado por sua boa atuação por aquele chefe.

Capitão em 20 Mar 1827, um mês após a Batalha do Passo do Rosário, passou a Ajudante de Ordens do General Lécor, comandante do Exército do Sul. Finda a Guerra permaneceu em Montevidéu integrando a Divisão de Observação Brasileira.

Major em 29 Mar 1829, aos 24 anos assumiu o comando da 6ª Cia do 4º Regimento de Cavalaria Ligeira, unidade anteriormente comandada pelo avô e pelo pai e com ela retornou ao Rio Grande, onde passou a comandar a citada unidade, que por transformações, fusões, movimentações e denominações sucessivas é o 8º R C Mec- Regimento Conde de Porto Alegre, em Uruguaiana, que foi abordado em livro pelo historiador da AHIMTB, Sargento Carlos Fonttes.

 

Participação na Revolução Farroupillha, 1835/45

 

Ao estourar a Revolução Farroupilha em 20 Set 1835, conservou-se fiel ao Império. E terminou por apresentar-se ao Rio, de onde retornou a Pelotas no comando de uma força de 80 homens, assumindo o comando desta cidade.

Ao general farrapo Antônio Neto tomar Pelotas, o Major Marques de Souza foi capturado e enviado preso para Porto Alegre onde lhe serviu de prisão o barco Presiganga, ancorado no meio do rio Guaíba.

E foi a partir do barco Presiganga, de onde conseguiu se evadir, que o Major Marques de Souza liderou a retomada de Porto Alegre aos farrapos em 15 Jun 1836 e passou a participar com destaque da defesa de Porto Alegre dos diversos ataques a que foi submetida durante os três sítios farrapos por nós estudados em Porto Alegre - Memória dos sítios farrapos e da administração de Caxias, Brasília : EGGCF, 1989.

Este feito o imortalizou na História de Porto Alegre e é a origem de seu título Conde de Porto Alegre, e da cidade, então títulada de Leal e Valerosa.

A sua saúde fora afetada por sua prisão por cerca de 2 meses no Presiganga. E entrou em licença de saúde por largo período. Assumiu comando do 2º Regimento de Cavalaria Ligeira só em 1840 e à sua frente participou de varias ações contra os farrapos sendo que, em 1844, Caxias o designou como coronel, para guardar importante posição em São Gabriel, o forte Caxias, como comandante de sua guarnição. Quase ao final da revolução foi enviado ao Rio em companhia de um irmão de Caxias e de Antônio Vicente da Fontoura a serviço da pacificação da revolução. Celebrada a paz, em Dom Pedrito atual, Caxias o encarregou de viajar mais uma vez ao Rio, agora para comunicar a pacificação ao governo imperial..Ao se estudar a sua história e a do seu primo irmão e amigo, o futuro Almirante Tamandaré e mais a de Osório, se percebe os constrangimentos familiares que revelavam em combater a revolução. O Tenente Osório a ela aderiu no primeiro momento, dela se retirando quando tomou o rumo de República. Em 1846, Marques de Souza foi graduado brigadeiro e comandante da 2ª Brigada de Cavalaria.

 

Participação destacada em Monte Caseros contra Rosas

A guerra contra Oribe e Rosas em 1851/52 lhe reservou destacado papel, como brigadeiro graduado e depois efetivo ( Gen Bda), desde 14 Ago 1850.

Coube-lhe a honra de comandar a 1ª Divisão Brasileira que brilhou na Batalha de Monte Caseros, integrando a força aliada que terminou por derrubar o governo do ditador argentino Rosas.

Do Boletim do Exército Aliado sobre a Batalha se lê:

"O Sr. Brigadeiro Manoel Marques de Souza, chefe do centro aliado e das forças brasileiras, deu um dia de glória à sua pátria, acrescentando novos louros à sua fronte e granjeando o respeito e gratidão dos aliados".

Caxias, referindo-se à 1ª Divisão na batalha de Monte Caseros escreveu: "O Brigadeiro Manuel Marques de Souza, comandante da 1ª Divisão, mostrou no dia desta memorável batalha, muito tino e valor, dirigindo o combate no centro da linha inimiga, o seu ponto mais forte, prevenindo o ataque inimigo na ocasião oportuna. Nossos batalhões manobraram como se estivessem em parada. E isso aterrou consideravelmente o inimigo. Eu recomendo à sua Majestade, o Imperador, este oficial general, que faz honra ao Exército Brasileiro".

Em 18 Fev 1852, o Brigadeiro Marques de Souza desfilou com sua 1ª Divisão Brasileira pelas ruas de Buenos Aires, que ela ajudara os irmãos argentinos a libertar do ditador Rosas.

Em 01 Mar 1852, Marques de Souza reuniu em Montevidéu a 1ª Divisão ao Exército ao Comando de Caxias onde foi elogiado "por sua coragem e sangue frio na batalha".

Foi então que o Império o agraciou por sua invejável conduta, com o título de Barão de Porto Alegre, com honras de grandeza e com a medalha de ouro de oficial general das campanhas do Uruguai e Argentina e com sua promoção a Marechal de Campo (General de Divisão).

Em 24 Set 1852 assumiu em Porto Alegre o comando da atual 3ª Região Militar que exerceu até 05 Mar 1853, continuando a residir na Leal e Valerosa, e terminando por pedir reforma em 20 Fev 1856, levado pelo sofrimento de doença crônica adquirida em campanha. Foi reformado como Tenente General (General do Exército) aos 52 anos. Havia contraído 2º casamento no ano anterior, com uma filha do Coronel Soares de Paiva herói da resistência imperial ao ataque farrapo de São José do Norte.

Reformado, passou a ter agitada carreira política. Em 1862 foi eleito deputado imperial, tendo sido Ministro de Guerra por 6 dias.

 

Participação na Guerra do Paraguai de 1865/68

Com a eclosão da guerra do Paraguai e conseqüente invasão do Rio Grande do Sul, foi nomeado em 21 Jul 1865, Comandante- em- Chefe do Exército Brasileiro em Operações no Rio Grande do Sul.

E coube-lhe comandar o sítio do invasor paraguaio em Uruguaiana, onde teve que assumir atitude firme e enérgica, junto com seu ilustre primo irmão, o Almirante Tamandaré, para impedir que argentinos comandassem o sítio do inimigo em território brasileiro.

E na proclamação feita aos soldados brasileiros para o ataque ao invasor mencionou:

"Tendes por companheiros nesta luta de honra, os valorosos soldados das nações aliadas e para testemunhas de vossos feitos, os chefes das mesmas nações que comigo vos guiarão na marcha gloriosa que vamos empreender".

E teve o Barão de Porto Alegre papel militar de destaque na rendição do invasor do Brasil em Uruguaiana em 18 Set 1865.

Após a rendição paraguaia, na Ordem do Dia nº 13, Porto Alegre ali escreveu entre outras coisas:

"Soldados da liberdade! Em nome do Imperador, o General- em- Chefe do Exército Imperial vos saúda, e vos conjura a que respeites a desgraça do inimigo vencido. O General-em- Chefe agradece a dedicação de cada um de vós esperando poder ainda uma vez orgulhar-se de haver-se achado à vossa frente.

Ass: Barão de Porto Alegre".

A seguir, passou a comandar o 2º Corpo de Exército que, a partir de São Borja, foi lançado para combater no Paraguai em reforço ao 1º Corpo de Exército.

E sob sua liderança o 2º Corpo conquistou Curuzú em 03 Set 1866. E em 14 Set ele proclamou:

"Sobre as trincheiras de Curuzú tremula altivo o pavilhão nacional, que sustentado pelos bravos à cuja frente me acho, percorrerá triunfante este solo aonde ainda impera a tirania. A jornada do dia 3 foi brilhante prólogo da obra, de cujo desempenho a pátria nos incumbe.....

....Soldados! Vingar a honra vilmente ultrajada, o direito conculcado, e a liberdade oprimida foi, é, e será sempre a mais nobre missão que pode ter um exército de um país livre; ufanai-vos, porque tal é a nossa incumbência. Barão de Porto Alegre".

Em 22 Set 1866 teve lugar o malogrado ataque aliado a Curupaiti, sobre o qual três dias depois Porto Alegre escreveu a um amigo, carta publicada na Reforma, de 02 Fev 1885.

E na Ordem do Dia nº 88 de 10 Out de 1866, Porto Alegre declarou: "Em Curupaiti ficou ilesa a honra da Bandeira Brasileira".

Sob o comando de Caxias, Porto Alegre, muito doente, solicitou dispensa do comando do 2º Corpo. Retornou em 01 Mar 1867, reassumindo o seu comando. Pouco depois estabeleceu sua base em Tuiuti, onde foi atacado de surpresa por forças paraguaias e teve que as repelir, como líder de combate, como Caxias o havia feito em Itororó.

Nesta ação gloriosa, Porto Alegre, aos 63 anos, combateu com a mesma agilidade de um moço, não recebendo nenhum ferimento, apesar de terem sido crivados de balas os dois cavalos que montava. Houve um momento em que foi derrubado do cavalo e teve que combater a pé.

O Conde de Porto Alegre se retirou do Teatro de Operações em Jan 1868 por doente, sendo louvado por Caxias "pelo zelo, inteligência e valor com que sempre se houve no desempenho de suas funções".

Sem melhorar sua saúde terminou por falecer no Rio de Janeiro em 18 Jul 1875, aos 71 anos. Embalsamado, o seu corpo foi transportado com todas as honras em navio de guerra até Rio Grande e depois até Porto Alegre e ali foi sepultado em 05 Nov 1875 no cemitério da Santa Casa de Caridade.

Em 02 Fev 1885, com toda a pompa e circunstância foi inaugurada a sua estátua pela Princesa Izabel, presente seu esposo, o Conde D´ Eu, Marechal Gastão de Orleans, autor da melhor memória sobre a Rendição de Uruguaiana, em sua "Viagem ao Rio Grande do Sul em 1865". Entre seus biógrafos destaco Décio Vignoli das Neves em Vultos de Rio Grande. Santa Maria: Pallotti,1981. 

A Academia de História Militar Terrestre do Brasil, além do seu Guararapes nº 41, através de sua Delegacia Gen Rinaldo Pereira da Câmara no Rio Grande do Sul, está trabalhando nas comemorações do bicentenário do Conde de Porto Alegre através de seu delegado e acadêmico Cel Luiz Ernani Caminha Giorgis que fará conferência em 17 Jun no Solar do Conde de Porto Alegre e da sócia efetiva daquela Delegacia jornalista Carmen Lúcia Ferreira da Silva, tetraneta do herói, que já o focalizou em O Gaúcho nº 23, de Mar 2004, informativo do Instituto de História e Tradições do RGS, a qual, associada ao IAB, CMPA, IHTRGS e AHIMTB, lavrarão no CMPA, no dia 13 Jun às 17 horas, um Protocolo de Intenções, com vistas a uma reedição comentada do livro Conde de Porto Alegre, editado pela BIBLIEx em 1952, por Carlos Maul, De Paranhos Antunes e Jaime Ribeiro da Graça.

 

Fontes consultadas

1 -ALMEIDA, Antônio Rocha, Vultos da Pátria. Porto Alegre: Ed. Globo, 961.v.1

2- AMAN-CADEIRA DE HISTÓRIA. História Militar do Brasil. Volta Redonda, Gazetilha, 1978

3 -BENTO, Cláudio Moreira. História da 3ª Região Militar, 1808-1889 e Antecedentes. Porto Alegre: 3ªRM/SENAI,1994.

4-(_____).Porto Alegre-Memória dos sítios farrapos e da Administração de Caxias. Brasília:EGGCF,1989.

5-(_____).Brasil conflitos externos. Consultar na Internet em Livros o site da AHIMTB www.resenet.com.br/users/ahimtb

6 -FONTTES, Carlos. Regimento Conde Porto Alegre. ruguaiana:ed/autor,1985.

7- (_____).A Retomada de Uruguaiana.Uruguaiana.Graf.Universitária:1994.

8 -MAUL, Carlos et alli. Conde de Porto Alegre. Rio de Janeiro:BIBLIEx,1952.

9 -NEVES, Décio Vignoli das .Vultos de Rio Grande. Santa Maria:Pallotti,1981.

10 -PORTO ALEGRE, Conde de. Ordens do Dia do 2º Corpo de Exercito. Rio de Janeiro: Tip Francisco Alves,1877.( Cotem 103 ordens do Dia de 21 ago 1865 a 15 mai 1867 , com referências a nomes dos integrantes do Corpo em ordem alfabética pelo primeiro nome).

11 -SILVA, Alfredo Pretextato Maciel da. Ten Gen Manoel Marques de Souza in: Os Generais do Exército Brasileiro. Rio de Janeiro: M.Orosco, 1907.

12- SILVA, Carmen Lúcia Ferreira da. Conde de Porto Alegre. O Gaúcho, Mar 2004

 


 

AS ONGs NA AMAZÔNIA BRASILEIRA

ONG significa Organização não Governamental. E para muitos estudiosos brasileiros, incluindo parlamentares da CPI das ONGs, ao invés de elas representarem o bem para o Brasil representam o mal, como instrumentos disfarçados a serviço de interesses das nações do G-7, com vistas a minarem, progressivamente, a Soberania do Brasil sobre a nossa Amazônia e a internacionalizarem, pela transformação das riquezas que ela abriga em seu seio, em reservas futuras à disposição do Poder Econômico Mundial. E elas teriam ganho grande força e penetração na Amazônia em 1991, com a supervalorização, pela Constituição, das questões ambiental e indígena. Estudos realizados por Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) detectaram 320 ONGS atuando na Amazônia, ou cerca de 1 ONG para cada 1000 índios, dos 320. 000 levantados pela FUNAI. Com o grande poder que elas possuem na área, conseguiram engessar a Amazônia, que representa 60% do Brasil. 

Engessamento com a criação de enormes Reservas Indígenas + Áreas de Preservação Ambiental + Corredores Ecológicos e outras servidões de uso da terra na margem dos seus rios e limitação de que cada proprietário só use 20% da sua. E tudo isto o Brasil ignora, por um trabalho da mídia internacional refletida pela mídia nacional que anestesia a opinião pública nacional e imobiliza e inibe o poder público para não parecer contra as questões ambiental e indígena. Enquanto isto a biopirataria internacional vai explorando por meio de agentes estrangeiros, sem controle governamental, a biodiversidade e os nossos recursos minerais. São questões fundamentais que necessitam ser mostradas ao povo brasileiro com toda a transparência. Essas são idéias que retiramos de esclarecedora palestra do senador por Roraima, Mozarildo Cavalcanti, na Academia Militar das Agulhas Negras , autoridade que integra a CPI sobre as ONGs na Amazônia, que já levantou 10 ONGs que exercem atividades irregulares lesivas aos interesses do Brasil. Enquanto isto a mídia internacional com apoio ou silêncio da mídia nacional prepara a opinião pública do G-7, principalmente, com esta falsidade:

"O Brasil está desmatando e incendiando a Amazônia e matando os seus índios."
Enfim, estão preparando o caminho através da mentira, para justificar uma intervenção na Amazônia, com apoio de seus braços nela atuantes, as ONGs. É necessário que este debate domine o cenário nacional, entre os que defendem o trabalho das ONGs e os que o condenam, para estudar-se quais as que trabalham em beneficio dos brasileiros e quais as que defendem interesses alienígenas. E, finalmente ter-se sobre elas o máximo controle possível.

Sobre isto escreveu o acadêmico emérito da AHIMTB e ex- comandante da AMAN, General Carlos Meira Mattos autor de trabalho A Geopolítica do Brasil na Amazônia , e com apoio em Guy Sorman, do Jornal francês Le Monde de 25 abril 2001:

"Atrás das siglas (humanitárias), prosperam pequenas e grandes associações, ricas e pobres, generosas e cínicas".

Mais adiante, acrescentava o mesmo jornalista: "e ninguém fiscaliza suas fontes de financiamento, ninguém verifica a autenticidade da boa causa a que se propõem, ninguém controla suas despesas. Na sua quase totalidade não estão subordinadas senão a assembléias fantasmas (compostas de personalidades honradas), mas administradas efetivamente por minorias vinculadas a outros interesses.

Ainda, segundo o que se diz o jornalista do Le Monde, "as ONGs, as mais poderosas, são transnacionais, projetam a imagem das empresas transnacionais que as financiam, tornando utópica a idéia de que são organizações auto- gerenciadas."

Segundo Meira Mattos,"é muito bom para nós, brasileiros, vítimas das campanhas de ONGs internacionais, que venham de fora, da imprensa européia e norte-americana, a revelação dos interesses espúrios, nada humanitários, nada científicos, acobertados por algumas destas instituições que operam em nossa Amazônia".
Controlar atividades de estrangeiros na Amazônia é preciso, em conjunto com o SIVAM e CIPAM que parecem em melhores condições de vigiar e proteger a biodiversidade na Amazônia.(Cláudio Moreira Bento presidente da AHIMTB)


 

- DOAÇÃO DE LIVROS AS ESA, ESPCEx, AMAN, EsAO, ECEME, IME e ESG

A Academia de História Militar Terrestre do Brasil tem distribuído as escolas acima livros que tem produzido sobre a sua égide com o patrocínio de seus sócios das mais diversas categorias onde se destaca a FHE- POUPEX. Doação para quem esta estudando e melhor possa aproveitar o conteúdo dos mesmos. 

Foram doados obras com os seguintes títulos Caxias e a Unidade Nacional ,Os 175 anos da Batalha do Passo do Rosário, Batalhas dos Guararapes descrição e análise militar, Amazônia Brasileira – Conquista, Consolidação e Manutenção( História Militar Terrestre da Amazônia 1616-2003 , As Forças Armadas e a Marinha Mercante do Brasil na 2a Guerra Mundial e Os 60 anos da Academia Militar das Agulhas Negras em Resende .Assim a AHIMTB com estes assuntos históricos de interesse profissional militar espera estar contribuindo modestamente para o ensino nas citadas escolas


 

Dia 14 de junho pela manhã, no Auditório do Comando da AMAN foram agraciados com o Colar Cruz dos Alvarengas do Heróis Anônimos pelo Instituto Histórico Geografico e Genealógico de Sorocaba- SP a Academia de História Militar Terrestre do Brasil e os seus seguintes membros:

da AHIMTB e Presidente da Academia Itatiaiese de História

As condecorações foram entregues pelo Presidente da instituição histórica sorocabana, professor Adilson Cesar , também socio correspondente da AHIMTB em Sorocaba e que em agosto será empossado acadêmico na cadeira Cel Diogo de Morais Arouche Lara o primeiro historiador militar terrestre do Brasil como Reino Unido ,na qualidade de assistentye do Marques de Alegrete o vencedor da 1º Guerra contra Artigas, cujo desenvolvimento ele relatou. Adilson César será o Delegado da AHIMTB em Sorocaba da Delegacia da AHIMTB ali criada Delegacia Aluisio de Almeida, o maior historiador militar da Revolução Lçiberal de 1842 em São Paulo e Minas Gerais


 

ATIVIDADES DA ACADEMIA DE HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL EM 2004

A AHIMTB lançou as seguintes obras editadas sob sua égide de autoria de seu presidente

1-OS 60 ANOS DA ACADEMIA MILITAR DAS AGULHAS NEGRAS(AMAN)EM RESENDE, Comemorativa dos 60 anos em 1 º março de 2004 da sua instalação oficial no Vale do Paraíba. Apresentação do Gen Bda Claudimar Magalhães Nunes ,Comandante da AMAN.

2-AS BATALHAS DOS GUARARAPES DESCRIÇÃO E ANÁLISE MILITAR – Comemorativa do décimo aniversário do Dia do Exército, em 19 de abril de 2004.Reedição melhorada e ampliada de obra de mesmo nome editada pela Universidade Federal de Pernambuco e lançada em 19 de abril de 1971, na inauguração do Parque Histórico Nacional dos Guararapes .Prefãcio do acadêmico e 3º vice presidente da AHIMTB Cel Luiz Ernani Caminha Giorgis e abas do acadêmico Dr Flavio Camargo, editor da obra.

3-AMAZÔNIA 1616-2004, com o prefacio do Gen Ex Luiz Gonzaga Shoroeder Lessa, Presidente do Clube Militar e posfácio do Gen Bda Claudimar Nunes Magalhães comandante da AMAN , os quais vieram de exercer importantes comandos na Amazônia.

4- AS FORÇAS ARMADAS E A MARINHA MERCANTE NO BRASIL NA 2ª GM –Reedição de obra com vistas as comemorações em 8 de maio de 2005 dos 60 anos do Dia da Vitória

Obra que resgata no mais alto nível a atuação conjunta de nossas Forças Armadas na Defesa Territorial do Brasil e na Itália e da nossa Marinha Mercante, fato relevante mas pouco conhecido e divulgado.

Houve lançamento destas obras nas seguintes ocasiões

- Na Academia Militar das Agulhas Negras, no auditório do Comando em 19 de março .

- No Colégio Militar de Porto Alegre em 15 de abril a noite, no Salão Brasil, com expressiva

presença e inclusive de alunos e alunas do Casarão da Várzea.

- No Colégio Militar do Rio de Janeiro na tarde de 22 de abril, em conjunto com a sessão de posse como acadêmico do Cel Rui Rodrigues Duarte, o editor há mais de 15 anos da Coluna Social Polainas e Charlateiras do mensário Ombro a Ombro. Sessão que teve como seu presidente de Honra, o acadêmico Gen Ex Gleuber Vieira, ocupante da cadeira Marechal José Pessoa.

- Na Associação Educacional D. Bosco (AEDB) em Resende, em 23 de abril, a noite, num contexto de homenagem da AEDB a AMAN.

- Em 28 jun e em 10 agosto a AHIMTB continuará estes lançamentos em Porto Alegre na posse como acadêmico do Dr Eduardo Cunha Muller na cadeira General Valentim Benício , vaga por falecimento do acadêmico General João Carlos Rotta e, em Sorocaba na posse como acadêmico do historiador Adilson César ,na cadeira Cel Diogo Moraes de Arouche Lara, citado, vaga por elevação a acadêmico emérito do historiador militar civil Hernani Donato, autor do precioso e utilíssimo Dicionário das batalhas brasileiras.

O Comandante da AMAN General Claudimar agradecendo a homenagem que a AEDB e a AHIMTB prestavam a AMAN em seu aniversário , destacou a importância do trabalho do Cel Bento no resgate da Historia Militar Terrestre do Brasil e em especial a do Exército e ressaltando a importância do livro sobre a Amazônia que posfaciou.


 

PUBLICAÇÕES RECEBIDAS

Livros: O Fascínio dos anos de chumbo do acadêmico Gen Raymundo Negrão Torres, com o prefácio do Cel Jarbas Passarinho patrono em vida de cadeira na AHIMTB. Trata-se de fonte de História preciosa para analise isenta do historiador do futuro. Resumos de História do Brasil do acadêmico emérito Cel Prof º Jardro Alcântara de Avellar, usado no passado como preparatório ao CMRJ. Passo do Rosário, combate da Lagoa Funda em 17 mar 1836, da Confraria de Resgate Histórico de Rosário do Sul. Guerra Memórias ... Destino ... do ex- combatente da FEB no Pará Antônio Batista de Miranda. FFAA do Brasil Evolução Histórica e o Direito Constitucional do André Henrique Bandeira de Mello Borges, na qual agradece a diversos oficiais do Exército do CPOR/ Recife Marechal Salvador César Obino o idealizador da ESG, acadêmico Dr. Eduardo Cunha Muller e prefácio do Cel Cláudio Moreira Bento e, Gen Miguel Costa o verdadeiro comandante da grande marcha. História em quadrinhos do Cel Gay Cardoso Galvão, correspondente da AHIMTB em Campo Grande-MS. De Aluizio de Almeida, patrono da Delegacia da AHIMTB em Sorocaba: A Revolução Liberal de 1842 ,Sorocaba 3 séculos de História e História de Sorocaba para crianças. Do acadêmico Adilson César e delegado da AHIMTB em Sorocaba orações de posse nas academias Cristã de Letras, Argentina da História e Paulista de História e, História de Sorocaba –síntese e Notas para a lavoura canavieira em Sorocaba.

Revistas: Da Academia Paraense de Letras nº 49, 2004 com artigo O militares no Brasil do acadêmico Gen Raymundo Negrão Torres. O legendário 82 anos da Fundação Osório Revista da Cultura nº 5 dez 2003. Revista Unerus nº 20, 2004 - Brasileiros no Timor Leste Revista Defensa nº 305 Especial Tropas de Montanha. Revista Raids 205, La 27: Brigada de Infantaria de Montanha em Portugal Antônio Eleutério Sucena do Carmo. Notícia Bibliográfica e Histórica nº 192, 2004 de responsabilidade do correspondente da AHIMTB na PUC/ Campinas Odilon Nogueira de Matos e 1º Colóquio da Amazônia da Sociedade Brasileira

de Geografia .Revista do IHGG de Sorocaba nº 8,9,10 e 11. O n.º 8 relaciona o acervo de Alísio de Almeida no IHGG de Soracaba. O nº 9 traz o histórico do IHGG Sorocaba, O n.º 41 traz a biografia do Brigadeiro Rafael Toais de Aguiar, patrono da PMSP de autoria de Aluízio de Almeida. O n.º 11 traz artigos dos membros da AHIMTB CMG Diná Willy Cozza sobre a atuação de Fuzileiros Navais na Vale do Paraíba e do Cel Cláudio Moreira Bento A contribuição de São Paulo ao combate da Revolta na Armada em 1893-94 e a Guerra Civil em 1893-95 e do General Plínio Pitaluga Torpeadeamentos de navios brasileiros por aliados uma lenda ainda em voga .

Informativos: Boletim do IHGG de Sorocaba nº 101 a 106. Do IEV nº 153/2004. Do IHGB nº 183 jan/ 2004( notícia a posse presidente da AHIMTB em 8 dez 2003 na cadeira Gen Bento Gonçalves da Silva na Academia Piratiniense de História que fundou em 6 jul 2003. Boletim do IHGSC nº 70/71 que noticia a publicação do livro AD/6 Marechal Gastão de Orleans pela AHIMTB. Os 80 anos da tomada de Pelotas pelo General Zeca Neto na Revista do CIPEL 2003; do IHG Paraibano nº 134 e 135 e 136 de 2004. Da Academia Paulista de História nº 112 e 113. Do IEV março 2004 que publica artigo do Presidente A significação histórica do Duque de Caxias; Clarinadas do Tabatinguera da AEROP nº 157/159. Esta noticia a troca de postos na AEROP dos acadêmicos da AHIMTB Cel Edilberto de O Mello, presidente, ao novo presidente Cel Hermes B. Cruz .Jornal Inconfidência n.º 64 com artigo do acadêmico Gen. Raimundo Negrão Torres do Cel Jarbas Passarinho o prefacio do livro Cadernos da Liberdade do General Sérgio Augusto Avellar Coutinho e o nº 66 - Edição Histórica dos 40 anos da Contra Revolução Democrática de 64 com artigos do acadêmico Gen Raymundo Negrão Torres "O 31 de março no Paraná ".Recebemos do acadêmico Cel João Ribeiro da Silva seu artigo A Geopolitica e a geoestrategia dos Descobrimentos Portugueses que apresentou em Congresso em Virgínia - EUA 2001. Igualmente recebemos da colaborador e amigo da AHIMTB Prof Paulo Henrique da Rocha Corrêa vários artigos à disposição dos interessados em Geopolitica.


 

DIVERSOS

Apelo aos integrantes da AHIMTB .A Academia de História Militar Terrestre do Brasil completou em 1º Março de 2004 - 8 anos de ativa e profícua existência da qual muito deve se orgulhar cada um de seus integrantes nas mais variadas categorias .Confirmar isto é obra de simples raciocínio e verificação!

Ela neste período de marcante realizações tem recebido o apoio intelectual e financeiros voluntário de muitos de seus integrantes que são registrados em livros próprio. Não tem sido fácil mobilizar recursos financeiros para mante-la acesa e viva e atuando para satisfazer suas necessidades de custeio para a coordenar pelo correio, pelo telefone, pela Internet suas atividades espalhadas por todo o Brasil.

Os que tem demonstrado solidariedade financeira voluntária sua contribuições tem ajudado a custear despesas de secretaria, material de expediente, manutenção de computadores, serviços prestados de digitação e manutenção de serviços prestados, por uma jovem auxiliar que mantém em dia o pesado expediente.

Assim apelamos que mais membros da AHITMB apoiem financeiramente a Academia de História Militar Terrestre do Brasil que integram e que sejam mais solidários com ela e com os seus objetivos. Aqui vale lembrar o que escreveu o Major J.R. de Miranda Carvalho sobre a importância profissional da História Militar que coincide plenamente com o nosso pensamento, da diferença da História Militar descritiva e dominante com a História Militar Crítica pouco compreendida em seu grande valor profissional e muito pouco praticada entre nós, mas a cargo sua prática do profissional militar a luz dos fundamentos da Arte e da Ciência Militar.

" É desalentadora a freqüência com que se encontra a ignorância total do valor da História Militar para a formulação da Doutrina Militar e a organização das Forças Armadas, o preparo para a guerra e a conduta das operações. Muitos ainda continuam a julgá-la um assunto para mera erudição- uma fonte de conhecimentos úteis apenas aos que se deleitam em acumula na memória um cabedal destinado a ilustrar sua palestra nas rodas sociais ou a dar um toque invejável a uma eventual entrevista jornalística..."

E não foi assim que ela foi estudada por exemplo pelo Marechal Castelo Branco, pelo Cel J.B. Magalhães e por Amerino Raposo para citar estes pensadores militares mais conhecidos"

Creio que nada pode melhor traduzir as preocupações da Direção da Academia por falta de solidariedade de pequena parte de seus integrantes do que esta carta do Almirante Hélio Leôncio Martins, o maior historiador vivo de nossa Marinha de Guerra e do alto de seus 90 anos.Talvez suas palavras possam amolecer os corações dos membros da AHIMTB que não se mostram solidários e não depositam fé em suas realizações na conjuntura difícil porque atravessa a História Militar Terrestre do Brasil.

Aos integrantes da AHIMTB que tem contribuído financeiramente e assim ajudado a AHIMTB a se manter em ação, os agradecimento da Direção. Vejamos o que nos diz o Almirante Leôncio, destacado oficial que foi o primeiro colocado em três cursos e o primeiro a comandar o Navio Aeródromo Minas Gerais além de veterano da Força Naval do Nordeste na 2a GM com tripulante de Caça Minas:

" Rio, 31 maio 2004 Prezado Cel Cláudio Moreira Bento, Acabo de receber mais um livro seu e a primeira impressão foi a melhor possível sobre Caxias e a Unidade Nacional, editado por nossa AHIMTB. A minha admiração por sua compacidade de realização não tem limites. Espalha a Academia de História Militar Terrestre por todo o Brasil, e tem uma produção literária militar que não esmorece, pesquisa, contata, pergunta.. Isto tudo sem ter uma organização administrativa de apoio. Em meu julgamento, faz tudo sozinho. Lamento que os meus noventa anos, com as mazelas da idade e a diminuição de energia para atuar, movimentar-me, a ajudá-lo, me imobilizem, colocando-me na posição de seu colaborador e admirador. Apesar de minha situação financeira estar se tornando precária, com as restrições de nosso saldos ,uma inflação que desmente os valores oficiais e as despesas com médicos e remédios que garantem minha precária sobrevida, acho que seu esforço merece uma ajuda mais solidária que o facilite. Assim estou juntando a esta um cheque de cem reais que esta dentro de minhas possibilidades.Com os meus comprimentos e um abraço amigo do Leôncio Martins."

Getúlio Vargas e a evolução da Doutrina do Exército (1930 – 45

(Introdução de palestra sob o título acima a ser proferida em 28 junho pelo Presidente da AHIMTB no Salão Brasil do Colégio Militar de Porto Alegre e que estará disponível em Artigos no site da AHIMTB www.resenet.com.br/users/ahimtb

O Presidente Getúlio Vargas, cujo sesquicentenário de falecimento ocorre em 24 de agosto de 2004, em sua juventude foi militar do Exército, por 5 anos. Inicialmente como soldado e sargento do 6 º Batalhão de Infantaria em São Borja. em 1899. A seguir como aluno da Escola Preparatória Tática do Rio Pardo em, 1900,1901 e 1902 até maio. E finalmente como 2ºsargento de Infantaria do 25º Batalhão de Infantaria, na Praça do Portão em Porto Alegre em 1902 e 1903, matriculando-se na Escola Brasileira com o idéia de cursar Direito, tendo neste ano tomado parte em Expedição Militar até Cuiabá, com o 25º Batalhão de Infantaria, em função da Questão Acreana. Deu baixa do Exército ao retornar de Cuiabá, em dezembro de 1903, para cursar a Escola de Direito, onde ingressou como aluno ouvinte, matriculando-se em 1904 no 2º ano . Foi seu comandante lá na 9ª Região Militar em Cuiabá, o General João Cézar Sampaio que como coronel comandara a Divisão do Sul que libertou Bagé, em 8 de janeiro, de cerco federalista a que fora submetida por 46 longos dias (1).

Em 1906 Getúlio ingressou na política. Fundou o Bloco Acadêmico Castilhista do qual fizeram parte os alunos da Escola de Guerra de Porto Alegre, no Casarão da Várzea Eurico Gaspar Dutra e Pedro Aurélio de Góes Monteiro que exerceriam importante papel na vida e obra de Getúlio Vargas e, principalmente no Exército, como seus Ministro da Guerra e Chefe do Estado- Maior do Exército e executores da ação do presidente Getulio Vargas, no Exército, objeto da presente interpretação.

Em Rio Pardo, cuja sede da antiga Escola citada esta sendo restaurada e inaugurada esta ano, estudaram na mesma época os seus mais tarde destacados amigos e colaboradores – o já citado Eurico Gaspar Dutra e Mascarenhas de Morais. E mais os generais Bertoldo Klinger, filho de Rio Grande, e Francisco de Paula Cidade de Porto Alegre e ambos destacados historiadores militares no passado.

Em discurso para as Forças Armadas, em 12 de dezembro 1940, Getúlio, Vargas filho de um herói brasileiro da Guerra do Paraguai e no combate à Guerra Civil 1893/95, General Honorário Manoel dos Nascimento Vargas, recordou aos ouvintes com orgulho, sua condição de ex – integrante do Exército, com estas palavras:

– "Como vós fui soldado e encontrei na camaradagem das armas uma escola de lealdade, de abnegação e desinteresse, com o que continuo servindo ao Brasil, somando o meu esforço ao vosso e ao de todos os patriotas, para torná-lo cada vez mais próspero."

E foi fardado como chefe da Revolução de 30 que ele se deslocou de trem de Porto Alegre ao Rio, onde fardado assumiu do Governo do Brasil.

Sua contribuição para o progresso, relativamente ao Exército, foi a mais marcante da História do Brasil. Sob seu governo a Doutrina do Exército em seus campos Organização, Equipamento, Ensino e Instrução, Motivação e Emprego, atingiu a maior expressão e progressos relativos, ao longo do processo histórico brasileiro.

Um sintético inventário por campo doutrinário citado, corrobora com nossa afirmação, ao mesmo tempo em que se lhe faz justiça por evocar, no cinqüentenário de sua morte , a projeção de sua obra na Segurança Nacional.

Sites que publicam matérias de História Militar Terrestre do Brasil da AHIMTB

www.resenet.com.br/users/ahimtb ; www.militar.com.br em História a Revista Eletrônica da AHIMTB e em Caserna no site www.resenet.com.br do Portal Agulhas Negras

Como remeter colaborações financeiras a AHIMTB

Enviar por cheque nominal a Academia de História Militar Terrestre do Brasil para o seguinte endereço para facilitar o registro em livro próprio .

Cel Cláudio Moreira Bento Presidente da AHIMTB

Academia de História Militar Terrestre do Brasil

AMAN

Av Getúlio Vargas 442 Campos Elísios

27542-140 Resende- RJ

E.mail da AHIMTB ahimtbrasil@resenet.com.br

 


"Para alimentar o cérebro de um Exército na paz, para prepará-lo para a eventualidade indesejável de uma guerra, não existe livro mais fecundo em meditações e lições do que o da História Militar."