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ANO: 2002 MÊS: JAN/MAR No 32 |
SUMÁRIO - OS 150 ANOS DA GUERRA CONTRA ORIBE E ROSAS E DA BATALHA DE MONTE CASEROS de 2 FEVEREIRO 1852 - OS 190 ANOS DA CAMPANHA DO EXÉRCITO PACIFICADOR DA BANDA ORIENTAL DE D.DIOGO DE SOUZA - NOTÍCIAS DE MEMBROS DA AHIMTB - DIVERSOS
A GUERRA CONTRA ORIBE E ROSAS 1851-52 O PODER NA Argentina era exercido por Juan Manuel Rosas, desde 1829 e, no Uruguai, desde 1834, por Manuel Oribe. Rosas passou a alimentar o sonho de reconstituição do antigo Vice-Reinado do Prata e por via de conseqüência, a ameaçar a soberania e integridade do Brasil e do Uruguai. No Prata projetavam-se interesses ingleses e franceses que contrariavam os do Uruguai, Argentina e Brasil. Rosas tentou interferir na Revolução Farroupilha. O Brasil reconheceu a independência do Paraguai em 1844. Caudilhos platinos disputavam o poder! Em 1850 Manuel Oribe hostilizou brasileiros residentes no Uruguai. O barão do Jacuí Francisco Pedro de Abreu, "O Moringue", que se celebrizara no combate à Revolução Farroupilha, agora liderando fazendeiros brasileiros, invadiu o Uruguai em ações denominadas Califórnias de Chico Pedro. Rosas exigiu satisfações, fato que terminou com o rompimento de relações Brasil-Argentina. Em 1850 o Brasil assinou com o Paraguai um tratado de aliança defensiva e ofensiva para fazer frente ao objetivo de Rosas de incorporar o Paraguai. Na área da 3ª RM, desde 6 maio 1851, 1º Distrito Militar, a movimentação foi intensa para o preparo de suas forças para a guerra iminente, ao lado de medidas políticas e econômicas e de aliança militar com caudilhos que se opunham a Rosas e Oribes. O então conde de Caxias foi nomeado presidente do Rio Grande e comandante da atual 3ª RM pela 2ª vez. E a 3ª RM, ao comando de Caxias organizada em quatro divisões, constituiu-se no principal elemento terrestre para conduzir a guerra contra Oribe e Rosas em aliança com Urquisa, governador de Entre-Rios e Virasoro, governador de Corrientes e motivada pelas seguintes causas:
A Guerra que então teve lugar, envolveu o território da 3ª RM e parcelas expressivas dos territórios do Uruguai e Argentina. Teria sido envolvido o Paraguai, se este tivesse cumprido o tratado de 25 Dez 1850 com o Brasil. Em Caçapava do Sul foi construída uma enorme base logística nucleada pelo monumental forte D. Pedro II, ainda com suas muralhas de pé, para aproximar o apoio às operações contra Oribe e Rosas. Caxias assumiu o comando da 3ª RM em junho e acelerou a concentração de suas forças na fronteira Brasil-Uruguai. Concentrou o grosso em Santana do Livramento e colocou uma divisão em Jaguarão. Operações contra Oribe De Santana, Caxias lançou uma vanguarda ao comando do Ten Cel Manoel Luiz Osório para fazer a ligação com o Gen Urquiza, da qual nasceu o seguinte plano de operações aliado:
Urquiza, tirando proveito da cobertura da 3ª RM e da Esquadra, marchou para o Sul, sem honrar o combinado, levando como vanguarda Servando Gomes, que Oribe havia mandado para combatê-lo. Nas imediações de Montevidéu, Urquiza, após escaramuças com Oribe, celebrou um Convênio de Capitulação sem consultar Caxias. Caxias e as tropas da 3ª RM internaram-se no Uruguai. Percorreram 500Km de terreno difícil, agravado pelo mau tempo. Levaram, como impedimenta mais de 100 carretas tracionadas por bovinos, inclusive a artilharia de Mallet, que aí adquiriu seu apelido histórico de Boi de botas, pois enfrentaram lama grossa no itinerário de marcha. Então, as tropas da 3ª RM, revelando "elevado grau de abnegação, resistência e espírito de sacrifício" cumpriram etapas de 17 Km por dia, sem encontrarem locais para acantonar. Em 14 Out 1851, Caxias operou junção com Urquiza. Isso assinalou o término da guerra contra Oribe e, por via de conseqüência, garantiu segurança para os rio-grandenses da Fronteira ou moradores do Uruguai. Guerra contra Rosas Em 21 nov 1851, ficou estabelecido um tratado entre os aliados brasileiros uruguaios(orientais) e argentinos contra Rosas e não contra a Argentina.
A 1ª Divisão Brasileira destacada do nosso Exército embarcou em Colônia do Sacramento em nossa Esquadra e chegou em Diamante, em 20 Dez 1851. Em 30 Dez 1851, havia sido concluída a concentração em Diamante, após 40 dias de haver sido decidida. A transposição do rio Paraná, em Diamante, teve início a 23 Dez 1851, com a Cavalaria de Urquiza atravessando a nado para estabelecer uma cabeça-de-praia na margem direita. Operação épica que descrevemos em Travessia Militar de Brechas e Cursos d’água no Brasil(1645-1986), na a Defesa Nacional (nº 723, Nov/Dez 1985). Transposição sem atuação inimiga que se estendeu por cerca de 15 dias. Nela a Esquadra Brasileira teve papel decisivo. A Divisão de Cavalaria entre- riana, que atravessou o rio a nado, perdeu por afogamento muitos homens e cavalos. Em 8 Jan 1852, todo o Exército aliado havia transposto o rio e se concentrado em Espinilho. E dali os aliados brasileiros, argentinos e uruguaios, sob o pomposo nome oficial Exército Grande da América do Sul, encetou sua marcha para Buenos Aires. E, no dia 2 fev 1852, teve lugar a vitoriosa batalha de Moron ou de Monte Caseros, na qual a 1ª Divisão Brasileira destacada das tropas de Caxias, teve marcante atuação. À Divisão Brasileira coube atacar o centro da posição inimiga, que era o ponto mais forte – El Palomar e Caseros, que os brasileiros conquistaram. A Divisão Brasileira, que lutou em Monte Caseros, foi construída das seguintes unidades:
Total: 4.020 homens ou 1/7 do efetivo aliado. Muito contribuiu para o rompimento da posição rosista atiradores de escol alemães, em número de cerca de 100, que foram espalhados entre as unidades brasileiras de Infantaria e armados de moderníssimos fuzis Dreyse de agulha, conforme abordamos em nosso Estrangeiros e Descendentes na História Militar do RGS, ao tratarmos dos Brummer, a Legião Alemã contratada na Prússia pelo Brasil para este conflito e composta de um BI, um RA e duas Companhias de Pontoneiros equipadas com equipagens Birago. Enquanto isso se passava, Caxias, com o restante das tropas da 3ª RM em Colônia, e com apoio da Esquadra Brasileira, ali aguardava o desenrolar dos acontecimentos, após haver reconhecido, em 17 jan, a costa junto a Buenos Aires onde escolheu um local para um possível desembarque. Rosas conseguiu evadir-se a bordo de um navio inglês. A Divisão Brasileira desfilou triunfalmente em Buenos Aires. Em 1º Mar, retornou coberta de glória a Montevidéu onde se reintegrou às forças da 3ª RM. Com a vitória sobre Rosas forma definidos:
Como se vê, foi grande a repercussão geopolítica da atuação, mais uma vez da atual 3ª RM, ao comando de Caxias. Esta campanha é tratada com riqueza de detalhes operacionais por Genserico Vasconcelos, e riqueza documental, por Bormann e Titara, nos seguintes clássicos:
1941, v. 2 (baseada no livro a seguir).
Gerson, 1912(É a obra mais importante de autoria de ex-comandante da 3ª RM).
libertador do sul da América. Rio, BUIBLIEX, 1950. Bormann e Genserico são patronos de cadeiras da AHIMTB Com a experiência adquirida na Revolução Farroupilha e na guerra contra Oribe e Rosas, Caxias, ao assumir o Ministério da Guerra pela primeira vez em 1855, procurou modernizar o Exército:
Deixou uma preciosa visão geral do território da 3ª RM entre as guerras contra Oribe e Rosas, 1851-52, e a do Paraguai, 1865-70, o médico alemão: AVÉ-LALLEMAN, Roberto. Viagem pelo Sul do Brasil em 1858. Rio, INL, 1953, 2 v. Itinerário que percorre: Rio Grande–Porto Alegre–Rio Pardo–Santa Cruz- Rio Pardo – Cruz Alta – Cachoeira – Santa Maria – São Martinho – Missões – São Borja – Itaqui – Uruguaiana – Alegrete – Saicã – São Gabriel – Caçapava – Cachoeira – Rio Pardo – Taquari – Porto Alegre – São Jerônimo – Rio Grande – Pelotas – Rio Grande. Ele evidencipu então as preocupações e preparativos na área da 3ª RM para com a Guerra do Paraguai, que ocorreria 7 anos depois . A Infantaria passou a ser instruída pelo sistema do Cel Bernardo Antônio Zagalo. A Cavalaria adotou o regulamento do Mar. Carl Beresford que comandara a reação em Portugal contra a invasão de Napoleão. A Artilharia adotou o Regulamento da Guarda Francesa do Gen. Pardal, talvez influência de Mallet. A Engenharia ganhou a sua primeira equipagem de pontes Birago ,prussiana que, por muitos anos, foi usada em Rio Pardo. Em 1860 Caxias adotou as Ordenanças de Portugal com as adaptações que a pacificação do Maranhão, São Paulo, Minas, Rio Grande do Sul e Guerra contra Oribe e Rosas lhes impuseram. E justificou: "Até que se possua uma doutrina genuinamente nossa". E foi com esta doutrina que o nosso Exército iria enfrentar a Guerra do Uruguai, 1864-65, e do Paraguai 1865-70, contando mais com os ensinamentos colhidos da Guerra da Secessão nos EUA, a primeira guerra total da História Militar. Para acompanhar-se a evolução administrativa do Exército no Império 1822-89 e os seus reflexos no Exército , consultar a obra: PONDÉ, Francisco de Paula e Azevedo, Gen. Organização Administrativa do Ministério da Guerra no Império. (Rio, BIBLIEX, 1986) Dela podem se extrair informações, tais como a seguir: As forças do Exército que combateram nesta guerra foram organizadas em acordo , Dec 762, de 2 fev 1851. Dispuseram de Ajudante General(com respectivos deputados do Ajudante General nas divisões. E as brigadas teriam assistentes do deputado por divisão e um assistente do deputado divisionário), o Quartel Mestre General(com um deputado por divisão e um assistente do deputado por brigada) e o Secretário Militar.O Ajudante General era responsável por planos, operações, justiça, instrução, administração do pessoa. O Quartel Mestre General reunia funções logísticas (aquisição, depósito, transportes material e pessoal). Explicamos isto em detalhes em O Exército na Proclamação da República(Rio, SENAI, 1989). Esta estrutura testada com sucesso na guerra em foco foi introduzida no Exército por lei 648, de 18 Ago. 1852. Durante esta guerra, o efetivo das forças terrestres brasileiras era em torno de 28.371h, assim distribuídos: Exército 18.957; Forças Auxiliares – 1.091; Guarda Nacional destacada – 8.323h. Dec. 553 de 5 Abr. 1852 aprovou o regulamento do Curso de Cavalaria da Província do Rio Grande do Su;. Dec 908 de Jun. 1852 aprovou regulamento de 26 artigos para os inspetores de Infantaria, Cavalaria e artilharia das OM do Exército. Dec. 7025, de 7 Ago. 1852, aprovou novo plano de uniformes. Por aviso circular de 19 Ago 1893, o Exército criou escolas elementares, em suas OM, de primeIras letras, destinadas a praças que tenham revelado potencialidade de acesso, a cabos e sargentos. Era a origem das centenárias Escolas Regimentais. Caxias retornou muito doente desta guerra ,acreditando haver perdido definitivamente sua saúde que ele recuperou depois de longa estação e águas em Caxambú ,ombinada por banhos de cachoeira em São João Del Rey .
190 o ANIVERSÁRIO DA CAMPANHA DO EXÉRCITO DE D.DIOGO DE SOUZA PACIFICADOR DA BANDA ORIENTAL 1811/12 Com o movimento de independência da Espanha, as províncias que constituíam o antigo Vice-Reinado do Prata trataram de proclamar sua independência. O governador de Montevidéu, no entanto, manteve-se fiel à Espanha. Montevidéu foi cercada por forças de Buenos Aires e de orientais (uruguaios) de Artigas. Portugal organizou o Exército de Observação na Capitania do Rio Grande do Sul, ao comando de D. Diogo de Souza, com a finalidade de prevenir, na Capitania do Rio Grande de São Pedro, os reflexos das lutas que incendiavam o Rio da Prata. As operações militares --A concentração inicial do Exército de Observação foi feita nos seguintes locais : Em Bagé atual ao comando do Marechal de Cavalaria Manoel Marques de Souza (1o) atual patrono da 8a Brigada de Infantaria Motorizada com sede em Pelotas e então comandante da Fronteira do Rio Grande . No Acampamento de São Diogo junto ao arroio Inhanduí ,a 25 Km a Noroeste do Alegrete ,ao comando do Marechal de Infantaria Joaquim Xavier Curado ,comandante da Fronteira do Rio Pardo .Foi destaco da Fronteira do Rio Pardo para o Distrito Militar das Missões com sede em São Borja ,um Grupamento de Forças ao comando do Coronel João de Deus Mena Barreto ,futuro Barão de São Gabriel e ligado a História deste município conforme aborda em detalhes o acadêmico sub ten (ref) Osório Santana Figueiredo em seu livro História de São Gabriel ( Santa Maria: Pallotti ,1993) . Em maio de 1811, o governador de Élio Montevidéu, sitiado pelo argentino Rondeau e por tropas orientais de Gervásio Artigas, solicitou socorro a D. João VI, cunhado do rei D. Fernandes da Espanha (que fora aprisionado por Napoleão). D. João, então, determinou a invasão da Banda Oriental (atual Uruguai) pelo Exército de Observação, agora transformado em Exército de Pacificação da Banda Oriental. Diogo de Souza ordenou que todas as forças da Capitania se concentrassem em Bagé. Deixou uma pequena força de cobertura em São Borja, ao longo das fronteiras. Em 17 de julho, o Exército Pacificador rumou para o rio Jaguarão.Em 23, o Mal Marquês de Souza invadiu o Uruguai pelo, atual passo Centurión no rio Jaguarão e tomou posse de Cerro Largo (atual Mello). De retorno, a coluna principal foi obrigada a acampar, na noite de 23 para 24 de julho, em local inadequado. O guia da coluna errou o caminho em virtude de forte cerração. A tropa passou uma noite debaixo de chuva, sob frio intenso, com cavalos presos pelas rédeas, em várzea desabrigada e destituída de lenha. Ao amanhecer, foram encontradas diversas sentinelas mortas pela ação do frio intenso, e várias doentes. Em 5 de setembro, Marques de Souza, à frente de 300 cavalarianos, apossou-se da Fortaleza de Santa Teresa, no Uruguai, abandonada pelo inimigo. Na mesma noite, vanguardas de Marquês de Souza penetraram no acampamento inimigo de Castilhos, onde fizeram prisioneiros e apresaram 300 cavalos. Prosseguindo em seu avanço fulminante, Marquês de Souza surpreendeu o inimigo concentrado em Rocha. D. Diogo de Souza mandou reparar as pequenas brechas da Fortaleza de Santa Teresa e a guarneceu com artilharia e homens. A 3 de outubro, o Exército Pacificador retomou sua marcha. Em 11 dias de marcha forçada, atingiu Maldonado, sem que o inimigo intentasse qualquer reação ou ações diversionárias sobre as desguarnecidas fronteiras do Rio Grande. D. Diogo de Souza avançou baseado nos excelentes trabalhos de informações militares realizados pelo Mal. Curado, que, em longa permanência no Rio da Prata, em missão diplomática, havia levantado todas as possibilidades e valor do inimigo. Em 14 de outubro, o governador de Montevidéu mandou aviso a D. Diogo, pedindo que recolhesse para o Rio Grande o Exército Pacificador, em razão de haver concertado um armistício com os argentinos e orientais, por imposição de interesses britânicos. Rondeau retirou-se para Buenos Aires, e Artigas para Entre-Rios. Diante das ameaças que continuaram por parte de Artigas e seus seguidores, D. Diogo de Souza destacou de Maldonado para o acampamento de São Diogo, em fins de dezembro de 1811, os regimentos de Dragões e de Milícias de Rio Pardo, ao comando do Coronel Thomaz da Costa. No início de 1812, em Maldonado, D. Diogo de Souza ordenou uma convocação geral no Rio Grande do Sul. Todos os homens entre 16 e 40 anos seriam obrigados a se apresentar no prazo de dez dias. Deixando Maldonado, o Exército Pacificador rumou para Paissandú, passando por Pão de Açúcar, Passo de Cuelo, Cerro Pelado, Passo do Durazno, Rio Yi, Rio Negro, Arroio Malo, face à ameaça de Artigas. Chegando a Paissandú, D. Diogo de Souza entrincheirou o seu Exército. Esta marcha do Exército Pacificador não foi tranqüila, como se crê. Suas forças tiveram que enfrentar diversas guerrilhas de Artigas. O Coronel Thomaz da Costa partiu de São Diogo à frente dos Dragões e Milicianos de Rio Pardo. Atacou Artigas , entre o Quarai e Ibicuí, obrigando-o a repassar o Uruguai. Partindo de São Borja, 80 homens, ao comando de Bento Manoel Ribeiro, atacaram o povo de Japejú (local de nascimento de San Martín), obrigando seus defensores a evacuá-lo. O Coronel de Engenheiros Francisco Chagas Santos, comandante do Distrito Militar nos Sete Povos das Missões, à frente de 300 milicianos e índios guaranis, atacou o povo de São Tomé, destruindo-o por completo. Neste ataque, incendiou casas, destruiu carretas, matou 150 homens e afogou no rio mais de 3 mil cabeças de gado. Em 10 de junho, D. Diogo de Souza, em Paissandú, recebeu ordens de D. João VI de retirar-se da Banda Oriental, em razão de armistício. Em 13 de junho, o Exército marchou para as cabeceiras do Cunha Peru, onde permaneceu durante três meses. Em 12 de setembro de 1812, o Exército Pacificador, em duas colunas, marchou para Bagé.Em Bagé e Nossa Senhora da Conceição (município de Herval), as tropas milicianas foram desmobilizadas. O restante retornou para Rio Pardo e Rio Grande. Em conseqüência desta ação, D. Diogo de Souza foi agraciado com o título de Conde de Rio Pardo. A conseqüência relevante desse evento foi a incorporação, de fato, ao Brasil, do rico distrito de Entre-Rios, onde se situam os municípios de Uruguaiana, Quaraí, Santana do Livramento, Alegrete e parte dos municípios de Rosário do Sul e D. Pedrito. Do acampamento de D. Diogo, próximo da guarda de São Sebastião, surgiria a cidade de Bajé, e, do acampamento de São Diogo, surgiria a cidade de Alegrete, o primeiro povoado português a oeste do rio Santa Maria. A primeira povoação no distrito de Entre-Rios (quadrilátero formado pelos rios Uruguai, Quaraí, Ibicuí e Santa Maria) originou-se no acampamento do Marechal Xavier Curado, em São Diogo (25 Km NO de Alegrete). O acampamento de São Diogo serviu de base de operações de um destacamento ao comando do Capitão José de Abreu, que expulsou várias vezes da região os artiguenhos que tentaram invadi-lo. Em 1814, o São Diogo foi incendiado por Verdun, seguidor de Artigas. Seus habitantes abandonaram o local e se estabeleceram em Alegrete, dando origem à atual cidade. São Diogo passou a ser conhecido, desde então, por Capela Queimada. D. Diogo de Souza, na campanha de conquista do Distrito de Entre-Rios, doou muitas sesmarias a militares que dela participaram. E, assim, as povoou com lideranças capazes de desenvolvê-las e defendê-las militarmente, sempre que necessário.
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PUBLICAÇÕES RECEBIDAS Livros: O poder permanente da História; Brasil e os difíceis caminhos da Integridade; 500 anos depois de Gabriel Soares de Souza; As transformações do pensamento brasileiro 1920-90 e Instituições em crise Dutra e Goes Monteiro duas vidas paralelas(utilísimo e revelador ) do acadêmico Cel Nilton Freixinho; A História Militar de Resende 1744-2001; Centenário do Gen Edmundo Macedo Soares; Resende 2001 - 200 anos; 8ª Brigada de Inf Mtz, pelo acadêmico emérito Cel Cláudio Moreira Bento; O enigma dos submarinos, do acadêmico Cel Fernando Maia Pedrosa; Maçonaria Filosofia e História, do acadêmico Cel PMRJ José Luiz Pereira. Fundação Osório - 80 anos, do acadêmico júnior Henrique de Vasconcelos Cruz e Ministros da Guerra e do Exército Brasileiro 1931-1999, do membro efetivo da Delegacia Marechal José Pessoa da AHIMTB no DF, Cel Diniz Esteves. Revistas: Do IHG Paraibano nº 34, maio 2001 com artigo de Godofredo Jesus Correia - Atuação da Engenharia Militar no NE; do Clube Militar nº 382, com artigo "Viva o 31 de Março" do acadêmico Gen Hélio Ibiapina; nº 380, com artigo "Nova LRM" do citado autor e "O EB no Desenvolvimento Nacional" do acadêmico Cel Luiz Carlos Carneiro de Paula e "Música Militar" do acadêmico Cel Antônio Gonçalves Meira ; nº 387 com artigo do Gen Ibiapina "Você se interessa pelo Brasil?" , artigo do Cel Ney Paulo Panizzutti "Jorge Amado Mea Culpa". Revista do Clube Naval nº 312 com artigo "2ª Guerra" do veterano e patrono de cadeira na AHIMTB Alte Hélio Lêoncio Martins e do acadêmico Cel José Spagenberg Chaves artigo "O marinheiro que foi engolido por uma baleia e sobreviveu" e a nº 110, 2000, com o artigo do patrono de cadeira Alte Hélio Lêoncio Martins "A Revolta de Sargentos em 1963. Revista da SASDE editada pelo correspondente da AHIMTB no CMNE Cel Walter Albano Fressatti contendo artigos sobre os patronos no Exército do acadêmico emérito Cel Cláudio Moreira Bento jul, ago, set. Revista Cultura nº 1 da DAC, com artigo do acadêmico emérito da AHIMTB Arno Wheling sob o título "A Pesquisa da História Militar Brasileira, edição primorosa que retrata a Diretoria de Assuntos Culturais(DAC) e a Fundação Cultural do Exército. Revista Unidade da Brigada Militar nº 43 e 44. Notícia bibliográfica e histórica nº 180 e 182, a última com artigo do colaborador José E. O. Bruno; e Rondon/Rondônia do correspondente e editor da revista Odilon Nogueira de Mattos; Anais do 1º Encontro de Institutos Históricos - João Pessoa-PB; Revista do IHGDF nº 3, 2000 com artigos do acadêmico Cel Manoel Soriano Neto Descobrimento do Brasil.Jornais e informativos : Jornal Clarinadas do Tabatingüera nº 122, 123 e 124, contendo artigos do acadêmico Cel Edilberto de Oliveira Mello, presidente da AORPM/SP, onde se destaca esta referência ao falecido governador Mário Covas: "Governador Mário Covas, esqueça os idos da patrulha de DOI-CODI. Onde estiver, sinta o calor dos nossos infantes, cavalarianos, do grupamento aéreo, do Pelotão de Honra fúnebre, dos Cadetes que carregaram o esquipe nos ombros, elevando-o para mais perto de Deus". Informativo Cultural da Dir. de Patrimônio." Histórico da Marinha nº 2, 4 e 6. Notanf abr/jun 2001 do CFN(registra o grande número de visitantes em seu museu dirigido pelo correspondente da AHIMTB, CF Paulo Roberto Quintão. Informativo do IHGB nº 150-152 e 155-157. Informativo da Academia Paulista de História, nº 77-81 e 85-86 cont. 79, o acadêmico Hernani Donato escreve sobre a Amazônia e a cobiça e o Cel José Nogueira Sampaio escreve sobre o Corpo Permanente em São Paulo na Retirada de Laguna. O nº 80 traz o quadro social da APH, onde não registra nenhum militar das F.A. O nº 85 registra que o Visconde de São Leopoldo foi quem apresentou a D. Pedro II o nome aprovado do Ten Gen José Arouche Toledo Rondon, doutor das Leis e armas para 1º diretor da atual Faculdade de Direito de São Paulo. O nº 86, registra de Duílio Crispim Farina, a História do Forte do Itapema em Santos. Lança Partida, da 6ª Bda Inf Bld nº 22, 23 e 25 (GU cuja história a AHIMTB está desenvolvendo );Jornal do Grupo Inconfidência nº 36, 37, 39 (Boas matérias sobre Amazônia e Contra Revolução 1969). Boletim do IHGSC nº 30(contendo homenagem ao patrono de cadeira na AHIMTB Cel Emílio Carlos Jourdan, belga) 34-38, 41 e 42. Boletim do IHGSP 51 e 52(Registra a morte do acadêmico Antônio Pimentel Winz). Boletim do IHG Paraibano nº 100 e 105. O Clarim nº 43, 44 e 47 do CML. Boletim da ANVEFEB nº 33 e 36. Informativo IEV, 122, 125 e 131(nº 124 publica artigo do colaborador J.E.º Bruno - Província Resende e o nº 131, com artigo Município de Itatiaia - Evolução Histórica, da colaboradora emérita da AHIMTB, Alda Bernardes Faria e Silva. Jornal SOAMAR - Sorocaba nº 5 e 6, resultado do grande esforço do correspondente Adilson César, com artigo sobre Varnhagem. Informativo AMIR nº 65 e 66. Entidade que completará 10 anos).DIVERSOS Dicionário Sacramento Blake ;A AHIMTB acaba de incorporar em seu acervo o instrumento indispensável do historiador brasileiro, mas raro ,o Dicionário Bibliográfico Brasileiro de autoria de um médico do Exército nas guerras contra Oribe e Rosas 1851 e do Paraguai 1865 -70 o Dr Augusto Victorino Sacramento Blake ,nascido em Salvador em 1827 e ali formado em Medicina por por volta de 1850 ,já servindo como médico a Guarda Nacional da Bahia desde universitário .Formado ingressou no Exército integrando como médico a Artilhara Brasileira que combateu Oribe e Rosas e nela permanecendo por 7 anos até cerca de 1859 .Durante a Guerra do Paraguai serviu ao Exército como 1 o médico de dois hospitais de campanha .De retorno a Salvador ,depois de deixar o Exército, exerceu as funções de médico do Corpo Policial a da Bahia e como médico dos operários do Arsenal de Guerra da Bahia e até 1878 com a idade de 51 anos .Em 1865 a propósito da Questão Christie escreveu Estudos Militares .Seu dicionário se constitui em 7 volumes .O 1o editado em 1883, 0 2o em 1893,o 3o em 1895, o 4 o em 1898 , o 5 o em 1889, o 6 o em 1900 e o em 1902 .Eis mais um exemplo de uma contribuição indireta do Exército aos desenvolvimento da cultura nacional . Foi uma monumental contribuição a cultura! Programação da AHIMTB para o 1o Semestre :Participação da instalação da Delegacia Cel PM Pedro Dias de Campos da AHIMTB ,em 25 janeiro na Associação dos Oficiais da Reserva da Policia de São Paulo .Em 1o mar ,comemorará no IME o 6 o anoversário da AHIMTB com a posse como acadêmico, na cadeira Marechal José Bernadino Bormann e Delegado da Delegacia Marechal João Batista de Mattos, do acadêmico Gen Bda Rubens Silveira . Brochado ,que fará uma palestra sobre a História do Arsenal de Guerra do Rio. Posse em susbstituição ao acadêmico emérito Gen Div José Carlos Alberto do Amarante ,ora servindo em Brasília. Posse em Recife,no CM Recife do acadêmico Cel José Fernando Maia Pedrosa na cadeira Gen João Pereira de Oliveira e no contexto das comemorações de mais um aniversário da 1a Batalha dos Guararapes ,hoje consagrado como o dia do Exército ..Lançamento em Bagé da História da 3a Brigada de Cavalaria Mecanizada que traz como novidade um retrospecto da rica História Militar de Bagé 1680-1926..Lancamentos de plaquetas :Duque de Caxias a verdade e a manipulação de sua história; Dr Tácito Vianna Rodrigues o resendense do século XX -um exemplo de cidadania ,do acadêmico Cel Alceu Paiva -presidente do Conselho Fiscal da AHIMTB e , A Gepolítica de Portugal e Brasil no Prata e suas repercussões no Rio Grande do Sul 1680-1903 . E finalmente do acadêmico Cel Luiz Ernani Caminha Giorgis a síntese biográfica do Gen Rinaldo Pereira da Câmara, neto e biógrafo do Marechal Câmara e escolhido patrono da AHIMTB no RGS que tem por Delegado de Honra o Exmo Sr Gen Ex Max Hoertel, comandante do CML . Lembrete : Envie sua colaboração a AHIMTB em cheque nominal a Academia de História Militar Terrestre do Brasil para ajudar o seu difícil custeio .Inscreva seu nome no Livro de Ouro como uns dos arquitetos de sua viabilidade cultural ! Guararapes ': Redação AHIMTB Av Getúlio Vargas 442 Resende 27542-140. Fone 0XX24/3354 3355 Ramal 5051.
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