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O GUARARAPES

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Fundada em 1o de março de 1996

ANO: 2001                 MÊS:   JUL/SET                       No 30

 

SUMÁRIO

- BICENTENÁRIO DO TENENTE GENERAL EMÍLIO LUIZ MALLET - PATRONO DA ARTILHARIA

- SESQUICENTENÁRIO DA GUERRA CONTRA ORIBE E ROSAS 1851-52 

- TRASLADO DOS RESTOS MORTAIS DE HIPÓLITO DA COSTA 

- NOTÍCIAS DIVERSAS

BICENTENÁRIO DO TENENTE GENERAL EMÍLIO LUIZ MALLET

PATRONO DA ARTILHARIA

O dia 10 junho 2001 assinala o bicentenário de nascimento em Dunquerque /França do Ten Gen Emílio Luiz Mallet, e Barão de Itapevi atual patrono da Arma Artilharia do Exército.

E nesta oportunidade vale lembrar que ele o foi alvo da 1ª Comemoração de aniversário da Batalha de Tuiuti, a maior batalha campal da América do Sul , a Batalha dos Patronos ,na qual teve papel decisivo na vitória com sua Brigada de Artilharia integrada pelo Batalhão de Engenheiros , pelo 2o Batalhão de Artilharia a Pé e o seu 1o Regimento de Artilharia que foi colocada detrás de um fosso que sua Brigada de Artilharia ajudara a cavar. A direita do seu 1 o Regimento formou o 2 o Batalhão de Artilharia a Pé , ao comando do Major Hermes Ernesto da Fonseca , o pai do futuro Marechal Hermes da Fonseca e a quem se deve, como integrante do Regimento Mallet, o traçado da atual cidade de D. Pedrito, na década de 50 do século XIX. Mallet fora o comandante das Armas (atual 3a RM ,de 11 out 1879- 4 mai 1880).

E a homenagem a Mallet foi - lhe prestada na madrugada de 24 maio 1880, ,pela Escola Militar Província do Rio Grande do Sul, Escola foi comandada, de 19 abr 1879 a 27 ago 1880, pelo Cel QEMA de Artilharia Antônio Tibúrcio Ferreira de Souza, cearense de Viçosa, consagrado e legendário herói popular da guerra do Paraguai de igual forma que o general Osório e que no mês seguinte foi provido a Brigadeiro( Gen Bda) aos 43 anos .Tibúrcio seria sogro do Cel Ernesto Gomes Carneiro, o herói do cerco da Lapa, onde deteve o avanço federalista por um mês, ao custo de sua vida .Hoje é o patrono do 7º BI Mtz de Santa Maria.

A Escola Militar funcionava na Chácara da Baronesa, local hoje ocupado por unidade da Brigada Militar do Rio Grande do Sul .Escola Militar onde haviam estudado entre outros os generais Bento Ribeiro Carneiro Monteiro, chefe do EME que criou a Missão Indígena da Escola Militar do Realengo 1919-21 , Setembrino de Carvalho que considero o Pacificador o Século XX, por haver pacificado a Revolta do Padre Cícero em 1910,CE; o Contestado em 1916, em SC e PR e a Revolução de 23 no Rio Grande do Sul e Solon Ribeiro ,homem chave para o sucesso da proclamação da República ,no Rio e sogro de Euclides da Cunha .

Mallet, residia em Porto Alegre a rua da Igreja( atual Duque de Caxias) para os lados do QG do CMS) e a pequena distância da casa do Marechal José Antônio Corrêa da Câmara e Visconde de Pelotas, então Ministro da Guerra e antigo aluno da Escola Militar e que mais tarde a transferiria para o Casarão da Várzea( atual CMPA ) , instalação recordista em tempo de serviços contínuos ao Ensino no Exército.

O Coronel Tibúrcio planejou e executou o seguinte: Dividiu a Escola em dois grupamentos, um de Artilharia com 4 canhões La Hitle calibre 4 e um grupamento de Infantaria acompanhado de banda de música da 3ª RM atual.

A Artilharia foi colocada na atual praça da Matriz, defronte o Palácio do Governo. O Contingente de Infantaria e oficiais da Escola se colocaram defronte a casa de Mallet. Ao toque de alvorada, seguiu-se música militar tocada pela banda, ,ao mesmo tempo que teve início a salva de Artilharia em homenagem ao aniversário da batalha de Tuiuti.

No solar de Mallet, surgiu movimentos e logo a porta foi aberta e os oficiais liderados pelo Cel Tibúrcio entraram formaram um semicírculo na sala.

Decorrido algum tempo, Mallet adentrou a sala acompanhado de familiares e usando um chambre de seda e com um gorro vermelho ,de dormir.

E Tibúrcio usou a palavra evidenciando "o valor, a calma, a bravura do comandante do 1º Regimento de Artilharia em Tuiuti ". Mallet modesto e simples, vez por outra assim reagia aos elogios ."- Ö que é isto Coronel Tibúrcio ? "

A certa altura, no auge do entusiasmado e solene Tibúrcio falou: "Vós que fostes o ponto geocêntrico, a chave tática dos acontecimentos de Tuiuti....". Não completou a oração em razão de Mallet haver ficado tonto, vacilante e quase caiu, o que não aconteceu por ser acudido por familiares que o sentaram em uma cadeira. O herói , aos 80 anos tivera um esparmo vascular. Mallet havia sido comandante das Armas (atual 3a RM) 11 out 79 –4mai80.

Refeito Mallet , Tibúrcio não completou o seu discurso e jogou-se nos braços do herói entre aplausos emocionados dos presentes.

E em seguida conduziu Mallet herói, a uma janela da sala. A um sinal de Tibúrcio os corneteiros deram toque de Vitória. A banda de música tocou os primeiros acordes do Hino Nacional. E a Artilharia na praça da Matriz deu uma salva de 19 tiros em homenagem a Mallet e o Contingente de alunos de Infantaria apresentou armas em continência ao herói.

E assim teve lugar a primeira comemoração do aniversário da batalha de Tuiuti , no 14º aniversário de sua ocorrência. E desde então se tornaria uma tradição no Exército O General Osório, o comandante da vitoriosa batalha ,havia falecido no ano anterior como Ministro da Guerra, assistido ido por seu afilhado Major João Nepomuceno .M Mallet.

O Duque de Caxias havia falecido 17 dias antes desta cerimônia, em 7 maio 1880, na Fazenda Santa Mônica, em Juparaná / Valença -RJ. A rua da Igreja, onde se situava o solar de Mallet seria batizada com o nome de Duque de Caxias em reconhecimento por haver presidido 2 vezes a Província do Rio Grande do Sul, depois de há haver pacificado em 1845 e por ela eleito senador e assim a representado por cerca de 30 até falecer . E mais ,realizado grande obra administrativa em Porto Alegre, onde se destacou a criação do Liceu D. Afonso, nos moldes do D. Pedro II no Rio e a criação de uma Enfermaria Militar na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre ,de que fora Provedor , da qual resultaria, por evolução ,o Hospital Central de Porto Alegre ,conforme abordamos nas obras ;Porto Alegre –sítios farrapos e a administração de Caxias( Brasília: EGGCF, 1986) e História da 3a RM 1953-1999.(Porto Alegre:3a RM/Pallotti,2000.v3) .

Vale lembrar que o Ten Gen graduado , Emílio Luiz Mallet e Barão do Itapevi foi consagrado, por Dec. 51424 de 13 mar 1962, patrono da Arma de Artilharia, em cujo seio se forjou e se firmou com o honroso título de Artilheiro Símbolo do Brasil, conforme abordamos em artigo" Mallet o artilheiro símbolo do Brasil" em A Defesa Nacional (set/out 1975)

Mallet teve como ponto culminante e mais glorioso de sua carreira a frente do 1º Regimento de Artilharia a Cavalo, o atual Regimento Mallet, na batalha de Tuiuti de 24 maio 1866. Ali com seu regimento na vanguarda e em posição atrás de um fosso escavado com auxílio inclusive do Batalhão de Engenheiros e manobrando com rara habilidade e competência sua "Artilharia-Revólver", cumpriu sua determinação assim expressa no calor da luta: "Por aqui eles não passam". Foi o primeiro a suportar e a repelir as massas inimigas que a todo o custo pretendiam romper a posição aliada o que lhe valeu promoção a coronel por bravura. E assim narrou com simplicidade este seu heróico feito:

"Este Regimento com 24 bocas de fogo, colocado na vanguarda sobre o centro do Exército, sustentou triunfalmente e repeliu todas as colunas do inimigo... Em poucas horas foi varrida a frente do Exército e o grande número de homens e cavalos mortos atestam a eficácia de seus fogos."

Ele fizera guerra do Paraguai de fio a pavio, em companhia de seus três filhos, e na qual, segundo Osório:

"Nenhum oficial do Exército prestou mais assinalados serviços, do que o valente comandante da nossa Artilharia".

Como tenente, no comando de duas peças de Artilharia, Mallet teve atuação marcante na batalha de Passo do Rosário de 20 fev 1827. Na guerra contra Oribe e Rosas (1851-52), como capitão, fez toda a campanha contra Oribe no comando do 1º Regimento, então tracionado por bois. Data de então a tradição da unidade chamar-se "Boi-de-botas", em razão dos bois, de tanto atravessarem lodaçais, no inverno, darem a impressão de estarem calçando botas.

Mallet nasceu em Dunquerque – França, em 10 jun 1801 e faleceu no Rio de Janeiro em 2 jan 1886, depois de 68 anos de devotamento à construção de sua nova pátria - o Brasil , na paz e na guerra. Seus restos mortais repousaram por cerca de cerca de 110 anos no São Francisco Xavier – Cajú, jazigo perpétuo 4751. Hoje se encontram em Memorial no interior do Regimento Mallet em Santa Maria .

Mallet sublimou as Virtudes Militares de Bravura, Coragem, Devotamento e Abnegação, como oficial do Exército, em todas as guerras externas do Império do Brasil: guerra da Cisplatina (1825-28); guerra contra Oribe e Rosas (1851-52); guerra contra Aguirre (1864) e guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai (1865-70). Amargou a injustiça de demissão indevida do Exército, pela Assembléia Geral, no posto de capitão, em 1831, por ser estrangeiro, embora tivesse sido 1º cadete, privilégio de brasileiros, cursado a Academia Militar, lutado pela Independência do Brasil e se consagrado herói, em Passo do Rosário. Mas em 1831 lhe exigiram como condição de permanência um ferimento em ação. Por não possuí-lo, a injustiça se consumou. Foi reintegrado 20 anos mais tarde, em função de requerimento que recebeu despacho favorável do Conselho Superior Militar, em 20 set 1851.

Em 1972 levantamos a sua atuação como Comandante do Comando das Armas (atual 7a RM) em Recife e publicado em A Defesa Nacional (n o 641,jan/fev 1972).

Costuma-se confundi-lo com o filho Marechal João Nepomuceno Medeiros Mallet, Ministro da Guerra (1898-1902) que deu inicio a Reforma Militar com a criação do EME e da Fábrica de Pólvora sem Fumaça em Piquete etc. e foi o idealizador da Fundação Osório .Personagem abordada pelo acadêmico da AHIMTB ,Osório Santana Figueiredo em A Terra dos Marechais (Santa Maria: Ed. Pallotti,2000. O Patrono da Artilharia foi biografado pelo acadêmico emérito da AHIMTB. Cel J.V Portela Ferreira Alves em Mallet ( Rio de Janeiro: BIBLIEx,1980) e também autor do clássico Seis séculos de Artilharia(Rio:BIBLEx,1957.

Pela AHIMTB ,Claudio Moreira Bento acadêmico emérito presidente

 

SESQUICENTENÁRIO DA GUERRA CONTRA ORIBE E ROSAS 1851-52

Em 1851 , o poder na Argentina era exercido por D. Juan Manuel Rosas, desde 1829 e, no Uruguai, desde 1834, por Manuel Oribe. Rosas passou a alimentar o sonho de reconstituição do antigo Vice - Reinado do Prata e, por via de conseqüência, a ameaçar a soberania e a integridade do Brasil e do Uruguai. No Prata projetavam-se interesses ingleses e franceses que contrariavam os do Uruguai, Argentina e Brasil. Rosas tentou interferir na Revolução Farroupilha. E foi repelida a sua oferta de apoio pelo General Davi Canabarro , comandante do Exército Farrapo com declaração histórica :

"Com o sangue do primeiro soldado estrangeiro que atravessar a fronteira , será assinada a paz com o Império ,pois mais do que republicanos somos brasileiros .

Assunto que focalizamos em O Exército Farrapo e os seus chefes .Rio de Janeiro: BIBLIEx ,1992.2v), bem como o seu perfil biográfico .

O Brasil reconheceu a independência do Paraguai em 1844.

Caudilhos Platinos Disputavam O Poder!

Em 1850 Manuel Oribe hostilizou brasileiros residentes no Uruguai. O barão do Jacuí Francisco Pedro de Abreu, "Chico Pedro ou Moringue", que se celebrizara no combate à Revolução Farroupilha, e agora liderando fazendeiros brasileiros, invadiu o Uruguai em ações denominadas Califórnias de Chico Pedro. Rosas exigiu satisfações, fato que terminou com o rompimento de relações Brasil - Argentina. Em 1850 o Brasil assinou com o Paraguai um tratado de aliança defensiva e ofensiva para fazer frente ao objetivo de Rosas de incorporar o Paraguai.

Na área do Rio Grande do Sul , desde 6 maio 1851, a movimentação na 3a RM atual foi intensa para o preparo de suas forças para a guerra iminente, ao lado de medidas políticas e econômicas e de aliança militar com caudilhos que se opunham a Rosas e Oribe.

O então conde de Caxias foi nomeado presidente do Rio Grande e comandante das Armas (atual 3ª RM ) pela 2ª vez. Assumia a presidência por estar subordinada a ela a Guarda Nacional gaúcha .

E a 3ª RM atual ao comando de Caxias i organizada em quatro divisões, constituiu-se no principal elemento terrestre para conduzir a guerra contra Oribe e Rosas em aliança com Urquisa, governador de Entre-Rios e com Virasoro, governador de Corrientes e motivada pelos seguintes objetivos :

- Defesa dos limites do Brasil com o Uruguai

- Manutenção de independência do Uruguai e Paraguai.

- Defesa da livre navegação no Rio da Prata, fechada desde 1842 por Rosas.

- Proteção de propriedades de brasileiros na fronteira com Uruguai e de brasileiros perseguidos no Uruguai por Oribe.

A Guerra que então teve lugar, envolveu o território da 3ª RM atual e parcelas expressivas dos territórios do Uruguai e Argentina. Teria sido envolvido o Paraguai, se este tivesse cumprido o tratado de 25 dez 1850 ,com o Brasil.

Em Caçapava do Sul atual ,foi construída uma enorme base logística nucleada pelo monumental forte D. Pedro II, ainda com suas muralhas de pé, para aproximar o apoio às operações contra Oribe e Rosas.

Caxias assumiu o comando da 3ª RM atual em junho e acelerou a concentração de suas forças na fronteira Brasil - Uruguai.

Concentrou o grosso em Santana do Livramento e colocou uma divisão em Jaguarão.

Operações Contra Oribe

De Santana, Caxias lançou uma vanguarda ao comando do Ten Cel Manoel Luiz Osório para fazer a ligação com o Gen Urquisa, da qual nasceu o seguinte plano de operações aliado:

- Urquisa atravessaria o rio Uruguai em Passo del Hijo, sob a proteção da Esquadra Brasileira, e operaria junção com as forças da 3ª RM atual , próximo à confluência do rio Taquarembó com o Negro.

- Atuação da Esquadra Brasileira impedindo apoio mútuo Oribe - Rosas, ao longo do rio Uruguai.

Urquisa, tirando proveito da cobertura da 3ª RM e da Esquadra, marchou para o Sul sem honrar o combinado, levando como vanguarda Servando Gomes, que Oribe havia mandado para combatê-lo.

Nas imediações de Montevidéu, Urquisa, após escaramuças com Oribe, celebrou um Convênio de Capitulação sem consultar Caxias.

Caxias e as tropas da 3ª RM internaram-se no Uruguai. Percorreram 500Km de terreno difícil, agravado pelo mau tempo. Levaram, como impedimento mais de 100 carretas tracionadas por bovinos, inclusive a artilharia de Mallet, que aí adquiriu seu apelido histórico de Boi de botas, pois enfrentaram lama grossa no itinerário de marcha.

Então, as tropas da 3ª RM, revelando "elevado grau de abnegação, resistência e espírito de sacrifício" cumpriram etapas de 17 Km por dia, sem encontrarem locais para acantonar.

Em 14 out 1851, Caxias operou junção com Urquisa. Isso assinalou o término da guerra contra Oribe e, por via de conseqüência, garantiu segurança para os rio - grandenses da Fronteira ou moradores do Uruguai.

Guerra contra Rosas

Em 21 nov 1851, ficou estabelecido um tratado entre os aliados brasileiros uruguaios(orientais) e argentinos contra Rosas e não contra a Argentina.

- Urquisa comandaria o Exército de invasão destinado a combater Rosas.

- Caxias permaneceria no Uruguai, mais especificamente ,em Colônia do Sacramento, com o grosso da 3ª RM e em condições de atuar, caso necessário.

- A 3ª RM contribuiria na invasão com uma Divisão ao comando do Brig. Manuel Marques de Souza – o futuro barão de Porto Alegre e comandante da 3ª RM.

- A Esquadra Brasileira cooperaria da melhor forma com a invasão.

- A transposição das forças de invasão seria na ponta do Diamante, para onde os aliados se deslocaram da seguinte forma:

- A Cavalaria Argentina marchou por terra até a concentração.

- A Infantaria e Artilharia argentinas foram transportadas pela Esquadra Brasileira que forçou Tonelero.

- Os uruguaios foram transportados pela Esquadra Brasileira até Potrero Peres.

Dali, por terra, alcançaram Diamante em 31 dez 1851.

A 1ª Divisão Brasileira destacada da 3ª RM embarcou em Colônia do Sacramento e chegou em Diamante, em 20 dez 1851.

Em 30 dez 1851, havia sido concluída a concentração em Diamante, após 40 dias de haver sido decidida.

A transposição do rio Paraná, em Diamante, teve início a 23 dez 1851, com a Cavalaria de Urquisa atravessando a nado para estabelecer uma cabeça – de – praia na margem direita. Operação épica que descrevemos em Travessia Militar de Brechas e Cursos d’água no Brasil(1645-1986), Defesa Nacional (nº 723, nov/dez 1985). Transposição sem atuação inimiga e que se estendeu por cerca de 15 dias. Nela a Esquadra Brasileira teve papel decisivo.

A Divisão de Cavalaria entre riana, que atravessou o rio a nado, perdeu por afogamento muitos homens e cavalos.

Em 8 jan 1852, todo o Exército Aliado havia transposto o rio Paraná e se concentrado em Espinilho.

E dali os aliados, brasileiros, argentinos e uruguaios, sob o pomposo nome oficial Exército Grande da América do Sul, encetou sua marcha para Buenos Aires.

E, no dia 2 fev 1852, teve lugar a vitoriosa batalha de Moron ou de Monte Caseros, na qual a 1ª Divisão Brasileira destacada das tropas da 3ª RM teve marcante atuação.

À Divisão Brasileira coube atacar o centro da posição inimiga, que era o ponto mais forte – El Palomar de Caseros, que os brasileiros conquistaram.

A Divisão Brasileira, que lutou em Monte Caseros, foi construída das seguintes unidades:

  • Infantaria: 5ª, 6ª, 7ª, 8ª , 11º e 13º Batalhões
  • Artilharia: 1º RA(200h)
  • Cavalaria 2º RC

Total: 4.020 homens ou 1/7 do efetivo aliado.

Muito contribuiu para o rompimento da posição rosista atiradores de escol alemães, em número de cerca de 100, que foram espalhados entre as unidades brasileiras de Infantaria e armados de moderníssimos fuzis Dreyse de agulha, conforme abordamos em nosso Estrangeiros e Descendentes na História Militar do RGS, ao tratarmos dos Brummer, a Legião Alemã contratada na Prússia pelo Brasil para este conflito e composta de um BI, um RA e duas Companhias de Pontoneiros equipada com equipagem Birago. Legião Alemã que focalizamos na op.cit. A primeira que teve nosso Exército.

Enquanto isso se passava, Caxias, com o restante das tropas da 3ª RM em Colônia, e com apoio da Esquadra Brasileira, ali aguardava o desenrolar dos acontecimentos, após haver reconhecido, em 17 jan 1852 a margem do Paraná junto a Buenos Aires onde escolheu um local para um possível desembarque.

Rosas conseguiu evadir-se a bordo de um navio inglês. A Divisão Brasileira desfilou triunfalmente em Buenos Aires. Em 1º mar1852, retornou coberta de glória a Montevidéu onde se reintegrou às forças da 3ª RM.

Com a vitória sobre Rosas foram definidos:

  • Os limites Brasil-Uruguai.
  • A Confirmação das independências do Uruguai e do Paraguai.
  • O direito do Brasil à livre navegação no Rio da Prata.
  • A reparação da espoliação de patrimônios de brasileiros no Uruguai, que foram ameaçados em sua vida e ofendidos em sua honra e dignidade.

Como se vê, foi grande a repercussão geopolítica da atuação, mais uma vez da 3ª RM, ao comando de Caxias.

Esta campanha é tratada com riqueza de detalhes operacionais por Genserico Vasconcelos, hoje patrono de cadeira na AHIMTB e riqueza documental, por Bormann e Titara, nos seguintes clássicos:

- VASCONCELOS, Genserico, Cap. História Militar do Brasil. Rio, BIBLIEX, 1941, v. 2

(baseada no livro a seguir).

- BORMANN, J. Bernardino, Mar. Rosas e o Exército Aliado. Rio Of. Tip. Gerson, 1912(É a

obra mais importante de autoria de ex - comandante da 3ª RM). E hoje é patrono de

cadeira na AHIMTB e ele credite-se a fundação do Instituto Histórico e Geográfico do

Paraná

- TITARA, Ladislau dos Santos. Memórias do grande exército aliado libertador do Sul da

América. Rio, BUIBLIEX, 1950.

Com a experiência adquirida na Revolução Farroupilha e na guerra contra Oribe e Rosas, Caxias, ao assumir o Ministério da Guerra pela primeira vez, em 1855, procurou modernizar o Exército:

  • Erigiu a Escola Militar na Praia Vermelha em 1855-58
  • Adaptou a tática das Armas às Ordenanças de Portugal, levando em conta as peculiaridade do Exército e a natureza de nossas guerras.
  • Introduziu no Exército estruturas, cuja eficiência comprovara no comando da 3ª RM em operação de guerra.

Deixou uma preciosa visão geral do território da 3ª RM entre as guerras contra Oribe e Rosas, 1851-52, e a do Paraguai, 1865-70, o médico alemão:

AVÉ-LALLEMAN, Roberto. Viagem pelo Sul do Brasil em 1858. Rio, INL, 1953, 2 volume.

Itinerário que percorre: Rio Grande–Porto Alegre–Rio Pardo–Santa Cruz- Rio Pardo – Cruz Alta – Cachoeira – Santa Maria – São Martinho – Missões – São Borja - Itaqui – Uruguaiana – Alegrete – Saicã – São Gabriel – Caçapava – Cachoeira – Rio Pardo – Taquari – Porto Alegre – São Jerônimo – Rio Grande – Pelotas – Rio Grande.

Ele evidenciou as preocupações na área da 3ª RM atual para com a Guerra do Paraguai, que ocorreria 7 anos após. Guerra na qual o Conde D’Eu atravessou o Rio Grande do Sul em 1865 e dela deixou excelente relato no que denominou Viagem Militar ao Rio Grande do Sul ,que merece ser lida e meditada por profissionais militares e pelos gaúchos em geral .Diria imperdível leitura

A Infantaria passou a ser instruída pelo sistema do Cel Bernardo Antônio Zagalo. A Cavalaria adotou o regulamento do Mar. Carr Beresford que comandara a reação em Portugal contra a invasão de Napoleão. A Artilharia adotou o regulamento da Guarda Francesa do Gen. Pardal, talvez influência de Mallet. A Engenharia ganhou a sua primeira equipagem de pontes Birago prussiana que, por muitos anos, foi usada em Rio Pardo.

Em 1860 Caxias adotou as Ordenanças de Portugal com as adaptações que a pacificação do Maranhão, São Paulo, Minas, Rio Grande do Sul e Guerra contra Oribe e Rosas lhes impuseram. E justificou:

"Até que se possua uma doutrina genuinamente nossa".

E foi com esta doutrina que o Exército Imperial iria enfrentar a Guerra do Uruguai, 1864-65, e do Paraguai 1865-70, contando mais com os ensinamentos colhidos da Guerra da Secessão nos EUA, a primeira guerra total da História Militar.

Para acompanhar-se a evolução administrativa do Exército no Império 1822-89 , consultar a obra:

PONDÉ, Francisco de Paula e Azevedo, Gen. Organização Administrativa

do Ministério da Guerra no Império. (Rio, BIBLIEX, 1986)

Dela podem se extrair informações, tais como a seguir: As forças brasileiras que combateram nesta guerra foram organizadas em acordo com o , Dec. 762, de 2 fev 1851. Dispuseram de Ajudante General(com respectivos deputados do Ajudante General nas divisões. E as brigadas teriam assistentes do deputado por divisão e um assistente do deputado divisionário), o Quartel Mestre General(com um deputado por divisão e um assistente do deputado por brigada) e o Secretário Militar.

O Ajudante General era responsável por planos, operações, justiça, instrução, administração do pessoal. O Quartel Mestre General reunia funções logísticas (aquisição, depósito, transportes material e pessoal).

Explicamos isto em detalhes em O Exército na Proclamação da República(Rio, SENAI, 1989), lançado na ECEME ..

Esta estrutura testada com sucesso na guerra em foco foi introduzida no Exército por lei 648, de 18 Ago. 1852.

Durante esta guerra, o efetivo das forças terrestres brasileiras era em torno de 28.371h, assim distribuídos: Exército 18.957; Forças Auxiliares – 1.091; Guarda Nacional destacada – 8.323h.

Dec. 553 de 5 abr. 1852 aprovou o regulamento do Curso de Cavalaria da Província do Rio Grande do Sul; Dec. 908 de Jun. 1852 aprovou regulamento de 26 artigos para os inspetores de Infantaria, Cavalaria e artilharia das OM do Exército.

Dec. 7025, de 7 Ago. 1852, aprovou novo plano de uniformes.

Por aviso circular de 19 Ago 1853, foram criadas no Exército escolas elementares, em suas OM, e de primeiras letras, destinadas a praças que tenham revelado potencialidade de acesso, a cabos e sargentos. Era a origem das centenárias Escolas Regimentais.

O REPATRIAMENTO DOS RESTOS MORTAIS DO FUNDADOR DA IMPRENSA BRASILEIRA, HIPÖLITO DA COSTA(Depoimento)

O Globo Repórter noticiou dia 10 de abril que a Rainha da Inglaterra ,como chefe da Igreja Anglicana ,permitiu que os restos mortais de Hipólito da Costa , o fundador da Imprensa Brasileira e que passou parte de sua infância e adolescência ,em Pelotas, retornassem ao Brasil em definitivo .

Vale lembrar que esta idéia foi dada por nós no Diário Popular de Pelotas ,em três artigos sob o título "Pelotas e o fundador do jornalismo brasileiro "em 30 jan e 1 e 2 fev 1972 e publicados na Coluna Querência da Sociedade Gaúcha J. Simões Lopes Neto daquela cidade

.Artigos que tiveram repercussão no Correio do Povo na coluna "Revivendo o passado" ,do jornalista Arquimedes Fortini e com o mesmo título do que publicamos no Diário Popular e elogiando a iniciativa deste jornal e do autor dos artigos. E a matéria de Arquimedes Fortini repercutiu na grande imprensa, sendo objeto de editorial do Jornal do Brasil da lavra do falecido confrade Alexandre Barbosa Lima Sobrinho ,também Presidente da ABI, escrevendo que a idéia da iniciativa do traslado dos restos mortais de Hipólito da Costa que deveria ter sido de um jornalista ,o fora de um jovem historiador militar e oficial do Exército .A iniciativa foi acolhida também pelo Estado de São Paulo .

Em 14 mar 1972 ,em artigo no Correio Braziliense , em Brasília ,publicamos artigo - Os restos mortais do patrono da Imprensa no Brasil ,reiterando a idéia do repatriamento dos restos mortais de Hipólito da Costa .Em seguida ,no mesmo jornal, em 23 abr 1972, data início da comemorações do Sesquicentenário da Independência, fomos encarregados pelo Correio Braziliense , por Ari Cunha de elaborar a edição histórica constituída de 4 artigos históricos por nós assinados e dentre eles ,O Patrono da Imprensa do Brasil e a Independência. E a campanha pró repatriamento ganhou grande impulso .

Neste mesmo ano ,a Assembléia Legislativa do RGS e a Associação de Imprensa do Rio Grande do Sul promoveram um concurso literário do qual participamos com o trabalho- O gaúcho fundador da Imprensa Brasileira ,que foi classificado em 2 o lugar , cujo prêmio recebemos em sessão da Assembléia Legislativa . Livro cujo único exemplar dos originais encontra-se na Biblioteca do Colégio N.S Aparecida em Canguçu, onde cursamos o primário até 1944 .

Dentro outras iniciativas decorrentes ,recordo a criação do Museu Hipólito da Costa ,em Porto Alegre .

Assim decorridos 29 anos da nossa proposta acolhida pelo Diário Popular é com grande alegria e emoção cívica de historiador filho da Zona Sul do Rio Grande do Sul que vemos concretizada o sugerido repatriamento de Hipólito da Costa ,para o Brasil .

Hipólito da Costa editou de 1808-a 1822 o Correio Braziliense na Inglaterra, ,jornal que lutou pela nossa Independência .Um de seus filhos foi companheiro do jovem e hoje patrono da Marinha Almirante Tamandaré em operação naval no sul da Argentina, na Guerra Cisplatina 1825-28 , onde depois de presos conquistaram o navio inimigo com um golpe de mão. Outro filho seu foi oficial da Marinha da Inglaterra e foi assassinado em Hong Kong, depois de um assalto numa praia daquela cidade.

Hipólito da Costa nasceu em Colônia do Sacramento de onde teve que imigrar com a família para a Região de Pelotas, em razão da conquista definitiva de Colônia do Sacramento pelos espanhóis em 1777 oficializada com o Tratado de Santo Ildefonso .

Hipólito da Costa é irmão do Padre Felício ligado aos primeiros tempos de Pelotas como freguesia São Francisco de Paula e filho do comandante da primeira força militar organizada em Pelotas em 1784, uma Companhia de Ordenanças ,o Alferes Felix da Costa Furtado que vindo de Colônia do Sacramento onde nascera Hipólito em 16 junho 1773, em 1775 foi destacado como soldado na recém criada Companhia de Granadeiros do Regimento de Dragões do Rio Pardo, tendo participado do ataque a Fortaleza de santa Tecla em janeiro 1776 e dali marchado com parte do Regimento com destino ao Taim, passando pelos atuais municípios de Lavras , Caçapava, Encruzilhada , Canguçu ,Morro Redondo ,Cerrito, Capão de Leão e Rio Grande .Assunto que esclarecemos em artigo, Uma companhia de Ordenanças em Pelotas em 1774? na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro .v.344,1983 .Pois o fato teve lugar em 1884 , depois de expulsos em 1776 os espanhóis das terras de Pelotas ,ocasião, em que teve início o povoamento efetivo da área por Portugal .

 

NOTÍCIAS DIVERSAS

  1. Biblioteca virtual da AHIMTB. O site da AHIMTB http://www.resenet.com.br/users/ahimtb registra cerca de 6000 visitas e divulga os informativos Guararapes nº 22 a 29. Em Livros , os trabalhos As Batalhas dos Guararapes análise e descrição militar, Caxias e a Unidade Nacional, Condecorações brasileiras(Moedas de Honra), Os patronos nas Forças Armadas, Fortaleza Brasil, Escolas de Formação de Oficiais das Forças Armadas e breve, Como estudar e pesquisar a História do Exército e do Brasil , e Brasil conflitos externos 1500-1945. Em Artigos: Bicentenário de Mallet. Amazônia e seus desafios(inclusive em Esperanto), Rondon o Guerreiro da Paz, São Gabriel a Atenas e Esparta Gaúchas; O Rio Grande do Sul – História Militar século XX e Bicentenário da Guerra de 1801 no RS e MT.
  2. Publicações em curso pela AHIMTB. Sob a égide da AHIMTB será lançado em Pelotas em 25 de Junho, 8ª Bda Inf Mtz – Brigada Manoel Marques de Souza 1º. E está pronto para ser editado 6ª DE – Voluntários da Pátria. E em andamento as histórias da 3ª Bda C Mec, AD/6 e 3ª Bda Inf Bld , dentro do projeto História do Exército no Rio Grande do Sul. Foi produzido para o CPREP/ECEME Brasil Conflitos externos 1500-1945 e está pronto Brasil lutas internas 1500-1889 e em fase de digitação o período republicano. Em comemoração aos 200 anos de Resende a AHIMTB produziu com o patrocínio das Faculdades Dom Bosco a plaqueta 2001 – Resende 200 anos(Criação e instalação do município e vila de Resende; Como estudar e pesquisar a História de Resende e, Filhos ilustres de Resende. E está desenvolvendo a História Militar de Resende, 1744 – Atualidade, como contribuição às comemorações bicentenárias de Resende . No Rio Grande do Sul está publicando plaqueta A História Militar Terrestre do RGS no século XX.
  3. Atividades de membros da AHIMTB. Chegaram à redação as seguintes notícias de sócios da AHIMTB :
  4. Arivaldo Silveira Fontes. Acadêmico vice presidente ,empossado correspondente da Academia Itatiaiense de História em 2 jun.

    Manoel Soriano Neto. Acadêmico eleito Conselheiro permanente da Liga de Defesa Nacional em Brasília.

    Cláudio Moreira Bento. Acadêmico proferiu palestra na AMAN para o Curso de Comunicações no Dia da Arma de Comunicações sobre Rondon – o Guerreiro da paz, e no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro fez comunicação sobre a História da AMAN no ano do bicentenário de Resende.

    Newton Freixinho. Acadêmico sempre solidário com a causa da AHIMTB e atuando no CEBRES com densas intervenções nos debates .

    Rui Duarte. Correspondente, o cronista castrense e social da Família Militar divulgando a sua original Polainas e Charlateiras.

    Luiz Ernani Caminha Giorgis. Acadêmico e Delegado da Delegacia Gen Rinaldo próprio nacional junto a LDN, ANVFEB/Porto Alegre e Jornal Tradição do MTG.

    Raimundo Maximiano Negrão Torres, acadêmico e Delegado da Delegacia Gen Luiz Carlos Pereira Tourinho do Paraná, consolidando a Delegacia no CM Curitiba e publicando valiosos trabalhos no site www.militar.com.br em Artigos 2001 .

    Marcelo Peixoto da Silva. Correspondente enviou para a AHIMTB números do NOTANF do CFN. Foi agraciado com o colar de Cunhambebe, pelo Ateneu Angrense.

    João Ribeiro da Silva. , foi agraciado com a Medalha do Mérito Geográfico, pela Sociedade Brasileira de Geografia ,6 mai 2000.

    Hernani Donato. Acadêmico enviou plaqueta no Brasil Paraíso – um mito do Descobrimento.

    Adilson César. Correspondente em Sorocaba, publicando O Navio Aeródromo São Paulo da Marinha do Brasil. Cruzeiro do Sul, Sorocaba 10 mar 2001.

  5. Posses de sócios da AHIMTB. Em Pelotas, de 25 junho como correspondentes Major Ângelo Pires Moreira e Heloísa Assunção Nascimento e lançamento pela AHIMTB da obra 8ª Bda Inf Mtz – Brigada Manoel Marques de Souza 1º. No Rio de Janeiro posse do Cel Germano Seidl Vidal no IME, na cadeira Mal Mascarenhas de Morais. Elza Cansanção Medeiros, na cadeira especial Escritora Militar Terrestre Brasileira e do Gen Bda Rubens Silveira Brochado, como novo Delegado da Delegacia Marechal João Baptista de Matos e na cadeira que tem por patrono o Marechal Bernardino Bormann.

Em Brasília, o General Hans G. Haltenburg ,na cadeira Coronel J. B. Magalhães. Gen Marco Moretzon Coelho. Cel Humberto Correia na cadeira Eletrônica Militar do Exército , Cel Tiago Castro de Castro , na cadeira General Augusto Tasso Fragoso, e museólogo Hamilton Caramash , na cadeira Gustavo Barroso ,De 2 a 7 julho nas OM do SMU e museu de Hamilton

5-Livro: Sentinela alerta, livro de autoria do falecido jornalista do Correio do Povo Mário Franco Nunes, natural de São Gabriel onde nasceu em 17 jun 1903. A obra citada é um conjunto de Crônicas Militares publicadas no Correio do Povo de Porto Alegre de 1939-42, cuja primeira edição saiu em 1943 , depois da morte do autor em 19 set 1942 pela Livraria Globo e reeditada em 1948 pela Imprensa Oficial e dedicada "Ao Exército e a Mocidade do Brasil" e prefaciada pelo Ten Cel Correia Lima. Ela teve por objetivo ajudar na instrução de conscritos do Exército, num quadro de guerra que poderia envolver o Brasil, o que realmente veio a ocorrer. Obra que em seus subtítulos encerra lições de Educação Moral e Cívica do Soldado: A Farda, Personalidade, Blindagem Moral, a Disciplina, a Continência, Camaradagem, a Ordem, as Facções, Valor Militar, a Incorporação, a Filosofia do Soldado, Heróis, Domingo, o Cavalo, a Mochila, a Iniciativa, o Entusiasmo, Covardia e Traição, Em Guarda: Cavalheirismo, Prisioneiros, A Arma, Fortaleza Física, os Sensíveis, Socorros de Urgência, Combatentes, Deveres Comuns do soldado Reservista. E em Noções Gerais em Campanha: A Guerra, Mobilização, Armas leves, Alcance das Armas, Noções de Tiro, Tiro contra Aviões, Indícios diversos em combate, Senhas e Sinais, Patrulhas na estrada, Em marchas, A marcha, O Terreno(como fator da decisão), O fogo, o Grupo de Combate, a Patrulha, o Reconhecimento, A Guarda – responsabilidade. A barragem de Artilharia, O Combate, O assalto, A baioneta, O serviço de patrulha, O desembarque em território inimigo, Assalto a localidades, Perseguição. Um Combate e 5 lições de Até breve,( um anúncio da possibilidade do Brasil entrar na Guerra) Seu autor aos 20 anos integrou como oficial a Coluna do Gen Ver Honório Lemes e em 1930 a Coluna do Gen Portinho . Ë um trabalho valioso e ainda utilíssimo do qual a AHIMTB possui exemplar .

6-A Defesa da Amazônia. É o título da excelente coletânea de estudos sobre o tema, sob a égide da Associação dos Ex-alunos do Colégio Militar de Fortaleza, organizada por Comissão integrada pelos coronéis Petrônio M. V. do Nascimento e Silva Obra que enriquecerá o apreciável acervo sobre o tema que a AHIMTB vem reunindo e divulgando em O Guararapes. Merece ser conhecido de todos os interessados no assunto pela profundidade das suas abordagens. Parabéns a seus organizadores!

7-Checoslovacos na História do Exército Brasileiro. Este é o título de original colaboração de Josef Soucek relacionando as ligações de seus compatriotas e descendentes com o nosso Exército. Ele destaca como descendente de tchecoslovacos, o Gen Ex Jaime José Jurassek, comandante do CMNE, como participante das festas dos Bucovinos em julho. O autor trabalha na Nova Tração e seu trabalho está à disposição dos interessados

8-As coisas do passado que não passam... são História. (vilancete à Cavalaria) reúne uma série de poesias do Gen Álvaro Cardoso, acadêmico da AHIMTB e o introdutor na AMAN do estudo crítico da História Militar.

9-Museu Militar Conde de Linhares. A Convite do Comandante do Exército e 1º Presidente de Honra da AHIMTB, Gen Ex Gleuber Vieira, a AHIMTB se fez presente na bela e concorrida festa de inauguração do Museu Conde de Linhares ,em 16 de abril de 2001, sob a direção do Gen Div Synésio Scofano Fernandes, diretor do DAC. A maior atração é um canhão que pertenceu ao 1º Grupo Ferroviário de Artilharia de Costa – 1º GFAC extinto em 1961 e cujos vagões alcancei no 1º Batalhão Ferroviário, a serviço do avançamento das trilhas do Tronco Principal Sul.

10 - Aniversário da AMAN .Em 23 de Abril ,aniversário da AMAN, a AHIMTB realizou sessão solene do Auditório do Comando da AMAN ,onde prestou homenagem a AMAN e seus integrantes e empossou como 3o Presidente de Honra da AHIMTB o Gen Bda Reinaldo Cayres Minati e empossou com acadêmico o Cel Prof Alceu Paiva na cadeira Gen Prof Liberato Bitencourt , em vaga por falecimento do acadêmico Cel Prof Geraldo Levasseur França ,tendo atuado como porta vozes da AHIMTB cadetes da AMAN que leram de forma esmerada textos a ele distribuídos .

11- A Guerra Proscrita. Livro do acadêmico Cel Germano Seidl Vidal, que participou da Bienal do Livro no Rio e lá distribuiu folder com impressões diversas, entre as quais do General Gleuber Vieira, 1º Presidente de Honra da AHIMTB, de seus patronos de cadeira em vida Coronéis Ruas Santos e Jarbas Passarinho e dos acadêmicos Cel Nilton Freixinho e coronel Cláudio Moreira Bento, como Presidente AHIMTB .

Prezado Sócio

Todo trabalho da AHIMTB, desde de sua Fundação é realizado com muito esforço e dedicação, e precisamos da colaboração de todos para que possamos continuar. Envie se possível, sua contribuição Voluntária e ajude-nos nesta missão!!!

Endereço da AHIMTB: Av. Presidente Vargas, 442 B – Campos Elíseos/Resende-RJ

"Para alimentar o cérebro de um Exército na paz, para prepará-lo para a eventualidade indesejável de uma guerra, não existe livro mais fecundo em meditações e lições do que o da História Militar."