INFORMATIVO GUARARAPES

 

 

O GUARARAPES

ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO DAS ATIVIDADES DA

ACADEMIA DE HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL

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Fundada em 1o de março de 1996

ANO: 1996                 MÊS:   JUN                       No 03


A PRESENÇA MILITAR NO VALE DO PARAIBA-XIII SIMPÓSIO DE HISTÓRIA DO VALE ,3 JULHO EM RESENDE NAS FACULDADES D.BOSCO E 4 e 5 JULHO EM ITATIAIA-CRI( Aud.CENTRO SGT MAX WOLFF).

Dias 3,4 e 5 de julho ,em Resende nas Faculdades D.Bosco(jornada do dia 3 )e em Itatiaia no Centro Sargento Max Wolff do Centro de Recuperação do Exército(jornadas de 4 e 5 ) junto a entrada do Parque Nacional de Itatiaia, terá lugar o XIII Simpósio de História do Vale do Paraiba com a temática -A presença Militar no Vale ,iniciativa do Instituto de Estudos Valeparaibanos , com o concurso na organização das Faculdades D.Bosco,Centro de Recuperação do Exército(através do seu Centro Sgt Max Wolff) e das academias de História Militar Terrestre do Brasil ,Resendense e a Itatiaiense de História e participações de simposistas da Academia Militar das Agulhas Negras , dos institutos Histórico e Geográfico Brasileiro , de Geografia e História Militar do Brasil, de História e Tradições do RGS, Histórico e Geográfico de São Paulo, do Histórico e Geogáafico do Rio de Janeiro,da USP, UUF-Campos , UNIVAP,FANQUIL,Parque Nacional e Prefeitura de Itatiaia, Fundações Osório e Severino Sombra, Casa de Cultura Macedo Miranda e Museu da Imprensa de Resende ,jornal Ombro a Ombro e militares e civis convidados para desenvolver temas específicos .A seguir uma a mostra dos temas que serão abordados pelos conferencistas e comunicadores que integrarào os anais do XIII Simpósio:

1-A projeção do Magistério Militar no ensino médio e superior do Vale do Paraiba.Conferência pelo cel Prof Arivaldo Silveira Fontes, vice presidente da AHIMTB,presidente da Fundaçào Osório e membro do IGHMB.

2-Uma história militar do Vale do Paraiba 1565-Atualidade.Conferência pelo cel Claudio Moreira Bento,presidente da AHIMTB e membro do IHGB,IGHMB,ARDHIS ,ACIDHIS,IHGSP,IHGRJ e IHGMG .

Comunicações:

1-A Fábrica Presidente Vargas em Piquete-Doli de Castro Ferreira-IEV.

2-A Fábrica de Pólvora sem Fumaça em Piquete-José Geraldo Evangelista-IEV.

3- -A Guarnição do Exército em Lorena 1901-96.ten José Pereira Filho .AHIMTB,ARDHIS e ACIDHIS(membro e, secretário Emérito).

4-A Guarnição do Exército em Caçapava -Cel Sérgio Marcondes -AHIMTB.

5-A Brigada de Aviação do Exército em Taubaté-histórico .A cargo Brigada .(cel G.Cosendey)

6-As organizações da Aeronáutica em São José do Campos e Guaratinguetá -cel Av Claudio Luiz Quadros.AHIMTB.

7-O Centro de Recuperação do Exército e o seu Centro Max Wolff 1923-Atualidade .Cel Med Flavio Arruda Alves - do CRI e membro AHIMTB.

8-A Academia Militar das Agulhas Negras 1944-Atualidade .Exposição de Vídeo e distribuição de plaquete Jubileu de Ouro da AMAN em Resende e visita turística.a AMAN .ten cel José Maurício Teixeira Neto. chefe da Cadeira de História da AMAN e membro AHIMTB.

9-O Batalhão de Comando e Serviços da AMAN -Uma contribuição valeparaibana à formação dos oficiais do Exército.ten cel A.Souza Linhares -comandante do BCS-AMAN.

10-A guarnição do Exército em Volta Redonda -histórico-cel Mário Sérgio.Cosentino ,ex-comandante do Batalhão do Aço e AHIMTB.

11-A guarnição do Exército em Valença- histórico -cel Davis Ribeiro de Sena .IGHMB,IHGRJ,IHTRGS.(Focalizará Esquadrão Ten Amaro )

12 -A Guarnição do Exército de Juiz de Fora-Evolução.gen Tirteu Frota . (ex comantante 4a RM)

13-O adestramento do 5 o Batalhão de Engenharia de Combate em Três Rios para integrar a FEB.cel Asdrubal Esteves da ANVFEB e IGHMB.

14-A Guarnição do Exército em Campos .cap Orlando Calanzani .

Agora subindo o Rio Paraiba .

4-Projeção do ten gen Martins Couto Reis no levantamento histórico de Campos e do baixo Vale do Paraiba .prof Arthur Soffiati. IEV e UFF-Campos-RJ.

15-O valeparaibano de Santo Antônio de Pádua , mal Odílio Denys e o seu tratamento no Hospital de Convalescentes em Itatiaia (extinto) c.1926 e outras vivências militares valepaibanas .Dagmar D.de Resende .ACIDHIS.

16-O valeparaibano de Cantagalo Euclides da Cunha e Os Sertões como contribuição à História Militar .Dr Joaquim Ponce Leal .IHGB e IGHMB .

17-O falecimento do Duque de Caxias em Juparanã -Valença em 1880-prof Carlos Lima da Silva-ACIDHIS e IEV.

18-O gen Edmundo Macedo Soares e sua projeção na Companhia Siderúrgica Nacional .cel Lauro Amorim.ACIDHIS,AHIMTB e Prefeitura de Itatiaia .

19-O falecimento do marechal Floriano Peixoto em 1895 , na Fazenda Paraiso-BarraMansa e aspectos de sua obra na Economia do Brasil .Dr Rodolfo Kreter .ARDHIS.

20-O valeparaibano de Barra Mansa marechal Belarmino Mendonça e aspectos de sua projeção histórica .cel Claudio Moreira Bento .AHIMTB e IHTRGS.

21-Resendenses e itatiaienses Voluntários da Pátria na Guerra do Paraguai.Sr Sírio Silva .ARDHIS e AHIMTB.

22-cel da Guarda Nacional Fabiano Pereira Barreto e sua ação militar em Resende na pacificaçào das revoluções de 1842 em São Paulo e Minas Gerais .cel prof Alceu Paiva. ARDHIS e AHIMTB .

23-O falecimento do valeparaibano Barão Homen de Mello em Itatiaia 1918 e sua projeçào na História do Exército.ten Sebastiào Almeida.AHIMTB e ARDHIS.

23-Aspectos da Revolução de 32 em Itatiaia. D.Alda Bernardes Faria e Silva .presidente da ACIDHIS e membro das ARDHIS,AHIMTB e IEV.

24-Aspectos da Revoluçào de 32 em Resende -Dr Hélio Cezar. ARDHIS e IEV

25-Os Fuzileiros Navais nas revoluções de 1842 e 1932.Capitão-de -Mar e Guerra (Fzo) Dino Willy Cozza, dos IGHMB ,IGHB e IHGRJ.

25-Aspectos da Aviação Governista baseada no atual Campo de Paradas da AMAN, em Resende na revoluçào de 32 -organizaçào,campo de pouso e missões .cel Av Claudio Luiz Quadros .AHIMTB.

26-A Aviação Revolucionária em 1932(Os Gaviões de Penhacho) no Vale do Paraiba. cel Manoel Cândido Andrade Neto .Jornal Ombro a Ombro e AHIMTB.

27-Um episódio da revolução de 32 em Resende .gen Plínio Pitaluga ,(então combatente governista como cabo de Cavalaria -testemunho).IGHMB.

28-Alguns reflexos da revolução de 32 em Guaratinguetá.Benedito Carlos Marcondes.IEV.

29-Um revolucionário de 30 -um testemunho de sua passagem pelo Vale do Paraiba.cel (Bda Mil RGS )José Luiz da Silveira .Vice presidente do IHTRGS .

30-Recordações de um aluno do Colégio Militar de visita as obras de construção da AMAN em 1942 .Gen Ex Jonas de Moraes Correia Neto.IGHMB ,IHGB e IHGRJ.

31-As Bandeiras como organização militar e reflexos desta na organização da Bandeira de Fernão Dias que percorreu o Vale do Paraiba .Prof Ricardo Roman Blanco .USP e IHGSP.

32-A Guarniçào do Exército de Pindamonhangaba-histórico .cap Ubirajara Jacino

Comunicações não temáticas sobre a Presença Militar no Vale do Paraiba e solicitadas aos comunicadores pela direção do Simpósio.

33-Impacto urbanístico do Centro Técnico da Aeronautica.Ademir Pereira dos Santos.UNIVAP.

34-A Repreza Hidroelétrica do Funil -Projeções diversas .Eng Francisco Fortes .ARDHIS(inclui visita rápida no intervalo de almoço de 4 jul ,sob orientação do comunicador que trabalhou em sua construção).

35-Parque Nacional de Itatiaia visita em 5 jul e palestra por seu diretor Carlos Eduardo Zikan que orientará a visita).Parque Nacional de Itatiaia e ACIDHIS

36-Comparações de fazendas de café em Cantagalo e Resende .Maria Celina Whately autora de obra sobre o café em Resende e presidente da ARDHIS .

37-O Museu do Parque Nacional do Itatiaia .Prof Liana Regina Maia Gouveia .ACIDHIS .

38-A imprensa em Resende-Claudionor Rosa .FCCMM , ARDHIS e Museu da Imprensa de Resende que dirige ).

39-O Engenho Central de Porto Real 1885 (atual Fábrica da Coca Cola ).prof Gabriel A.de Mello Bittencourt .IHGB e IHGRJ .

40-A organizaçào social que as plantas de casas fazendas do Vale do Paraiba revelam .Arq George Godoy.ARDHIS.

41-A fauna e a flora do Parque Nacional do Itatiaia .Prof Elio Gouveia .ACIDHIS

Abordagens sobre a projeção do Magistério Militar no Vale do Paraiba etc.

42-A projeçào do Magistério nas Faculdades D.Bosco .maj prof Antonio Carlos Esteves .2 o vice do IEV e membro AHIMTB e ARDHIS.

3-A projeção do Magistério Militar no Colégio D.Bosco e outras escolas de ensino médio de médio de Resende e Itatiaia .cel prof Ney Paulo Panizzutti .ARDHIS e FCCMM.

44-A projeção do Magistério na SOBEU em Barra Mansa .cel prof Geraldo Levasseur França.AHIMTB,ARDHIS e ACIDHIS.

45-A projeção do Magistério Militar, na Fundação Osvaldo Aranha em Volta Redonda, UERJ em Resende e Faculdade de Pirai .cel prof Hélio Mallbranche d.Freres. UERJ-Resende.

46-A presença do Magistério Militar e a projeção do general Severino Sombra na Fundação em Vassouras que leva seu nome .profa Marilda Ceribelli .IHGB e FSS.

47-A projeção de engenheiros militares da Fábrica de Piquete na FANQUIL de Lorena.Cap José Ferreira Rocha . FANQUIL .

48 Moderna e a projeçào da presença do Centro Técnico de Aeronáutica em Sào Jose dos Campos .Alexandre Penedo. F.C Cassiano Ricardo

49-A projeção de militares nas comunidades de Resende e Itatiaia.cel prof Moacir Sérgio Machado .AHIMTB.

50-A projeção da Conferência São Vicente de Paula no cenário social de Resende 1945-Atualidade .cel prof Siquara .Conf.Vicentina.

51-Presença de militares da AMAN na organização e administração da Guarda Mirim em Resende.Antonio Vieira de Mello .presidente Guarda Mirim .

52-A presença de valeparaibanos na Guarda de Honra do Príncipe D.Pedro na proclamação da Independência, em 7 setembro 1922-prof Cibele de Ipanema .IHGB e IHGRJ

53-Aspectos diversos complementares da Presença Militar no Vale do Paraiba .cel Claudio Moreira Bento .AHIMTB,IEV,ARDHIS e IHTRGS .

54-Associações de ex-combatentes da FEB no vale do Paraiba .cel Cecil Wall Barbosa.

As comunicaçõs serão de 15 minutos e só uma de 20 .As comunicações serão lidas e enttregues anexos complementares para integrarem o Anais do Simpósio.

PATRIMÔNIO HISTÓRICO E PATRIMÔNIO CULTURAL DAS FTB-DIFERENÇAS

O uso da História Militar por uma força armada considerada é essencialmente pragmático no sentido de dela tirar-se lições para a edificação de sua operacionalidade e eficiência presente e futura .Dentro deste contexto assume relevância a História da evolução do Pensamento Militar desta força.Pensamento Militar escrito, encontrável na imensa documentaçào histórica da força( documentos,livros,artigos etc )não interessando saber-se se o documento é original ou cópia e ,sim as idéias que contém.Deste conjunto documental histórico que constitui o Pensamento Militar da força em foco o qual, em última analise ,é o seu Patrimônio Cultural .Patrimônio que se asemelha a um grande depósito de cascalho onde garimparão os historiadores ,pensadores, instrutores,planejadores e chefes militares, na procura de pepitas e diamantes do Pensamento Militar para incorporarem à Doutrina Militar.Esta é a lição que se colhe do estudo da evolução doutrinária militar das nações que atingiram o status de grande nação, potência, grande potência e com uma doutrina militar genuína .Este é o ramo que interessa precipuamente aos estudos da Academia de História Militar Terrestre do Brasil .

O que dentro da História Militar for considerado ultrapassado para o fim de desenvolvimento da Doutrina Militar ,(equipamentos ,instalações ,uniformes ,armamentos etc) se constituirá em Patrimônio Histórico da força considerada, cujo desenvolvimento seria mais um dever do Estado ,como ele o fez nos anos 20 no Brasil ,sob a liderança de Gustavo Barroso ,no Museu Nacional onde se reuniu expressiva parcela do patrimônio histórico das Forças Terrestres Brasileiras deixando a elas o campo livre para uma exploraçào pragmática da História Militar iniciada,acreditamos com o célebre A Batalha de Passo do Rosário do general Tasso Fragoso no qual ele faz um Ato de Contrição na introdução, que merece ser lido pois ,ainda parece de atualidade..

O patrimonio Histórico bem explorado serve ao campo doutrinário da Motivação, mas de utilidade discutível no desenvolvimento dos campos doutrinários do Equipamento,Instrução e Emprego. E a divulgação do Patrimônio Cultural se traduz por editoriais (livros ,artigos,palestras ,conferências ) e estímulo a vocações de divulgadores especializados ..Eis um assunto a reflexão ! "Informação é liberdade de escolha"Isto é o que colheu O GUARARAPES da exelente apostila da AMAN-História das grandes potências e outras fontes produzidas por grandes exércitos ocidentais.

ESTAGIOS DO ENSINO DE HISTÓRIA MILITAR EM NOSSAS ESCOLAS DE ENSINO DO EXERCITO, ) E PARA O HISTORIADOR MILITAR),SEGUNDO O MARECHAL TRISTÃO ALENCAR ARARIPE EM 1941.

Em abri 1941 ,o cel Tristão Alencar Araripe ,instrutor da ECEME e seu comandante apóes,biógrafo do gen Tasso Fragoso e presidente do IGHMB por longo periodo ,produziu na Revista Defesa Armada no 17 ,o artigo A Importância dos Estudos de História Militar e a sua seriaçào nas escolas militares,reproduzido no Manual Como estudar e pesquisar a História do Exército, editado pelo EME em 1978 .pp.107-109.

Ele inicia seu artigo com as seguintes considerações após analizar o Curso de História Militar naECEME 1920-40 sob a égide da Missão Militar Francesa (MMF) ministrado pelo gen Gamelin,gen Tasso Fragoso,cel Derougement,maj Humberto Castello Branco e cap Genserico Vasconcellos :

"Ninguém desconhece a importância dos estudos de História Militar na formação de um chefe militar e, por via de consequência ,o valor da metodolgia histórica na solução de problemas militares .Nos depoimentos dos grandes capitães encontram-se ,quase sempre , a homenagem rendida aos ensinamentos da história das guerras passadas .As escolas e os cursos militares ,por esta razão ,emprestam aos estudos de História Militar grande parte de seus esforços " ( cel Tristão Alencar de Arararipe)

 

A proposta do cel Araripe de como deveria ser o Ensino de História no Exército com apoio em em experiências em outros exécitos ocidentais foi a seguinte :

1 o Estágio -Elementar- na Academia Militar das Agulhas Negras

Dar aos cadetes uma idéia geral dos fatos militares do passado ,da evolução da Ciência e Arte da Guerra ;da fisionomia dos combates modernos ,da natureza dos grandes problemas da organização de um pais para a guerra ;dos fundamentos da Arte da Guerra (princípiod de guerra,manobra e elementos ,fator militar etc),aplicados aos atuais pprocessos de combate .E dentro deste contexto ,um aspecto de capital importância -o estudo da História Militar do Brasil ,visando também à educação patriótica do futuro oficial ,pondo em relevo o valor e as virtudes militares do soldado brasileiro ,objetivando formação e o culto da Tradição Militar Brasileira .

2 o Estágio -Médio-na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais

Destinado ,prioritáriamente à análise da Arte e Ciencia da Guerra (ou Doutrina Militar) aplicada às guerras mais recentes e aqueles que por suas condições mais particulares se assemelham aos casos de guerra na América do Sul .Corresponde ao estudo da Arte da Guerra (aplicaçào Principiode guerra,manobra e elementos e fator militar etc),no nível tático ,dos escalões até Brigada ,sempre à luz de casos históricos .

3 o Estágio -Superior -Escola de Comando e Estado- Maior do Exército

Destinado prioritáriamente à análise da ação de comando ,o trabalho intelectual de comando ,os planos de operações ,as idéias de manobra ,as circuntâncias em que as manobras se desenvolveram e os resultados dela obtidos .E a par dos ensinamentos diretos colhidos do estudo de cada operação da História Militar, incorporar os fundamentos da Arte da Guerra [Prncípio’de Guerra,Manobra e elementos ,Fator Militar,Fatores da Descisào Militar e campos da Doutrina Militar (Organização ,Equipamento,Instrução,Motivação e Emprego ) e etc].

 

4 o Estágio -O do Historiador militar do Exército

Destinado acompanhar da Arte e da Ciencia da Guerra ,a tirar conclusões de ordem geral e específica dessa evolução e a fixar o seu sentido para o Exército Brasileiro ,visando ao desenvolvimento de sua Doutrina ( ou de sua Arte e Ciencia da Guerra ).

Para o marechal Arararipe os estágios não seriam estanques e deviam interpenetrar-se .E mais, que a inobservância destes níveis seriam responsáveis pelo desprestígio do assunto entre nós ,como o fazer o cadete viver níveis de alta estratégia ao estudar pormenores de planos e manobras napoleônicas em detrimento do seu interesse imediato e o da força- a iniciaçào nos fundamentos da Arte da Guerra e de suas fundamentações na História Militar ,tudo visando o combate moderno .

HISTÓRIA MILITAR = HISTÓRIA DA DOUTRINA MILITAR=HISTÓRIA DA ARTE E DA CIÊNCIA DA GUERRA.

Doutrina Militar pode-se se traduzir como as maneiras pelas quais uma força considerada se organiza,se equipa,se instrui,é motivada e finalmente empregada .O organizar,equipar,instruir e motivar situaria-se nos domínios e, princípio da Ciência da Guerra o que faz que uma dotrina militar possua dois fatores permanentes- o homen e a sua contínua mudança ,segundo um pensador militar.A Arte Militar situaria-se em princípio no empregar a força que seria a base dos fundamentos da Arte da Guerra que são permanentes,imutáveis a semelhança das notas musicais .Ou sintetizando o PREPARO da força seria Ciência da Guerra e o EMPREGO, da mesma -Arte da Guerra.Esta distinção é importante para se ter noção onde se esta nos domínios da Ciência(variavel) e da Arte da Guerra (permanente em seus fundamentos ) .É o que pensa O GUARARAPES e o debate na busca da idéia correta .

A HISTÓRIA MILITAR AINDA TEM UTILIDADE ?

Este é o artigo do civil prof Jay Luvas em A Defesa Nacional ,771,1996 traduzido de A Evolução da Guerra Moderna ,jul 1990 da ECEME dos EUA, lembrando que antes do advento da bomba atômica e outros avanços na Ciência da Guerra, militares que haviam atingido as culminâncias da profissão soldado defenderam o valor e utilidade da História Militar ao que o autor conclui ,reafirmando o valor e utilidade da mesma no limiar do 3 o milênio, independente do avanço tecnológico.

Cita Mac Arthur ,com biblioteca de 4 mil títulos" que nunca deixou de ter um exemplo histórico em apoio a seus pontos de vista " .Eisenhower "que gastou horas e horas ouvindo seu mestre sobre o que poderia aprender na História Militar " Marschal "que com seus colegas na ECEME dos EUA reconstituiram a Guerra de Secessão com apoio em partes de combate e relatórios ".Patton "que em 1943 leu obra sobre a conquista da Sicília 9 séculos antes ,para meditar sobre pontos comuns " Enfim oficiais admiravelmente versados em História Militar" .Cita F.Roosevelt "estudioso de História Naval "e Truman "que reconheceu dever a História dos EUA valiosas lições ".

Reafirma o pragmatismo ou aspecto prático da profissão soldado, voltada para colher na História Militar lições ,em especial as aplicáveis como modelos de tática e estratégia ou, para ilustrar pontos da Doutrina ou ,para incutir Virtudes Militares ou a valorização do Patrimônio Cultural- a Herança Militar. .Destaca a recuperação da História Militar no ensino em West Point para uma posição lógica , pois havia sido vítima da Guerra do Viet Nam e seu prestígio havia sido abalado em função de seu estudo superficial. Alerta para o que julga falácias ,como atribuir-se o êxito de Frederico à ordem oblíqua quanto Napoleão conclui que o êxito se deveu a Frederico .Julga um deserviço a História Militar relacioná-la com príncipios militares ,citando Jomini que chefiou a Seção de História de Napoleão ,com que o GUARARAPES discorda .,pois foi a História Militar que terminou por levantar certos princípios que observados ou não, contribuiam para a vitória ou derrota e que são chamados Príncipios de Guerra (Objetivo,Massa,Economia de Meios,Surpreza,Segurança,Manobra,Simplicidade ) .Princípios de Guerra que terão validade até nas previsíveis Guerras nas estrelas ou espaciais "

O autor reafirma a validade do conselho de Napoleão aos seu filho no leito de morte:

"Leia e medite sobre as campanhas dos grandes capitães ,pois é a única maneira de aprender a Arte da Guerra ".

Refere que Frederico e Napoleão endossariam Lidel Hart de que a História Militar é também um catálogo de erros e de que se constitui dever deles tirar-se proveito.Conclui que todos os grandes capitães tiveram em comum -a leitura de História Militar ,e que Napoleão lamentou leituras desnecessárias por falta de um guia para as de maior proveito ,sem perda de tempo com leituras nào válidas .

Sobre o ensino de História Militar defende que o instrutor deve ministrar ,mas não explicar .,o que se assemelharia a dar peixes para os pobres,ao invez de dar-lhes anzois e ensinar-lhes a pescar e indicar-lhes os rios ou lagos mais piscosos que seriam os livros bons de História Militar.Ou em outras palavras do autor "o instrutor ensinar os alunos a se ensinarem .O artigo é leitura relevante ,mas não diminue a importância da História Militar dada pelo Estado-Maior do Exército em seu manual Como estudar e pesquisar a História do Exército Brasileiro em 1978 e nem sua Diretriz para Atividades do Exército no Campo da História Militar baixada em 7 out 1977 pela Portaria 061-EME que o citado manual publica as pp.215-220.Conclui-se que a exploraçào conveniente e necessária da História Militar depende de livros .E hoje pensa O GUARARAPES não se dispõe de livros e de História Militar Terrestre do Brasil para ler-se e meditar-se ,lembrando situação encontrada no início do século por Tasso Fragoso como encarregado no EME de escrever sobre a História do Exército Brasileiro.

"Quase nada para não dizer nada existe publicado entre nós sobre a História do Exército Brasileiro ".

Em 1922 sob a égide e estímulo da MMF ele produziu A Batalha do Passo do Rosario.Nos anos 30 o ministro mal Dutra criou a BIBLIEx que por cerca de 20 anos estimulou vocações de historiadores militares ,categoria a caminho da extinção .E como será realimentada a cadeia de ensino de História das FTB ? Acresce que esta desaparecendo o hábito da leitura ! .Esta é a meditaçào que artigo em tela nos conduz .Como ler se não temos livros e os historiadores são categoria em extinção por falta de estímulo e pouco que se produz de História Militar do Brasil não é lido .Eis a questão desafiadora !.

 

APOIO FINANCEIRO AS ATIVIDADES DA ACADEMIA DE HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL -COMO FAZÊ-LO VIA BANCO DO BRASIL.

A Academia abriu na Agência do Banco do Brasil de Resende , de número 1131-7 a Conta Corrente número 5.926-9 para onde os leitores que concordarem com os objetivos da ACADEMIA DE HISTÓRIA MILITAR TERRESTRES DO BRASIL e desejarem colaborar financeiramente com ela ,devem mandar sua colaboração por mais modesta que seja ,que será inscrita no LIVRO DE OURO e tudo sob a supervisão de Conselho Fiscal.Poderão fazê-lo através de cheque nominal a Academia que o depositará na conta mencionada .Os recursos destinam-se ao custeio burocrático da Academia .

POSSES DE NOVOS ACADÊMICOS

Dia 8 junho ,conforme noticiado ,foi empossado na cadeira que tem por patrono o marechal J.B Mascarenhas de Moraes ,o general Carlos de Meira Matos o que será noticiado com mais detalhes no próximo número .A Academia priorizará a posse de ex-combatentes da FEB que também se notabilizaram como historiadores como o gen Tácito Theophilo Gaspar de Oliveira . atual presidente do Instituto do Ceará e dos coronéis Elber de Mello Henriques e J.V Portela Ferreira Allves etc.Tudo com vistas a trazê-los, enquanto possível ,a CIDADE DOS CADETES para ali passarem um pouco de suas experiências as novas gerações de oficiais que desejarem ouví-los .

DICIONÁRIO DAS BATALHAS BRASILEIRAS

Por acasião da próxima bienal em São Paulo será lançada edição atualizada do Dicionário de batalhas brasileiras de autoria de Hernani , atual presidente do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo É um exelente instrumento de trabalho combinado como o manual Como estudar e pesquisar a História do Exército Brasileiro editado pelo EME em 1978 e Síntese de tres séculos de Literatura Militar Brasileira do gen F.de Paula Cidade (BIBLIEX 1959) e História Militar do Brasil 2 volumes (texto e mapas ) editado pela Academia Militar das Agulhas Negras .Pedidos do Dicionário podem ser encaminhados ao autor Rua Sergipe 627/191 CEP 01243-001-São Paulo-SP.

Endereço de O GUARARAPES - .AHIMTB- Caixa Postal 81.698 (Fac.D.Bosco)-27.501-970-Resende-RJ

 


 

"Para alimentar o cérebro de um Exército na paz, para prepará-lo para a eventualidade indesejável de uma guerra, não existe livro mais fecundo em meditações e lições do que o da História Militar."