INFORMATIVO GUARARAPES

 

 

O GUARARAPES

ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO DAS ATIVIDADES DA

ACADEMIA DE HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL

CGC 01.149.526/0001-09

http://www.resenet.com.br/users/ahimtb

E-mail: ahimtb@resenet.com.br

Fundada em 1o de março de 1996

ANO: 1996                 MÊS:   MAI                       No 02


ESTÍMULOS RECEBIDOS À FUNDAÇÃO DA AHIMTB

1-Do Exmo Senhor MINISTRO DO EXÉRCITO,Gen Ex Zenildo Gonzaga Zoroastro de Lucena ,em correspondência de 13 mar ao presidente da AHIMTB:

"....Cumprimento pela fundação da Academia de História Militar Terrestre do Brasil e agradeço-lhe a distinção concebida ao considerar o Ministro do Exército como Presidente de Honra ..."

2-Do Exmo Sr DIRETOR DE ASSUNTOS CULTURAIS DO EXÉRCITO ,Gen Div Carlos Patrício Freitas Pereira em Of/11 Dir DAC ,de 6 mar 96:

".....Como Diretor de Assuntos Culturais do Exército demonstro regosijo pela oportuna criação da Academia de História Militar Terrestre do Brasil ,augurando pleno sucesso aos seus relevantes objetivos ...."

3-Do presidente do INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO BRASILEIRO ,Prof Dr Arno Wheling em Of/31/96 ,de 11 mar 96:

"......A nova instituição será certamente importante polo de aglutinação de especialistas em História Militar Terrestre,área de conhecimento tão antiga e significativa para a compreensão dos fenômenos sociais.Senhor Presidente ,queira aceitar os votos de pleno êxito do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro em mais este emprendimento- a Academia de História Militar Terrestre do Brasil, no qual V.Excia coloca sua reconhecida competência ,operosidade e amor ao pais e a sua cultura ...."

4-Do INSTITUTO DE GEOGRAFIA E HISTÓRIA MILITAR DO BRASIL.Comunicação telefônica do Sr Capitão -de-Mar-e-Guerra Dino Willy Cozza, secretário da entidade informando que a comunição da fundação da AHIMTB foi lida em sessão do IGHMB e transcrita em Ata .

5-Do presidente da ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE VETERANOS DA FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA (ANVFEB), Sr Luiz Paulo Bonfim em Of 117/96:

".....A ANVFEB deseja se unir na forma que puder a essa Academia de História Militar Terrestre do Brasil que agora nasce,a colaborar em toda a extensão do que puder fazer realizar ,com o seu desempenho e progresso futuro "...... "Nos é extremamente grato que exista cadeira com o nome do marechal J.B. Mascarenhas de Moraes ,como que o seu primeiro ocupante seja o general Carlos de Meira Mattos ...."

6-Do presidente do INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RGS ,Dr Luis Alberto Cibils em Of 22/96 de 14 mar 96:

".....Nos comprazemos duplamente com esta notícia da Academia de História Militar Terrestre do Brasil : A primeira por ter na pessoa de V.Sa um sempre atuante pesquisador e administrador : a segunda ,como informa cópia de Ata de Fundação,a escolha como patronos de cadeiras mais de 1/3 de historiadores militares nascidos no Rio Grande do Sul e, dentre eles Membros desta Casa ,já falecidos :Antônio Rocha Almeida, Deoclécio De Paranhos Antunes ,Emílio Fernandes de Souza Docca ,Francisco de Paula Cidade ,Henrique O.Wiedrsphan ,Jonathas do Rêgo Monteiro e Riograndino Costa e Silva, todos de saudosa memória e com exemplares contribuições científicas ao desenvolvimento e conhecimento da História do Exército Brasileiro ..."

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Continuação de O GUARARAPES,ano 1996,maio -número 002 -página 2.

7-Do presidente do INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE SÃO PAULO, Ernani Donato ,consagrado autor do Dicionário das Batalhas Brasileiras ,em carta de 20 mar 96:

".....Admirável não só a luta pregressa que autorizaria a outrem ,o descanso com inteira dignidade .Mas o confrade não abandona a trincheira : pesquisa,escreve ,frequenta sessões de História e funda academias de História "......... "Fazemos votos o presidente e todo o IHGSP pelo pleno êxito da Academia de História Militar Terrestre do Brasil ...."

8-Do presidente do INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE SANTA CATARINA ,prof Walter Piazza ,em Of 14/96 de 14 mar 96 :

".....Parabenizando pela fundação da Academia de História Militar Terrestre do Brasil, tão importante e oportuna entidade cultural, Queira extender aos seus pares os cumprimentos deste Instituto e na oportunidade nos colocamos ao inteiro dispor da Academia ...."

9-Do diretor do CENTRO DE ASSUNTOS CULTURAIS ,cel Francisco Ruas Santos, em carta de 10 março :

"....Felicito pela fundação da Academia de História Militar Terrestre do Brasil .Esta no melhor e mais lógico local ,além de prencher lacuna cultural clássica entre nós ...."

10-Do presidente do INSTITUTO HISTÓRICO GEOGRÁFICO E GENEALÓGICO DE SOROCABA ,prof Adilson Cezar, em Of 56/1996 :

".....Venho cumprimentá-lo e saudá-lo pela feliz iniciativa de fundar em Resende-RJ a Academia de História Militar Terrestre do Brasil e pela feliz e oportuna escolha de 1o março ,ocasião em que se comemora o fim da maior guerra que presenciou a América Latina -a do Paraguai e , a de fundação da notável Escola Militar do Brasil a de Agulhas Negras, em Resende ...."

11-Do general Carlos de Meira Mattos, em carta de 18 mar 96:

".....Recebi com satisfação notícias sobre a criaçào em Resende ,sede de nossa Academia Militar das Agulhas Negras que tive a honra e o privilégio de comandar ,da Academia de História Militar Terrestre do Brasil ,fundada em 1o março último .Aceito honrado minha indicação para inaugurar a cadeira que tem por patrono o historiador militar marechal J.B Mascarenhas de Moraes ,cujo livro ,MEMÓRIAS, tive a honra de prefaciar .... "

A IMPORTÂNCIA DA HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL

Ligado há mais de 30 anos a pesquisa ,estudo ,divulgação e ensino da História Militar Terrestre do Brasil nunca ouvi ou lí alguém negar sua relevância cultural na formação do chefe ,do planejador e do pensador militar brasileiro e no desenvolvimento da Doutrina Militar Terrestre Brasileira , o que enseja ao O GUARARAPES reportar-se ,por analogia,a seguinte afirmação do Senhor Presidente da República e Chefe Supremo das Forças Armadas ao declarar em entrevista concedida a VEJA em 17 jan 1996 :

".....Penso que houve um erro estratégico das elites brasileiras que não levam a Educação no Brasil a sério .Falam de sua importância mas é da boca para fora !..... "

Creio que isto se aplique a atual situação por que atravessa a História Militar Terrestre do Brasil em que os historiadores militares terrestres estão se tornando categoria em extinção ,por desistímulo a pesquisas e a edição de suas obras que seriam um dever de Estado ,por não darem ,por sua natureza, retorno editorial a editoras a procura de best sellers .Constatar é obra de simples raciocínio e verificação .A situação se assemelha a encontrada em 1937 pelo Ministro da Guerra Marechal Dutra em que os autores militares não conseguiam interessar editoras civis em suas obras e a cooperativa de A Defesa Nacional que promoveu algumas com enormes sacrificios, não dava conta da demanda, ensejando a criação ,então, a semelhança da Biblioteca del Oficial do Exército Argentino,da BIBLIEX ,destinada precipuamente a editar ,de preferência ,obras de autores militares .

A BIBLIEX, agora também como EDITORA ,veio complementar a estrutura de FONTES DE HISTÓRIA com a criação do atual Arquivo Histórico do Exército em 1934,

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Continuação de O GUARARAPES Ano 1992-Maio-número 002-página 3

Ministro gen Aurélio de Góes Monteiro e a de PRODUÇÃO HISTÓRICA com a fundação do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil.Assim se tinham as FONTES no Arquivo ,a PESQUISA e PRODUÇÃO histórica no IGHMB ,a DIVULGAÇÃO na BIBLIEx ,Revista Militar Brasileira ,Revista A Defesa Nacional e Revista do IGHMB todas impressas pela Secretaria Geral do Exército através de sua Imprensa Militar apoiada pelo Serviço Cine Foto e mais a revista Defesa Armada .

A esta infra-estrutura se deve expressiva produção historiográfica militar terrestre e o despertar de notáveis vocações de historiadores militares e ,diga-se de passagem, nos postos de oficiais generais e oficiais superiores .Produção historiográfica abundante que tornou possível no início dos anos 60 na ECEME, valiosas pesquisas coletivas de História Militar Terrestre e, em 1972, a edição da História do Exército Brasileiro pelo EME, consolidando a bibliografia e hemerografia produzida fundamentalmente no periodo 1937-72.Constatar é obra de verificaçào do editorial da BIBLIEX ,dos índices das revistas citadas e inclusive a do Clube Militar.

Quem incentivou muito novas vocações como Diretor da BIBLIEX foi o atual gen Humberto Peregrino encomendando trabalhos de oficiais com potencialidade para produzí-los e fundamentais à Memória da Força Terrestre como Coleção Bibliografica Militar contendo índices de artigos e autores em nossas revista militares e hoje fundamental instrumento de trabalho do historiador militar que registra parte da Evolução do Pensamento Militar Terrestre Brasileiro ali expresso .

Não se vê ou se ouve um militar de terra negar no caso,a relevância da História Militar Terestre do Brasil ,mas é incomum constatar-se , efetivamente por atos,solidariedade ,estímulo e prioridade ações relativas a produção e publicação de obras de História Militar Terrestre novas e o surgimento de novas vocações de historiadores militares terrestres (hoje categoria em extinção ,insiste O GUARARAPES ) para realimentar o assunto com novas interpretações fundamentais a atualização da cadeia de ensino de História Militar nas Forças Terrestres do Brasil .É muito comum o que o historiador militar cel Davis Ribeiro de Sena classificou de " solução editorial preguiçosa", consistente na reedição de obras históricas já superadas que cumpriram sua missão no tempo histórico em que surgiram e que podem ser consultadas em bibliotecas .

O manual Como estudar e pesquisar a História do Exército Brasileiro editado pelo EME em 1978 ,relaciona as páginas 21-22 os testemunho dos maiores e mais bem sucedidos capitães da História Militar Universal, acerca da relevância dos estudos de História Militar para a PROFISSÃO SOLDADO ,onde se destaca o do marechal Ferdinand Foch, o comandante da Vitória Aliada na 1a Guerra Mundial :

"Para alimentar o cérebro de um Exército na paz para melhor prepará-lo para a eventualidade indesejável de uma guerra não existe livro mais fecundo em lições e meditações do que o livro da História Militar . "

O GUARARAPES de forma singela aqui tentará recordar para seus leitores interessados a grande importância da História Militar Terrestre do Brasil hoje em crise por carência de historiadores militares terrestres ,categoria em extinção e os poucos que se dispõem a tal não possuem estímulos para editar suas obras .Exemplo:

1-Um historiador militar ou civil antes de iniciar seu trabalho relaciona as fontes históricas disponíveis .Submete-as à Heurística ,quanto a Fidediginidade,Autenticidade e Integridade das mesmas .Conclui quais são as confiáveis no todo ou em partes num processo semelhante a produção de Informações onde classifica os Informes e, ao produzir a Informação dá prioridade aos Informes A ,para não poluir seu trabalho que busca a verdade.A seguir o historiador civil ou militar reconstitui nos mínimos detalhes possíveis uma campanha militar ou uma batalha ou combate .A reconstituiçào deste assunto é domínio da HISTÓRIA DESCRITIVA .

2-Este material a seguir passará ao domínio da HISTÓRIA MILITAR CRITICA ou ao campo da História Militar Aplicada por uma FORÇA TERRESTRE considerada .Seus Continua página 4

Continuação de O GUARARAPES ,ano 1996,maio-número 002-página 4

historiadores ,instrutores de História Militar ,planejadores ,pensadores e chefes nos mais diversos escalões farão os mais variados usos e aplicações do material com vistas ao maior grau de operacionalidade de sua Força Terrestre.

Exemplos:-O historiador militar crítico focaliza a campanha ou batalha à luz da Arte da Guerra .Qual o princípio de guerra mais observado ou desrespeitado ? Qual o tipo de manobra que foi adotado ?.Enfim e interminável o número de indagações que poderá fazer. Este material crítico pode ser aproveitado pelo instrutor de História para consolidar a formação em Arte Militar de seus instruendos .O planejador militar poderá isolar elementos para incorporar a doutrina de sua força .O pensador militar poderá fazer considerações relevantes no sentido de alterar o Pensamento Militar Terrestre vingente .O chefe militar com apoio no material descritivo ou crítico ,desenvolverá sua capacidade tática e estratégica com apoio em experiências operacionais de outrém e estará mais apto para melhor conduzir condutas de combate no meio do caos do campo de batalha ,onde vence que erra menos. Enfim é o TRATANDO a que se referiu Camões ao dizer de como se aprendia a Disciplina Militar Prestante(A Doutrina Militar ).

-Outros subprodutos que a HISTÓRIA MILITAR CRÍTICA pode tirar da HISTÓRIA MILITAR DESCRITIVA :

Os militares citados e os militares em geral poderão retirar de uma reconstituição histórica bem feita exemplos de VIRTUDES MILITARES ,escala axiológica da PROFISSÃO -SOLDADO encontrados no passado da Força ; exemplos de observância ou não observância de PRINCÍPIOS DE CHEFIA .Aliás assuntos para o desenvolvimento numa força considerada de SOCIOLOGIA e PSICOLOGIA aplicadas a PROFISSÃO SOLDADO que avance além da SOCIOLOGIA e PSICOLOGIA teóricas que predominam .

Enfim são inesgotáveis os livros da HISTÓRIA MILITAR GERAL e o da HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL em lições e meditações para alimentar o CÉREBRO de um Força Militar Terrestre na paz ,no caso as FTB .

Um exemplo do valor da História Militar Terrestre do Brasil:Um pensador militar terrestre brasileiro encarregado de estudos com vistas ao desenvolvimento da Doutrina Militar Terrestre Brasileira ,comparando manifestações doutrinárias brasileiras genuínas com outras que vigiram no mundo concluíria que no Nordeste a Doutrina Militar Luso -Brasileira ,chamada de GUERRA BRASÍLICA por generais europeus confusos ,foi uma manifestação doutrinária genuína bem como A GUERRA À GAUCHA desenvolvida no Sul ,nas lutas contra espanhóis e seus descendentes .

Este pensador hipotético ,classificação que se atribui no Brasil, ao mal Castello Branco e ao Cel J.B Magalhães ,estudando pesquisas coletivas realizadas na ECEME 1960-62 ,como a exepcional O Combatente Brasileiro na Itália ,concluiria à luz de pesquisas de outros eventos que "o brasileiro em campanha não se se adapta a normas disciplinares rígidas e sim ao seu líder por laços coração a coração".

O Duque de Caxias ,patrono do Exército e de nossa Academia de História Militar, se constitui num eloquente exemplo de chefe,pensador e doutrinador do Exército, com apoio na História Militar Terrestre que ele fez como líder vitorioso no Maranhão1938,São Paulo e Minas em 1842,.Farroupilha 1842-45 e Guerra contra Oribe e Rosas 1851-52.

Como Ministro do Exército em 1863 ele introduziu na Ordenanças de Portugal (Doutrina do Exército de Portugal de influência inglesa ) modificações com apoio nas realidades operacionais sul-americanas que vivenciara em 5 campanhas que liderara, com a ressalva, "até que dispuzesse o Exército de uma doutrina genuína "

Pouco mais tarde o marechal Floriano Peixoto encarregou o cel Emílio Carlos Jourdan de escrever a História da Guerra do Paraguai "para subsidiar estudos de tática e de estratégia pelo alunos das escolas militares do Ceará,Porto Alegre e PraiaVermelha , dentro das realidades sul-americanas ."

Creio que a esta altura seja dispensável insistir na importância estratégica da História Continua pagina 5

 

Continuação de O GUARARAPES ,ano l996,maio,número 002-página 5

Militar Terrestre do Brasil que não passa por sua melhor fase . E sem ela, dispondo

de historiadores e apoio editorial para suas obras não se alimentará atualizada ,a cadeia de ensino e instrução de História Militar das FTB .Seu prestígio entende O GUARARAPES é tarefa patriótica coletiva,mas um sagrado ,mas acima de tudo dever de Estado.

A MOTIVAÇÃO ,campo doutrinário ligado ao desenvolvimento das Forças Morais de uma Força Terrestre se baseia fundamentalmente na História Militar Terrestre que gera TRADIÇÕES MILITARES a cultuar ,tais como culto aos heróis da força e a memória dos que tombaram no cumprimento do dever que segundo Péricles ‘,estratego grego "Fazem pela pátria num só dia que os demais em todas as suas vidas" .Enfim ,a História Militar é um manancial inesgotável para desenvolver a MOTIVAÇÃO ou as Forças Morais de uma FORÇA TERRESTRE e o panorama hoje na MÍDIA brasileira é desalentador e desagregador .Constatar é fácil .A maior vítima são as VIRTUDES MILITARES em confronto desigual com valores incompatíveis com A PROFISSÃO SOLDADO .E um desafio permanente a contribuir para silenciar a História -A mestra da vida militar.

Tem contribuído entre nós para o desprestígio da História Militar Terrestre do Brasil o ensiná-la de forma DESCRITIVA e não CRÍTICA à luz dos fundamentos da ARTE MILITAR a ARTE do SOLDADO .Já no início do século XVIII Frederico II, cujas campanhas eram estudadas na Academia Real Militar considerada raíz histórica da AMAN ,assim repreendeu o professor de História Militar de seu filho :

"Não ensine História Militar ao meu filho como se fosse um papagaio,fazendo-o decorar e repetir mecanicamente.Faça-o meditar ,raciocionar e tirar conclusões do estudo que o levem ao aprendizado da profissão militar ."

Esta é a essência da História Militar como instrumento da aprendizagem da PROFISSÃO SOLDADO .Conta-se do orgulho de um professor de História de uma Polícia Militar de que seus alunos sabiam de cor e salteado os nomes de todos os generais de Napoleão e, de outro ,que insistia em cobrar em provas o comprimento e o peso da espada de Alexandre, ou outro que insistia no nomes do componentes da Legião Romana- psilitos etc ,sem atentar para um estudo crítico de seu funcionamento tático, alicerce até hoje da aplicação dos fundamentos da Arte da Guerra.Quem asssim sofreu não pode dar valor a História Militar por não haver tido um professor a altura para retirar da História Militar a sua essência de que falam os grandes capitães da História Universal . É lamentável !

NOTICIARAM A FUNDAÇÃO DA AHIMTB

O GUARARAPES agradece a colaboração da Coluna Polainas e Charlateiras de OMBRO A OMBRO e ao IMPRENSA LIVRE de Resende de haverem anunciado que seria fundada a AHIMTB e,a notícia de sua fundação , ao que chegou-nos ao conhecimento, divulgada pelos FOLHA DO SUL FLUMINENSE ,a LIRA e o JORNAL DA ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL D.BOSCO de Resende e pelo LETRAS EM MARCHA e mais o BOLETIM DO INSTITUTO DE ESTUDOS VALEPARAIBANOS e,mais uma vez a coluna Polainas e Charlateiras de Rui Duarte em OMBRO A OMBRO, aos quais a AHIMTB agradece a solidariedade a difusão de seus objetivos.

O LIVRO CASERNA DE BRAVOS -150 ANOS DO QUARTEL DO 6 o BE CMB

Dia 19 de abril 1996, no contexto das comemorações do Sesquicentenário do Velho Quartel de São Gabriel que por quase um século abrigou Artilharia de Campanha ,e inclusive local de onde o atual patrono da Artilharia mal Emílio Luiz Mallet partiu com seu glorioso regimento para as guerras contra Oribe e Rosas 1851-52 e a do Paraguai l865-70 foi lançado o livro de Osório Santana Figueiredo que ali serviu 25 anos que tem por título CASERNA DE BRAVOS .A importante obra foi de iniciativa da equipe do 6 o Batalhão de Engenharia de Combate, que desde 1969 ali aquartela, sob a liderança de seu comandante ten cel Eng QEMA Hamilton de Oliveira Ramos .CASERNA DE BRAVOS é em razão dos muito ilustres e grandes soldados que por ali passaram e aquartelaram ,como por exemplo:

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Continuaçào de O GUARARAPES ,ano 1996,maio ,número 002 -página 6

 

dentre muitos bravos ,os patronos Emílio Luiz Mallet da Artilharia ;Antônio de Sampaio com o seu 6 o BI e atual patrono da Infantaria e João Severiano ,patrono do Serviço de Saúde ; Mascarenhas de Moraes comandante da Defesa Territorial do Saliente Nordestino e da FEB na 2 a Guerra :os ex-presidentes marechais Deodoro e Hermes da Fonseca e Plácido de Castro a qual muito deve o Brasil a incorporaçào do Acre e muitos outros .O Velho Quartel o mais antigo do Rio Grande abrigou a Artilharia 1846-1939 por quase um século: a Cavalaria de l942-69 e desde então a Engenharia tendo coabitado o quartel com a Artilharia a Infantaria com 6 o BI do cel Antônio Sampaio e ,hoje ,o que integraria a Intendência o Corpo de Transportes ao comando do maj Bento Gonçalves da Silva Filho e em realidade neto do líder farrapo gen Bento Gonçalves da Silva .Unidade que teve ação heroica na resistência ao sítio de Bagé a que foram submetidas pelos federalistas tropas do Exército ao comando do cel Carlos Telles.Corpo o único de que dispunha o Exército e equipado com carretas e carroções para levar e trazer cargas das unidades de fronteira dos portos do Rio Pardo e Santo Amaro até serem substituídas pelas ferrovias .O livro preserva as lendas,tradições e história da gente que ali viveu nestes últimos 150 anos .Parece ser o arautode uma inflexão de atitudes efetivas de resgate da História Militar Terrestres que segue os exemplos dos comandantes da 3a RM ,CMS e CIAS-SUL que em parceria com o raros historiadores militares terrestres ,categoria em extinção por desamparo, resgataram as sagas de seus comandos ou no caso da CIAS-SUL a memória dos 68 sgt mortos da FEB .

POSSE DO GENERAL MEIRA MATTOS NA CADEIRA MAL MASCARENHAS

Dia 8 jun -sábado, as 15 horas no Auditório das Faculdades D.Bosco -sede da AHIMTB, o gen Carlos De Meira Mattos será empossado na cadeira n o 19 que tem por patrono o historiador militar terrestre Marechal J.B .Mascarenhas de Moraes autor de A FEB por seu comandante e de Memórias ,comandante da Defesa Teritorial do Saliente Nordestino e da FEB na última guerra, tendo sido o comandante da Escola Militar do Realengo atual AMAN em l936 quando o dia 23 abril foi consagrado como data aniversária da Escola Militar .O general Meira Mattos será saudado pela Academia de História Militar Terrestre do Brasil através de seu membro- Luiz Paulino Bonfim-presidente da Associação Nacional de Veteranos da Força Expedicionária Brasileira que o marechal comandou, cujas tradições foram herdadas pela 1 a Divisão de Exército da Vila Militar .

O gen Meira Mattos profissional militar de rara experiência em duas missões extra- continentais como integrante da FEB e comandante da Força Interamericana de Paz da Organização dos Estados Americanos (OEA) ,conviveu diversas vezes ao longo de sua carreira com o seu patrono,tendo sido seu colaborador na elaboraçào de seu A FEB por seu comandante tendo além prefaciado as Memórias..Como comandante da Academia Militar das Agulhas Negras,nos anos 60, deu o nome de mal Mascarenhas de Moraes ao páteo principal do antigo Conjunto Principal .Com a ampliaçào da AMAN o páteo principal foi batizado de páteo Marechal José Pessoa que os cadetes em seu clássico espirito, para disdingui-los," batizaram "o último de 4 MMMM(Muito Maior do que o Mascarenhas de Moraes ).Apezar da idade, segundo Paulo da Rocha Correa em OMBRO A OMBRO ,maio 96, sob o título Duas vezes Herói, duas dias por semana ,na Universidade Mackensie em São Paulo o general dirige o Curso de pós-graduação em Estudos Brasileiros, em que doutorou-se ,sendo então arguido por Gilberto Freyre.

Se o prezado leitor concordar com a relevância da História MilitarTerrestre do,Brasil, conforme O GUARARAPES, não negue o seu apoio e solidariedade a esta idéia que a ACADEMIA HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL pretende desenvolver a partir de Resende- a CIDADE DOS CADETES .Seu apoio é importante para reverter a situação em que se encontra o assunto , principalmente se possui responsabilidade de Estado. Colabore conosco !

Endereço da AHIMTB -Caixa Postal 81.698 - CEP 27-501-570- Resende-RJ

 

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"Para alimentar o cérebro de um Exército na paz, para prepará-lo para a eventualidade indesejável de uma guerra, não existe livro mais fecundo em meditações e lições do que o da História Militar."