12 - GUERRA CONTRA AGUIRRE NO URUGUAI 1865-65

As causas:

Argentina e Uruguai romperam relações em 1864.

 

A agitação voltava a dominar o Uruguai, com negativos reflexos entre os fazendeiros brasileiros, na fronteira, que voltaram a ter suas estâncias invadidas,e os brasileiros residentes no Uruguai (cerca de 40 mil), alvo de perseguições e desrespeito.

 

O Brasil tentou intervir diplomaticamente junto ao presidente uruguaio, Atanásio da Cruz Aguirre, mas não obteve sucesso. Lançou um ultimatum que também foi devolvido.

 

Pretendeu-se no Uruguai anular o Tratado de Limites de 1852, posição abandonada com a disposição do Brasil de ocupar militarmente o território entre Quaraí e Arapeí.

 

Tropas na linha da fronteira tudo faziam para prevenir que disputas no Uruguai se refletissem no Rio Grande. O General Venâncio Flores, que assumiu o poder no Uruguai, não conseguiu evitar as violências que atingiam o território brasileiro. Solicitou o apoio do Brasil, sob a forma de um empréstimo, e a presença em Montevidéu de uma divisão do Exército Brasileiro.

 

Assim, foi organizada uma Divisão de Observação e, após, Auxiliadora, com 4 mil homens, ao comando do Brigadeiro Francisco Felix Pereira Pinto. Ele transpôs a fronteira e, após três meses de marcha, de março a junho, chegou a Union, onde aquartelou.

Operações militares:O Almirante Tamandaré e as forças brasileiras na fronteira receberam ordens de procederem a represálias e adotarem medidas convenientes para proteger os brasileiros.

 

Com a Esquadra Brasileira e o concurso do General uruguaio Venâncio Flores, sitiou-se a vila de Salto no rio Uruguai, que capitulou sem reação em 28 de novembro de 1864.

 

 

Em 16 de outubro de 1864, tropas brasileiras (cerca de 6 mil homens), ao comando do General João Propício Menna Barreto, invadiram o Uruguai na direção de Mello, com duas divisões de Infantaria.

 

Dali, seguiram para Paissandu, que foi sitiada durante um mês, tempo em que as tropas do Brasil foram ali cerrando; a concentração terminou no Natal de 1864.

 

Às 9 horas da manhã de 31 de dezembro de 1864, tropas brasileiras, com apoio naval da esquadra ao comando de Tamandaré, atacaram com as brigadas do Brigadeiro Antônio Sampaio e de Carlos Resin justapostas. As tropas brasileiras atacaram pela frente e pela direita da vila e o General Flores pelo flanco esquerdo.

 

A resistência de Paissandu foi denodada e pertinaz; um combate em localidade que durou todo o dia e entrou pela noite.

 

De manhã, Paissandu rendeu-se, sendo feito prisioneiro o comandante da praça, Leandro Gomes, que foi morto pelos seus inimigos uruguaios, uma nódoa na campanha.

 

De Paissandu, as tropas do Brasil receberam ordem de marchar sobre Montevidéu, passando por Colônia do Sacramento. Daí, lançaram-se sobre Montevidéu, que sitiaram no início de fevereiro de 1864. Em 15 de fevereiro de 1865 terminou o mandato de Aguirre; o seu substituto, dias após, conseguiu a paz.

Foi criado um governo provisório, dirigido pelo General Venâncio Flores. Em 20 de fevereiro de 1865, assinou-se a convenção de paz. As propriedades de brasileiros no Uruguai confiscadas foram devolvidas e reconhecidas as reclamações brasileiras.

A principal conseqüência dessa guerra seria a Guerra do Paraguai.

A comparação da bandeira do Uruguai com a da Argentina leva-nos a algumas reflexões: