PREMIADOS NO CONCURSO LITERÁRIO DA PROMOVIDO PELA
 ACADEMIA CANGUÇUENSE DE HISTÓRIA (ACANHIS)

COM 47 REDAÇÕES CONCORRENTES

 

A IMPORTÂNCIA DO GENERAL OSÓRIO NO BICENTENÁRIO DE SEU NASCIMENTO

 

 

REDAÇÕES VENCEDORAS

 


CATEGORIA ENSINO FUNDAMENTAL


 

1º lugar: 7ª série do Ensino Fundamental do Colégio Franciscano Nossa Senhora Aparecida

Érica Bento Borges

 

 

Manoel Luís Osório

         Atualmente conhecido como General Osório, Manoel Luís Osório, nasceu em 10 de maio de 1808, dois dias após a nau que conduzia a Família Real Portuguesa atracar em terras brasileiras.

        Este homem, para muitos brasileiros representa apenas o nome de importantes ruas, ou, um mero personagem da História da Pátria, que não merece atenção ou ao menos interesse.

       Muitos brasileiros talvez, respondendo à pergunta “Quem foi General Osório?”, digam que quem ele foi não sabem, nem apresen­tarão o menor interesse de saber, mas dirão que este é o nome da rua principal da cidade, que foi um general exigente e sanguinário, pois esta é a impressão que a maioria das pessoas tem de generais.

       Contudo, quem conhece a vida deste gaúcho, orgulha-se, porque não há quem conheça a vida de Manoel Luís Osório, e que não diga que ele era acima de tudo, humano, líder carismático, e extremamente importante para as vitórias das tropas nas batalhas. Por sua personalidade extremamente rara em generais, de não representar maior importância do que os soldados e saber impor-se quando necessário, lhe tornara querido por todas as tropas, estas, lutavam com mais garra e bravura com ele, com maior sede de vitória!

       Assim, percebe-se que General Osório, não é apenas nome, de praças, ruas, monumentos, mas que este homem foi um herói, um pão para nossa Pátria.

         Já dito antes, era gaúcho, e lutou contra os farrapos, durante os dez anos desta revolução, porém, talvez por sua origem sulina, não era contra os farrapos, mas tinha consciência que era um soldado imperial.

         Por não ter tido boa qualidade na alfabetização, queria que os filhos estudassem e que não fossem servidores do Exército, apesar do tamanho amor que por este sentia, pois, tinha consciência de que para tal, teriam de abandonar a família, e exemplo disto, bastava ele próprio, que foi excelente servidor da Pátria, porém não estivera presente no nascimento de seus filhos e no falecimento da esposa, D. Francisca Fagundes de Oliveira.

          “É fácil a missão de comandar homens livres; basta mostrar-lhes o caminho do dever”. Esta frase por ele pronunciada, traz- nos a percepção de que ele realmente era humano e igualava-se aos soldados, tendo a facilidade de distinguir-se e comandá-los, mostrando-lhes o caminho.

         Duzentos anos de seu nascimento já se passaram, e sua voz ainda ecoa em nossas vidas. Manoel Luís Osório, tem o nome na principal rua de nossa cidade, e em diversas outras ruas de outras cidades. Será que no bicentenário de seu nascimento, não devemos ao menos despertar o desejo de conhecer e descobrir sobre a vida do Herói brasileiro e Pai da Pátria?

     Nós em seu lugar, faríamos o mesmo que ele, dedicando-nos inteiramente ao nosso país, propondo-nos a lutar e talvez, a morrer por ele?

     Então, definitivamente, devemos tê-lo como exemplo de bravura, coragem, humanismo e igualdade, orgulhando-nos dele cada dia mais!

 


 

 

2º lugar: 3º ano do 3º ciclo da Escola Municipal São João Batista de La Salle.

Isadora Pires Rommel

 

HOMEM DE FÉ, GENERAL DE BATALHA.

        Além de homem, foi guerreiro. Homem de fé egratidão, de certeza e amor por um povo injustiçado...

       Dar de si numa guerra foi o mínimo que fez... Podia ser um dos únicos, mas talvez tenha sido um dos muitos que lutou por seu ideal, sua pátria...

       Em princípios de maio de 1808, nasce o maior herói e líder brasileiro: Manoel Luiz Osório. Com seu orgulho e coragem, deixou marcas em nossa história, para que neste ano pudéssemos lembrar o bicentenário de seu nascimento e entender que toda a sua atuação no Exército nos mostrou um homem forte e verdadeiro em seus propósitos.

     Desde o Basil- Colônia até sua morte no princípio de outubro de 1789, teve garra e amor por sua pátria, recebeu homenagens e gratificações por seus méritos em guerras e vários títulos até virar um grande General.

General Osório foi admirado por outros nomes que também são marcas na nossa história como: Duque de Caxias, Deodoro da Fonseca, Floriano Peixoto e mais tantos outros que deixaram seus nomes na história brasileira e em nossa comunidade como nomes de ruas.

       O “Marquês do Herval”, um dos nomes pelo qual era conhecido, foi um dos poucos generais que sabia escrever e que tinha um curso que equivalia à 3ª série na época. Sua grande vontade era: ser um homem digno do nome que carregava.

        Além de tantos amores e profissões, Osório também foi soldado, senador, ministro de guerra, amigo, filho, pai e poeta repentista.

       Tudo o que um dia colocou a mão, veio a ser um grande projeto para o nosso país!!!

      Osório fez história e ainda é muito lembrado por todos que admiram seu trabalho e caráter. Além do mais, poucos tiveram a coragem deste grande General em honrar sua pátria e expandir seus horizontes.

      Enfim... General Osório viveu para contribuir e coroar de amor e júbilo, muitas páginas da história de nosso Brasil.

      Homens como ele  serviram e servem de exemplo para todos nós, pois vivemos numa época em que certos valores estão esquecidos, principalmente aqueles que se referem ao amor pelo chão no qual vivemos.

       Dessa forma, queremos não só homenageá-lo pela figura no Exército, mas pelo papel decisivo, como homem, na luta por um Brasil melhor, mais justo e fraterno.

 


 

3º lugar: 7ª série da E.E.E.F. Professora Maria Moraes Medeiros.

Cyntia Rafaela Moreira Vargas -8ª série

 

GENERAL OSÓRIO

           Em 1808 o Brasil foi agraciado com o nascimento de um menino, Manoel Luiz Osório, que traria muito or­gulho a esta nação. Em 1962 foi escolhido como Patrono da Cavalaria do Exército Brasileiro.

         Osório começou sua carreira militar aos quatorze anos quando foi levado por seu pai para lutar pela inde­pendência do Brasil em 1822. No ano seguinte ele se alistou no Exército Brasileiro dando início a uma brilhante car­reira militar.          

     Tendo participado na Guerra do Paraguai, na Revolução Farroupilha, nos conflitos platinos, entre outros, ocupando postos importantes. Também foi Senador do Império e Ministro de Guerra.

        Foi um bom pai, sempre incentivou seus filhos a estudarem e, por conhecer as dificuldades e perigos da car­reira, não queria que seus filhos fossem militares.

      Osório foi muito popular, um grande líder, respeitado e querido por seus comandados. Sempre acompanhava seus soldados lado a lado e mesmo, algumas vezes, feridom continuava na luta para incentivá-los. Não gostava de re­galias, por isso acampava junto com seus subordinados e tratava-os de igual para igual. Sendo ele próprio o primeiro soldado das forças aliadas a pisar em solo paraguaio para dar coragem ao seu Exército.

       Por sua coragem, patriotismo, ousadia, bravura, humanidade e determinação, foi muito admirado por seus colegas militares e tornou-se muito popular em todo Brasil, ocupando lugar de destaque no coração dos brasileiros.

       As­sim, há inúmeras praças, ruas, monumentos, escolas que levam seu nome. Inclusive em nossa cidade de Canguçu, a rua mais importante e central tem o seu nome.

      Eu fico pensando: se hoje houvesse mais homens como o General Osório no Brasil, que tivessem a mesma coragem, ousadia, integridade, humanismo que ele utilizou em suas estratégias militares, na resolução dos problemas sociais, com certeza a situação do Brasil seria diferente. Teríamos uma Nação mais consciente, justa, igualitária.

 


CATEGORIA ENSINO MÉDIO


 

1º lugar: 3ª série do Curso Normal do Colégio Franciscano Nossa Senhora Aparecida

Karen Zurschimitten Quintana

 

General Osório: um homem, um exemplo.

       O que leva um homem a entrar para a história e marcar para sempre as gerações futuras por sua bravura, coragem e amor à Pátria? Será este um ser humano incomum com algo de extraordinário que o torna herói?

       Um peão humilde, descendente de casais açorianos acaba por marcar a trajetória do Brasil como poucos o fizeram. Este homem foi Manuel Luís Osório.      

Nascido aos 10 de maio de 1808, o General Osório, como hoje conhecemos, entrou muito cedo na carreira militar, não tendo a oportunidade de estudar. Porém, valorizava muito a educação e desejou ardent­emente que seus filhos tivessem estudo.

     Aos catorze anos lutou na guerra da Independência do Brasil e a partir daí iniciou seu caminho de lutas e glórias.

     A figura de Osório esteve ligada a todas as lutas que o Império Brasileiro travou no sul. Participou, por exemplo, da Guerra da Cisplatina, da Revolução Farroupilha, da Guerra contra Oribe e Rosas e da Guerra do Paraguai.

      Durante as guer­ras provava toda a sua simplicidade de espírito no trato com os soldados. Relacionava-se com seus inferiores de igual para igual, alimentava-se e dormia da mesma forma precária como aqueles que estavam no último posto da hierarquia militar.

    Na Guerra do Paraguai teve seu apogeu de glória, comandando as tropas brasileiras que invadiram o país ad­versário

 . Lutou na Batalha do Tuiuti, a mais sangrenta na história da América do Sul e, que graças a Osório, passou de uma derrota certeira a uma grande vitória para os brasileiros.

     Na batalha do Passo da Pátria provou toda a sua bravura quando foi o primeiro a adentrar em território paraguaio. Sendo ele o comandante das tropas e tendo a possibilidade de se beneficiar de sua patente militar para proteger a própria vida, ele abdicou sua posição e assumiu o posto de homem que lutava pela Pátria, tomando a frente dos soldados que avançavam e transmitindo a eles o desejo a coragem de vencer.

      Precisou se afastar da guerra por motivos de saúde, mas ainda não recuperado retornou a luta participando da queda da Fortaleza de Humaitá e das batalhas de Itororó e Avaí, onde foi ferido gravemente no maxilar

       Ferir Osório era uma es­tratégia militar dos paraguaios para desencorajar os soldados brasileiros e fortalecer as próprias tropas. Porém, não podendo lutar, Osório retirou-se do campo de batalha, mas permaneceu entre os comandantes numa carruagem que fora sempre usada por ele. Assim, os brasileiros instigados com sua presença imaginária venceram a batalha. Após estes acontecimentos, retirou-se da Guerra novamente, mas retornou por um breve período ao Paraguai tendo de abandonar definitivamente as batalhas pelo agravamento de seu estado de saúde.

       Em 4 de outubro de 1879, extingue-se a chama da vida de um grande herói brasileiro e é aceso na história o fogo da coragem e determinação de um grande homem.

       Corre o ano de 2008 e nele comemoramos o bicentenário do nascimento de uma figura que muitos brasileiros desconhecem. Porém, inspirados no exemplo deste grande homem, em sua bravura, persistência, audácia e principalmente seu amor à Pátria cada cidadão brasileiro deve esmerar-se em lutar com grande força de vontade para transformar este país que tanto precisa de heróis devotados e honrosos como foi General Osório.

 


 

2º lugar: 3ª série do Curso Normal do Colégio Franciscano Nossa Senhora Aparecida

Diéfer Leandro Coelho Porto

 

O Nome Bicentenário:

GENERAL OSÓRIO

A história brasileira é equivalente aos créditos que encerram uma produção cinematográfica, pois é cheia de nomes de pessoas, que só são conhecidas enquanto a produção ainda é novidade e, que o com o passar do tempo são esquecidas. Porém uma coisa é óbvia, elas contribuiram com um pouco. Entretanto, há algumas que desempenharam importantes papéis e delas só usamos vagamente o nome, que é o caso de General Osório, que foi um importante ser humano, homenageado por vários municípios, ao batizar uma de suas ruas, principais ou não, com seu nome, e também através do título de Patrono da Cavalaria Nacional que lhe foi conferido. Este se sobressaiu e gozou de grande popularidade na época, às vezes, até mais que o próprio imperador em recompensa à graciosidade com que tratava as pessoas. Pena que a maioria de nós desconhece sua índole, feitos e contribuições para a história brasileira.

Durante o transcorrer do ano em que nosso país foi sede do império lusitano (1808), nasce Manoel Luís Osório, na cidadezinha de Conceição do Arroio, na época, e hoje município de Osório. Quando contava com 14 anos, devido ao fato de não ter tido oportunidade de estudar, teve de alistar-se no exército. Sendo o primeiro general interino e depois efetivo. Era homem de grande coragem, ousadia e persistência, mesclados com muita humildade, simplicidade, carisma e um humanismo raramente encontrado entre os oficiais militares. Em função destes predicativos, nosso general foi alvo de grande populari­dade de tal forma que conquistou o afeto tanto de brasileiros quanto de argentinos, além de ter sido bastante elogiado até por jornalistas estrangeiros. Era uma pessoa perfeita? Certamente que não. Mas quem é afinal?

Enquanto outros somente planejavam e mandavam, General Osório fazia a frente e acompanhava seus homens nas guerras, ao invés de apenas observar o resultado das estratégias de combate. Era certamente um militar de mão cheia, pois ao mesmo tempo em que dispunha de grande destreza no desenvolvimento de táticas para a resolução dos combates ele, tratava de igual para igual os soldados, conquistando-os. Para os cadetes era símbolo incentivador, que os nutria de coragem e ousa­dia levando-os à motivação para persistirem na esperança de vencer a luta.

Atuou na Revolução Farroupilha apoiando de início os Republicanos e como responsável pela sua pacificação, ape­sar de ter que retornar mais tarde as hastes legalistas. Participou da Guerra do Paraguai sendo o primeiro brasileiro a pisar em território inimigo. Como conseqüência dessa ação recebeu de muitas pessoas grande prestígio, principalmente o da imprensa. Seu principal objetivo em toda a sua caminhada como militar era de cumprir com seu dever, incentivar seus soldados.

Com sua esposa, natural de Bagé, gerou três filhos e uma filha, que lhe renderam tamanha preocupação de que pudessem estudar a fim de que não se tornassem militares, porém um não pôde fugir a estirpe e ingressou nas forças arma­das. Condenava a guerra e valorizava a cultura, as letras e o conhecimento, certamente porque não pudera estudar. Em 1879 perece nosso general, sepultado primeiramente sob sua estátua no Rio de Janeiro e depois em 1993, tem seus restos mortais transladados até o município de Tramandaí.

A nós brasileiros, no Bicentenário do nascimento de Manuel Luís Osório, resta nada mais, nada menos do que seguir e refletir sobre o riquíssimo legado de excelentes virtudes, preocupações e valores adotados por este importante referencial histórico. Espólio este, que se seguido for, poderá melhorar em muito a vida cotidiana das pessoas à proporção que traz consigo os parâmetros necessários para que cheguemos à realização última do ser humano, o encontro com a felicidade.

 


 

 

3º lugar: 2ª série do Curso Normal do Colégio Franciscano Nossa Senhora Aparecida

Susana Buss da Silva

 

General Osório: Um homem de caráter inabalável

      O menino, filho das madrugadas frias do Sul, quebra o gelo das manhãs gaúchas com sua garra e entra na história.

     Com base nos fatos históricos, neste ano de 2008, comemora-se o bicentenário do general Manuel Luís Osório, o que para nós, gaúchos, é motivo de orgulho, pois esta sepultado  em solo gaúcho e tendo em vista que a sua atuação em fatos decisivos da História do Brasil.

      Portanto seu valor maior não é sua “biografia fria” em termos de história que para a sociedade é contada, mas a de um homem que espalhava temor e respeito e ao mesmo tempo, sensibilidade e humanismo.

      Uma vez que Manuel Luís Osório veio de uma família muito pobre, o que conseguiu aprender foi com seu próprio esforço. Isto talvez tenha influenciado a incentivar os filhos a estudarem.

      Com quinze anos incompletos, assentou praça na Cavalaria da Legião de São Paulo e a partir daí com determinação e espíri­to de liderança, participou de inúmeras batalhas. Porém o grande feito, o maior de todos, do bravo General Osório, foi a vitória na Batalha de Tuiuti, maior batalha campal da América do Sul. Isso não foi por acaso, pois Osório fazia a diferença, além de ser estratégico, era compreensivo e lutava lado a lado com seu Exército, fato que não era de comum ocorrência naquela época.

        Pode-se dizer também que foi um homem que buscou os seus ideais, tendo em vista que chegou a ser eleito deputado e senador do Império.

       Atualmente, não só Rio Grande do Sul, existem monumentos em homenagem a Osório, mas em todo o país. Afinal este herói nasceu e viveu numa época tão conturbada de tantas revoltas e revoluções e fundamental foi sua atuação na arte militar sendo, para todos, um modelo de patriotismo.

       Em poucas palavras, o bicentenário do nascimento do General Osório é importante para que dessa forma a nação brasileira tenha reconhecimento de sua atuação e assim possa espelhar-se nele. Não no seu brilho da arte militar para entrar na história, mas na sua bravura e no seu caráter e conseqüentemente, ter coragem e determinação para enfrentar os problemas que nosso país possui e acreditar que é possível mudar.

        Deus nos fala na Bíblia: “Ora, o que se exige dos administradores é que sejam fiéis”. E Osório foi exemplo de fideli­dade ao seu país, um homem de caráter inabalável.

 

 


 

Nossos sinceros agradecimentos aos cidadãos:

 

Valdemar Souza;

Jane Guerra Cunha;

Loila Mattos; e

Ivone Prestes dos Santos

 

Pela participação como jurados em nosso concurso

 

Nota .Estas redações foram transcritas do Memória , Órgão de divulgação da Academia Canguçuense de História comemorativo dos 20 anos da citada Academia Editado por Cairo Moreira Pinheiro acadêmico e coordenador da ACANDHIS e Delegado da Academia de História Militar Terrestre do Brasil em Pelotas Delegacia Fernando Luiz Osorio Filho

Cel Claudio Moreira Bento

Fundador e Presidente da Academia Canguçuense de História