CERIMÔNIA DE LANÇAMENTO DOS LIVROS

CAXIAS E A UNIDADE NACIONAL E

2002 – OS 175 ANOS DA BATALHA DO PASSO DO ROSÁRIO

Local: Círculo Militar das Agulhas Negras

Locutor:

Senhoras e Senhores, bom dia.

O Círculo Militar das Agulhas Negras tem a honra e a satisfação de promover, nesta data, o lançamento de duas obras que, certamente, enriquecerão nosso acervo da História Militar:

CAXIAS E A UNIDADE NACIONAL e

2002 – OS 175 ANOS DA BATALHA DO PASSO DO ROSÁRIO.

A pesquisa da obra Caxias e a Unidade Nacional, foi iniciada em 1980, quando das homenagens ao centenário da morte de Caxias, ocorridas na AMAN.

A presente atividade faz parte das comemorações do Bicentenário do Duque de Caxias, patrono da Academia de História Militar Terrestre do Brasil.

Abrindo a cerimônia, o TC Alegria, presidente do CIMAN, fará uso da palavra.

Palavras do Presidente do CIMAN

Cel Bento:

Faz uso da palavra.

Convida as autoridades para compor a mesa.

Locutor:

Será realizada a leitura da sinopse das duas obras, iniciando pelo livro CAXIAS E A UNIDADE NACIONAL.

A Academia de História Militar Terrestre do Brasil, em seu 7º ano de atividade, em comemoração ao bicentenário de seu patrono, o Duque de Caxias, inicia hoje, no Círculo Militar das Agulhas Negras, o lançamento da obra: CAXIAS E A UNIDADE NACIONAL, de autoria do historiador militar e seu presidente, Cel Cláudio Moreira Bento .

O livro foi composto pela editora Genesis e foi impresso pela Gráfica Metrópole, ambas de Porto Alegre e teve o patrocínio, por subscrição popular, dos integrantes e amigos da Academia de História Militar Terrestre.

CAXIAS E A UNIDADE NACIONAL agrega, em seu conteúdo, informações, das mais variadas, sobre o Duque de Caxias e Marechal de Exército Luiz Alves de Lima e Silva.

Constitui-se numa obra referencial por excelência, ampliando expressivamente o seu alcance, pela citação de várias fontes, que remetem o leitor e pesquisador interessados a aprofundamentos de aspectos militares, pessoais e públicos desse grande brasileiro.

Aborda um enfoque integral da significação histórica de Caxias, na interpretação de intelectuais e autoridades, onde se destaca a sua preocupação com a Unidade Nacional, o que inspirou o título desta obra.

Recorre, ainda, à Cronologia, disciplina auxiliar da História, para dar uma visão ao leitor e pesquisador, logo de início, da vida do Duque de Caxias como um todo.

Ao final, relaciona vasta relação de fontes escritas, focalizando a vida e a obra do Pacificador, hoje, em grande parte, esgotadas ou de difícil acesso.

Começa por sua significação histórica.

A seguir, aborda uma Cronologia, para que se tenha uma idéia global de sua vida e de sua atuação militar e política, entre 1808 e1880.

Apresenta, sucessivamente:

Numa terceira parte, focaliza as Lutas Internas no Período Monárquico (1808 a1889), nelas acompanhando, em paralelo, a situação em que se encontrava Caxias.

Aborda aspectos do insígne brasileiro como o fiador da segurança do Governo Central no Rio, no comando do Corpo de Polícias Permanentes, entre 1832 e1839, e a sua atuação, como O Pacificador, nas 4 lutas internas, no Maranhão, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, tornando-se o maior apóstolo da preservação da Unidade Nacional no Império.

Diversos historiadores e autoridades têm escrito sobre Caxias, conforme relacionado nas fontes consultadas. Aqui, pela primeira vez, essas fontes foram integradas, a fim de proporcionar um melhor entendimento de sua atuação, ao ponto, de ousar o autor, a classificar o século XIX, no Brasil, como O Século do Duque de Caxias.

Numa Quarta e última parte, apresenta dois cadernos iconográficos precedidos de legendas, sendo um a cores e outro em preto e branco, com 130 gravuras relacionadas com os mais diversos aspectos da vida do maior de nossos generais.

Caxias não era, apenas, o general de espada invicta. Seu lado íntimo, sua dimensão humana, podem bem ser aquilatados, ao se conhecer o poema que compôs para Paulita,filha de Angela Furriol o seu romance anterior ao casamento com sua eterna companheira.

Cel Bento conta a História e locutor le a poesia

Paulita

 

Entreaberto botão, entrefechada rosa,

Um pouco de menina, um tanto de mulher.

Lindo botão bem conheço,

A rosa de onde procedes:

Olha... e verás que ainda hoje,

Em beleza não a excedes.

 

No Pantanoso eu a vi,

Inda tão bela e viçosa.

Hoje o Pampeiro da vida,

Dobra-lhe a fronte formosa

 

Não importa, inda eu vejo,

Com toda a nobreza e graça

Que só o sepulcro extingüe,

Beldades que são da raça.

 

Lindo botão, deves Ter,

Justo desvanecimento,

Por nasceres de uma rosa,

De tanto merecimento.

 

Saberás que as flores têm,

Sucessiva Disnatia,

E pertenceu sempre a rosa,

A mais nobre Hierarquia.

 

Os espinhos que te cercam,

Não são para te ferir.

Simbolizam as virtudes,

Que sempre deves seguir.

 

Servem para defender,

Tua angélica beleza,

Da ímpia mão que pretenda,

Manchar tua pureza.

 

O Cel Bento fará a entrega da obra às seguintes personalidades:

(leitura das personalidades selecionadas para receber os livros)

 

Leitura da sinopse da obra 2002 – OS 175 ANOS DA BATALHA DO PASSO DO ROSÁRIO.


Em 20 de fevereiro de 2002, transcorreram 175 anos da maior batalha campal ocorrida no Brasil, a do Passo do Rosário, travada entre forças brasileiras contra forças argentinas e orientais, no contexto da Guerra Cisplatina.

Conhecida pelos argentinos e uruguaios como Batalha de Ituzaingô, suscita, ainda, controvérsias sobre o seu resultado:

Alguns historiadores a defendem como uma vitória dos republicanos argentino – uruguaios, comandados pelo Gen Alvear; outros, sustentam que foi uma batalha indecisa e, mais alguns, uma vitória brasileira.

Nesse trabalho, o Coronel Bento apresenta aos leitores uma análise profunda da real conjuntura militar brasileira terrestre, depois da Independência, quando o Brasil perdeu as 3 divisões portuguesas que guarneciam o país, enfrentou as guerras da Independência no Norte, Nordeste e na Cisplatina e, logo a seguir, a Confederação do Equador em 1824, no Nordeste , só podendo organizar o Exército Brasileiro em dezembro de 1824.

O autor analisa, em detalhes, o grande feito estratégico do Exército do Sul sob o comando do Gen Barbacena. Faz uma profunda análise dos fatores da Decisão Militar: Terreno, Missão, Inimigo e Meios para os dois exércitos.

Apresenta, também, a opinião sobre a batalha, formulada pelo Duque de Caxias ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, do qual era sócio honorário.

E assim, sem se manifestar sobre o resultado da contenda, o Coronel Bento permite, que cada profissional militar, como exercício intelectual, em Arte e Ciência da Guerra, depois de acurada análise, manifeste a sua opinião sobre o assunto.

Valoriza, assim, o grande valor do estudo crítico da História Militar, assim definido nas palavras do Marechal Ferdinand Foch:

"Para alimentar o cérebro de um Exército na paz, para melhor o preparar para a indesejável eventualidade de uma guerra, não existe livro mais fecundo em lições e meditações do que o livro da História Militar."

E foi em respeito a este princípio do Marechal Foch, que o autor, para a melhor compreensão da batalha, analisou as marchas estratégicas dos exércitos dia a dia, estudou e comparou a situação do material, do pessoal e, inclusive, das cavalhadas dos dois exércitos, a junção das tropas de Barbacena com as de Brown, o local da batalha, a ausência da Brigada de Bento Manuel, a ação dos generais Vento e Fogo que forçaram a retirada dos brasileiros da posição, fato elogiado pelo Duque de Caxias em sua análise.

O Presidente da Academia de História Militar Terrestre do Brasil, acadêmico emérito Coronel Claúdio Moreira Bento nos oferece, aos 175 anos da batalha, uma análise profissional, à luz dos fatores da decisão militar, princípios de Guerra e da manobra e seus elementos e como foram considerados pelos dois comandantes. Acreditamos que esta obra passará a ser, a partir de seu lançamento, o principal referencial profissional militar da Batalha do Passo do Rosário.

Locutor:

Está encerrada a fase formal do evento. O Círculo Militar das Agulhas Negras agradece a todos aqueles que, com suas presenças, abrilhantaram o evento e os convida para um coquetel comemorativo ao lançamento das obras, informando que o Sr Coronel Bento estará autografando os livros disponíveis para venda.

Tenham todos um bom domingo.