VETERANO DA FEB TEN CEL INF CELSO ROSA – 1918-2006

Homenagem póstuma da AHIMTB

 

Cel Cláudio Moreira Bento  Presidente da AHIMTB        

 

 

  

Ten Cel  Celso Rosa

 

Faleceu em Resende ,em 19 de agosto de 2006, o expedicionário da FEB Ten Cel Inf Celso Rosa que presidia a ANVFEB de Resende e era irmão companheiro da Confraria dos Cidadãos de Resende e ocupante da cadeira nº 1 da Academia de História Militar Terrestre do Brasil que tem por patrono o General  Adailton Pirassununga e na qual sucedeu o falecido e heróico veterano da FEB em Monte Castelo,  Cel Cecil Wall Barbosa de Carvalho. Sua posse na AHIMTB em 8 maio 2000  foi registrada no Livro de Posses da AHIMTB nº 26 as p. 1 a 23.

            O Tenente Coronel Celso era natural de Brazópolis-MG, filho de Juiz do Direito Dr. Francisco Pereira Rosa, tendo cursado Direito na Faculdade da UFMG, onde diplomou-se com 23 anos. A seguir foi declarado Aspirante a Oficial de Infantaria, em 7 dez 1940, como Oficial da Reserva pela CPOR/MG.

            Em 1942 foi convocado para o Serviço Ativo e serviu inclusive em Barra Mansa onde conheceu sua esposa D. Lucy, de cujo consórcio nasceram um filho e duas filhas: Loreley, Eng. José Fernando e Drª Tereza Cristina.

            Pertenceu ao 3º Escalão da FEB e  na Itália onde integrou o 6º Regimento de Infantaria – Regimento Ipiranga, de Caçapava - São Paulo, como tenente comandante de Pelotão. E lá foi ferido em ação no combate de Montese, por um estilhaço de granada. Ao terminar da guerra optou pela vida militar e cursou em 1949 a Escola Militar do Realengo e foi integrado no Quadro de Oficiais da Ativa, tendo se transferido para a Reserva  com 30 anos de serviço como Tenente Coronel.

            Residia em Resende desde 1974 onde foi professor universitário e cursou Pedagogia, aposentando-se anos mais tarde.

            Serviu no Batalhão de Comando e Serviços da AMAN como S-1 e Subcomandante entre 1961-66. Academia onde foi recebido como acadêmico da AHIMTB em 8 de maio de 2000, no 55º aniversário da AHIMTB, sendo saudado pela AHIMTB em oração lida pelo cadete Lima e Silva. Na ocasião o Ten Cel Celso lançou o seu livro de crônicas de guerra: O Pracinha na Guerra, escrito com o estímulo de seu filho e da AHIMTB, consistente  em 67 crônicas de guerra editadas pelo Jornal Sul de Minas, em Itajubá.

            Seu sepultamento, de acordo com sua vontade expressa, foi em Resende, em túmulo destinado aos Veteranos da FEB, no Cemitério Alto dos Passos.

            O Ten Cel Celso Rosa faleceu no momento em que a Turma Heróis da FEB da AMAN, recebia o espadim e era estimulada em expressiva e vibrante oração pelo General Bda Marco Antonio Farias, comandante da AMAN. Foi uma coincidência xx que impressionou a todos que compareceram em seu velório na Capela da Santa Casa de Misericórdia. Local histórico  onde lhe prestamos derradeira homenagem em oração traduzindo o pesar dos integrantes da  Confraria dos Cidadãos de Resende e da Academia de História Militar Terrestre do Brasil. Então   lembramos que vivemos juntos, em Itajubá em 1981/82 quando éramos comandante do 4 º Batalhão de Engenharia de Combate prestigiando e exaltando os exemplos do  Veteranos da FEB que lá residiam  dos quais ele possui o grau hierárquico mais elevado e sempre estava presente nas datas mais expressivas.

             Recordo que em 2000, ainda ele muito forte aos 82 anos, mas com um certo desânimo e sem projetos futuros, o estimulamos a escrever um livro porque conhecíamos em Itajubá suas belas crônicas de guerra.

            E também o convidamos para integrar, como acadêmico, a Academia de História Militar Terrestre do Brasil, o que parece nele provocou um novo despertar e uma alegria grande de reviver momentos culturais e da vida castrense na AMAN. E com este ânimo permaneceu até baquear aos 88 anos por doença.

       Lembramos em nossa oração que o homem tem 3 mortes .A primeira ao dar o ultimo suspiro. A segunda ao baixar a sepultura e a terceira a última vez em que seu nome for pronunciado ou lembrado E que Celso Rosa em função de sua bela vida e obra demoraria a morrer, coerente também com esta afirmação.

  “ O Homem será eterno enquanto sua obra permanecer e for lembrada !”