AGRACIADOS COM A COMENDA CERRO DA LIBERDADE EM 13 SETEMBRO 2008 .

VIGÉSIMO ANIVERSÁRIO DA ACADEMIA CANGUÇUENSE DE HISTÓRIA

 

 

 

CRIAÇÃO DA COMENDA CERRO DA LIBERDADE PELA ACANDHIS EM 10 SETEMBRO DE 2005

A Academia Canguçuense de História desejosa de perpetuar na memória da comunidade canguçuense  suas gloriosas tradições, relacionadas com Liberdade e também, de Liberdade e Igualdade, decidiu criar a Comenda Cerro da Liberdade, para lembrar aquele cerro que por cerca de um século foi um monumento natural local, até antes de ser arrasado.

Comenda Cerro da Liberdade a ser conferida nos aniversários da Academia Canguçuense de História e em outras oportunidades extraordinárias, decididas por seu Presidente e Grão Mestre da Comenda Cerro da Liberdade e a personalidades diversas  atendendo aos seguintes critérios:

-                                              Em reconhecimento a estímulos, solidariedade, apoio administrativo, histórico e financeiro as atividades fim (História de Canguçu) e meio (custeio financeiro) da Academia Canguçuense de História (ACANDHIS).

-                                              Em reconhecimento a trabalhos de valor histórico, em benefício da pesquisa, preservação, culto e divulgação da História, Tradições e Valores culturais, históricos e turísticos de Canguçu.

-                                              Em reconhecimento a canguçuenses que tenham projetado e elevado o nome de Canguçu, além de seus limites, nos mais variados ramos de atividades reconhecidas pela ACANDHIS.

-                                              Como Moeda de Honra em pagamento simbólico por dedicação notável e prolongada no exercício de funções na Diretoria.

Os critérios acima deverão ser justificados e explicitados no ato de concessão e serem registrados em livro próprio pela Secretaria da Comenda e serem lidos no ato da concessão, bem como o ato de entrega da Comenda ser precedida da leitura das Justificativas que inspiraram a criação da Comenda.

Junto com a Comenda Cerro da Liberdade será entregue Diploma onde apareçam como cores fundamentais as cores do Rio Grande do Sul, que serão as da fita da Comenda e encimada pelo brasão da ACANDHIS e a data da criação da Comenda e assinados pelo Grão Mestre e Presidente da ACANDHIS, ou seu substituto eventual, e pela presidente da Comissão de Outorga e pelo Secretário da mesma.

O secretário registrará em cartório o presente documento

Canguçu, 10 de Setembro de 2005, na reunião comemorativa do 17º aniversário da ACANDHIS em 13 de Setembro de 1988.

 

 

AGRACIADOS EM13 SETEMBRO 2008

 

 

      Câmara de Vereadores de Canguçu. Ela  foi criada junto com o Município de Canguçu em 1857   que foi desmembrado do município de Piratini que integrou como Distrito durante a Revolução Farroupilha. Câmara que no Império tinha missões executivas e legislativas do Município.

     Com a eclosão da Guerra do Paraguai para complementar  o Império, mobilizou para ajudar o Exército  a  Guarda Nacional e os Voluntários da Pátria.

     Em Canguçu a sua Câmara de Vereadores teve destacado papel na mobilização de um Corpo de Cavalaria Guarda Nacional, cujo comando foi confiado ao seu Vereador Theophilo de Souza Mattos que com ele partiu para Uruguaiana, para integrar o 2-º Corpo de Exército ao Comando do Conde de Porto Alegre ,o integrando como 30º Corpo de Cavalaria da Guarda Nacional de Canguçu a Brigada Ligeira do Cel Manoel Lucas  de Oliveira, formada pelo 27-º Corpo de Cavalaria Guarda Nacional de Piratini e  pelo 12-º Corpo de Cavalaria da Guarda Nacional de Pelotas. Detalhes constam de nosso livro; Canguçu reencontro com a História 2ª edição páginas . 138 a 148 e. comemorativo do sesquicentenário do Município.

       De retorno da Guerra do Paraguai o  vereador e agora Ten Cel Honorário de Exército Theóphilo foi homenageado pela 4-ª Câmara de Vereadores 1968 – 1872, no local desde então consagrado como Cerro da Liberdade. Homenagem  consistente na libertação de duas escravas menores; Elvira e Maria da Conceição, compradas de seus donos, sendo o sentimento geral traduzido nas palavras de Antônio Joaquim Bento 1º professo régio para meninos do município de Canguçu  com numerosa descendência em Canguçu, hoje representada por seus numerosos trinetos.

      A Câmara de Vereadores de  Canguçu, por unanimidade, aboliu a escravidão em Canguçu 4º dias antes  antes  da Lei Áurea assinada pela Princesa Isabel

      Em 13 de maio de 2008, a Câmara de Vereadores colocou placa alusiva por ela aprovada por unanimidade em local onde existiu o arrasado Cerro da Liberdade, monumento natural local, para lembrar que naquele local foram homenageados os canguçuenses que participaram da Guerra do Paraguai em defesa da Integridade e da Soberania do Brasil ameaçadas pelo Governo do Paraguai que invadira o Rio Grande do Sul por São Borja e pelo sul de Mato Grosso do Sul  Por esta razão que a Academia Canguçuense de História agracia, a Câmara de Vereadores de Canguçu com a sua Comenda Cerro da Liberdade, com a qual ela procura preservar na  memória da comunidade  da este importante acontecimento realizado pelo Povo de Canguçu através de seus representantes na Câmara de Vereadores

  

  Piquete vanguardeiro. por volta de 1830, nasceu em Canguçu Hipólito Pinto Ribeiro em prédio que existiu no atual local da Igreja de Salvador,. Jovem alferes do Regimento Osório, na batalha de Monte Caseros ou Moron em 2 fevereiro de 1852 que libertou o Uruguai e Argentina dos ditadores l Oribe e Rosas . O jovem canguçuense Hipólito foi  elogiado pelo Marquês de Caxias junto com o alferes Luiz  Pedro Osório nos seguintes termos:

 “Louvo o tenente Luiz Pedro Osório e o Alferes Hipólito Pinto Ribeiro, ambos do Regimento do Ten Cel Osório pela bravura e comportamento com que combateram no esquadrão de Atiradores . a que pertenciam.”

          O canguçuense Hipólito e prosseguiu no Exército até capitão. E ingressou na Guarda Nacional, estabelecendo-se como  estancieiro  na região de Santana e Uruguaiana.

       A convite do General  Antônio Neto, integrou a sua brigada, no comando de um Corpo de Cavalaria e combateu no  Combate de Paissandu em 1864, contra oo governo de Venâncio Flores

        E com esta Brigada de Neto  o canguçuense major Hipólito Pinto Ribeiro  participou da Guerra  do Paraguai, com um dos melhores chefes da Cavalaria Brasileira, conquistando promoções a golpes de bravura e talento militar, tendo sido o Vanguardeiro do Vanguardeiro, o  general Andrade Neves Barão de Triunfo. Ao findar a guerra o Governo brasileiro o distinguiu com oposto de Brigadeiro Honorário e aproveitou seus  serviços como comandante da Fronteira de Uruguaiana. O Brigadeiro Hipólito aderiu Á idéia de República. E  ao estourar a guerra civil 1893/95,conhecida como Revolução de 93  organizou e liderou a Divisão de Oeste com tropas de Exército, Guarda Nacional e civis.

       Nesta função comandou forças legais na indecisa batalha de Inhandui, próximo de Alegrete e que foi a maior travada nesta Revolução. Nela, foi ao encalço e derrotou alguns dos chefes federalistas que degolaram barbaramente no sítio do Rio Negro, canguçuense e piratinienses que integravam a Cavalaria Civil e que cercados se renderam sob garantia de vida, que não foi respeitada.    Em reconhecimento a sua atuação no combate a esta malfadada Revolução  o governo do Brasil o promoveu. a general de Divisão Honorário.

       E Canguçu em homenagem ao seu ilustre filho deu o seu nome General Hipólito Pinto Ribeiro a rua em que ele nasceu e também a praça que existiu no quadrilátero entre as atuais ruas General Osório, Exército Nacional, General Câmara e Gaspar Silveira Martins. Parte da rua com o seu nome a partir da  General Osório até a antiga Estação Ferroviária, foi dado o nome de Exército Nacional por este  e outras benfeitoria um sonho há muito acalentado pelos canguçuenses.

      Sua memória foi aos poucos sendo apagada em Canguçu e as resgatamos em nossa primeira edição do livro: Canguçu reencontro com a História um  exemplo de reconstituição de memória comunitária 1983Decorrido

 Pouco tempo a historiadora Marlene Barbosa Coelho nos consultou  sobre um nome a ser dado a um Piquete a ser criado. E   lhe sugerimos o nome de heróico canguçuense General de Divisão Hipólito Pinto Ribeiro – o Vanguardeiro.

      E foi este nome adotado pela desde  então Piquete Vanguardeiro que vem realizando cavalhadas anuais  buscando a chama criada em diversos locais conforme abordados  pela acadêmica Maria Helena Fonseca Rodrigues  da ACANDHIS , a historiadora da evolução do tradicionalismo em Canguçu e ocupante da Cadeira Cel Joaquim Teixeira Nunes, o bravo canguçuense considerado a maior lança farrapo que resgatamos no citado livro Canguçu reencontro com a História, junto com outro herói guerreiro, Hipólito Pinto Ribeiro, hoje patrono de Cadeira na ACANDHIS, inaugurada pela acadêmica Alliete Martins Ribeiro, já agraciada com a comenda Cerro da Liberdade.

       Por estas razões a Academia Canguçuense de História ( ACANDHIS  que regula de idade com o Piquete Vanguardeiro, lhe agracia com a Comenda  Cerro da Liberdade como ato de justiça na voz da História, por sua atuação durante 20 anos, ajudando a pesquisar, preservar,e sobretudo  cultuar e divulgar a História de Canguçu e do Rio Grande do Sul além dos limites de nossa comunidade.

 

 

Dr Newton Lúcio Prestes

 

 

Pela Academia Canguçuense de História ouvido os seu Conselho de Concessão  da Comenda Cerro da Liberdade

Cel  Claúdio Moreira Bento

Grão Mestre da Comenda do Cerro da Liberdade e Presidente da ACANDHIS

Canguçu, 13 de setembro de 2008. Vigésimo aniversário da Academia Canguçuense de História e
 centésimo vigésimo aniversário de seu patrono Conrado Ernani Bento